Komi-san finalmente entrando na sua reta final, a prévia do primeiro volume de Utsuranin desu e o fundão da revista cada vez mais consolidado.
TOC Weekly Shonen Sunday #34 (17/07/2024)
Komi-san wa, Komyushou desu c466 (Capa e Página Colorida de Abertura)
02 – Ryuu to Ichigo c200
03 – Utsuranin desu c16
04 – Maiko-san Chi no Makanai-san c307
Mizuporo c33 (Página Colorida)
06 – MAO c236
07 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c122
08 – Kaiten no Albus c10
Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari c352 (Página Colorida)
10 – Ogami Tsumiki Ki nichijou c33
11 – Himeru Kokoro no zen himitsu c09
12 – Maou-jou de Oyasumi c370
Daikaijuu! Akari-chan (One-shot)
14 – Rock a Rock c15
15 – Hello Work Monsters c12
16 – Red Blue c117
17 – Tatari c58
18 – Shibuya Near Family c101
19 – Te no Geka c52
20 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c315
Ausentes: Major 2nd, Tonikaku Kawaii, Detective Conan, Sousou no Frieren (hiato), Magic Kaito (hiato) Ad Astra Per Aspera (hiato).
Saudações, caros leitores. Estamos de volta para mais um domingo uma sexta de Sunday. Como antecipado, consegui reunir forças sobrenaturais para adiantar a análise que costuma sair toda semana aos domingos. Não se acostumem, a dedicação e a organização não fazem parte da minha dieta. Vamos para a TOC.
Página Colorida de Komi-san wa, Komyushou desu.
Na primeira posição e também na capa da revista temos o colosso Komi-san wa, Komyushou desu. A informação de que sua história finalmente se encaminha para uma reta final entristece alguns e alegra igualmente muitos outros, já que uma boa parcela dos leitores não aguenta mais o imensurável limbo em que a história se meteu. Independente da opinião do fã e do hater, a reta final de Komi-san inicia o processo de uma grande perda para a Shonen Sunday.
Nem tanto na questão comercial, já que Komi-san há tempos não vem sendo uma referência nas vendas, decaindo volume após volume, mas sim uma enorme perda simbólica para a revista, de uma história com quase 10 anos de vida e uma herança relevante.
Você pode gostar ou não gostar da sua história, mas o legado e a influência do mangá marcaram a revista e indústria de uma maneira impossível de ser desmerecida, seu encerramento – por mais necessário que seja – cria uma grande ferida na Sunday, que precisará de um bom tempo para se recuperar ou sequer encontrar algo, mesmo que timidamente, à sua altura.
Muito cedo para começar o dramalhão e as dolorosas despedidas, sabemos que essa reta final será uma grande reta de mais de mil quilômetros, tem muito capitulo pra lançar e muita encheção de linguiça para acontecer, o importante é aproveitar ou reclamar do que nos resta.
Na segunda posição encontramos Ryuu to Ichigo, alcançando a relevante marca de 200 capítulos. Quatro anos de serialização completados, e uma estabilidade invejável. Sigo eternamente curioso pela sua história, mas a privação linguística nunca me proporcionou tal oportunidade. Uma grande pena, o mangá sempre pareceu interessante, mas esse interesse não foi o suficiente para gerar traduções, o que faz da história uma completa estranha para nós pobres analfabetos do ocidente.
Na terceira posição temos Utsuranin desu, que continua demonstrando sua total excelência. Bom desempenho em todo capítulo e um imenso apoio do público, excelentes posições na TOC, recomendações de grandes nomes da indústria como Yama Wayama (!), Yusuke Murata (!!!) e Junji Ito (!!!!!!) servem como um sustento extra para atestar sua qualidade, criando para a série um grande clima de expectativa para o lançamento do seu primeiro volume, com lançamento marcado para o dia 17 de agosto.
Como tudo que sai hoje em dia na Sunday, as grandes expectativas são imensamente humildes, se o seu primeiro volume vender próximo das 10 mil cópias mensais teremos um impressionante sucesso em mãos.
Para minha imensa alegria, o quarto lugar destaca o retorno do impecável Maiko-san Chi no Makanai-san. Meu amor pela série impede qualquer tipo de parcialidade, quem ainda não acompanha ou não conhece o mangá se priva de um dos melhores slice of life já criados. Recomendo a boa review escrita pelo camarada DNSS, que desenvolve muito bem as razões que o levam a amar tal série. Para os interessados, fica a indicação.
Na posição seguinte e recebendo uma charmosa página colorida está o nosso querido Mizuporo. O tempo vem provando que o editorial pegou um certo gosto pela série, que sempre que possível o destaca com boas posições e páginas coloridas. Seu volume 2 saiu na quinta-feira, e estreou na 191ª posição do ranking shoseki, posição mais uma vez medíocre e até pior do que seu volume 1, que estreou na 159ª posição.
Mais uma vez, cria-se uma contradição entre o apoio entregue e o desempenho devolvido, fica a dúvida de se veremos um contínuo apoio editorial, visando manter a diversidade da revista, ou se veremos a paciência se esvairando e o apoio de Mizuporo indo pelo ralo. Cenas dos próximos episódios.
MAO aparece na sexta posição, em uma forte semana, onde nosso misterioso Daigo surge para ajudar na porrada. Na semana que vem, a história receberá uma página colorida de abertura. Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi é outro com mais uma capitulo excelente, dessa vez focado na Miwa-san e na intromissão do pai das irmãs.
Particularmente, Mikadono fica sempre mais divertido quando a perspectiva é focada no relacionamento de uma única irmã em relação ao Yuu, quando tudo se mistura em um único capítulo, a dinâmica fica repetitiva e cansativa. Boa parte da excelente fase da sua história se deve mais a isso, cada vez mais capítulos focados e isolados ao invés da salada de fruta intercalada das três irmãs de uma só vez que a história tanto ama.
Na oitava posição temos Kaiten no Albus, que mais uma vez recebe uma boa posição, provando que de fato, o editorial decidiu ignorar a inicial recepção ruim da série, dando espaço somente para um apoio irrestrito. O mesmo pode ser dito sobre Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari, que recebe mais uma página colorida para demonstrar o carinho do editorial, no contínuo clima de festa para a série que superou a marca dos 350 capítulos. E obviamente, para ajudar na divulgação do seu novo volume que acabou de sair.
Página Colorida de Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari
Ogami Tsumiki Ki nichijou surge na sequência, já mais estabelecido no centro da revista. A véspera do seu segundo volume atribuiu a série uma responsabilidade talvez grandes demais, página colorida o tempo todo, divulgações e mais divulgações, tudo para o mangá estagnar em vendas. Uma parcial decepção que não aponta crise nenhuma, sua história continua excelente e com um potencial enorme de crescimento, isso conciliado com relevantes encerramentos ao horizonte como os de Komi-san, as expectativas sobre Ogami Tsumiki certamente retornarão.
De forma tímida no centro da revista encontramos Himeru Kokoro no zen himitsu, que cada vez mais me parece condenada a se tornar uma história ‘’nível’’ Ryuu to Ichigo. Um mangá nichado, respeitado pela revista e pelo público, mas com um alcance e poder comercial bem limitado. Pode ser que isso entristeça alguns, mas garantiar sua sobrevivência já entrega aos fãs da série motivos o suficiente para festejar. Azar somente daqueles que não acompanham o divertido mangá.
Maou-jou de Oyasumi vem logo após, em mais uma semana engraçadinha mas sem muitas novidades. Rock a Rock na 14ª posição, rezando pela sua própria vida através do fracasso dos seus rivais de leva e de alguns veteranos mais capengas ainda. Hello Work Monsters novamente decepciona com uma péssima posição, provando mais uma vez a fraqueza e instabilidade da série que sofre para se adaptar dentro da atual line up.
Red Blue aparece no fundo da revista apenas como disfarce, sua flutuação na TOC faz parte da sua essência. Após uma semana torturante e com muita saudade do bottom 5, avistamos o menino Tatari, que retorna para o fundo do poço. Tatari segue contando seus últimos dias de vida.
O negligenciado e desrespeitado Shibuya Near Family vem na posição seguinte, o que me faz questionar as noções de respeito, dignidade e gratidão. Prefiro acreditar que a falta de página colorida e o completo apagamento da série seja a pedido do próprio Kouji Kumeta, querendo trabalhar cada vez menos. Te no Geka é mais uma vez o nosso último colocado, e ao lado de Tatari e Rock a Rock, segue apontado como uma das principais vítimas do machado. Por hoje, terminamos. Agradeço a atenção de quem leu até o final, quem não leu, problema seu. Aguardo todos na semana que vem. Fui-me.