World Trigger, substituto de Retsu! Date Senpai, chega na Jump para acabar com a carência de novos Battle Shounens na Jump, porém será que o mangá pareceu mostrar potência para se tornar um sucesso e se manter na revista? Bem, leia as minhas primeiras impressões de WT agora!
A um bom tempo que a Jump não lança um Battle Shounen de sucesso: Hungry Joker, o último lançado, por mais que ainda não foi cancelado, não agradou o público japonês e a tendencia é que daqui a 2 meses dê adeus a revista. Por isto, a nova aposta da Jump, é World Trigger…
De cara, tivemos uma boa abertura de página colorida. Alguns mangás gostam de “jogar fora” as páginas coloridas que tem a disposição, nos trazendo uma página colorida tão chula que se fosse em preto e branco daria no mesmo (Vide estréia de Hungry Joker).
Ashihara Daisuke (Autor deste Mangá), optou para uma introdução rápida da situação da cidade, preferiu não explicar em um capítulo, o que acontece ao redor de Mikadoshi. Uma estratégia inteligente, pois assim pode se focar no personagem principal (E no seu amigo).
Inclusive, o personagem principal, Yuuma, se mostrou bastante carismatico. Não segue a vibe de protagonista alegre que fará tudo para ajudar os seus caros companheiros (Naruto/Luffy), nem de Medroso sem confiança que chorará por todos os cantos (Ganta), muito pelo contrário, demonstrou se sarcástico… E não ajudou o seu companheiro de escola quando apanhava dos valentões.
Outro característica interessante do personagem, é o fato de novato no planeta, assim não conhecendo vários habitos locais (E nem objeto), podendo trazer futuras cenas cômicas – Algo que o autor pode aproveitar, se souber -.
O design do seu mascote também foi bom, mas não é nada de espetacular. Falando em Design, os dos Navers também foram interessantes, mas não foram surpreendente. Ainda devemos ver como esta habilidade do autor de criar criaturas, algo essencial em qualquer Shounen de Aliens ou monstros bizarros (Vide Dragon Ball e Toriko).
Já Mikumo não pareceu ser um personagem tão interessante, um Ganta menos chorão – No final, parece que os editores obrigam os mangakás criarem este personagens fracos que no final, se superam e emocionam todas as crianças de 8 anos que assistem a cena no Bom dia e Compania.
Ao meu ver, este clichê já está cansativo, mas é algo necessário, então… Não podemos reclamar! Aliás, só podemos torcer para que o autor, Ashihara Daisuke, não exagere no melancolismo do personagem vindo de livro de auto-estima.
Mas vamos ao ponto mais importante de um Battle Shounen – A Batalha! – Primeiramente, fiquei surpreso pela decisão do autor de deixar a batalha para o final, e apostar mais na comédia para o primeiro capítulo. Ao meu ver, foi uma ideia bem inteligente.
Quando começou a luta, percebemos que o autor apostará em batalhas limpas e com um ar tecnológico algo parecido com Mega-Man e Astro Boy. Um tipo de Battle Shounen que não há na revista, assim não soando nem um pouco genérico.
As ondas de ataques e as espadas de Star Wars serviram muito bem para a formação da cena (Mesmo que o momento que o Mikumo gritou “Tigger ON”, me lembrou “Power Ranger Morfar”. Porém, a transformação de Koga Yuuma (Personagem principal) foi extremamente interessante, e sinceramente? Funciona de forma espetacular em um Anime!
No final, Yuuma derrota o Naver… Mikumo vê o personagem que apareceu na primeira página (E que é capa desta review) no lugar de Yuuma. Algo bem clichê: Pessoas que vem no Naruto, o seu pai (Minato), pessoas que vêem em Luffy, o Roger.
Inclusive, o personagem que aparece na primeira página, salvando Mikumo é protagonista de um One-Shot do Ashihara, se não me engano o One Shot é: Kashikoi Inu Rilienthal. Interessante ele ter resgatado o seu personagem.
O mangá encerra com a gente descobrindo que Yuuma vem do outro mundo, o mundo de onde os Navers chegam. Um plot bastante interessante, mas que só acredito que será aproveitado em um futuro próximo (Lá para os capítulos 20 á 30).
Conclusão: World Trigger é um mangá diferente para a revista, um estilo de Battle Shounen que não tem mais na Jump. Porém, ainda é muito cedo para dizer que irá longe, demonstrou pouco e não o começo não foi impactante, mesmo que foi interessante.
Os traços do autor são bem clichês, como algumas ações adotadas no mangá, porém… Os traços não decidem se o mangá terá futuro, mas sim a capacidade do autor de criar e desenvolver plots e história (Hungry Joker provou que traço diferente não é tudo).
Espero, torço que World Trigger tenha futuro… Mas veremos, isto não depende de nós, ocidentais, mas sim dos japoneses! Aliás, entre Koi Suru Edison e World Trigger… WT vence de lavada! Até a próxima, pessoal!