Novatos enrolando mais e mais, destaque para o novo ”sucesso” da revista e a luta pelo cancelamento se intensificando.
TOC Weekly Shonen Sunday #45 (02/10/2024)
Capa: Miku Kanemura (Hinatazaka46)
Kaiten no Albus c20 (Página Colorida de Abertura)
02 – MAO c246
03 – Ichika Bachika c06
04 – Ryuu to Ichigo c210
05 – Kaihen no Mahoutsukai c04
06 – Utsuranin desu c26
07 – Strand c05
Mizuporo c40 (Página Colorida)
09 – Ogami Tsumiki to Kinichijou c41
10 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c132
11 – Tonikaku Kawaii c289
12 – Tatari c67
13 – Te no Geka c60
14 – Momose Akira no Hatsukoi Hatanchuu c09
15 – Komi-san wa, Komyushou desu c484
16 – Himeru Kokoro no zen himitsu c19
17 – Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari c359
Tonari no Seki no Yatsu ga Souiu Me de Mitekuru (Capítulo Promocional, Serialização sunday-webry)
19 – Rock a Rock c25
20 – Hello Work Monsters c21
21 – Shibuya Near Family c109
22 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c325
Ausentes: Major 2nd, Sousou no Frieren, Maou-jou de Oyasumi, Maiko-san Chi no Makanai-san, Red Blue, Detective Conan (hiato), Magic Kaito (hiato), Ad Astra Per Aspera (hiato).
Weekly Shonen Sunday #45
Saudações, caros leitores. Estamos de volta, como sempre, para mais uma edição da nossa queridíssima Weekly Shonen Sunday. Você quer saber das novidades da semana? Você quer saber dos futuros cancelados?? Você quer ficar de olho na recepção dos novatos??? Então bora logo pra TOC.
Abrindo a revista na edição #45, temos o queridinho do editorial, Kaiten no Albus. Com sua nada impressionante estreia de apenas 1 436 cópias vendidas em 5 dias, levantamos uma única questão, será que isso foi o suficiente? Bem, pelo jeito, foi.
Você olha para esses números e tende a dar risada, desempenho ridículo, até mesmo para os padrões Sunday, que já não é nada elevado. Mas o que isso importa? Em nada, já que mesmo tendo uma fanbase reduzida e um resultado em vendas assombrosamente ruim, o tratamento que Albus recebe é o de um mangá de sucesso. O editorial realmente valoriza e ama essa história, seja lá qual for o motivo para isso.
Não precisamos descobrir a razão, precisamos unicamente observar o que é visível, e isso significa reconhecer que Albus segue bem consolidado na revista, desfazendo-se por completo das suas baixas vendas e do baixo número de leitores, a série segue resoluta, provando que sua speedrun não pretende ser tão curta quanto antes parecia.
Na posição seguinte temos MAO, que não tem muitas novidades pra semana. Pensei que a série fosse ter uma mudança de ritmo com a volta do Daigo, mas não rolou, seguimos no eterno vai-e-vem sem rumo onde tudo acontece mas nada se resolve, no melhor Rumiko-style.
Na terceira posição temos o famigerado Ichika Bachika, que não tem motivo nenhum para estar na terceira posição. O mangá só não aparece logo de cara no fundo da TOC porque a Sunday tem vergonha de admitir seus erros tão rapidamente. Uma certa quantidade de burocracia é necessária, precisam fingir que o mangá não tá tão mal, que tem alguma esperança pro futuro, mesmo não tendo nenhuma.
Ichika sofre bastante quando seu capítulo é sobre basquete, porque é durante as partidas que o pior da série é evidenciado, é onde sua arte se destaca, ilustrações deformadas e horripilantes, que causam desconforto visual até naqueles que não enxergam.
Para piorar, Ichika é um mangá de esporte, e por ser um mangá de esporte, é redundante lembrar que teremos inúmeras partidas, o que cria infinitas oportunidades para a série relembrar o leitor do seu imensurável nível de incompetência.
É o pior novato dos últimos anos e um dos mangás mais odiados pelo público da revista, muito dificilmente vai conseguir vender alguma coisa no seu primeiro volume, e muito dificilmente sobreviverá para gerar um terceiro ou quarto compilado de capítulos.
Na sequência temos Ryuu to Ichigo, que volta para o top 5 depois de muito tempo. Para Ichigo, ficar no topo ou no meio pouco importa, a série é bem estabelecida e possui uma fanbase dedicada, o que garante sua solene e incontestável sobrevivência.
Página qualquer do último capítulo de Kaihen no Mahoutsukai – Acorde, Yellow Tanabe. Eu quero ver pancadaria.
Logo após temos Kaihen no Mahoutsukai, com mais um capítulo pouco movimentado. Quem não conhece Yellow Tanabe estranha, e quem não conhece a Sunday estranha mais ainda. A Sunday funciona através de leis invisíveis, fica sempre implícito nas regras do seu universo que toda história estará condenada a ser lenta e cadenciada, sem nenhum senso de emergência e preocupação. Por enquanto, a opinião do japonesinho médio é: ‘’estamos gostando de Kaihen, mas ele tem muito texto, né…’’
Infelizmente, essa é uma opinião universalmente compartilhada por todos os seus leitores. O mangá é paciente demais e trabalha todo seu universo com um imenso carinho e cuidado, um carinho que às vezes parece excessivo e contido demais, o que limita a empolgação daqueles que querem ver mais coisas acontecendo. Falta ímpeto.
Estranhamente, mesmo com pouca ação, Kaihen continua sendo uma leitura agradável, para mim, que importa mais, e também para o japonesinho, que importa menos. Mas não machucaria nada bater um pouco menos de papo e bater um pouco mais nos outros. Eu quero ver porrada e poderzinho, Tanabe!!
Na sexta posição temos Utsuranin desu, que continua muito bem colocado na revista. Mencionei isso na semana passada e menciono mais uma vez nessa, é bem estranho ver Utsuranin recebendo menos divulgação do que Albus. Utsuranin tem o dobro de público que Albus, e é um mangá que continua ganhando eleitores, ao contrário do seu colega que lentamente está perdendo. Legal ver o mangá voltando a se posicionar bem, mas ainda acho que mereça mais, considero um grande de um desperdício desprezar um mangá tão promissor.
Sofrendo da mesma doença que Kaihen, temos Strand, mais um portador da doença enrolation. A situação de Strand é espelhada em Kaihen, a imensa maioria só consegue reclamar da quantidade de diálogos e da demora para ‘’algo significante’’ acontecer.
O problema é que em Kaihen o pessoal tá reclamando mas aturando o mangá, já em Strand a paciência vem se esgotando e a série continua perdendo cada vez mais leitores. Pelo o que observei, a história vai começar ‘’de verdade’’ no próximo capítulo, acho que agora vai!! A energia do mundo todo vai ser cortada e o caos vai se espalhar, a promessa do capítulo um será finalmente realizada. O problema é, sobrou leitor com paciência para esperar pelo sexto capítulo?
Com a segunda e última página colorida da edição temos Mizuporo, que não tem muito a ser comentado, a comédia conquistou seu humilde espaço na line up e segue bem tranquila dentro da revista.
Página Colorida de Mizuporo
Logo após temos Ogami Tsumiki to Kinichijou, com seu penúltimo capítulo antes do seu aniversário. Na próxima semana a série vai comemorar seu primeiro ano de vida com uma bela página colorida. O mangá conseguiu superar as 8 mil cópias na primeira semana de vendas do seu terceiro volume, e deve encerrar o mês acima das 15 mil cópias, superando mais uma vez seu volume anterior. O crescimento do mangá é lento, mas é constante.
Depois disso, temos as duas leituras obrigatórias da revista para aqueles que adoram uma boa dose de paixão, Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi e Tonikaku Kawaii. Para aqueles que preferem uma dose de desespero, temos os próximos da lista, Tatari e Te no Geka. Os dois amigos decidiram se distanciar do fundão da revista, o que não surpreende muito.
Essa posição certamente não tranquiliza nenhum dos dois, já que é bem típico de ambos parasitar o fundo da revista por um bom tempo, só para depois voltar misteriosamente para o centro dela, junto com algumas páginas coloridas comemorando o lançamento de seus volumes, tudo para tentar despistar. Não muda em nada e não espanta o fantasma do cancelamento.
Na sequência temos o filho e sua mãe, Momose Akira no Hatsukoi Hatanchuu e Komi-san wa, Komyushou desu. Essa semana a revista parece ter sido organizada em pares, e esse daqui é um dos mais óbvios. Com o futuro encerramento de Komi-san o seu público tende a ficar desamparado, e que mangá melhor que Momose para substituir essa carência?
A história se assemelha em muita coisa, e o público alvo é muito próximo entre as duas séries, passar a tocha não seria nada absurdo, seria na verdade a melhor decisão. Na semana seguinte, Momose receberá uma página colorida para comemorar a sua excelente recepção.
Himeru Kokoro no zen himitsu surge na décima sexta posição, numa colocação bem ruim para se destacar, mas boa o suficiente para não se destacar negativamente. Para um mangá de público reduzido e de baixas vendas, a melhor saida para garantir o seu ganha-pão é passar despercebido. É seguir o exemplo de Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari, que garantiu um público fiel e sem chamar muito atenção conseguiu sobreviver por oito anos.
Capa do volume #1 Tonari no Seki no Yatsu ga Souiu Me de Mitekuru
Na posição seguinte temos um forasteiro, Tonari no Seki no Yatsu ga Souiu Me de Mitekuru. O mangá sai toda semana no sunday-webry, e para quem curte uma boa comédia romântica com leves pitadas de erotismo, meio que na vibe de um Takagi-san para maiores de 16, essa é uma recomendação certa. Curto, divertido e tem em português.
Já na zona do rebaixamento, temos os patinhos feios da nova geração, Rock a Rock e Hello Work Monsters. Hello Work Monsters já tá faz tempo no fundo da revista, deve ser o primeiro a ir embora, mas Rock a Rock estava devendo o check-in há um bom tempo, e agora que finalmente chegou, dificilmente deve sair do calabouço.
Por último, Shibuya Near Family, que encerra a revista junto com Tokachi Hitoribocchi Nōen, onde ambos observam com olhares e risadas cruéis os dois novatos agonizando pela sua vida, sabendo que mesmo em posições piores, jamais serão cancelados.
E por hoje, encerramos mais uma edição. Encontro vocês na semana que vem, para comemorar o MEU aniversário de analyse it. Não pretendo fazer bolo, mas espero estar aqui mais uma vez para celebrar a conquista de 1 ano ininterrupto escrevendo as TOCs da Sunday. Adeus, e encontro vocês na próxima. Fui-me