Um cabelo que deu o que falar, mais do anime de Mayonaka Heart Tune e comentários mais descontraídos. Tudo isso e mais na nossa análise da segunda maior revista shonen do Japão, a Weekly Shonen Magazine. Começando pela TOC:
- Kanojo, Okarishimasu (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 399
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 161
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 242
- Kurotsuki no Yaergnacht Ch. 25
- Ao no Miburo: Shinsengumi hen (Página Colorida) Ch. 73
- Kakkou no linazuke Ch. 271
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 213
- Mayonaka Heart Tune Ch. 94
- Blue Lock Ch. 323
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 199
- Sentai Daishikkaku Ch. 196
- Yowayowa Sensei Ch. 142
- Kaijin Fugeki Ch. 58
- Yumene Connect Ch. 56
- Banjou no Orion Ch. 77
- Kagari-ke no 8 Kyoudai Ch. 27
- Idolatry Ch. 15
- Yashou no Kito Ch. 24
- Gachiakuta Ch. 154
- Ikitagari no Werewolf Ch. 29
- Mao Doji (Oneshot por Yabura)
Ausências: Dream ✰ Jumbo ✰ Girl Ch. 21, Suruga Meteor Ch. 37, Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 151, Megami no Café Terrace Ch. 217, Hajime no Ippo Ch. 1507, Ahiru no Sora Ch. 616 (Hiato)

Não tive tempo de ler a maioria das séries nessa semana, então resolvi escrever a TOC enquanto as leio e colho as informações. Vai ficar algo menos bem preparado, mas as reações espontâneas servem pra diferenciar o texto essa semana.
Enfim, começando temos uma idol na capa, mas também uma musa das romcom na abertura dos mangás, com a Chizuru (e o Kazuya) celebrando 400 capítulos de Kanojo, Okariashimasu. Esse eu li no dia que saiu porque a internet me impediu de esperar já que precisavam falar do cabelo do Kazuya!
O autor Reiji Miyajima deu uma brincada antes do capítulo sair e disse que faria alto muito polêmico e controverso com os fãs do mangá. E, bem, era isso. O Kazuya parou de pintar o cabelo e deixou um corte curto porque quer achar um emprego.
Dito isso, é insano ver o mangá já com 400 capítulos. Contando suas duas séries anteriores, AKB49 e Mononote, o autor já passou dos 680 capítulos lançados na Weekly Shonen Magazine. Autores que podem manter essa frequência enquanto lançam séries de sucesso são o sonho de todo editor de revista semanal.
O pessoal também exagera com isso de acreditar qualquer coisa que escrevem na internet sobre o Miyajima. Ele já falou antes que tanto Chizuru quanto Kazuya representam partes dele e de suas experiências próprias. Algo habitual. Agora vamos ver se o mangá chega aos seus 500 capítulos, não duvido mais de nada.
O vice é Kanan-sama ainda em modo promocional, o pessoal da revista não é bobo e quer que mais leitores conheçam o mangá. Inclusive foi anunciado uma tradução oficial dele para o inglês pela editora Seven Seas — curiosamente não veio pela Kodansha americana e nem K-Manga. Continuo sonhando pelo dia que tragam a revista inteira pelo serviço.
Fechando o pódio, Shangri-la Frontier aparece alto porque é popular e tem um capítulo de luta bem legal. Pode soar simples, mas a dádiva de ter um battle shonen de sucesso é cada vez mais rara e a Magazine trata o mangá como se fosse uma mãe orgulhosa. Justo.
Em quarto lugar, Kurotsuki no Yaergnacht vai fazendo um papel bem bonito na Shoseki do mês, tanto com crescimento em seu volume 2 quanto o volume 1 aparecendo constantemente no ranking também. Em tom de celebração, os fãs ganham um capítulo só da Yaergnacht cuidando das banalidades da vida e sendo fofa.

Página colorida para o quinto colocado, Ao no Miburo. Recebendo uma promoção para seu novo arco também, o foco é claramente maior na volta do anime em Dezembro. A Magazine sabe que o maior público para Ao no Miburo se encontra lá, quando teve ótimos números de audiência, contrastando com as baixas vendas do mangá. É aquilo de agradar um nicho funcionando.
O sexto da TOC é Kakkou no Iinazuke que entregou um capítulo dedicado pra Sachi. E eu teria dificuldade de achar mais coisas para falar sobre ele no momento. Fui ler os comentários japoneses e eram, bom, fãs da Sachi primariamente elogaidno. Coisas de séries harém.
Com um capítulo de romance que gerou mais reações que os de ação, Mokushiroku no Yonkishi é o sétimo da vez. Os romances de Nakaba são mais polêmicos na ocidente, mas dessa vez ambos públicos parecem ter aprovado a decisão.
Com o lançamento de seu anime anunciado para Janeiro de 2026, Mayonaka Heart Tune deve ficar mais em evidência na revista, sendo oitavo do grid.
O trailer novo mostrou mais do anime e parece estar com uma produção agradável, mesmo que um pouco mais simples. Como sempre falo, direção importa muito e desde que o anime de MayoTune acerte o tom e a direção de voz, ele tem potencial para grande crescimento.
E não sei como, mas de novo falo de hololive aqui. Hoshimachi Suisei, vtuber do grupo hololive, foi anunciada com a cantora da abertura do anime. Faz todo sentido considerando a narrativa da obra em torno de uma streamer e o fato de Iko, uma das heroínas, ser uma vtuber. Mas é ainda melhor para o anime já que Suisei teve uma das músicas mais ouvidas do Japão em 2024, com Bibbidiba que teve mais de 100 milhões de visualizações em um ano, e que depois cantou a música de encerramento de Gundam Gquuuuuux. Nome grande que pode trazer fãs novos.
A ending ficará com Soala no que é seu primeiro trabalho em um anime. Popularizar artistas novos é algo comum em anime e não é surpresa que o comitê decidiu ir com uma mistura de um nome mais em destaque no momento e outro que acreditam que tenha capacidade de crescer. Devem ver qualidades nas músicas de Soala que podem ser mais conhecidas por MayoTune. São exemplos de como a produção de um anime considera vários aspectos e como cada empresa envolvida na produção tenta criar um ambiente de benefício mútuo.
Em Blue Lock, o nono lugar, temos um capítulo que continua construindo o time da Nigéria. Enquanto por si só é algo legal, é interessante de pensar que os autores podem fazer o mesmo com todas as seleções, criando assim um arco imenso. Seria motivo para festa na Kodansha.
Na décima posição, já tinha lido o capítulo de Kuroiwa Medaka logo que saiu pelo final chocante dele. A sessão de comentários da Magapoke ficou cheia de comentários reclamando, mas são principalmente fãs da Mona e dedicados o suficiente com o mangá que duvido que isso influencie em algo.
Sentai Daishikkaku com um capítulo cheio em termos de texto e história, em décimo primeiro da TOC. Com o fim próximo de Megami Café eu pensava que Sentai pudesse ir junto, mas estamos claramente vários meses antes do fim ainda.
Rumores circulando para o décimo segundo, Yowayowa Sensei. Aparentemente o anime sairá em Abril de 2026, que seria a mesma data para Kanan-sama! Prova mais uma vez como cada comitê é próprio, sem tentar separar os dois ecchi um do outro em posição de destaque. Mais incrível considerando que não vimos nada da adaptação de Yowayowa, nisso a editora pode ter planejado um pouco mais de espaço próprio ma divulgação pela revista.
Quando o inacreditável se torna regular, Kaijin Fugeki é o décimo terceiro lugar com mais um daqueles capítulos com arte tão incrível que ninguém mais conseguiria produzir para um mangá semanal e eu tento não fazer o mesmo comentário sempre, mas é complicado. Acredito que ainda tenha espaço para o mangá crescer se conseguir mais promoções.
Yumene Connect é o décimo quarto lugar em um capítulo que introduz vilões para seu arco atual como se fosse um battle shonen, mas é basicamente sempre busca por situações ecchi mesmo. Com o mangá em segurança, arcos longos assim são mais viáveis para o autor.
Décima quinta colocação para Banjou no Orion. Alguns comentários compararam o mangá com um livro e faz sentido, os personagens tem uma densidade e o roteiro tem bastante narração interna. Talvez possa ser um pouco cansativo para um leitor mais casual, mas apela para os que estão lendo o mangá querendo um drama.
Capítulo que esbanja confiança para nosso décimo sexto da edição, Kagari-ke. Ritmo completamente normal de narrativa e construção de mundo, gancho para novo arco e foco em vários personagens diferentes. O autor também abriu uma conta pessoal no Twitter para interagir com os fãs e temos uma página colorida na semana que vem para o novo arco. Ou o mangá escapou da próxima leva de cancelamentos ou a Magazine realmente decidiu adiar e deu mais tempo para todas as obras de 2025.
Idolatry, o décimo sétimo lugar, conseguiu aparecer na Shoseki em sua segunda semana e foi às 2300 cópias vendidas. É um número que seria preocupante fora do contexto da Magazine de 2025, mas neste anos isso faz com que Idolatry seja o terceiro maior estreante em vendas, abaixo apenas de Yaergnacht e Dream Jumbo Girl. Não garante segurança a longo termo, mas que terá tempo para tentar crescer. O próximo arco já está começando nesse capítulo.
Saindo da âncora, Yashou no Kito é décimo oitavo dessa vez. Todos aqui sabem que o mangá tem dificuldade para vender e com as menores visualizações das estreias do ano, mas o capítulo da semana só… começou outro arco normalmente. Embora o mangá esteja na fila para cancelamento, a fila só anda se abre espaço e os editores parece que não estão com pressa nesse sentido.
Antepenúltimo, Gachiakuta tem um capítulo com menos páginas que o normal. A Magazine é mais flexível, então não é nada demais e a posição da obra na TOC faz mais sentido.
Penúltimo, Ikitagari no Werewolf só está acima de um oneshot. Embora a história já tenha apresentado os pontos necessários para acabar, o ritmo ainda parece lento, como se o cancelamento estivesse longe. Tanto Kito quanto Ikitagari pintam um cenário de possivelmente estarmos longe do machado. Falando em oportunidades, a Magazine estaria deixando tempo demais passar para renovar sua line-up de novatos. Entretanto…
Estamos recebendo notícias de duas novas séries: uma nova romcom de Seo Kouji em Janeiro (o homem é uma máquina, só dois meses de descanso pós Megami Café) e um mangá de baseball baseado num oneshot com arte bem interessante. Talvez só tenhamos cancelamentos no fim de Dezembro então. Mas falarei mais desses estreantes em futuro artigos.
Não sei se a análise ficou muito diferente do habitual, mas espero que tenham curtido. Até a próxima.
