
Temos as informações completas do anime de Mayonaka Heart Tune, Gachiakuta continua a ser promovido como grande aposta, impressões do segundo capítulo de Ikitagari no Werewolf, anúncio da segunda temporada de Kuroiwa Medaka? Semana cheia com tudo isso e mais na nossa análise da Weekly Shonen Magazine, a segunda maior revista shonen do Japão. Começando pela TOC:
- Mayonaka Heart Tune (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 69
- Ikitagari no Werewolf Ch. 2
- Blue Lock Ch. 296
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 174
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 185
- Gachiakuta Ch. (Página Colorida) 131
- Tutorial Shite Kurenai Bukiya no Oyaji (Oneshot)
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 369
- Kaijin Fugeki Ch. 34
- Megami no Café Terrace Ch. 189
- Suruga Meteor Ch. 10
- Yumene Connect Ch. 27
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 126
- Ao no Miburo: Shinsengumi hen Ch. 44
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 171
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 215
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 133
- Banjou no Orion Ch. 51
- Sentai Daishikkaku Ch. 173
- Yowayowa Sensei Ch. 112
- Hajime no Ippo Ch. 1487
- Irozuku Monochrome Ch. 29
- Batchiri Scratch! Ch. 36
- Fumetsu no Anata e Ch. 198 – 2
Ausências: Kakkou no linazuke Ch. 243, Ahiru no Sora Ch. 616 (Hiato)

Mesmo com anúncio de anime, a capa foi para uma idol. Entretanto as páginas coloridas ficam com a celebração da adaptação de Mayonaka Heart Tune, que teve trailer, estúdio, staff e dubladoras anunciados no AnimeJapan, um dos maiores eventos da indústria de anime! Vamos comentar do que foi passado.
O estúdio será um relativamente novo, o Gekkou, que teve seu primeiro anime em 2023. Seu trabalho de debut é justamente o de melhor produção, One Turn Kill Nee-san era um isekai e romcom com boas cenas de batalha e cotidianas, afim de mostrar o potencial do estúdio. Porém suas adaptações seguintes não tiveram o mesmo nível de qualidade e podem preocupar.
Contudo, Mayonaka Heart Tune terá seu anime apenas em 2026, é mais de um ano de produção. Sendo o projeto mais importante da história do estúdio, é possível acreditar que seu nível de qualidade possa voltar. O que mais importa sempre anime é lembrar que o prédio estúdio não faz o anime, mas sim animadores, diretores, etc, então o importante é atrair um bom staff para o projeto.
O diretor é Masayuki Takahashi, que dirigiu bem Butareba, um isekai de baixo orçamento e problemas sérios de produção, mas que a direção foi competente a ponto de permitir que o anime ainda tivesse um impacto, talvez num projeto maior ele possa se destacar, mas é uma aposta. Script e character design foram para Yukie Sugawara e Tomoyuki Shitaya, dois veteranos de indústria e com vários bons trabalhos. Os nomes me agradam, mas não dão garantia ainda de uma grande adaptação até vermos um trailer.
Falando do mais importante agora: as vozes. Mayonaka Heart Tune é uma história sobre VOZ, suas personagens todas se destacam por isso na história. Não deve ser por acaso, mas o Gekkou também trabalha como agência de dublagem, então essa experiência pode ser importante para a obra.
As heroínas são: Nene por Rumi Ookubo (Astolfo em Fate), uma ótima escolha pelo alcance de voz da dubladora, que também tem experiência com tsunderes; Iko por Sayuki Suzushiro (Nijika em Bocchi the Rock), que pega regularmente papéis de tanto voz estóica como energética, encaixando os dois lados de Iko bem; Shinobu como Miku Itou (Miku em Gotoubun no Hanayome), a mais popular e experiente do elenco para atrair mais público e dar seriedade para Shinobu; e Rikka como Momoko Seto, uma novata que pode ter sido escolhida por ser uma boa cantora como a personagem — não é raro esse tipo de escolha para personagens que cantam.
Ótimo elenco que dá esperança de ser uma adaptação bem pensada. Teremos mais notícias ao longo do ano, mas inicialmente estou positivo.
O vice é Ikitagari no Werewolf, com um capítulo de 44 páginas que dá o tom mais claro de como a história será estruturada.
Nesse segundo capítulo o foco continua no protagonista Hitonari, que vai aos poucos percebendo que tem memórias de eventos e tempos que nunca viveu. Aos poucos o garoto vai desconfiando da própria identidade e tem dúvidas acerca do que realmente é.
Logo depois ele se encontra com outro lobisomem, que não percebe que a mente do garoto está no controle do corpo, e fala com seu colega lobisomem de forma que introduz ao leitor mais ao mundo e sociedade dos lobisomens. É bem explicativo, mas algo normal para um mangá shonen tentando se firmar.
Após isso, Hitonari se vê obrigado a matar o outro lobisomem, sabendo o que eles fazem e do perigo que ele representa para gente como sua namorada. A luta é brutal, com parte da luta sendo entre as feras e parte com Hitonari humano usando de um método graficamente violento para matar seu inimigo. Ikitagari no Werewolf parece mesmo ser um battle shonen, além de um mistério e Hitonari precisará sobreviver batalhas com tanto outros lobisomens quanto fugir dos caçadores para sobreviver.
O capítulo teve uma recepção boa, com vários leitores aceitando que será um battle. Não tem ainda muita gente comentando sobre, mas o mangá conquistou boas posições na seção de ação da Magazine Pocket, ficando no top 10 pela semana. Isso é um resultado muito superior ao de Suruga Meteor e coloca Ikitagari no Werewolf como uma obra que pode sobreviver com boas vendas no volume 1.
O podio se encerra com Blue Lock, num capítulo que gira pelos personagens para situar o leitor da situação da história. Pilar é pilar e merece destaque assim frequentemente.
Em quarto lugar, Amagami-san terminando o anime com uma boa recepção por quem assistiu até o fim. É o que sempre falei aqui, mas a história se encontra com os arcos sobrenaturais e o mesmo aconteceu com o anime. Enquanto isso o mangá foca em personagens secundários, dando a entender que não tem planos de encerrar cedo.
A quinta colocação fica para Mokushiroku no Yonkishi num capítulo que foca nas suas conexões com Nanatsu no Taizai e deixa alguns elementos do roteiro mais claros. É um capítulo importante para os fãs de longa data e bom de se ter nesse pelotão de frente pelo papel da franquia na Magazine.
Gachiakuta está em sexto na TOC com uma arte colorida promovendo o anime destacando os quatro personagens que fizeram parte, por meio de seus dubladores, do painel da série no AnimeJapan.
Estavam lá Aoi Ichikawa (Rudo, também conhecido por Seiya em Tsurune), Katsuyuki Konishi (Enjin, também conhecido como Tengen em Kimetsu no Yaiba), Yoshitsugu Matsuoka (Zanka, também conhecido por Kirito em Sword Art Online) e Yumiri Hanamori (Riyo, também conhecida como Hayasaka em Kaguya-sama). Entre os quatro, Ichikawa é o com menos experiência, o que é algo comum para um protagonista do tipo, enquanto os demais já trazem carreiras mais longas, com mais fãs.
Foi um daqueles eventos direcionados ao público japonês, fã dos seiyuu e que poderá assistir o anime apenas por eles. O tom foi de uma mistura de apresentação de Gachiakuta para esses possíveis novos espectadores e leitores, enquanto alguns comentários acerca do mangá eram feitos para agradar aos fãs do trabalho original.
De mais interessante eu diria que foi eles comentarem que a autora Kei Urana está presente durante as gravações, indicando que ela está trabalhando mais diretamente com o anime e que explica muitas de suas ausências — a sua arte é uma das mais incríveis entre as séries shonen em andamento, então manter esse padrão implica em várias paradas enquanto ela está também ocupada com o anime.
Fora isso, Gachiakuta esteve presente em vários booths do AnimeJapan, como da avex e da Bones, com uma promoção fortíssima digna de uma das obras mais importantes do ano. Enquanto isso o mangá se prepara para entrar no arco do Festival das Bonecas, que está sendo construído como talvez o mais importante da história até aqui, um bom timing quando o anime está em tanto destaque.
Logo depois de um oneshot curto, Kanojo, Okarishimasu é o oitavo colocado em capítulo que talvez o mude o tom dos próximos para algo mais sério? Talvez. Fora isso, mais arte para a nova temporada do anime, que promete uma qualidade superior à terceira com o retorno do diretor das duas primeiras, o que possivelmente pode atrair parte dos melhores membros do staff que não voltaram na temporada anterior.
Em nono lugar, Kaijin Fugeki está em início de um novo arco que promete ter mais elementos de romance e interações cotidianas. É algo interessante e parece agradar os leitores, o crescimento do mangá pode continuar.
A décima posição é de Megami no Café Terrace, dessa vez focando em comédia mais do que em avançar o romance seriamente. Não tem problema, eu diria que o mangá é bem mais COMédia que ROMance e que isso é um dos seus atrativos. Mas ainda não há clareza se o seu encerramento virá nos próximos meses.
Suruga Meteor é o décimo primeiro da TOC. A partida continua e é bem longa para um mangá com poucos capítulos, como disse no artigo anterior. Não vou dizer que é uma idéia errada, idealmente você não quer enrolar seus leitores até chegar ao prato principal da sua história, mas para um mangá que não conectou com os leitores isso cria um cenário complicado de não dar espaço para novos leitores.
Yumene Connect, o décimo segundo lugar, continua apostando numa mistura de absurdismo com erotismo para chamar atenção. E a aposta continua vencendo, já que o mangá continua na boca do povo. Tanto dos leitores da revista quanto os da Pocket.
1 milhão e quinhentas mil cópias em circulação com 9 volumes para o décimo terceiro colocado da semana, Seitokai ni mo Ana wa Aru! Resultado muito bom, ainda mais para um mangá que foi inicialmente lançado como um 4 koma focado principalmente no público que compra a revista semanal. É muito acima do esperado e com o anime para ser anunciado, tem tudo o número crescer bastante.
Ao no Miburo fica na décima quarta posição em mais um capítulo dramatizando um evento histórico real. A mistura de baixas vendas com bons resultados na TV sempre me fazem pensar qual será o destino da obra nos próximos meses: segurança na revista ou transferência para Pocket? No momento, chutaria a primeira opção.
O décimo quinto lugar é Kuroiwa Medaka, obra que teve a confirmação de uma segunda temporada após o fim de seu anime. Isso quer dizer que o anime foi um sucesso?
Não, infelizmente. Praticamente todas as romcom recentes da Magazine estão ganhando 24 episódios, seja com um anime de 24 episódios consecutivos, como Amagami, ou com duas temporadas de 12, como Megami no Café Terrace. É o caso de Kuroiwa Medaka. O anime não foi bem, mas já tinha essa segunda engatilhada.
É uma pena que a adaptação não conseguiu capturar os designs e arte do mangá, dois de seus pontos mais fortes, e que a dancinha da abertura acabou gerando mais repercussão que qualquer episódio. Porém não ter recebido atenção alguma poderia ter sido até pior. Continuo achando que mais anime após esses 24 episódios é improvável, mas ao menos o mangá vende bem e está seguro até a autora decidir encerrar.
Shangri-la Frontier é o décimo sexto colocado em um capítulo que possivelmente está mais abaixo por ser um capítulo mais focado em questões do jogo. Normal.
A décima sétima posição vai para Kanan-sama, que tem um dos melhores capítulos da obra inteira. Acredito que a página dupla dessa edição é a primeira do mangá inteiro e está belíssima para o clímax do longo arco do concurso de Miss. Continuamos na espera do anúncio de anime.
Banjou no Orion é o décimo oitavo da TOC e, junto de Mayonaka Heart Tune, superou Gachiakuta em vendas nos primeiros dias dessa Shoseki. Os dois devem vender menos na semana e no mês, mas cresceram a ponto de chegar nesse nível. Além disso, Orion tem conseguido boas posições em rankings digitais, além da recepção muito positiva com leitores. Cada vez mais firme na Magazine.
Se na semana passada considerei que esse arco poderia ser só destinado ao Green Keeper, o capítulo dessa edição de Sentai Daishikkaku, o décimo nono lugar, deixa mais claro que esse é o arco final da obra. Todos os personagens importantes que apareceram ao longo dos anos estão no mesmo lugar e estão falando abertamente de ser a Batalha Final — a única questão é que a grande batalha anterior da obra durou dezenas de capítulos, então não dá para estimar o quanto isso pode levar, mas eu chutaria que o mínimo é que o mangá continue até ao menos o fim da segunda temporada do anime.
Vigésimo colocado, Yowayowa Sensei continua brincando com seu elenco. Pode ser que agora, com o fim do AnimeJapan, a gente possa receber alguma notícia do anime nos próximos meses.
Hajime no Ippo é vigésimo primeiro lugar em capítulo focado em várias das narrativas que existem ao longo das décadas de publicação do mangá. São muitos capítulos em seguida com um número grande de páginas e poucas paradas, George Morikawa está mostrando seu vigor com a sua obra prima.
Antepenúltimo, Irozuku Monochrome continua com uma TOC preocupante e as vendas do novo volume são novamente das mais baixas da revista, vendendo menos que Ao no Miburo nos mesmo dias. Por enquanto os únicos sinais positivos para o mangá são sua popularidade na Pocket e a história não parecer encaminhada para um final ainda. Continua em perigo.
Batchiri Scratch é um penúltimo de luxo, após varios capítulos sérios de clímax e desenvolvimento, parece voltar à atmosfera mais relaxada de sempre enquanto se encaminha para o fim. Continua me enganando também, sempre acho que o próximo capítulo é o último.
Por fim, Fumetsu no Anata e é outro que a história dá cara de estar bem bem no final. Em algumas semanas ou meses deve deixar a revista, idealmente com informações do seu desaparecido anime.
Ufa, por enquanto é isso que temos para falar. A Magazine continua com novidades, com muito anime e novas estréias, é uma ótima hora de dar chance para os mangás dela. Sei que séries como Banjou no Orion tem tudo para conectar com um público maior desde que o conheçam.
Na próxima edição, a estreia de Kagari-ke no 8 Kyoudai! Até lá.