Li todos os mangás da Weekly Shonen Jump #43 e trago a minha opinião para vocês, do pior até o melhor da semana para mim. Venha ver!
21 – Undead Unluck c223
Então, o que dizer sobre esse capítulo? Não dá para dizer que estou hypado pelo começo do Ragnarok, pois tudo aconteceu de modo tão rápido que retiro todos os meus elogios que fiz à série duas semanas atrás. Ainda não sei se essa aceleração é por causa de um aviso de cancelamento ou se é o Tozuka novamente entregando um desenvolvimento caótico para a série. Contudo, por enquanto, isso não está me agradando.
Vou esperar um pouco mais para comentar sobre o possível cancelamento. Quando tivermos uma confirmação, provavelmente lançarei um vídeo comentando minha opinião de forma completamente sincera. Até lá, continuarei observando a situação com muito cuidado e atenção.
20 – Nue no Onmyouji c67
Normalmente, eu tendo a defender Nue e digo que a série está melhorando, mas esse capítulo soou muito estranho. Achei que teríamos um arco antes da insurreição de Hyo, mas parece que teremos um arco de treinamento bem capenga, e com a desculpa de que a líder da organização apareceu e desmentiu a ordem anterior dos capitães. Nada disso faz sentido, sinceramente, e é muito mal desenvolvido: parece que a série teve que ir de ponto A ao B de forma tão forçada que parece mal planejada. Esse capítulo me lembrou muito dos defeitos dos primeiros capítulos de Nue no Onmyouji.
19 – Kill Ao c70
A falta de identidade de Kill Ao resulta em ótimos arcos de vez em quando, mas, na maioria das vezes, entrega capítulos que parecem jogados na série do nada. Sim, seria legal ver um capítulo de karatê, mas é tão exagerado que destoa completamente da maioria dos capítulos apresentados – que já tiveram ação bombástica, mas esse capítulo está mais no nível Street Fighter do que Kill Ao.
Com total sinceridade, quero gostar de Kill Ao, pois vou continuar lendo todos os mangás da revista até o dia que decidir encerrar este site. Torço para que todos os mangás melhorem (e para que todos façam sucesso, independentemente de gostar ou não), então, ler capítulos tão instáveis de Kill Ao acaba sendo uma tortura gigantesca, enchendo meu coração de desprazer.
18 – Sakamoto Days c183
Sinceramente, achei esse capítulo fraco, não pelo “plot” apresentado, mas pela sua dinâmica. A quadrinização, na minha opinião, pareceu estranha, com vários saltos de momento que me fizeram reler para entender o que estava acontecendo. Além disso, todo o drama de Heisuke perder os dedos não me despertou curiosidade alguma (na verdade, ele nem deveria estar nessa prisão, já que é um sniper, mas tudo bem). De qualquer forma, mesmo considerando este capítulo ruim, acredito que esse arco tem muito potencial e continuo ansioso para ver mais. Atari parece que será um personagem muito interessante.
17 – Exorcist no Kiyoshi-kun c13
O que eu disse sobre Kill Ao, também repito sobre Exorcist no Kiyoshi-kun: quero que dê certo. Este capítulo, na minha opinião, é bom se avaliado individualmente: tem uma boa dose de ação, os personagens não se comportam de maneira irritante, e a comédia é engraçada (como a cena da galinha). Individualmente, é um capítulo de boa qualidade, mas, ao olharmos para a série como um todo, vemos que é apenas mais um capítulo que será completamente jogado fora por causa da inconsistência narrativa. De qualquer forma, é uma evolução em comparação com os capítulos anteriores.
16 – Choujun! Chojo-Senpai c31
Escrever um mangá de comédia significa também testar as piadas para ver como o público vai reagir: é aprender com os acertos e erros. Acredito que este capítulo teve ótimas piadas que me fizeram dar sinceras risadas (como a piada do cabelo), mas, em outros momentos, as piadas pareceram forçadas e não funcionaram muito bem. Entendo a necessidade de criar novas dinâmicas e situações, mas acho que Choujun! Chojo-Senpai deveria investir mais em introduzir novos personagens e expandir as missões dos policiais, talvez criando um arco hilário no estilo Loucademia de Polícia.
15 – Shinobigoto c02
Diferente do primeiro capítulo, que definitivamente não gostei, este achei simplesmente mediano e clichê. É aquele mangá em que você sabe exatamente tudo que vai acontecer, mas, mesmo assim, não consegue achar ruim, pois o autor executa o clichê de forma decente. Toda a questão do bullying, com o personagem levando o valentão a ser humilhado na frente de todos, é algo que já vimos tantas vezes que eu poderia listar uma infinidade de obras. É algo que, no entanto, sempre dá uma leve satisfação, não dá para negar.
O protagonista se tornou menos insuportável, o que tornou a leitura mais agradável, e a garota continua sendo a melhor personagem da série. Então, é clara a evolução em comparação com o primeiro capítulo. É o suficiente para eu torcer pela sobrevivência? Não. Mas se, na semana passada, eu teria colocado em último, nesta semana, melhorou de posição.
14 – Jujutsu Kaisen c270
Depois de um capítulo tenebroso, tivemos um capítulo apenas mediano. O sentimento que tive lendo este capítulo foi: será que estamos caminhando para um Jujutsu Kaisen 2? Gege Akutami está claramente abrindo mais portas do que o necessário para um mangá que será encerrado na próxima semana. Tivemos um personagem junto com Takaba que parece ser o Kenjaku, e, mesmo que haja várias explicações (como ser tudo criação do poder de Takaba), não era algo necessário para o penúltimo capítulo. A questão do Tengen selado também abre brechas para uma continuação.
Concluímos o capítulo com uma última missão: essa missão pode ser simplesmente um caso final, em que vemos os personagens lutando juntos contra um adversário fraco (encerrando com o ar de “a aventura continua para os nossos heróis”), algo que me agradaria. Pode ser a construção para a reviravolta previsível de um retorno de Gojo (o que não me agradaria), ou pode ser o começo de uma segunda parte, o que me deixaria dividido. Mesmo achando esses últimos capítulos abaixo do esperado, não posso negar que Gege Akutami conseguiu me deixar curioso para o último capítulo da série.
13 – Himaten c12
Estou gostando bastante de ler Himaten, mas o que mais me agrada na série são as interações simples entre o protagonista e suas duas pretendentes. Sabia que havia uma possibilidade real de a série virar Hisekoi e comentei no Discord que achava que isso aconteceria antes de terminar o terceiro volume. Por isso, não estou decepcionado com o mangá. Contudo, não gostei de como essa nova personagem foi introduzida, sinceramente.
O autor se concentrou demais em sexualizá-la, algo que não é comum em Himaten, parecendo mais uma decisão estratégica para agradar o público que gosta de comédias românticas um pouco mais calientes. Achei a personalidade dela forçada e essa tentativa de empurrar o mangá para algo mais ecchi, com ela posando de biquíni em uma revista, mesmo tendo 15 anos, não combinou muito.
12 – Murakami Yokai Buster c14
Entre tantos erros de Murakami, às vezes o autor consegue acertar, e este capítulo é um dos casos. Embora eu não tenha dado muitas risadas, a situação que o autor criou (com o personagem principal transformando a casa de doces da bruxa em uma atração turística) me deixou interessado e achei levemente engraçado. Isso fez com que eu lesse o capítulo com vontade (algo raro ao ler Murakami), por isso, não dá para negar que este capítulo foi um acerto.
11 – Akane Banashi c172
Capítulos de transição são importantes, pois, mesmo que individualmente não sejam os melhores da semana, ajudam a série a desacelerar um pouco, permitindo a entrega de um capítulo impactante quando necessário. E os autores de Akane Banashi são muito bons em transformar esses capítulos de transição em momentos importantes para o desenvolvimento dos personagens, além de trazerem humor com várias piadas espetaculares.
10 – Madan no Ichi c03
Capítulo que serviu principalmente para duas coisas: 1 – Mostrar como o protagonista tem uma visão da realidade e dos majiks diferente das demais bruxas; 2 – Adicionar um pouco de ação para os leitores não terem a sensação de que nada está acontecendo. Não é um capítulo surpreendente, nem memorável, mas tem sua utilidade no contexto do início de uma nova serialização. Na próxima semana, teremos o começo do arco da associação de bruxas, o que era inevitável ainda neste primeiro volume. Acredito que será justamente esse arco que definirá se Madan no Ichi terá um bom início de vendas ou não.
9 – Witch Watch 172
Shinohara sempre gostou de apresentar episódios de comédia mais centrados nos personagens secundários, e às vezes isso é um erro, mas desta vez foi um acerto. Todo o “sketch” de Chami guiando um programa de culinária, sendo possuída para conseguir cozinhar, e terminando sem controle, me fez dar sinceras risadas. Mais um acerto para Shinohara.
8 – Ao no Hako c165
Me diverti bastante lendo este capítulo, e é isso que espero de Ao no Hako: capítulos emocionantes que aquecem meu coração alternados com capítulos divertidos que deixam tudo mais leve. Este claramente está na segunda categoria, e, mesmo não sendo um dos melhores de Ao no Hako, teve várias interações divertidas e mostrou uma leve evolução em cada personagem. Realmente acredito que Ao no Hako não esteja mais tão impactante quanto no passado, pois está desenvolvendo os personagens secundários, mas continua sendo uma série bem agradável de ler.
7 – Kagurabachi c50
Antes de tudo, gostaria de dizer que estou achando interessante como, nos últimos capítulos, Kagurabachi está sempre relembrando os leitores da revista sobre a história que guia o mangá. Para mim, isso tem dois motivos: a vitória no TsugiManga está atraindo atenção para a obra, e o autor está tentando permitir que os leitores possam acompanhar Kagurabachi semanalmente sem problemas. O segundo motivo deve ser um conselho editorial para facilitar a entrada de novos leitores, especialmente aqueles vindos de Jujutsu Kaisen (que, com o fim de sua obra favorita, estão órfãos de um novo Battle-Shounen).
De qualquer forma, este capítulo serviu mais para construir a luta contra o “BOSS” da vez, com a introdução do personagem cego, cujo nome não lembro. Estou gostando que o autor está começando a trazer mais desenvolvimento, diálogos mais longos antes de partir para a luta. Uma das minhas maiores críticas a Sakamoto Days é justamente o ritmo frenético que não dá tempo para respirar. Embora útil para manter o conteúdo semanal, chega uma hora que cansa. Kagurabachi está se distanciando desse ritmo, entregando capítulos interessantes mesmo sem lutas.
6 – One Piece c1127
O pessoal pede aventura, e, quando ganha um pouco de aventura, reclama que parece um capítulo inútil. Acho que os leitores de One Piece se acostumaram tanto com capítulos cheios de revelações que esqueceram que One Piece NÃO é apenas uma dissertação sobre os mistérios do século perdido. De qualquer forma, gostei bastante deste capítulo justamente por me lembrar o início de alguns arcos mais malucos. É legal ver Usopp e Nami fugindo de monstros, e espero que, antes de começar os capítulos mais sérios, tenhamos mais dessa aventura com os cinco Mugiwara originais (e Chopper, que deve estar perdido em algum lugar).
5 – Negai no Astro c22
Uma das maiores qualidades de Wakui (e o que sustentou a primeira parte de Tokyo Revengers) é sua capacidade de criar tensão com mistérios intrigantes. Este capítulo chama a atenção justamente por desenvolver vários mistérios ao mesmo tempo que mantém várias portas abertas: conhecemos o estranho “Plant Zero”, descobrimos mais sobre o passado de Ginji e os passos de Shio.
Ao mesmo tempo, esses três pontos continuam em aberto. Qual era a pesquisa dos pais de Ginji? O que Shio está realmente tramando? São questões que ainda permanecem e me deixam curioso. Negai no Astro tem problemas no desenvolvimento de personagens e na criação de poderes interessantes (as personagens femininas constantemente têm poderes relacionados a objetos femininos, o que é criativamente pobre), mas, se Wakui apostar mais no desenvolvimento de uma história com um mistério intrigante, vejo Negai no Astro se tornando uma boa história.
4 – Nige Jouzu no Wakagimi c173
Tem momentos em que não consigo imaginar para onde Nige Jouzu no Wakagimi está indo, pois não conheço toda a história real do protagonista (somente os momentos principais). Quando sei, fico extremamente curioso para ver como vão adaptar o evento histórico. Mas, quando não sei nada, um tipo diferente de curiosidade toma conta, me perguntando qual será a próxima surpresa. Começamos um arco cujo rumo não consigo prever, nem mesmo sei quem é o personagem que está aparecendo, então estou muito curioso. Uma ambientação em uma ilha ou no mar seria algo muito interessante e traria uma atmosfera diferente para Nige Jouzu no Wakagimi, que às vezes parece muito igual.
3 – Boku to Roboco 202
Maldito Hakutaku que não me deixa colocar “HORROR TO ROBOCO” em primeiro lugar. Os capítulos de Roboco mais voltados ao terror são, na minha opinião, os melhores da série. Acho simplesmente hilário como o autor consegue unir uma arte assustadora com um traço simples, além de criar uma atmosfera que combina perfeitamente humor e terror. Horror to Roboco é, sem dúvidas, o melhor que Boku to Roboco tem a oferecer.
2 – Yozakura-San 243
Capítulo espetacular de Yozakura-San, que uniu um grande discurso do vilão “Surely you believe that everything has progressed according to your plans so far, but they’ve also gone according to mine” com uma arte incrível. Yozakura-San está chegando ao seu último arco, e acredito que essa batalha deve durar mais 3 a 4 capítulos antes de ser encerrada de forma épica. Yozakura-San conseguiu equilibrar muito bem a necessidade de dar destaque aos personagens secundários nesse arco final.
1 – Hakutaku c01
Comentei sobre o capítulo nas minhas primeiras impressões, mas aqui quero adicionar que Hakutaku conseguiu, acima de tudo, me emocionar. Não chorei, mas meu peito se encheu de emoção ao ler as páginas deste primeiro capítulo. É raro uma série me despertar alguma emoção positiva logo no início, não necessariamente emoção, mas também entusiasmo e alegria. Além disso, essa emoção não veio por identificação com o protagonista, já que não me vejo nele, mas por sentir uma sincera empatia. Isso torna a experiência ainda mais especial para mim, pois mostra como o autor construiu bem essa introdução.
O melhor da semana para mim.