Conheça o novato Idolatry, um mangá de idol com uma protagonista que já está dando o que falar! E com a Shoseki podemos ver se Gachiakuta está tendo um boost com um anime e um novato já despontando como sucesso! Tudo isso e muito mais na nossa análise da Weekly Shonen Magazine, a segunda maior revista shonen do Japão. Começando pela TOC:
- Idolatry (Nova Série de Ootaka Shin e Homare, Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 01
- Mokushiroku no Yonkishi (Página Colorida) Ch. 200
- Dream ✰ Jumbo ✰ Girl Ch. 08
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 229
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 139
- Kurotsuki no Yaergnacht (Página Colorida) Ch. 13
- Banjou no Orion Ch. 65
- Blue Lock Ch. 311
- Kanojo, Okarishimasu 385
- Ao no Miburo: Shinsengumi hen Ch. 59
- Kakkou no linazuke Ch. 258
- Kaijin Fugeki Ch. 47
- Megami no Café Terrace Ch. 204
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 148
- Suruga Meteor (Página Colorida) Ch. 24
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 189
- Kagari-ke no 8 Kyoudai Ch. 15
- Ikitagari no Werewolf Ch. 17
- Sentai Daishikkaku Ch. 184
- Gachiakuta Ch. 143
- Hajime no Ippo Ch. 1497
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 185
- Yashou no Kito Ch. 11
- Yumene Connect Ch. 42
- Yowayowa Sensei Ch. 128
Ausências: Mayonaka Heart Tune Ch. 84, Ahiru no Sora Ch. 616 (Hiato)
Oportunidade perdida, a capa da semana ficou para uma atriz e não uma idol, tema do nosso estreante: Idolatry. Hora daqueles resuminho básico da história para vocês terem noção do que o mangá é.
A adolescente Harumi Junna é louca por um grupo idol chamado Tokyo Crash, mas mais especificamente, ela o segue por ser fã de um seus membros, a garota Fuwari. Somos apresentados à Junna com ela comprando 100 CDs do grupo para ter mais votos na eleição de favoritas do grupo, ela é uma otaku hardcore mesmo.
Certo dia ao esperar por notícias do grupo, Junna recebe a mensagem de que o Tokyo Crash está se desfazendo. Seu mundo quebra, Junna até culpa, com face de raiva, a garota mais popular do grupo como possível culpada por esse fim. Sua aflição só para ao ver um vídeo de despedida de Fuwari com uma mensagem “oculta” de “até logo”.
Junna é extremamente inteligente em pesquisa e lógica e logo deduz que Fuwari fara parte de um reality show de idols. Com um certo sentimento de culpa de não ter conseguido proteger Fuwari no Tokyo Crash, Junna pensa qual seria a melhor forma de apoiar a nova tentativa de sua idol no show business.
Em meio a isso somos apresentados a Ayako, uma ex-idol que é a produtora desse reality show. Aqui a história explica como funciona: 100 garotas entrarão e terão treinos e provas até que só sobrem 5, que formarão o grupo. Além disso a produtora expõe sua visão excêntrica de uma idol ao mundo: não precisam de talento e nem trabalho duro, a qualidade que ela acredita definir uma Idol de Primeira Linha é a capacidade de lidar com o Amor e Ódio de dezenas de milhões de pessoas, algo que ninguém normal é capaz de lidar — ou seja, precisa de um pouco de loucura.
Ayako ao voltar para casa dá de cara com Junna no escuro. A adolescente a seguiu e pesquisou como invadir o apartamento, a produtora fica absolutamente chocada e assustada, querendo chamar a polícia. O rosto louco de Junna porém logo muda quando a menina começa a cantar. A cantoria não é boa e ela praticamente não dança, mas Ayako vê algo de especial no canto passional da invasora.
Junna revela que decidiu que a melhor forma de ajudar Fuwari é adentrar o programa para derrubar possíveis rivais de sua idol. Ayako então decide permitir que Junna seja a 101a integrante do programa, mesmo sem habilidade e indo contra toda lógica.
É uma história bem peculiar no qual a protagonista mais parece uma stalker, mas isso foi o suficiente para causar várias reações nos leitores. No geral, muito positivas. Em poucas horas a obra conseguiu mais de 200 comentários na Magazine Pocket (mais do que Yashou no Kito tem lá até hoje no seu primeiro capítulo) e mais de 400 no momento que escrevo essa matéria.
Além disso foi um dos lançamentos com maior volume de posts no Twitter. Provavelmente só perdeu para Yaergnacht nesse quesito na leva de 6 desse ano.
Tanto o escritor quanto o desenhista possuem grande conhecimento sobre idols e essa familiaridade fez com que fãs de outras obras idol criassem interesse por Idolatry. Além disso é um mangá tecnicamente impressionante, com uma arte sólida e cativante.
O mangá começou com o pé direito e agora a função de seus autores é saber guiar para um caminho que aproveite dessa boa largada. Inclusive já até anunciaram o volume 1 para Outubro, demonstrando certo nível de confiança no mangá.
Celebrando 200 capítulos, a vice liderança fica para Mokushiroku no Yonkishi, no começo da possível batalha final de seu arco.
Até queria ter mais novidades para falar sobre, mas a conta do anime da série está quieta por meses já. Isso implica que a próxima temporada do anime provavelmente não chega cedo, então por enquanto o negócio será mesmo os leitores curtirem o mangá, que continua em alta com sua fanbase.
Se juntar com o número de capítulos de Nanatsu, a franquia já tem mais de 560 capítulos no atual momento. É figurinha carimbada da Magazine e um dos definidores de era.
A medalha de bronze vai para Dream Jumbo Girl em um capítulo de idol que alguns até falaram de ser parecido com Idolatry. É redundante ou boa sinergia? Vai de cada um.
Fora isso, a promoção é bem vinda e pode indicar uma boa recepção do mangá. A minha impressão à primeira vista é mesmo de que o público geral ainda não tem noção total do mangá, existe um potencial de crescimento possivelmente.
Shangri-la Frontier é o quarto lugar em semana normal? Tá perto do pico porque é super popular, é o normal. Inclusive impressão que recentemente os editores andam mais moderados em como distribuem seus hits pela revista.
A quinta colocação vai para Seitokai ni mo Ana wa Aru, que terá um anime pelo estúdio Passione, especialistas em ecchi e com boa reputação em questão de qualidade. Estão sendo bem falados recentemente, o trailer de Seitoana poderia chegar o quanto antes possível…
Na sexta posição e com sua primeira página colorida de duas consecutivas, Kurotsuki no Yaergnacht está sendo merecidamente muito promovido. Seu volume 1 teve primeiros dias excelentes no lançamento na Shoseki.
No primeiro dia, o mangá pegou o top 12 diário, superando demais obras da revista como Yowayowa Sensei, Kanan-sama, Yumene Connect, Ao no Miburo e Suruga Meteor. As colocações depois continuaram boas e acendem a chama de possíveis 10K ao mês.
Esse resultado, caso confirmado, basicamente estabelece Yaergnacht na revista, sendo um de seus hits do ano. Yaergnacht tem seu nicho e sabe como apelar para ele, o capítulo da semana novamente foi bem elogiado, e seus fãs parecem criar uma relação de fidelidade com o mangá. Tudo nos conformes.
Em sétimo lugar temos Banjou no Orion, voltando de break. Essas paradinhas parecem essenciais para que autores que já passaram anos na revista possam continuar voltando para mais projetos novos, algo que parece incomum na rival Jump em relação aos seus veteranos.
O oitavo da TOC é Blue Lock, que está para começar a tão aguardada Copa do Mundo Sub-20. Os fãs estão animados.
A nona colocação fica para outro capítulo explosivo de Kanojo, Okarishimasu que de novo moveu as massas na Pocket e nas redes sociais. Falem o que quiser do autor, mas ele sabe como causar impacto e é inegável o quanto isso beneficia a popularidade de seu mangá.
Ao no Miburo é o décimo colocado em mais um capítulo cheinho de diálogos para os fanáticos por história (ou seja, basicamente a maioria de seus fãs).
Décimo primeiro no grid, Kakkou no Iinazuke aproveita seu anime em exibição e traz de volta um personagem controverso e talvez uma certa progressão nas questões românticas de seu roteiro.
Já o décimo segundo lugar, Kaijin Fugeki, não faz questão de demorar e já emenda um novo arco. A loucura sem freio de Ohgreat é parte da identidade do autor, então essas estranhices até são esperadas e não tratadas como algo problemático para a obra.
Megami no Café Terrace aparece em décimo terceiro lugar com mais um capítulo meta sobre romcoms e uma promessa no final do capítulo de revelar a garota escolhida pelo protagonista na semana que vem. Se eu acredito? Ainda não.
O décimo quarto da edição é Kanan-sama, em mais um capítulo que aproveita seu novo status quo para fazer novas interações. O mangá continua ranqueando regularmente melhor que os demais ecchi da revista. Talvez pela natureza mais leve, Kanan-sama tem oito páginas por capítulo.
Com página colorida e uma promoção por George Morikawa, Suruga Meteor é o décimo quinto lugar. Além disso, a revista continua a promover aquele fato da obra ter recebido mais votos na enquete semanal da Magazine.
O problema é que o volume 1 teve números baixíssimos e os primeiros resultados do volume 2 na Shoseki já pintam um cenário ruim, com o mangá já estreando além do top 100, ficando muito aquém dos demais lançamentos do mês.
O apoio para Suruga Meteor é tão grande que não dá para dizer ainda que esses resultados implicam num encerramento a curto prazo. Se os leitores estão, de fato, gostando tanto assim do mangá, ele continuará bem promovido. Porém acredito que a possível de falta de crescimento já no volume 2 possa mudar o patamar e expectativas para a spokon. Veremos.
Décima sexta posição para um Amagami-san que já não é mais prioridade para o futuro próximo da Magazine. Só de ter esse tempo grande para despedida é algo satisfatório depois de anos de publicação.
Kagari-ke, o décimo sétimo da vez, começa um arco com mais ação que pode ser o que define a sobrevivência do mangá ou não. A série tem um engajamento online decente, mas vendas baixas, se os eventos presentes nos volumes 2 e 3 impulsionarem crescimento, o mangá pode se salvar, mas estagnar ou diminuir já complica sua situação. Não é por acaso a baixa prioridade recentemente.
Saindo um pouco do fundão fundo de vez, Ikitagari no Werewolf é o décimo oitavo lugar com mais um capítulo de pura ação. Os eventos estão tão bem fechadinhos que um encerramento precoce (antes dos 30 capítulos) vai pintando como uma possibilidade legítima.
Sentai Daishikkaku é o décimo nono dessa TOC e seu roteiro continua a parecer próximo de uma conclusão. Nada cravado até um anúncio oficial da revista, mas não parece ter tantos núcleos sobrando para explorar.
Gachiakuta continua como parte do fundão da Magazine, em vigésimo, mas já recolhe alguns benefícios de seu anime. As semanas 1 e 2 da temporada já renderam por volta de uns 15 a 20k de vendas semanais para o mangá.
Não é dos maiores boosts, obras como Hikaru e Takopi são os grandes hits da temporada nesse sentido, porém o resultado, caso mantido, já seria razoável. Além disso o mangá está indo bem nas plataformas digitais e sua promoão internacional continua forte — fui assistir Superman nessa semana e passaram antes um trailer de Gachiakuta na Crunchyroll.
Portanto, não levem as vendas tão a sério, um anúncio de circulação pode mostrar a força do digital e do mercado internacional para essa obra. A percepção de que ela concorre com as maiores da Jump gera expectativas exageradas.
O clássico Hajime no Ippo é o vigésimo primeiro lugar. A obra ganhará as primeiras páginas coloridas na semana que vem para celebrar seus 1500 capítulos, mesmo que um pouco antes do número exato. Eles provavelmente já tem outros planos para as próximas duas semanas, mas era essencial não perder a oportunidade de celebrar esse número quase inalcançável por outros autores.
Kuroiwa Medaka se apresenta como vigésimo segundo colocado, aqui pela questão de rotação.
Era esperado, mas triste de ver Yashou no Kito no bottom 3 na semana. Os resultados foram similares aos de rivais de leva, mas seu capítulo 1 foi o com menos visualizações na Magazine Pocket até o momento.
O mangá não está morto, mas tomará parte na batalha pela sobrevivência. Mesmo com uma página colorida extra, Kito continua sem conquistar aquele interesse natural do público, talvez pela questão de arte, mesmo que ela já tenha melhorado a quadrinização após as críticas.
Em penúltimo lugar, Yumene Connect estar sempre por ali parece dar pontos para a teoria do “tratamento To Love-ru” com os ecchi da Magazine, colocados regularmente para fechar a edição.
Yumene não é o tipo de obra que todo mundo quer comprar, mas seu nicho online ainda movimenta mais a recepção da obra que a de muitos outras séries da revista.
Fechando a edição, Yowayowa Sensei estar aqui me faz colocar ainda mais a fichas na teoria do ecchi. Seria o gênero o subtituto natural de Fumetsu no fim da revista? Continuaremos seguindo isso.
É uma pena que Idolatry não ganhou uma tradução oficial do K-Manga, seria excelente se o serviço promovesse mais os novatos da revista principal, o acesso à Magazine completa poderia elevar o nível de popularidade de todas as suas séries. Mas continuarei seguindo Idolatry com afinco aqui para quem quiser saber mais sobre, até a próxima!
