OMOCAT na Afternoon, mais cancelamentos vindo ae e os novatos que não se firmam.
TOC Monthly Afternoon #8 – (25/06/2024)
Blue Period c68 (Capa e Página Colorida de Abertura)
02 – Skip to Loafer c61
03 – Medalist c45
04 – Vinland Saga c212
OMORI c01 (Página Colorida de Estreia)
06 – Hellhound c25
07 – 7-nin no Nemuri Hime c46, c47 e c48
08 – Nami yo Kiitekure c102
09 – Puu-Neko c242
10 – Darwin Jihen c39
11 – Fragile c116
12 – Meimeimeishoku Seiiki c14
13 – Tengu no Daidokoro c28
14 – Wondance c60
15 – Dokudami no Hanasaku Koro c08
16 – Toppuu GP C97
17 – Quartz no Oukoku c16
18 – Issak c90
19 – Saihate no Serenade c16
20 – Under 3 c118
Chaos Game c24 (Encerramento)
22 – Kaettekita Karasuya Satoshi
Ausentes: Ookiku Furikabutte, Tengoku Daimakyou, Mugen no Juunin: Bakumatsu no Shou, Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai, Mirai Rai Furai , Raise wa Tanin ga Ii (hiato), Historie (hiato), Bouken Erekitetou (hiato).
Uma excelente tarde a todos, estamos de volta mais uma vez para cobrir a mais prestigiada revista de mangás ‘’adultos’’ do mercado, a Afternoon. Uma edição anormalmente curta – para uma revista mensal – resultará, naturalmente, em uma análise mais curta. O que me alegra e me entristece ao mesmo tempo, ruim pois fico sem ter muito o que comentar, bom porque posso voltar mais rapidamente a jogar SMTV. Bem, vamos para a TOC.
Na primeira posição da revista, o pilar indispensável da Afternoon, Blue Period. A principal referência em vendas, a principal referência em arte, a principal referência em roteiro, em narrativa e acima de tudo, a principal refêrencia de qualidade absoluta. Sua história já tem anime – que deve receber uma segunda temporada a qualquer momento – e também tá ganhando uma adaptação live-action – que estreia no mês que vem -, não falta nada para o mangá que já tem tudo.
Página Colorida de Blue Period
O segundo colocado Skip to Loafer não fica nada pra trás. Um dos principais mangás da revista e com um dos maiores crescimentos pós-anime da atual line up, uma história que só melhora com o passar do tempo, a fase atual mais focada no Shima-kun continua excelente. Caso não leia, trate de ler. Medalist vem na sequência, esse que ainda não possui o mesmo destaque que os dois anteriores, mas que certamente subirá de patamar com seu anime, marcado para estrear na temporada de inverno do ano que vem. Isso se o anime for um sucesso, claro.
Na quarta posição temos Vinland Saga. O mangá costuma figurar na parte central da revista, mas resolveu subir alguns degraus devido ao seu novo volume recentemente lançado. O volume #28 vendeu 24 723 cópias em 3 dias, uma boa queda em comparação ao seu volume anterior, que vendeu 34 944 cópias em 4 dias.
Na reta final da sua história, o mangá não consegue parar de perder compradores. Alguns emocionados gostam de atrelar sua queda à qualidade da história, mas prefiro acreditar que o fator tempo pesa muito mais. São quase 20 anos de um mangá em um contexto que aponta para a queda de vendas em quase todo setor da economia japonesa, mangás incluso. Vinland é só mais uma das muitas vítimas da recessão japonesa. Isso ignorando o fato de que Vinland continua excelente, como sempre foi.
Na quinta posição e com uma página colorida de estreia, temos o jogo adaptado para mangá, OMORI. Nunca vi nem comi nada relacionado a OMORI, mas conheço bastante da fanbase que a obra construiu, então consigo entender mais ou menos como esse tipo de história veio parar na revista. Li o primeiro capítulo e não entendi muita coisa, a confusão inicial deve ter sido proposital. E o bom de adaptações como essas, de histórias já consagradas, é que temos como certo as traduções. O mangá já foi traduzido para inglês e português, então, é uma boa oportunidade para começar a acompanhar mais uma história da Afternoon.
Página Colorida de Estreia de Omori
Em seguida temos a gema bruta, Hellhound. O novato que mais cresce da revista continua se posicionando bem nas TOCs, provando o respeito interno que sua história conquistou. Infelizmente e estranhamente, tal respeito ainda não resoltou em traduções para sua história. Diferente de 7-nin no Nemuri Hime, que tem tradução para o inglês em andamento. O mangá que deveria estar sendo lançado na Shonen Magazine e que por engano caiu no colo da Afternoon segue firme e forte, mesmo vendendo míseras 5 mil cópias por mês.
O mangá mais desrespeitado da atual revista aparece na oitava posição, Nami yo Kiitekure. Não entregar nem uma página coloridinha pela marca de 100 capítulos para um mangá escrito e desenhado por Hiroaki Samura deveria ser considerado crime, não entra na minha cabeça negligenciar o aniversário de 10 anos de qualquer história, e se essa história for de um autor tão consagrado dentro da própria Afternoon, isso é pior ainda.
Para aliviar o estresse podemos pular para o nono colocado Puu-Neko, que ocupa a posição de comédia bobona não fede nem cheira que toda revista tem. Darwin Jihen vem na sequência, e agora se inicia o seu longo período no limbo, o entretempo do anúncio do seu anime até a adaptação de fato. Fragile é outro que não tenho muito a comentar, já que não leio, não tem tradução, mas é um mangá decenário que continua super firme e seguro.
Meimeimeishoku Seiiki vem logo após, e jurei que o mangá terminaria neste capítulo, mas pelo que parece, ainda teremos um último capítulo no mês que vem? Não sei, a autora não sabe se comunicar direito e a Afternoon não bota anúncio nenhum, só termina e pronto.
Mas folheando o capítulo, certamente não foi esse o último, então, teremos mais um capítulo vindo ae. Feliz por ter mais um último suspiro desse mangá maravilhoso, e triste por ele ser um dos cancelamentos mais tristes da revista, uma história com uma escrita tão excelente e com tanta capacidade indo pra vala, lamentável. Recomendo a leitura, mesmo com seu fim prematuro.
Tengu no Daidokoro aparece na 13ª posição, e ao lado de Hellhound é um dos poucos ‘’novatos’’ que conquistaram seu espacinho dentro da revista. O mangá mal completou 2 anos e já recebeu até adaptação para série, isso vendendo somente 7 mil cópias por mês. Uma pena a tradução ter sido pausada no volume 2, mas do que eu li, um excelente mangá.
Felizmente, o mesmo não pode ser dito sobre o excelente Wondance, que possui uma tradução muito mais presente (ainda atrasada, mas presente). Outro mangá que vende mal, mas mantém sua vaga cativa devido ao excelente apoio interno. Dokudami no Hanasaku Koro aparece na sequência, o novato em 12 dias vendeu menos de 2 mil cópias, um desempenho bem pífio para um mangá novo. Mas em comparação com todos os outros novatos, que não conseguem nem ranquear no ranking shoseki, não é o pior dos mundos, mas certamente também não é um dos melhores.
Toppuu GP é outro que se aproxima da marca dos 100 capítulos, e muito provavelmente também será desrespeitado e ignorado. Já estou antecipando minha revolta. Na 17ª posição temos Quartz no Oukoku, que continua se posicionando muito mal e vendendo o mesmo que nada nos últimos três volumes. Seu artista (BOOMHAT) é bem famoso no twitter, tendo realizado trabalhos em parceria com a Hololive, por exemplo. Mangá é só mais uma das ocupações de um artista tão excelente como ela, então, quando o cancelamento bater na sua porta vai doer muito menos.
Quadro aleatório do belo Quartz no Oukoku
Issak é um que não tenho muito que comentar, mas o mangá continua seguro, mesmo ficando sempre no bottom. Saihate no Serenade aparece mais uma vez no fundão, o que preocupa, já que o mangá é um dos muitos que não possuem vendas para justificar sua permanência, dependendo inteiramente do apoio do editorial. Se perder seu único sustento, será cancelado. Já no bottom 3 avistamos a comédia Under 3, que só aparece para encher linguiça e aliviar a tensão de tantos dramalhões que a revista carrega.
Por fim, Chaos Game, que finalmente foi cancelado. Engraçado pensar que um mangá de somente 24 capítulos durou 2 anos. Observação ultra óbvia, já que estamos falando de uma revista mensal, mas até cancelamentos que parecem precoces não são tão agravantes assim. O autor teve o seu tempo para desenvolver a história, poderia ter feito mais, mas não deu, durou o que tinha que durar e é isso, bola pra frente.
E é com a tristeza do cancelamento que nos despedimos, aguardo vocês no mês que vem para mais uma edição. Adeus.