TOC Weekly Shonen Sunday #52 (20/11/2024)
Capa: Live-action Red Blue
Red Blue c131 (Página Colorida de Abertura)
02 – Detective Conan c1134
03 – Sousou no Frieren c138
04 – MAO c253
05 – Major 2nd c292
06 – Maiko-san Chi no Makanai-san c320
Shite no Hana – Nougakushi Haga Kotarou no Sakikata c06 (Página Colorida)
08 – Ryuu to Ichigo c217
09 – Tonikaku Kawaii c295
10 – Mizuporo c45
Utsuranin desu c32 (Página Colorida)
12 – Kaihen no Mahoutsukai c11
13 – Momose Akira no Hatsukoi Hatanchuu c16
14 – Ichika Bachika c12
15 – Kaiten no Albus c27
16 – Komi-san wa, Komyushou desu c490
17 – Tatari c73
18 – Strand c12
19 – Hello Work Monsters c28
20 – Himeru Kokoro no zen himitsu c26
21 – Rock a Rock c32
22 – Shibuya Near Family c113
23 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c332
Ausentes: Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi, Maou-jou de Oyasumi, Ogami Tsumiki to Kinichijou, Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari, Te no Geka, Magic Kaito (hiato), Ad Astra Per Aspera (hiato).
Saudações cruzmaltinas, caros leitores. Estamos de volta para mais uma semana da nossa icônica e sempre excelente Weekly Shonen Sunday. Com uma capa super sensual e provocante, que me causa ansiedade, o exercício introdutório se faz desnecessário. Vamos logo para a TOC.
Na capa, na versão 3d, na primeira posição, na versão 2d, temos ninguém menos que Red Blue. Essa edição acabou fazendo bastante sucesso, uma das mais vendidas do ano, tanto por ser uma das poucas edições com a presença dupla de Conan e Frieren, quanto pela super capa dos magricelas gostosos, isso certamente deve ter ajudado.
Bem legal o destaque que Red Blue vem recebendo neste fim de ano, acho que como mangá de esporte, a história é mais subestimada do que deveria. Eu gosto de comparar com Blue Lock já que são duas histórias que subvertem o gênero de mangás esportivos por meio de um ceticismo bem interessante.
É você pegar toda a temática de esporte, acostumada a trabalhar conexões, amizades e trabalho em equipe e destruir tudo isso pra falar sobre o completo oposto, egoísmo, individualidade e ambição pessoal. O mangá existe simplesmente porque o protagonista odeia um cara metido e quer meter a porrada nele.
É vergonha alheia? Bastante. É meio bobo? Pra caramba, mas também é divertido, é uma história que se propõe a enfrentar as regras de todo um gênero para escrever uma narrativa mais cínica e diferentona, eu acabo valorizando isso. Aliás, por mais capas assim.
Na segunda posição, temos o nosso pequeno detetive Conan, de Detective Conan. Sempre um grande evento o retorno da história, a revista vende mais, o público se diverte mais, as crianças brincam nas ruas, o sol nasce mais bonito, e por aí vai. Toda vez que ele volta, a rotina é entregar a capa pro dono da casa, mas preferiram manter a divulgação de Red Blue. Não tem problema, já que será compensado nas próximas edições, onde o mangá receberá duas capas seguidas.
Depois dele, temos a outra metade de toda a rentabilidade real da revista, Sousou no Frieren. Um capítulo bem morninho e de muita conversa, sem muitas novidades para a semana, fora a sua própria presença, que é cada vez mais rara. MAO é o que vem a seguir. Estamos prestes a observar a 8ª luta entre os mesmos personagens com os mesmos resultados, o eterno bate e assopra.
Gosto mais da série quando o mistério toma conta e a força do capítulo se encontra na interação dos personagens, das conversas e dos monólogos engraçadinhos da Nanoka, essa porradaria oca sem consequência dificilmente empolga. Quanto às vendas do seu último volume, consistência é a palavra de sempre. A história figurou bem no ranking shoseki, e deve vender por volta das 18~22 mil cópias nos primeiros 10 dias. Não vai aumentar mais, principalmente sem um anime, mas também não vai perder muitos leitores.
Major 2nd é o próximo mangá da lista, um que eu não acompanho e sou incapaz de ficar aqui defendendo incondicionalmente, apesar de ter uma sensação muito forte de que vou adorar ele. Sobre adoração, encontramos logo após Maiko-san Chi no Makanai-san, o melhor mangá da história.
Maiko-san segue caminhando para sua reta final, e a qualquer momento pode decidir lançar seu último capítulo. Não foram claros o bastante no seu anúncio e apenas soltaram que a ‘’história está entrando no seu arco final’’, eu não sei se esse arco final vai durar um, dois ou cem capítulos, então, o jeito é viver cada capítulo como se fosse o último.
Página Colorida de Shite no Hana – Nougakushi Haga Kotarou no Sakikata
Na sequência, com uma belíssima página colorida, Shite no Hana – Nougakushi Haga Kotarou no Sakikata. A série não mudou muito seu status ao longo dos capítulos, segue sendo uma série bem elogiada, mas com um público bem reduzido. Página colorida a essa altura do campeonato acaba que não significando muita coisa, não serve para refletir o apoio do público e nem para representar um apoio editorial, funciona mais como mera formalidade, de manter a rotação de páginas coloridas e de destacar levemente um mangá recém introduzido na revista.
Se o editorial realmente acredita na qualidade de Shite no Hana a propaganda terá que ser mais agressiva. Precisamos observar uma constância de posições melhores, quantidade maior de páginas coloridas, divulgação nas suas redes sociais, recomendações de outros artistas, tudo o que for possível. A história, por agora, não promete ser nada além de mais uma gota d’água perdida no oceano. Pode até ser uma gota d’água bonitinha, mas desse jeito, não vai deixar de ser água.
Ryuu to Ichigo é o próximo da lista, mais um que consegue ser bem consistente no departamento de vendas. Apareceu bem nos primeiros dias e também teve uma boa presença nos principais sites de vendas onlines (amazon, rakuten, honto). Vai vender mais, vai vender menos? Não vai, vai vender o que sempre vende, umas 5~6 mil cópias nas primeiras semanas, o que garante mais uma vez a sua subsistência.
Diferente de MAO, não vejo Ryuu to Ichigo ganhando um anime de forma nenhuma. Não há um apelo relevante para produzir uma animação da sua história, caso aconteça, algo por si só extremamente improvável, será mais pela falta de outras opções. Tonikaku Kawaii aparece na nona posição, e sem muitas novidades para a história nesta edição.
Na décima posição temos Mizuporo, que estreou seu terceiro volume. O volume estreou na posição 212 do ranking shoseki, caindo no dia seguinte para a posição 231, e se despedindo do ranking no terceiro dia, na posição 295.
Arrisco dizer que o mangá está sofrendo mais uma vez com problemas de estoque, já que sumir tão rapidamente é um pouco estranho. De qualquer maneira, a série não parece ter crescido de maneira relevante, e sua presença no online também não é nada destacada.
Mizuporo segue sendo um mangá de apelo comercial que beira o nulo, e sem muitas expectativas de melhora, algo que não inibe a boa relação construída com o editorial, que parece não se importar de ter a comédia por perto.
Página Colorida de Utsuranin desu.
Na décima primeira posição e com mais uma lindíssima página colorida temos Utsuranin desu. A história conseguiu aparecer bem no ranking shoseki, superando suas posições do seu primeiro volume. Cada vez mais claro que a popularidade da série segue numa crescente, e isso é refletido nas suas vendas.
O seu primeiro volume vendeu míseras 2 523 cópias em 10 dias, um número que agora será muito provavelmente dobrado. Parece piada ficar tão animado com isso, uma projeção de apenas 5 mil cópias vendidas em dez dias, mas conhecendo a atual realidade da revista, é o que tem pra comemorar.
O exemplo de Ogami Tsumiki pode servir para animar mais ainda, a série vendeu 7 mil cópias no seu primeiro volume, não cresceu no segundo, mas conseguiu dobrar para 15 mil cópias já no seu terceiro volume. Utsuranin desu conseguiu dobrar o seu minúsculo público já no seu segundo volume, e o que garante que a série vai parar por aqui? Reconhecida como uma boa história pelos seus leitores e por mangakás renomados, como ONE e Junji Ito, Utsuranin já pode ser considerado como o maior acerto de 2024 e um mangá com um 2025 bem promissor.
Na décima segunda posição, Kaihen no Mahoutsukai. A história se meteu num mini arco de treinamento, que sinceramente, não vejo qual o propósito, já que os personagens desse mangá nem brigam. Eu me condicionei a gostar de Kaihen, mas chegou a hora de aplicar as devidas críticas.
A história tem um ritmo muito questionável e uma abordagem que exige do leitor uma certa paciência e interesse que não foi propriamente estabelecido. Ler Kaihen é como jogar a quarta sequência de alguma franquia de jogos famosa, como um Yakuza da vida.
Você senta e é exposto a 4 horas de cutscenes em sequência sem ter muita coisa pra fazer, mas você aceita aquilo com uma certa normalidade, já que você gosta da série e reconhece nela essa recorrente abordagem.
Agora Kaihen não construiu esse relacionamento com seu público, não é uma sequência de uma história conhecida, é uma obra nova, a história nem lançou seu primeiro volume, e prefere gastar todo seu tempo na parte ‘’chata’’ de um mangá de ação e aventura e deixa no segundo plano tudo aquilo que seria mais divertido.
É uma inversão de prioridades que não faz muito sentido, e que mais prejudica do que ajuda. Eu compro a história, eu entendo o objetivo e aceito suas condições, mas duvido muito que minha paciência seja algo universal. O que mais vejo nos comentários da série é uma sutil e crescente impaciência, de leitores que não encontram no mangá essa incrível aventura prometida no primeiro capítulo.
É uma história ruim? Totalmente longe disso, é um mangá excelente e bastante competente até no meio de toda sua ‘’chatice’’, mas é uma história que cada vez mais parece se privar de seus pontos fortes e de tudo aquilo que poderia transformar Kaihen em uma história não somente legal, mas em um mangá realmente incrível. Chega de aquecimento, vamos pro jogo.
Melhor quadro do último capítulo de Kaihen no Mahoutsukai
Na décima terceira posição, Momose Akira no Hatsukoi Hatanchuu. A série já teve data e capa revelada para seu primeiro volume, que será lançado no dia 18 de dezembro. O único mangá da última leva com o potencial de superar Utsuranin é Momose. O apelo que a história agregou em tão pouco tempo é de impressionar, e pelo o que parece, a história está longe de ter alcançado seu teto.
Na sequência, o novo clássico moderno, Ichika Bachika. A série esteve em pausa na semana passada, e aposto que absolutamente ninguém reparou nisso. Para a alegria do público o hiato durou quase nada, e a história já voltou para nos agraciar com mais um belíssimo capítulo.
Kaiten no Albus é o próximo da fila, em uma semana sem muito destaque, que será compensada na próxima, onde a série recebe mais uma página colorida de abertura. Na sequência, Komi-san wa, Komyushou desu, com um dos seus capítulos mais icônicos.
Eu juro que, em toda minha vida, não esperava ler um capítulo de mangá com a garotada no banho público comparando o tamanho de suas peças. Pior, nunca imaginei que esse mangá seria justamente Komi-san. Esse tipo de realização destaca bem a passagem do tempo, onde a comédia romântica fofinha sobre uma garota que não sabia se comunicar permitiu o florescimento de um capítulo tão surreal.
Página do último capítulo de Komi-san wa, Komyushou desu – em que posição você ficaria?
Logo após, temos Tatari. A história também estreou um volume novo, em posições piores que Mizuporo, que já é um mangá que não vende nada bem. Não se espera muito de Tatari comercialmente, não surpreende ninguém saber que a série vendeu mal mais uma vez. É normal, e Tatari vai sair impune, como sempre.
Na décima oitava posição, Strand. A história recebe uma posição terrível, mas que assim como Albus, serve apenas para manter o equilíbrio, já que na semana seguinte a história recebe uma página colorida central.
Hello Work Monsters vem na sequência, a última história com volume lançado no mês de novembro. Como era de se esperar, o mangá apareceu por um único dia no ranking shoseki, para sumir no limbo infinito nos dias seguintes. A história, infelizmente, já está há muito tempo na vala, e o seu desempenho no segundo volume serve somente para constatar o óbvio.
Himeru Kokoro no zen himitsu e Rock a Rock vivem a mesma situação, e não precisam de um novo volume para confirmar isso, já que lançaram um no mês passado, e viveram a exata mesma situação. Serão, muito provavelmente – e bota muito nisso -, cancelados na próxima leva.
Por fim, Shibuya Near Family, que é o café com leite da revista junto com Tokachi Hitoribocchi Nōen, as duas comédias intocáveis da Sunday, que o único perigo que correm é o de perder o manuscrito e ficar sem lançar capítulo na semana.
Acho que terminamos, não resta nada mais a ser dito. Aguardo vocês na semana que vem, cuidem-se e até a próxima, fui. Xau xau.