Blue Lock e o Deus do Futebol, o que as vendas do mês nos dizem e o final do mangá do Lobisomem — com review da série. Tudo isso e mais na nossa análise daquela clássica edição dupla de feriado da Weekly Shonen Magazine, a segunda maior revista shonen do Japão. Começando pela TOC:
- Ao no Miburo: Shinsengumi hen (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 79
- Kakkou no linazuke Ch. 277
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 247
- Banjou no Orion (Página Colorida) Ch. 82
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 405
- Hajime no Ippo Ch. 1510
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 166
- Dream ✰ Jumbo ✰ Girl (Página Colorida) Ch. 26
- Sentai Daishikkaku Ch. 201
- Kurotsuki no Yaergnacht Ch. 30
- Blue Lock Ch. 328
- Yowayowa Sensei Ch. 148
- Zero to Hyaku Ch. 06
- Yumene Connect Ch. 61
- Suruga Meteor (Página Colorida) Ch. 42
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 204
- Kaijin Fugeki Ch. 62
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 156
- Kagari-ke no 8 Kyoudai Ch. 32
- Gachiakuta Ch. 158
- Idolatry Ch. 20
- Ikitagari no Werewolf (FIM) Ch. 34
- Yashou no Kito Ch. 30
Ausências: Mayonaka Heart Tune Ch. 99, Mokushiroku no Yonkishi Ch. 219, Ahiru no Sora Ch. 616 (Hiato)

Com modelo na capa, as primeiras páginas coloridas de mangá vão para Ao no Miburo, que celebra o iníco de exibição da sua segunda temporada em anime, apenas nove meses depois do fim da primeira!
Um dos maiores trunfos da Shonen Magazine moderna em relação às rivais é justamente as adaptações em anime chegando mais rápido, com mais episódios e com continuações nesse mesmo ritmo. Transforma os mangá em franquias multimedia, segura vendas e permite que a line-up pareça mais robusta.
O anime de Miburo não é extremamente bem animado e nada do tipo, mas foi popular justamente por focar em passar sua história com um elenco estrelado de atores populares da indústria de seiyuu. Isso apelou principalmente às fãs de séries históricas como Touken Ranbu e Gintama, um público fiel e que gosta de comprar produtos e participar de eventos dessas séries. Não é por acaso que Ao no Miburo teve sucesso como peça teatral para essa demografia.
Ao no Miburo é mais popular em outras mídias que como mangá, mas isso não é problema exatamente. Claro, a revista gostaria que o mangá vendesse mais, mas o fato é que a franquia gera lucros para ela e seus parceiros comerciais.
A celebração da nova temporada se faz com comentários e entrevistas com os seiyuu da série, junto do autor Yasuda Tsuyoshi. Parabéns ao mangá que completa 200 capítulos no cumulativo de suas duas partes.
O vice é Kakkou no Iinazuke em um capítulo que achei seria mais bombástico do que realmente foi. Mas os editores provavelmente resolveram dar destaque por ser um conflito mais direto entre Erika e Hiro, as duas “principais” heroínas da obra. Um momento esperado pelos leitores de longa data.
Fechando o pódio, Shangri-la Frontier continua com seus capítulos de coelho, que acho que são ligeramente menos populares que o normal, mas nada drástico. O mangá continua vendendo na quase dos 100 mil ao mês, mas é capaz de cair um pouco disso se a terceira temporada do anime não tiver mais notícias logo. De qualquer forma, continua sendo um gigante da revista.

Aquela típica Página Colorida Que É Só A Capa Do Volume para Banjou no Orion, em quarto lugar. Os primeiros dias de Oricon e Amazon digital colocam Orion claramente como o mais vendido da Magazine no mês, acima de Mayonaka Heart Tune, que está com anime para estrear.
Vendas acima dos 10 mil como sempre e uma ótima recepção com os leitores semanais, o drama de shogi cada vez mais se coloca em condição de grande crescimento com um anime, quando sua qualidade poderá ser conhecida por um público ainda mais amplo. É essencial que o anúncio dessa adaptação chegue em 2026.
Na quinta colocação temos Kanojo, Okarishimasu que vai dando MUITO o que falar esses tempos. O mangá sempre está na boca do povo, mas sempre que Reiji Miyajima quer causar uma reação ainda maior, ele consegue. O homem é mestre nisso.
Hajime no Ippo é o sexto da edição com um capítulo bem curto, de sete páginas. O autor George Morikawa postou em sua conta no x-twitter que esteve no hospital, mas que passa bem.
É uma pena, mas são questões da idade, ainda mais com uma profissão tão puxada no ritmo semanal de mangá. Com décadas de estrada, é normal que o mangá tenha mais paradas e capítulos menores. Infelizmente, existem críticas mais ácidas quanto a isso porque internet é internet, mas espero que o autor consiga se recuperar sem se preocupar muito com isso.
O sétimo colocado é Kanan-sama com um capítulo daqueles que é basicamente ele inteiro uma piadinha ecchi. Enquanto isso o autor nonco vai se preparando para a Comiket, o maior evento de cultura otaku do mundo, aonde ele é figurinha carimbada. Inclusive achei incrivelmente legal que ele vai participar de um fanbook de Kami Nomi Zo Shiru Sekai (The World God Only Knows) produzido pelo próprio autor Wakaki. É uma daquelas obras que adorava ler e a conexão dos autores da Magazine com esses veteranos e a indústria em geral é outro aspecto que é interessante e único da revista.

Página colorida promocional de volume novo para Dream Jumbo Girl, em oitavo lugar. Como todos vocês leram o top 30 Melhores do Ano do Analyse It, já devem saber que é uma das 30 obras preferidas do staff do site no ano. Então leiam, se possível! Só estamos esperando a Magazine ligar pra gente pra pedir de obi.
Mas falando sério, os primeiros dias de Oricon e Amazon implicam que Dream Jumbo Girl deva terminar o mês entre Ao no Miburo e Yumene Connect em vendas, então abaixo dos 10k e acima de uns 6k. Está na sua média. E resgatando o que falei ali na parte de Kanan-sama, o autor hiroyuki também estará naquele livro de Kami Nomi Zo Shiru Sekai… como gostaria de poder comprar…
A nona posição vai para Sentai Daishikkaku que não deixou o povo especular muito e logo revelou o “Final Boss” da história. Isso é, se não tiver um vilão secreto ou um twist, devemos ter o início da batalha final do mangá, que deve durar alguns meses com isso e a resolução da história.
Já Kurotsuki no Yaergnacht, o décimo colocado, me deu uma enganada no capítulo passado com a idéia de estarmos concluindo o plot do grupo de vilões introduzido no começo da série, mas com esse capítulo esse roteiro claramente durará mais meses, no mínimo. Status quo mantido para a série que já vende acima das 20 mil cópias mensais, resultado excelente para o mercado atual, ainda mais considerando sua popularidade grande no digital.
Em décimo primeiro lugar, Blue Lock teve um capítulo muito interessante sobre as filosofias dos personagens e a introdução do conceito do Deus Do Futebol. Pessoalmente, achei um dos melhores do mangá, mas vi alguns comentários reclamando de “seria isso a introdução de poderes” vindo mais do lado ocidental dos leitores (uma minoria, claro).
Mas não, não vejo como introdução à poderes além dos exageros que já temos por ser um mangá shonen. O ponto do conceito é justamente do MISTICISMO do futebol e, nesse sentido, é uma rara obra que parece entender aquele sentimento poético que existe no esporte bretão. Algo que se pode sentir quando você está na arquibancada de um estádio.
Vamos falar de Nelson Rodrigues! Nunca achei que teria essa chance aqui, mas acho que se encaixa bem à idéia. O clássico cronista carioca é um dos nomes mais importantes para a construção do imaginário popular do futebol na imprensa e literatura brasileira. O homem sabia como transformar um jogo de Campeonato Carioca em um dos trabalhos de Hércules.
Nisso ele introduziu alguns conceitos que são usados até hoje na crônica esportiva. Um deles é o famoso Sobrenatural de Almeida, um fantasma que explicaria o inexplicável do futebol, aqueles momentos e situações no qual tudo parece conspirar a favor ou contra um time ou jogador específico. Além dele, o autor criou outros seres, como o Gravatinha, que defendia o Fluminense, seu time do coração.
Mas o que isso tem a ver com Blue Lock? É simples, o autor Kanehiro com a idéia do Deus do Futebol traz o inexplicável e improvável do futebol para a narrativa. Elementos como o “flow” são conhecidos do esporte e realistas, já que sabemos que se trata de um ápice de concentração física e adrenalina de um atleta. Mas o Deus do Futebol vai além e apela para a divindade que as pessoas viam em jogadores em momentos especiais, como a de Maradona contra a Inglaterra em 1986 ou Zidane contra o Brasil em 2006.
Então, enquanto muitos dizem que Blue Lock não entende o futebol por pregar o egoísmo acima do trabalho em equipe, acho que a obra pode ser vista mais como uma forma diferente de pensar e analisar o romance do esporte mais popular do mundo. Perdão pela distração e agora seguimos com a programação habitual.
O décimo segundo lugar é de Yowayowa Sensei com um capítulo típico slice of life. Mas de interessante mesmo é que a obra ganhou um ASMR oficial com a dubladora Kouno Marika, que fará a heroína Hiyori no anime que só sai em Abril.
É inegável que a Magazine está aberta a tudo possível para promover suas séries. Existe um preciosismo mil vezes menor que na rival Jump. É um mangá ecchi, então para eles faz todo sentido ter um ASMR. Oportunidades assim não passam para a revista.
Décimo terceiro do grid, Zero to Hyaku parece estar tendo dificuldades para chamar atenção nesse começo de mangá. A spokon de basquete não está com um engajamento bom, com poucos comentários sobre os capítulos, embora o que se vê é positivo.
Não está fugindo muito do que foi falado em artigos passados, é ver se o volume 1 consegue chamar atenção ou se os editores são mais leves com a obra por ser uma spokon, igual Suruga Meteor.
Ná decima quarta posição, Yumene Connect encerra seu arco do planeta alien e seu volume novo sai com desempenho decente. Na Shoseki, parece estar perto do seu padrão, entre 4.5k a uns 6k, mas na Amazon o mangá está ranqueando perto de obras como Mayonaka Heart Tune e acima de Dream Jumbo Girl. Seu conteúdo ecchi pesado leva muito do público a comprar seus volumes de forma digital.

Em décimo quinto na TOC, Suruga Meteor é a última página colorida da edição. Enquanto o apoio editorial é claro, dá para perceber que até eles estão tratando o mangá menos como uma prioridade agora. Sem risco iminente, mas menos foco.
Nos três primeiros dias da Shoseki, o spokon de baseball teve posições melhores que o volume anterior e ficou revezando com Idolatry a “penúltima posição” entre os lançamentos da Magazine no mês. Não dá para dizer ainda porque as listas variam muito dependendo do mês, mas é provável que continue na sua trajetória de leve crescimento volume a volume, se firmando nos 3.5k~ ou algo próximo daí. Nada espetacular, mas a obra vai se garantindo com votos de leitores da revista e decente popularidade na Magazine Pocket.
Além da página colorida, o mangá também ganhou uma recomendação do parceiro de Magazine, Yasuda Tsuyoshi, autor de Ao no Miburo e Days. Continuamos investindo em Suruga Meteor, que logo chegará ao seu primeiro aniversário, aonde podemos ter uma idéia ainda melhor de como a revista vê o mangá.
Décimo sexto lugar, Kuroiwa Medaka prossegue com o arco focado em Asahi. Normalidade em terras kuroiwanas, sem muito o que falar.
Já nosso décimo sétimo colocado, Kaijin Fugeki, entrega um capítulo absolutamente insano na qualidade artística. Eu falo isso demais, mas é sério, ele é o melhor artista de mangá semanal na indústria. Vendendo na casa dos 20 mil, o mangá já está naquele modo de aguardo de um anúncio de anime.
Seitokai ni mo Ana wa Aru é o décimo oitavo da edição com um capítulo no qual nenhum dos personagens principais sequer aparece. É legal, mas provavelmente os editores acharam menos prioritário para a semana. Aliás, o muchimaro (autor) está banido do twitter tem uns meses já sem voltar… Pelo visto foi de vez.
Kagari-ke fica em décimo nono com um de seus últimos capítulos e estou preocupado que a conclusão será mais corrida do que eu esperava pelo autor ter adicionado revelações e conceitos novos de último instante.
Vigésima posição para Gachiakuta que vai completando seu anime, mas com leaks já anunciando a produção da segunda temporada. Não é surpresa alguma: a Magazine não quer seus mangá parados sem multimedia e Gachiakuta é uma estrela nos streaming ocidentais, com números fortíssimos e muito interesse do público fã de battle shonen. Além disso, o anime foi razoavelmente bem no Japão e o mangá está com suas típicas boas vendas regulares.
O mangá também está com um momento de clímax interessante, seria legal de ganhar uma página colorida logo no começo de 2026.
Antepenúltimo, Idolatry deve ser um dos casos mais interessantes de performance que cobri até agora porque o mangá vai muito bem na Magazine Pocket, com seus capítulos pagos indo melhor que várias das séries estabelecidas da revista, mas suas vendas em volume não são altas e o desempenho na TOC é fraco.
Até por isso o primeiro comentário, com mais de 400 likes, no capítulo pago da semana na Magapoke é pedindo para que esses leitores COMPREM o volume 2 para garnatir a sobrevivência da obra, já que crescimento é essencial para convencer a Magazine a manter o mangá na sua linha.
Na Shoseki, o mangá ficou apenas uma posição atrás de Suruga Meteor no 1° dia, acima no 2° e atrás no 3°, implicando uma primeira semana similar para as duas obras. Ou seja, nada muito alto. Em compensação, Idolatry ficou bem acima de Suruga Meteor na Amazon digital em todos os dias, inclusive com seu volume 1 ranqueando acima da spokon.
Isso indica um público digital comprador maior. Provavelmente com essas vendas, Idolatry está com uma circulação maior. O problema é que às vezes isso interessa menos aos editores em comparação com agradar os leitores da revista. Se mais gente que compra a Magazine semana a semana não vota em Idolatry, talvez os editores achem que vender um pouco mais não seja tão benéfico.
Com o fim da leva agora, as posições de Idolatry na TOC deixarão mais clara sua prioridade na revista. Ganhará uma página colorida na semana que vem, mas depois terá que batalhar para não ficar em último. Ainda há um apoio editorial, o volume 2 recebeu um destaque nas lojas Animate e alguns fãs falaram que todos os volume lá foram vendidos, mas é de se ver se a tiragem inicial já não foi baixa mesmo.
De qualquer forma, ainda é um mangá de qualidade, se olharem o top 30 do AnalyseIt de 2025 podem saber mais disso, mas que precisa convencer o público fora de sua bolha virtual.
Penúltimo, Ikitagari no Werewolf acabou cancelado após fraco desempenho em vendas e na TOC. Falarei mais abaixo.
E em último temos Yashou no Kito, que talvez possa acabar logo ou durar mais algumas semanas por algum acaso, mas a obra já não é prioridade faz tempo após recepção bem quieta.
Crítica: Ikitagari no Werewolf

Com 34 capítulos, Ikitagari no Werewolf (O Lobisomem Que Quer Viver), de Tange Shigeki, chegou ao fim nessa edição da Weekly Shonen Magazine.
Refrescando a memória ou apresentando para quem não conhece, o mangá conta a história de Hironari, um adolescente com fama de ser cauteloso para manter uma vida “segura”, que é atacado e comido certo dia por um lobisomem. Geralmente quando isso ocorre, os lobisomens podem assumir o corpo da sua vítima, mas a força de vontade de Hironari para sobreviver faz com que sua mente tome o corpo do lobisomem.
O mangá nisso traz a história para um conhecido experimento filosófico: o homem do pântano. O filósofo americano Donald Davidson propôs a idéia: um homem é atingido e desintegrado por um raio quando está passando por um pântano, ao mesmo tempo o pântano cria um “clone” desse mesmo homem com o mesmo cérebro, em todos os detalhes, assim implicando que ele mantêm o comportamento do homem desintegrado e agiria da mesma forma nas situações que o seu “antecessor”. Poderia esse clone ser considerado a mesma pessoa?
A narrativa foca nisso logo de cara. O lobisomem é Hironari? Hironari está morto? Estaria o lobisomem tendo uma crise de identidade? Etc.
Na sala do nosso protagonista também existe Kouki, seu melhor amigo, e que é secretamente um caçador de lobisomens. Ele começa a estranhar o comportamento de seu colega e o que parece ser uma disputa psicológica começa.

A idéia de ser algo estilo Death Note foi o que pintou para vários leitores nesse capítulo inicial, porém logo nos capítulos 2 e 3 a história foi guiada para o battle. O autor focava no gênero em seus oneshots e o tom de violência estilosa, remetendo a filmes de Takashi Mike ou games como No More Heroes, com batalhas com poderes mostrou ser um dos gêneros do mangá.
São introduzidos dois grupos: a organização dos lobisomens e os caçadores de lobisomem. Estão numa guerra secreta na sociedade e Hironari, com sua estrutura bizarra com corpo de lobisomem e mente humana, se sente ameaçado pelos dois, precisando se esconder e até lutar às vezes para escapar.
Descrevendo parece melhor do que é, o problema está na execução. O lado psicológico e de mistério não é tão profundo quanto deveria para ser interessante de acompanhar, mas possui TEXTO DEMAIS. São muitos balões e palavras por capítulo, sem dizer muito, cansando assim a leitura.
Ao mesmo tempo, as batalhas tem composições e cenários criativos, mas pela natureza de ser o primeiro trabalho do autor, passam uma vibe de “mangá principiante” com inconsistência na arte e dificuldade para seguir certas ações. O mangá assim acaba sem agradar muito nenhum dos lados.
O roteiro até se desenvolve de forma única, com Hironari se juntando aos caçadores na segunda metade da obra, mas o lado filosófico é bem escanteado e não desenvolvido muito, com as batalhas violentas sendo o destaque maior. Infelizmente os vilões não são cativantes o suficiente para que esse lado seja tão empolgante.

Como primeiro mangá, Ikitagari no Werewolf pode ser elogiado por ser INTERESSANTE e ÚNICO. O jogo do “lobisomem” é extremamente popular no Japão hoje em dia (chamado de Máfia aqui no Brasil) e tentar adaptar sua estrutura para um mangá foi um conceito bacana. Até a idéia das organizações foi algo que poderia ter dado certo com mais experiência e edição na narrativa.
A arte também melhora muito ao longo do tempo, algo normal para um autor novato que faz um mangá semanal por mais de 30 semanas. Logo acho que a inconsistência da arte será um problema menor para o futuro do autor.
Embora com problemas, Ikitagari no Werewolf valeu a pena como primeira tentativa e aprendizado. Gostaria de ver Tange Shigeki de novo na revista, talvez com um mangá já mais puxado para o battle desde o começo, mas sem sacrificar a construção de mundo “sombrio” que o autor parece gostar tanto. Os editores podem extrair seu melhor.

E por hoje é só isso. Espero que tenham gostado da idéia de um review final e aceito opiniões sobre. A próxima edição será dupla também pelos feriados de fim de ano. Até lá!
