Nada melhor do que trazemos de volta ao site as analises temáticas em uma semana no qual tivemos a estreia de um mangá sobre GAMES!
TOC Weekly Shounen Jump #43 (24/09/2024):
HAKUTAKU c01 (Capa, Página Colorida de Abertura, 54 páginas, Nova Série de Ishikawa Kouki)
01 – Sakamoto Days c183
02 – ONE PIECE c1127
Shinobigoto c02 (Página Colorida)
03 – Ao no Hako c165
04 – Jujutsu Kaisen c270
Boku to Roboco c202 (Página Colorida)
Madan no Ichi c03
05 – Nige Jouzu no Wakagimi c173
06 – Kagurabachi c50
07 – Himaten! c11
08 – Witch Watch c172
09 – Akane Banashi c127
Yozakura-San Chi no Daisakusen c243 (Página Colorida)
10 – Negai no Astro c22
11 – Nue no Onmyouji c67
12 – Kill Ao c70
13 – Exorcist no Kiyoshi-Kun c13
14 – Choujun! Chojo-Senpai c31
15 – Undead Unluck c223
Youkai Buster Murakami c14
Ruri Dragon c21 (Exclusivo Digital)
Ausentes: Hunter x Hunter c400
Prévia da Weekly Shonen Jump #43 (24/09/2024):
Capa e Página Colorida de Abertura: Ao no Hako (Promoção do Anime)
Página Colorida: Jujutsu Kaisen (FIM), Nue no Onmyouji e Hakutaku
Ausentes: ONE PIECE
Nessa edição, tivemos a estreia do terceiro e último mangá dessa leva, Hakutaku, sobre dois adolescentes que decidem desenvolver um jogo. Como prometido no Discord no Analyse It, irei retomar algo que não fazia há anos: as análises temáticas. Elas são caracterizadas por adotarem o tema do mangá estreante… E o tema será: “E que tipo de gênero de jogo seria cada mangá?”.
Mas antes de começar esse tema, vamos comentar sobre os mangás não classificados (por isso sem tema nessa semana): Shinobigoto recebeu seu segundo capítulo, que será essencial para sua sobrevivência. Como comentei, a série teve uma boa recepção no primeiro capítulo, mas isso é normal, já que o público japonês tende a ser mais tolerante no início. Para sobreviver, Shinobigoto precisará entregar mais identidade e, principalmente, se diferenciar de Kill Ao em temática, pois grande parte das críticas está relacionada à semelhança entre essas duas séries, já que ambos tratam sobre um assassino que precisa defender uma adolescente rica em uma escola.
Também tivemos o anúncio de que o tão esperado (ao menos pelo autor) filme de Boku to Roboco irá estrear em abril de 2025. Já Yozakura-San recebeu uma página colorida para divulgar mais uma vez que a série está prestes a terminar, mostrando o clímax de uma das últimas batalhas do mangá. Estamos realmente próximos da BATALHA FINAL, aumentando as chances de Yozakura-San encerrar na edição 51, como eu havia previsto. Antes disso, a obra deve receber uma capa de aniversário e o anúncio do encerramento entre as edições 46 e 49.
Começando pelo primeiro lugar e já entrando nos temas, tivemos em primeiro lugar Sakamoto Days, que estava em dúvida entre um GTA e um Yakuza, mas acabei escolhendo como um jogo “Beat ’em all”, também conhecido como Briga de Rua em português. Nesse gênero, o jogador enfrenta inimigos com combate corpo a corpo (mas também com armas). Sobre o desempenho do mangá, mesmo que seja superado por Kagurabachi, deve continuar sendo a principal aposta da revista pelos próximos seis meses (pelo menos), já que a obra ganhará anime em janeiro e é a grande aposta para 2025. Enquanto isso, Kagurabachi deve ser a grande aposta para 2026.
Em segundo lugar, tivemos One Piece, que, na minha opinião, combina bastante com o gênero MMO que também tem narrativa (como Final Fantasy XIV e World of Warcraft), pois é claramente uma série que tem um mundo gigantesco, constantemente recebendo novas expansões (novas ilhas), com vários NPCs que continuam retornando. Se adicionarmos os elementos de guerras massivas e estratégicas presentes em MMOs como Guild Wars e RF Online, temos One Piece.
Em terceiro lugar, tivemos Ao no Hako, que está muito próximo de ganhar seu anime, com estreia marcada para 3 de outubro, tanto na TV japonesa quanto na NETFLIX. Por isso, a revista dedicará a próxima capa à nossa querida obra de romance Ao no Hako. Lançamos no YouTube um vídeo explicando como Ao no Hako será o anime da temporada, e recomendo que assistam. Sobre qual jogo Ao no Hako seria, acredito que seria uma perfeita “Visual Novel”, onde você faz escolhas e interage com os personagens da escola para alcançar seus objetivos, que é conquistar a Chinatsu e se tornar um grande jogador de Badminton.
Em quarto lugar, tivemos Jujutsu Kaisen, que está em seu penúltimo capítulo. Se eu tivesse que escolher um jogo para a série, seria um Fighting Game, pois muitas lutas de Jujutsu Kaisen trazem uma atmosfera de Tekken ou Guilty Gear. De qualquer forma, Jujutsu Kaisen está próximo do fim, mas o público não está gostando muito, como expliquei nos meus vídeos no YouTube e nas matérias do site.
A questão é: até que ponto essa má recepção pode influenciar o legado de Jujutsu Kaisen? Muitas séries com finais ruins, como Shingeki no Kyojin, acabam gerando um clima amargo quando discutidas, já que sempre surge o argumento de que “o final foi ruim”. É uma pena que Gege Akutami não esteja conseguindo entregar uma conclusão que agrade à maioria de seus leitores, e mesmo que essa recepção não vá influenciar nas vendas da série, pode vir SIM a influenciar no seu legado.
Em quinto lugar, tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, também conhecido como The Elusive Samurai, que, na minha opinião, seria perfeitamente um jogo de guerra por turnos ou mesmo RTS, como Shogun: Total War ou Nobunaga’s Ambition. Imagine ser um dos comandantes, fazendo aliados e conquistando novas terras no Japão medieval. Isso representa muito bem The Elusive Samurai.
Na sexta colocação, tivemos Kagurabachi, que continua sendo um dos maiores sucessos da revista. No próximo mês, a obra deve lançar seu Volume 4, que tem tudo para superar a marca de 100 mil cópias em um mês, tornando-se a obra sem anime mais vendida da Weekly Shonen Jump. Se Sakamoto Days será o substituto de Boku no Hero Academia, Kagurabachi será o de Jujutsu Kaisen. E qual jogo é Kagurabachi? Certamente um Hack ‘n’ Slash como Devil May Cry. Inclusive, já quero um crossover entre Nero e Chihiro.
Em sétimo lugar, tivemos Himaten, que claramente seria um Dating Sim, jogado pelo celular, no qual você tem vários diálogos disponíveis e várias rotas a seguir. Já o oitavo colocado, Witch Watch, funcionaria bem como The Sims com a expansão Sobrenatural, misturando as loucuras do cotidiano de um Sim com as magias e elementos estranhos que vemos em Witch Watch. Em um Life Simulator, podemos adicionar romance, humor, ação, escola, trabalho, e todos os elementos presentes em Witch Watch.
Em nono lugar, tivemos Akane Banashi, que seria um ótimo Jogo de Ritmo, unindo música e narração. Você precisaria acertar os botões rapidamente para garantir que a personagem conte a história com a emoção correta e sem errar palavras. Certamente seria um sucesso nos fliperamas japoneses entre os amantes de jogos de ritmo, que são ainda muitos no Japão.
Em décimo lugar, tivemos Negai no Astro, que está aguardando o lançamento do segundo volume em outubro para ver “QUAL SERÁ O SEU FUTURO”. Certamente não será cancelado na leva de novembro-dezembro, mas pode ser cancelado em 2025 caso tenha uma grande queda. Negai no Astro seria um Battle-Royale Arena Online, onde você é jogado em um cenário com outros jogadores e vence o último sobrevivente (não precisa matar o oponente, apenas derrotá-lo). O diferencial seria o cenário pós-apocalíptico.
Na décima primeira colocação, tivemos Nue no Onmyouji, que está em uma situação confortável na revista, mas parece que receberá menos atenção de Saito. Com a boa recepção de Himaten e, caso Madan no Ichi tenha uma boa recepção, os editores darão mais atenção a essas duas obras, enquanto promovem One Piece, Ao no Hako, Sakamoto Days e Kagurabachi. Isso deve resultar na queda da média de posições de Nue, Witch Watch e Akane Banashi (que provavelmente terá picos em momentos-chave).
Mas qual jogo seria Nue no Onmyouji? Um ótimo gacha estilo Genshin Impact, onde você coleciona personagens (a maioria femininas e alguns masculinos, bem raros) enquanto participa de batalhas no celular. Nue no Onmyouji já foi chamado por muitos de “mangá gacha”, então nada mais justo que se tornar um jogo desse estilo.
Em décimo segundo lugar, tivemos Kill Ao, que, considerando a situação da revista com vários mangás passíveis de cancelamento, está mais seguro do que nunca. A obra ainda pode ser cancelada em 2025, mas em dezembro isso é impossível. Em 2025, competirá com Chojo, Undead Unluck, Negai no Astro e Exorcist no Kiyoshi-kun para ver quem sobrevive. Este último ainda não está certo se superará a leva de dezembro, pois os editores parecem estar avaliando os dados para decidir se cancelam ou salvam. Se eles ainda não decidiram, não podemos fazer previsões exatas.
Quanto aos jogos de Kill Ao e Kiyoshi-Kun, acredito que o primeiro seria perfeito como um jogo de Wii com vários mini-games, já que a obra apresenta arcos completamente diferentes. Já tivemos arcos de ação, futebol, comédia romântica, surf, hipismo e mais. Kiyoshi-Kun, por sua vez, seria um ótimo Asura’s Wrath, um Beat ’em Up focado em lutas contra chefes, que é o que vemos em Kiyoshi-Kun até agora.
Em décimo quarto lugar, tivemos Choujun! Chojo-Senpai, que funcionaria muito bem como um Police Simulator, misturando elementos de humor como GOAT Simulator com os gráficos de jogos independentes como Papers, Please, mantendo uma estética indie que combinaria com a obra. Sobre o mangá, começo a ficar preocupado, pois tenho a sensação de que ele terá dificuldade em superar dois anos.
Mesmo vendo que as vendas foram semelhantes às de Boku to Roboco, os editores não parecem satisfeitos com a votação, e se Choujun! Chojo-Senpai não tiver uma melhora milagrosa, é provável que seja cancelado em 2025. Isso será uma análise para o próximo ano, que promete ser uma grande batalha pela sobrevivência: um verdadeiro Battle-Royale dentro da revista. Temos vendendo 30 mil cópias: Negai no Astro e Undead Unluck, na casa das 20 mil cópias: Kill Ao, na casa das 15 mil cópias Choujun! Chojo-Senpai e ainda desconhecido temos Exorcist no Kiyoshi-kun.
Contudo uma diferença de apenas 15 mil cópias (Entre Negai no Astro e Chojun! Chojo-Senpai) é bem pouca para uma revista que vende mais de 1.1 milhões de cópias. Essa diferença em vendas a revista consegue recuperar em 1 semana. Por isso que irá DEFINIR a sobrevivência desses cinco mangás serão dois elementos: 1 – O POTENCIAL COMERCIAL DELES, por isso quanto podem vir a vender nos próximos anos, e 2 – Quantos votos estão recebendo atualmente. Os editores irão avaliar esses dois quesitos para assim decidir ao longo de 2025 quais desses mangás merecem estar na Line-Up e quais não.
Em último lugar válido, tivemos Undead Unluck, que, pela terceira semana consecutiva, ficou em último lugar. Isso praticamente garante que, por enquanto, os mangás acima não serão cancelados na leva de dezembro, com apenas Exorcist no Kiyoshi-kun em risco, já que os editores ainda estão observando o desempenho da série. Undead Unluck não está completamente seguro, mas ainda preciso de tempo para entender o que os editores planejam para a série. É necessário observar o ritmo desse último arco, iniciado no capítulo anterior.
Assim, deixo Undead Unluck em observação para entendermos por que, pela primeira vez, o mangá ficou três semanas seguidas na última colocação. Por enquanto, os mais prováveis de serem encerrados na próxima leva são: Yozakura-San Chi no Daisakusen (conclusão natural) e Murakami (cancelamento), com este último prestes a ser cortado pelos editores. Como jogo, acho que Undead Unluck funcionaria muito bem como um MOBA, com um número enorme de personagens que mudam de skin continuamente (por causa dos loops), e habilidades para lutar contra outros jogadores. Vejo Undead Unluck como um League of Legends ou Smite.
Falando em Murakami, sabemos muito bem qual seria o estilo da obra: Pokémon. Você jogaria como exorcistas que viajam pelo mundo capturando os monstros derrotados. Mas a pergunta que deixo é: qual jogo os protagonistas de Hakutaku irão desenvolver? Bem, iremos descobrir neste domingo! Lembrando que na próxima semana voltaremos as análises normais (já que as análises temáticas são um evento raro).
Enquanto isso na versão digital da Weekly Shonen Jump…