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Uma edição sem cores? Sem problemas. Temos uma enxurrada de encerramentos, o retorno do escritor de Mushishi e o super mega gigantesco sucesso avassalador de Medalist.
TOC Monthly Afternoon #03 – (25/01/2024)
Capa: Medalist c49 e c50
02 – Blue Period c73
03 – Moyashimon+ c03
04 – Zaha no Koi c02
05 – Skip to Loafer c67
06 – Darwin Jihen c45
07 – Hellhound c31
08 – Nami yo Kiitekure c107
09 – Vinland Saga c217
10 – Dokudami no Hanasaku Koro c13
11 – Leende Koku Monogatari c04
12 – 7-nin no Nemuri Hime c67, c68 e c69
13 – Puu-Neko c248
14 – Tengoku Daimakyou c70
15 – Fragile c122
16 – Mirai Rai Furai c07
Saihate no Serenade c20 (Encerramento)
18 – Toppuu GP c104
19 – Issak c97
20 – Under 3 c124
Quartz no Oukoku c20 (Encerramento)
22 – Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai c69
Kamokuna Joshikou Batonbu (One-shot)
24 – Kaettekita Karasuya Satoshi
Ausentes: Ookiku Furikabutte, OMORI, Tengu no Daidokoro, Mugen no Juunin: Bakumatsu no Shou, Raise wa Tanin ga Ii (hiato), Historie (hiato), Bouken Erekitetou (hiato).
Página de divulgação do anime de Medalist – Não é página colorida, essa edição mão de vaca não teve nenhuma.
Saudações, queridos leitores. Estamos de volta para mais uma edição da nossa estimada e auspiciosa Afternoon. Desde a nossa última análise a revista mudou consideravelmente. Algumas ausências, histórias novas, mais encerramentos, estreias se aproximando. Ou seja, uma edição animada e com boas novidades, que certamente merecem ser comentadas. Bem, bora pra TOC.
Na primeira posição e na capa da revista temos ninguém menos do que o maior protagonista do momento, Medalist.
Ninguém conseguiu converter o pesadelo em um sonho com tanta força como Medalist vem conseguindo. Antes da estreia do seu anime, pelo menos na época do anúncio e das divulgações, a desesperança era enorme. Desanimo com o estúdio, pessimismo com o projeto, era um verdadeiro clima apocalíptico, tudo em antecipação pelo o que parecia um fracasso anunciado.
Felizmente, o estúdio ENGI foi capaz de desmantelar por completo todo o pessimismo logo de cara, calando a boca de quem desacreditou – eu, por exemplo – e entregando, pelo menos por enquanto, uma adaptação de altíssimo nível. Um anime que resultou no maior boost de vendas da temporada, superando um concorrente de peso, como Sakamoto Days.
O último volume lançado no começo do mês vendeu 31 224 cópias em apenas 3 dias, em comparação, o volume anterior ao anime vendeu 28 mil em 4 semanas, estamos falando de um crescimento de 1000%, um número absolutamente e totalmente ridículo.
Como se não bastasse, todos os volumes da série estão aparecendo, todos os dias, em posições altas no ranking shoseki, já totalizando mais de 60 mil cópias dos seus volumes anteriores na última semana.
A revista não poderia estar mais animada com o resultado, nem os mais otimistas acreditavam seriamente em um sucesso desse tamanho. A maior alegria é perceber que uma série tão competente e de uma qualidade tão ímpar vem conseguindo com tanta velocidade o seu mais que merecido sucesso.
Peguei Medalist para ler somente no começo do ano, um pouco antes do anime estrear. Lembro de ter começado a ler às 18h, terminando às 4:30h da madrugada. Parei só para banho e necessidades fisiológicas, não foi fácil!
Mas sim, tive a confirmação, essa é uma história absurdamente densa, criativa e especial, digna de todo esse reconhecimento astronômico. Pretendo escrever uma review sobre a história, aproveitar um pouco do hype da temporada, gosto demais do mangá pra deixar a oportunidade passar. Leia Medalist, assista Medalist.
Agora, na segunda posição, para continuar ostentando o nível impecável de qualidade que só essa revista tem, encontramos a sua principal história, Blue Period. Com seus mais de 16 volumes vendendo acima das 100 mil cópias, a série se mantém como o maior sucesso comercial da Afternoon.
Estou totalmente investido no novo arco, nosso mano Yatora trabalhando novamente ao lado da sua crush/inspiração Mori-senpai é lindo de se ver. Estou pronto para chorar mais um pouco.
Na terceira posição, temos Moyashimon+. O mangá é a sequência do sucesso esquecido dos anos 2000, e não vem sendo fácil mensurar a recepção dos novatos da revista, porque a Afternoon não tem um site próprio de leitura, e o pessoal dos fóruns japoneses não se sentem tão investidos para comentar suas histórias com afinco.
Como não acompanho a história – já que ela não tem tradução – fica também meio complicado comentar qualquer coisa sobre ela em si. O que resta é esperar pelas vendas do seu primeiro volume, que ainda deve demorar um pouco.
Página Colorida do Primeiro Capítulo de Zaha no Koi
Na quarta posição temos o recém chegado, Zaha no Koi. O mangá é a mais nova comédia romântica que estreou na edição passada. A história conta a jornada do nosso protagonista Zach, um vampirão meio atrapalhado.
Zach descobriu o amor pela primeira vez ao ser salvo de um armazém por uma jovem chamada Himari. Decidido a declarar seu amor, Zach junta algumas flores para entregar para sua nova amada, mas nisso, acaba se esquecendo que o dia estava amanhecendo, e como vocês sabem, vampiros odeiam o sol. Nisso o idiota acaba se desintegrando, virando pó e vagando pela terra durante anos, até conseguir se regenerar.
Um processo que demorou décadas, mas que de forma alguma diminuiu o amor de Zach por Himari-san, iniciando a sua jornada em busca de reencontrar sua antiga amada. Por coincidência do destino – e por ser um mangá – o vampirão acaba encontrando uma jovem no meio da rua, que convenientemente, é ninguém menos que Yumeko, irmã de Himari-san.
Escutando a trágica história romântica da boca do próprio Zach, Yumeko resolve bancar a cupido e levar o vampirão para sua casa, para ajudar no reencontro. Chegando na residência, temos a principal reviravolta do capítulo inicial, que é a descoberta que a Himari pela qual Zach se apaixonou não é a irmã da Yumeko, mas sim sua avó.
Páginas de Zach no Koi
Nisso, se encerra o capítulo. Uma leitura bem divertida e promissora, um vampirão romântico apaixonado na velhota. Esse capítulo inicial me conquistou totalmente, seguirei ansioso pelos próximos.
Já na quinta colocação temos ele, o sempre excelente Skip to Loafer. Com mais um capítulo centrado no nosso indeciso Shima-kun, a história segue explorando mais um pouco do seu tumultuado passado, tudo isso enquanto esperamos pela segunda temporada do seu anime.
Falando em anime, temos na sequência o próximo diamante bruto da Afternoon, Darwin Jihen. Se tem alguma história com o potencial de emular o sucesso que Medalist vem vivendo, essa história é Darwin Jihen. A série vende mais de 50 mil cópias mensais por volume, com um bom anime para impulsionar mais ainda suas vendas que já são excelentes, as expectativas ficam nas alturas.
Hellhound é o próximo da lista. A série de 2022 é mais um dos muitos mangás promissores da revista. Com apenas 5 volumes e mais de 20 mil cópias por volumes, é o mangá com menos de 50 capítulos que mais vende da revista, perdendo somente para OMORI.
Na sequência, temos Nami yo Kiitekure, história do lendário Hiroaki Samura. Longe do seu ápice de vendas e do seu anime lançado em 2020, a série não tem tantas novidades para oferecer, mas segue firme e forte. Seria bom se os canalhas da Kodansha retomassem a tradução da obra.
Na nona posição temos Vinland Saga, cada vez mais próximo do seu final. Makoto Yukimura já soltou umas 10 entrevistas diferentes e todas elas indicam que Vinland possui pouquíssimo tempo de vida. Basta acompanhar o mangá também para ter essa óbvia constatação. Provável que 2025 seja de fato o último ano da lendária série.
Página inicial do último capítulo de Dokudami no Hanasaku Koro
Na décima colocação temos o novato Dokudami no Hanasaku Koro. O mangá recebeu indicação para uma das principais premiações de mangás do Japão, o Manga Taisho. A história é a única representante da Afternoon na competição, e apesar de não ser a favorita para levar o prêmio, uma simples indicação pode resultar em um relevante boost comercial para o mangá.
Na sequência temos mais um novato, Leende Koku Monogatari. Que vive a mesma situação de Moyashimon, não tem tradução e não tenho muito noção da sua recepção, me deixando de mãos atadas para comentar a série.
Depois dele temos 7-nin no Nemuri Hime, a série semanal lançada na revista mensal. Nemuri Hime é provavelmente o mangá que mais destoa da revista, mais parece um mangá da Shonen Magazine do que uma história da Afternoon. Não vende bem, mas se destaca o suficiente nas TOCs para garantir sua sobrevivência.
Logo após temos outra comédia curta, Puu-Neko. Essa por ser mais madura combina um pouco mais com a temática da revista e também encaixa no clima de leveza, aliviando os inúmeros dramalhões lançados.
Com uma posição surpreendentemente baixa temos Tengoku Daimakyou. O mangá é a sexta história que mais vende na revista, aparecendo na parte de trás apenas para promover um pouquinho de flexibilidade e rotação nas suas principais histórias.
Logo após temos Fragile e Mirai Rai Furai, sem muitas novidades para a história do médico e nem para a história da universitária chinesa. Na sequência, temos o último capítulo de Saihate no Serenade. O mangá que vinha sendo publicado desde 2022 não conseguiu engrenar suas vendas em momento algum, acabou durando pelo máximo de tempo possível, mas é, chega um momento que fica insustentável, e chegou a hora de dizer adeus.
Depois dele temos Toppuu GP e Issak. Toppuu GP ainda tem muita estrada pela frente, mas Issak anunciou seu final, e deve encerrar seus trabalhos no meio do ano. Depois da última comédia curta Under 3 temos mais um encerramento, o de Quartz no Oukoku. O mangá que durou por exatos dois anos não conseguiu segurança financeira, vendendo extremamente mal durante toda sua serialização, resultando no mais que natural encerramento.
Página do belíssimo último capítulo de Quartz no Oukoku
Por último, temos a pesada história de terror Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai. O mangá preocupa um pouco aparecendo mais uma vez no fundão da revista, mas como prometeu há algum tempo que estava caminhando para seu final, não seria estranho acreditar que estamos prestes a encontrar mais um encerramento, só que esse sendo bem mais natural e programado.
Essa foi uma edição que a palavra encerramento se repetiu bastante, são duas histórias se encerrando, mais três com final anunciado e algumas outras que já passaram da hora de terminar. Mas todo final abre espaço para um novo começo, e isso será provado na edição seguinte, onde teremos duas grandes estreias.
Suiheisen no Nera, mangá novo do grandioso Urushibara Yuki, autor de Mushishi. Além dele, teremos também Kraken Mare, organizados por uma dupla de europeus. Izu (francês), responsável pelo roteiro e Hagane (italiano), responsável pela arte.
Duas apostas mega interessantes que prometem muito, e que darão as caras já na próxima edição. Aguardo vocês no mês que vem. Tschuss.
Preview de Suiheisen no Nera