Abrindo essa edição, tivemos Syd Craft no Saishuuu Suiri, que revelou ser realmente uma comédia romântica com investigação em segundo plano. O autor sabe escrever comédia romântica e está simplesmente retornando à sua zona de conforto, o que é chato, mas ainda assim uma aposta lógica. Eu sempre gosto de ver os autores se reinventando. Syd Craft será lançado em inglês na MangaPlus.
Nessa edição também tivemos páginas coloridas para Himaten, que vai ganhar uma reimpressão do volume 1. Não é uma reimpressão urgente, mas mesmo assim é uma boa notícia. Madan no Ichi também ganhou página colorida, recebendo um destaque maior que Himaten, provavelmente por ser mais popular. E tivemos uma página colorida quase no Bottom 5 para Negai no Astro, mostrando que os editores não acreditam mais tanto assim na série.
Em primeiro lugar na TOC, tivemos Ao no Hako, que deve ganhar em breve uma capa para comemorar o sucesso do seu anime, que está dando um boost contínuo no mangá. O próximo volume já deve vender acima de 150 mil cópias em 4-5 semanas. É um bom resultado que, na minha opinião, ainda não coloca a série como um “poster da revista”, mas, caso continue crescendo (e deve continuar crescendo), vai colocá-la em uma posição de cada vez mais destaque e relevância dentro da revista. Ao no Hako é um sucesso, e seu anime também.
Em segundo lugar, tivemos One Piece, mas ao mesmo tempo não tivemos One Piece. A série está presente na TOC, contudo não teve capítulo por causa de uma doença repentina do autor. Alguns escolheram não contar One Piece, eu decidi contar, pois o mangá está presente na TOC da revista. Não sabemos exatamente o que aconteceu, mas a previsão é de retorno na edição #01 (2 de dezembro), na qual acredito que a série receba uma capa para comemorar tanto o retorno quanto o início de mais um ano comercial da revista. Seria muito interessante ver se essa longa ausência de One Piece neste trimestre vai influenciar nas cópias em circulação, ou se a revista irá manter as mesmas cópias em circulação mesmo com a ausência. Veremos.
Em terceiro lugar, tivemos Witch Watch, que deu um grande pulo do gato. A série parece que vai começar mais um arco Battle e, por isso, talvez comece a ganhar posições mais altas na TOC. Lembrando que a série está no arco atual, com a Nico criança, desde 30 de outubro de 2023, ou seja, há mais de um ano. É natural, assim, que vejamos em breve a Nico voltando a ser adolescente e um arco destinado a essa transformação. Tirando isso, Witch Watch parece ter tido uma queda nas vendas no último volume, mas, tirando Sakamoto Days, todos os mangás também tiveram, incluindo One Piece.
Sim, Akane Banashi, Kill Ao, Witch Watch e Choujun tiveram uma redução nas vendas. Essa redução deve ser causada um pouco pela migração para o digital, quanto também pelo encerramento de Jujutsu Kaisen e Boku no Hero Academia. Eu sempre digo que a revista é um ecossistema no qual todos os mangás lucram com o sucesso de um: quando uma obra de sucesso termina, e aquele leitor deixa a revista, ele para de acessar também as demais obras. Quando um mangá de sucesso estreia, o novo leitor pode começar a ler os demais mangás. O sucesso de um mangá não ajuda somente a própria série, mas também aquela que você gosta.
Em quarto lugar, tivemos Nige Jouzu no Wakagimi (The Elusive Samurai), que continua estável na revista, aproveitando a boa recepção da sua primeira temporada.
Em quinto lugar, tivemos Sakamoto Days, que deve ter um aumento nas vendas deste volume em comparação ao anterior. Mas o que mais me surpreende é que Sakamoto Days ainda consegue vender mais que Dandadan, que está tendo um bom boost nos volumes antigos, mas que ainda não se traduz em vendas nos novos volumes. No andar da carruagem, é possível que Sakamoto Days, mesmo com um anime problemático, consiga se manter vendendo mais que Dandadan.
Em sexto lugar, tivemos Boku to Roboco, que continua estável na revista, sem correr risco de cancelamento. Levando em conta a quantidade absurda de almofadas que a Weekly Shonen Jump tem, e que Boku to Roboco é uma comédia simples, eu diria que a série está garantida na revista até pelo menos 2026. Então, esperem o mangá completando 5 anos de vida, ou até mesmo 6, sem correr risco de cancelamento.
Em sétimo lugar, tivemos Undead Unluck, que teve os spoilers do capítulo vazados novamente, e devo dizer, são bem preocupantes, caso sejam verdadeiros, já que a série acelerou o ritmo novamente. A possibilidade de a série terminar em fevereiro ainda existe. Mesmo tendo diminuído minha previsão de encerramento para abril-agosto, volto a estender para a janela de fevereiro-agosto. É possível que tenhamos uma grande leva com o cancelamento de Hakutaku e o encerramento de Yozakura-San e Undead Unluck. Contudo, isso é apenas uma hipótese que devemos considerar.
A maior questão é que não sabemos quanto desse “rush” é decisão do autor, quanto é um possível cancelamento da Jump (que tem várias outras obras em situação pior) e quanto é na verdade o autor que não conseguiu respeitar uma possível deadline para terminar a série. Caso termine em Fevereiro, Undead Unluck terminaria recebendo capa alguns capítulos antes e ainda cima no mesmo período que Yozakura-San, aumentando as chances de ter sido decidido Fevereiro como Deadline para Yozakura-San e Undead Undead terminarem. Yozakura-San se preparou bem para terminar no período correto, talvez Undead Unluck não tenha. É uma possibilidade, já que isso já aconteceu antes.
É possível também que seja só a decisão do autor mesmo, um encerramento natural rushado. Bleach teve um final rushado, contudo acabou sendo uma decisão do autor. Quando comentamos sobre “cancelamento” com séries veteranas é sempre complicado, pois não temos provas concretas sobre isso (tirando casos como Shaman King). De qualquer modo eu recomendo vocês terem calma antes de cravarem a conclusão de Undead Unluck para Fevereiro. O mangá entrou no reino das obras rushadas, mas não ainda não é certo que restará naquele reino. Talvez seja tudo uma brincadeira do Tozuka.
Capitulo 230 de Undead Unluck (Issue 50).
Pelo menos Undead Unluck irá receber capa e página colorida de abertura na próxima semana. Meu conselho aos leitores é aproveitarem essa capa, pois há a possibilidade de ser a última. Estaremos torcendo para que não seja, e para que Undead Unluck chegue em abril e tenha sua devida capa de aniversário de cinco anos, mas preparem-se também para a possibilidade de essa ser a última.
Em oitavo lugar, tivemos Kagurabachi, que continua estável na revista e deve lançar seu quinto volume em dezembro. Acredito que a série irá receber mais uma capa em dezembro, provavelmente na edição #02 ou #03 (uma dessas deve ser dedicada a Ao no Hako). Acho que esse quinto volume será bem emblemático para Kagurabachi, pois, além de ter o anúncio de novas cópias em circulação (provavelmente acima de 1,1 milhão), também pode ser o volume que tornará a série definitivamente o segundo mangá que mais vende na revista, superando Ruri Dragon e ficando atrás apenas de One Piece.
Em nono lugar, tivemos Shinobigoto, que, caso se mantenha estável na votação, deve continuar nessas posições intermediárias até o lançamento do primeiro volume em janeiro. Só vejo a série caindo de posição caso tenha uma diminuição pesada nos votos nas próximas semanas, o que pode acontecer, então não é algo que podemos excluir. Mesmo assim, não vejo Shinobigoto sendo cancelado na leva de fevereiro, por isso o autor ainda tem tempo para encontrar a estrada correta para a série.
Em décimo lugar, tivemos Yozakura-San Chi no Daisakusen, que está se encaminhando para o seu encerramento, que deve acontecer em janeiro deste ano. A obra está na batalha final, as pontas estão quase todas fechadas, então, caso você queira acompanhar ao vivo o último capítulo da série, recomendo genuinamente que comece a ler Yozakura-San agora, para que, quando terminar na segunda metade de janeiro (provavelmente), você esteja em dia com a série.
Logo após, na décima primeira colocação, tivemos Exorcist no Kiyoshi-Kun, que vai receber reimpressão do seu primeiro volume no dia 6 de dezembro. Isso garante que Kiyoshi-Kun é um sucesso? Não garante, pois MamaYuyu acabou sendo cancelado mesmo com duas reimpressões. Contudo, é inegável que Kiyoshi-Kun tem uma chance maior de sobreviver à leva de fevereiro-março, vendendo acima de 10 mil cópias (como parece que irá conseguir, já que o volume deve vender entre 10 e 12 mil cópias em 4 semanas) e com uma reimpressão chegando em dezembro. A situação da série ainda é crítica, mas o cancelamento não é algo já decidido pelos editores.
Em décimo segundo lugar, tivemos Akane Banashi, que teve uma queda nas posições, mas nada para se preocupar. A série continua ficando em quase 1/4 das TOCs da gestão Saito em primeiro lugar e tem uma média espetacular na revista, por isso, em breve, deve retornar às posições mais altas. Não vamos reclamar de barriga cheia pessoal. Logo após, tivemos Hunter x Hunter, que, como comentei, deve se manter na revista até pelo menos o lançamento do capítulo 410.
Em décimo quarto lugar, tivemos Kill Ao, com Choujun! Chojo-Senpai em décimo sexto lugar. Essas duas séries não estão vendendo bem. O sétimo volume de Kill Ao deve vender entre 19 mil e 21 mil cópias, representando uma redução em suas vendas. Choujun também parece ter tido uma queda, vendendo entre 10 e 12 mil cópias no terceiro volume. Assim, ambos estão com a corda no pescoço, podendo ser salvos somente por uma coisa: o encerramento de Undead Unluck e Yozakura-San, além da quantidade de mangás que vão estrear na próxima leva. Negai no Astro também não parece tão seguro, mas certamente entre os mangás em risco, Kill Ao e Choujun! parecem estar em situação crítica.
Em décimo quinto lugar, logo atrás de Choujun, tivemos Nue no Onmyouji, que continua com baixas colocações, mas parece estar em uma situação melhor que Kill Ao e Choujun. A última colocação está com a única certeza para a próxima leva: o cancelamento de Hakutaku. O mangá sobre desenvolvimento de jogos não deu muito certo, e até eu, que defendi o primeiro capítulo, já a partir do segundo comecei a criticar. Os japoneses não gostaram do que leram, como comentei nas análises passadas, achando ruim os personagens e também a arte, que consideraram datada. Assim, Hakutaku é a primeira certeza para a leva de fevereiro.