Chegou o momento de vermos mais uma edição da Action Hiken, uma das principais revistas de mangás brasileiras! E nessa semana tivemos capítulos emocionantes por vários autores!
TOC Action Hiken #104 (Julho 2024)
1 – Insane Crow #17 – Juarez e Ruda [FIM]
2 – Injury Past #25 – Erick Almeida
3 – Firula #04 – Michel VP
4 – Sorcery Gardna #27 – Alexis Portugal
5 – Good God Parents #12 – Kofuku Buru e Uris
6 – O Arquipélago (One-Shot) – Samuel Menezes
Ontem saiu mais uma edição da incrível revista de mangás brasileira Action Hiken, casa de mangás de vários autores super talentosos. Como sempre, irei comentar rapidamente a TOC e os mangás lançados nessa revista. Lembrando que vocês podem acessar a Action Hiken gratuitamente AQUI – e recomendo vocês darem uma lida, pois é sempre bom dar um apoio ao cenário nacional!
Abrindo a TOC da Action, tivemos a conclusão de “Insane Crow” da dupla Juarez e Ruda. O último capítulo da série teve ação contínua, com a conclusão do caso (que teve direito a luta) sendo uma das mais bem trabalhadas na série, mas tudo um dia tem que chegar ao seu fim, e assim “Insane Crow”, após 17 capítulos, deu adeus ao seu público. Mas certamente estaremos de olho para ver os próximos trabalhos de Juarez e Ruda.
Arte de Injury Past (de Erick Almeida)
Logo após, em segundo lugar, tivemos o Capítulo 25 de Injury Past, mangá de aventura e fantasia que tanto agrada os leitores da revista. Erick Almeida começou um novo arco que tem tudo para ser um dos mais interessantes da obra: A Ilha de Cogumelos. Esse primeiro capítulo do arco teve toques de mistério, toques de ação, piadas divertidas e cenas surpreendentes: Erick Almeida, experiente como sempre, sabe o que é necessário para prender o leitor em uma leitura capítulo a capítulo, criando sempre ótimas conclusões que deixam os leitores curiosos sobre o que irá acontecer.
Em terceiro lugar, tivemos o capítulo do mangá de esporte do Michel VP, um dos autores mais promissores da Action Hiken. Já tínhamos visto o seu talento em seus One-Shots, mas agora ele está podendo brilhar com o seu quadrinho de futebol: Firula. O capítulo da semana continuou a partida entre a Escola Imperador e a Escola Alberione, e tivemos, na minha opinião, uma das melhores páginas desenhadas pelo autor até então (pelo menos durante essa serialização). Caso vocês leiam, saberão de qual página estou comentando. É nítido que o Michel VP está cada vez mais confiante em sua obra e assim conseguindo entregar mais páginas complexas que lembram muito o impacto visual que os seus One-Shots tinham.
Em quarto lugar, tivemos Sorcery Gardna de Alexis Portugal, que, como indica o nome, é um quadrinho Battle-Shounen com feitiçarias e magias. Na minha opinião, os pontos mais fortes de “Sorcery Gardna” são dois: a criatividade nos poderes e nas coreografias por parte do autor, que consegue sempre entregar ótimas batalhas, e também a sua capacidade artística de entregar boas quadrinizações, que deixam a leitura bem dinâmica e facilitada. Alexis Portugal, que já é um autor experiente, demonstra não só um bom controle da sua própria arte (algo que muitos autores não conseguem ter), mas uma visão profissional de como deve ser organizado um quadrinho.
Contando que esse capítulo, além de ter essas qualidades, também teve uma das melhores batalhas da série até então, já que o mesmo está chegando a sua conclusão, e acredito que realmente Sorcery Gardna merece a sua atenção. Em quinto lugar, tivemos Good God Parents, que tem o roteiro de Uris e Kofuku, mas a arte somente de Kofuku. A obra, que é um mangá de aventura com ação, já está em seu décimo segundo capítulo e novamente entregou um capítulo interessante, com um correto desenvolvimento de personagens e várias páginas coloridas bem desenhadas. A escolha, por exemplo, de adicionar cores à página dupla aumentou o impacto da cena.
Arte de Good God Parents de Uris e Kofuku
A edição se concluiu com um ótimo One-Shot de Samuel Menezes: O Arquipélago. A história é fruto de uma oficina realizada no Instituto Federal do Ceará, e sinceramente? É uma obra incrível. Eu não conhecia o Samuel, e acredito que esse seja um dos seus primeiros trabalhos, mas vi uma grande capacidade de composição de páginas, que é um dos elementos que muitos autores têm uma grande dificuldade. O autor, durante o seu One-Shot, soube muito bem como distribuir os quadros, superar os limites dos painéis quando necessário e, principalmente, apresentar cenas dramáticas com a correta exposição da cena e dos personagens.
A história, que une cenas de ação contínuas com uma narrativa que chegou a me emocionar nas últimas páginas, também demonstra o seu talento para criar uma história que possa conseguir envolver os leitores, mesmo tendo como personagens animais que lembram as fábulas. O Arquipélago não é a minha obra preferida da edição, e sofre em algumas páginas com o excesso de informações visuais, já que o autor teve que compactar toda uma luta frenética em poucas páginas, mas mesmo assim é um dos melhores One-Shots que a Action Hiken lançou ultimamente, e recomendo vocês darem uma chance, pois é o talento de Samuel Menezes merece ser apreciado. Darei meu voto para o One-Shot e espero ver o Samuel Menezes mais vezes na revista.