O mangá mais hypado da nova leva de estréia da Weekly Shonen Jump, finalmente chega em nossas mãos. Não perca mais nenhum segundo, e venha saber o achamos do mangá mais esperado deste ano, por enquanto!
Stealth Symphony estreou carregando dois maus – O primeiro é o hype gigantesco colocado em cima dele, pelo fato dos dois autores, o roterista Ryohgo Narita (Criador do light novel grande sucesso, “Durararara!”) e desenhista Youichi Amano (Criador do mangá respeitadíssimo “Akaboshi”), serem grandes nomes quando se trata de história bem desenvolvidas.
Outro ponto que trouxe uma pressão enorme ao mangá é que a alguns anos atrás um outro escritor de light novel e livros havia estreado na Jump, Nisio Isin, porém ele não conseguiu trazer um mangá de alta qualidade e se manteve vivo na revista pelo fato de ter uma fã base muito grande. Deste modo Ryohgo Narita não poderia repetir este feito de Nisio Isin de nenhum modo.
Por isso, se tornou inadmissível o mangá ser simplesmente bom, Stealth Symphony para ser bem aceito pelo público japonês deveria ser simplesmente espetacular… Mas será que a dupla conseguiu nos entregar um primeiro capítulo espetacular ou simplesmente bom?
Já nas primeiras páginas percebemos que a dupla não veem para brincadeiras – Enquanto Narita nos entrega uma leve critica social, em relação ao julgamento da aparência (Inclusive ironizando o fato de muitos falarem que o que importa é a beleza interna), Amano veem com uma sequência de páginas coloridas belíssima e muito bem empregadas.
Deste modo, o leitor de imediato já tem uma boa impressão sobre o que está por vir… Já que a dupla fez questão de entregar uma página inicial impecável. Mas do que adianta as três primeiras páginas serem fantástica se o capítulo depois deslancha em cenas incoerente e arte suja? Deste modo, após meus olhos brilharem nas primeiras páginas, respirei fundo e continuei lendo sem deixar-me levar por um punhado de técnicas sensacionalistas.
Logo entendemos que o mangá não se passa na nossa realidade, mesmo que seja em um mundo inventado – Stealth Symphony faz parte daquele grupo de mangás que criam um universo alternativo, porém que se parece muito com a realidade, só adicionado-o alguns elementos fantástico para diferi-lo. Algum mangá que segue este estilo é Blood Lad.
Não demorou muito para sermos apresentados o poder do protagonista – Muitos mangás preferem nos entregar a habilidade do herói só no final do primeiro capítulo, no climax, mas Narita teve que logo nos apresentar por um motivo bem simples: Todo o primeiro capítulo será desenvolvido ao redor deste poder e do mal que ele causa ao personagem principal.
Deste modo, assim que o robô entra em ação, defendendo-o do pedaço de ferro que cai dos céus (De imediato percebemos que foi de proposito), o roterista Ryohgo Narita exibe um flashback explicando o motivo do herói odiar este robô, que teoricamente seria perfeito para defesa própria.
Devo assumir que a habilidade do protagonista é fantástica. Simplesmente fantástica, é algo diferente que não vemos por aí – O fato dele odiar sua própria habilidade não é bem uma novidade, temos por exemplo Naruto que odeia ter a Kyuubi dentro dele ou mesmo Rin (De Ao No Exoricst/Blue Exorcist) que odeia ter o sangue do capiroto em sí, mas os dois aprendem a utilizar o mangá entregue para o seu próprio beneficio e principalmente para o beneficio dos outros… Provavelmente isso deve ser repetir em Stealth Symphony, mas rápido do que aconteceu em Naruto.
Por causa do medo de fazer mal a alguém (Já que o seu robô devolvia todo o golpe com o dobro de força), Jig (O protagonista) decide procurar um guarda pessoal… Que no final seria mais como um guarda da população, neste caso…
Aí somos apresentados o personagem bem interessante, o segundo protagonista, Troma (Tem muita gente discutindo qual é o verdadeiro personagem principal da história, eu considerarei os dois já que estamos tão indecisos em relação a isso)… Narita nos apresenta outro personagem com uma carga emocional muito grande por trás (Mais para o final percebemos isso) e que ao mesmo tempo tem um design e uma habilidade bem interessante.
É nessas horas que devo elogiar Youichi Amano, o desenhista deste mangá, por estar criando vários personagens com um design extremamente interessante… Além de nos entregar uma arte limpa (Utilizando muita a técnica digital para deixa-la bem limpa) e criativa.
Troma logo explicou do que vive a cidade… Essa explicação é vital para entendermos o desfecho deste capítulo e principalmente todo o desenvolvimento do mangá, já que provavelmente ele girará ao redor de todos estas relíquias.
Logo descobrimos que aquele homem que derrubou o negócio de ferro em Jig não é só um ladrão, mas sim um assassino de aluguel – Acredito que a maioria dos leitores ficaram pensando “Mas então, quem contraria um assassino de aluguel para matar um simples garoto de interior?”
É neste momento que descobrimos que o assassino foi contratado pelo diretor do orfanato que Jigs (Protagonista) tanto ama e admira. Este plot twist foi fantástico e surpreendente – Já que de imediato conseguiu conectar ao extremo Jigs e Troma.
É nessas horas, quando Jigs percebe que a única pessoa que ele admira, a única que o apoiou, na verdade só o havia usado para um grandioso experimento. E é nessa hora que Troma, ao ver o seu cliente desabando (Perdendo o último pingo de esperança restante), cresce como personagem e se apresenta como de fato um herói.
O discurso de Troma é eletrizante e deixa a maioria dos leitores de olhos brilhante… Isso foi realçado logicamente pelo fato de aos poucos a forma humana do segundo herói ir se revelante (Já que um liquido que não consigo identificar vai escorrendo em seu corpo) – É neste momento que vemos que de fato Ryohgo Narita e Youichi Amano estavam em perfeita sintonia ao criar o mangá.
A cena se torna mais eletrizante quando Jigs se joga do prédio, e o seu protetor se joga junto, pronto para salvando-o e se transformando em dragão. Assumo, desde a explicação notei que Troma seria um dos dragões, porém, também assumo que o fato do plot twist ser previsível não diminuiu o impacto da cena… Acredito que Ryohgo Narita deixou de proposito este detalhe bem previsível.
Mas porque deixa um plot twist previsível? Para dar a sensação ao leitor de “Eu já sabia” ou melhor “Acertei, ele é um dragão” – Uma satisfação interna por conseguir prever o que estava na cara. No final, vemos ainda invisível Troma em formato de dragão, pronto para lutar contra o assassino de aluguel e todos os policiais que poderão vir caça-lo.
Stealth Symphony teve um primeiro capítulo muito bem desenvolvido, com duas grandes plot twist e um bom drama por trás – No final, acredito que a dupla nos entregou um ótimo trabalho, talvez não bombástico ou espetacular, mas um trabalho de altíssima qualidade e muito, mas muito bem escrito e desenhado.
Continuarei a escrever semanalmente reviews sobre este mangá, e amanhã, quinta-feira já postarei minhas primeiras impressões sobre Illegal Rare (Que teve inclusive alguns pontos em comum com Stealth Symphony)… O que esperar deste mangá?
Acredito que o mangá sobreviverá a revista e tem grande chances de se torna um hit, isso depende logicamente dos próximos capítulos, mas se manter a qualidade ou mesmo evoluir, será um hit na certa. Até a próxima!