Finalmente o anime de Gachiakuta! O anúncio provavelmente mais esperado pelos fãs ocidentais de qualquer obra da Weekly Shonen Magazine chegou até antes do esperado, mas já repercutiu o suficiente com as excelentes escolhas para o projeto, falarei mais sobre no texto! E também temos a estreia de um novo mangá de esportes, Love Forty, dessa vez focado em tênis e que se apresenta como um possível sucessor de Baby Steps. Vamos seguir a ordem da TOC para falar das novidades para cada mangá:
- Love Forty (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 01
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 99
- Akabane Honeko no Bodyguard Ch. 83
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 333
- Blue Lock Ch. 265
- Mayonaka Heart Tune (Página Colorida) Ch. 34
- Kaijin Fugeki
- Kakkou no linazuke Ch. 207
- Jyushin no Katana Ch. 29
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 140
- Edens Zero Ch. 291
- Banjou no Orion Ch. 19
- Yowayowa Sensei Ch. 76
- Sentai Daishikkaku Ch. 142
- Megami no Café Terrace Ch. 155
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 152
- Rongusukāto wa nabiite (Oneshot)
- Hajime no Ippo Ch. 1459
- Ao no Miburo Ch. 129
- Gachiakuta Ch. 100
- Brave Bell Ch. 49
- Fumetsu no Anata e Ch. 187 – 6
Ausências: Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 95, Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 137, Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 181, Ahiru no Sora Ch. 618 (Hiato)
A capa foi para uma idol e não para o novo mangá, Love Forty, mostrando o quão difícil é para qualquer série conseguir a capa da Weekly Shonen Magazine, algo que Kaijin Fugeki conseguiu em sua estreia. De qualquer forma, hora de falar um pouco de Love Forty. Descrito como um spokon tradicional, a história do primeiro capítulo segue padrões típicos do gênero, com um protagonista superando expectativas e possuindo um talento especial, no caso aqui sendo que ele pode visualizar a quadra de tênis como um tabuleiro de shogi — algo semelhante a Baby Steps, outra série de tênis de sucesso da Magazine, e que provavelmente quer realmente traçar paralelos com para atrair esses leitores.
O mangá está sendo criado pela dupla Katori Jirou (escritor) e Shinichi Itou (desenhista), os dois sem hits passados na revista, então terão uma caminhada mais difícil pela sobrevivência já que nem publicação simultânea internacional no K-Manga ganharam. Falando dos autores, Shinichi Itou era assistente em Sakamoto Days na Jump e traz um traço bem simples de ler e entender que aliado ao roteiro tradicional e diálogo sem muitas enrolações de Jirou faz de Love Forty uma leitura leve e divertida. Muita gente pode estar tentando reinventar o gênero de esportes para sobreviver à “crise das spokon” que assola as revistas shonen, mas este é um mangá que realmente quer trilhar o caminho tradicional clássico e se divertir com ele. Estarei na torcida e semana que vem trago a recepção dos leitores.
Na segunda colocação temos Kanan-sama, a comédia ecchi bem apimentada receberá página colorida na semana que vem por alcançar o capítulo 100 e possivelmente será o próximo anúncio de anime da Magazine nos próximos meses agora que Gachiakuta teve sua adaptação apresentada. Akabane Honeko completa o pódio da edição merecidamente, o mangá exala potencial por causa do enorme número de interações nas redes sociais por causa dos anúncios e novos trailers de seu filme live action, que conta com vários atores e idols famosos no elenco, uma música tema que promete ser sucesso e até a participação do famoso dublador Tsuda Kenjiro.
O quarto lugar é de Kanojo, Okarishimasu com capítulos bem lentos e slice of life adiando o próximo arco que deve abalar a estrutura da história. Blue Lock em quinto na TOC, é curiosamente um caso similar de não ter pressa, mas num mangá cheio de ação. Os autores podem fazer as partidas durarem o tanto que quiser, são o grande pilar da Magazine afinal de contas.
Sexta posição de Mayonaka Heart Tune promovendo seu novo volume com uma página colorida… que usa a mesma arte do volume. Um pouco decepcionante, mas nunca vou julgar um autor de mangá semanal, a arte dos capítulos continua boa como sempre. A pesquisa de popularidade das heroínas também chega à metade, com os resultados parciais sendo quase um empate técnico entre todas, menos Nene que tem quase metade dos votos das outras garotas. Pobre Nene.
No sétimo lugar, Kaijin Fugeki é muito bom de acompanhar como leitor e também como alguém interessado na revista em si já que recebe muito mais comentários que outros mangá “novos” e dá pra se ter uma noção mais palpável da recepção geral. Mas basicamente, o mangá continua sendo muito elogiado pela arte incrível, designs únicos e o mundo criativo, só que igualmente é fácil de se achar críticas quanto à dificuldade de se entender o que está acontecendo já que Oh Great! realmente está tentando contar uma história maluca de um jeito meio não convencional, inclusive focando mais no momento em mostrar a vida cotidiana do louco mundo de Kaijin Fugeki.
Ao mesmo tempo essa complexidade agrada muitos, vários sendo leitores de longa data do autor. É inclusive perceptível a influência narrativa e visual do trabalho do autor na adaptação de Bakemonogatari, é quase como se o estilo do estúdio de anime Shaft pudesse ser visto em mangá. Estou ansioso para ver as reações quando o volume 1 sair para um público mais amplo.
Kakkou no Iinazuke, em oitavo na TOC, apresenta um capítulo de humor completamente episódico que é o exemplo perfeito do que digo que o lado Comédia é tão forte quanto o lado Romance nessa obra, diferente de muitos outros do gênero. Nono lugar para Jyushin no Katana, que está recebendo colocações mais altas desde que começou o atual arco de confrontos no estilo battle royale, talvez possa salvar a série, apesar das baixas vendas.
Décimo posto para Amagami-san Chi no Enmusubi, que teve informações importantes de seu anime reveladas. O anime passará na TV Tokyo por DUAS cour seguidas, num total de 24 episódios, assim resolvendo um problema que esperava: seus arcos mais elogiados demoram um pouco para aparecer e dar o tom que define realmente a história. E com mais dubladores listados, tivemos a revelação de mais personagens no anime, incluindo uma que aparece apenas no capítulo 69 do mangá, confirmando que a adaptação em anime realmente irá longe para cobrir o máximo possível do trabalho original. Espero que seja feito um bom trabalho de adaptação de roteiro para isso.
Edens Zero em décimo primeiro lugar já vai quase acabando, inclusive o autor Hiro Mashima vai publicar um novo oneshot especial de Fairy Tail na revista logo após o encerramento de seu trabalho. O décimo segundo da TOC, Banjou no Orion, embarca de vez em duelos de shogi no estilo de spokon mesmo, e torcendo para a recepção ser boa já que até agora a maioria dos elogios à obra são mais referentes à personalidade forte da co-protagonista Tsuki mais do que os outros personagens ou o jogo em si.
Yowayowa Sensei é decimo terceiro dessa edição e faz parte de uma campanha de marketing e leitura na Pocket junto de Kuroiwa Medaka, Seitokai e Kanan-sama, promovendo os quatro mangá como sucessos recomendados e parte de uma mesma “geração”, anúncios em anime não devem demorar a aparecer para os demais considerando que Kuroiwa Medaka já apresentou a sua adaptação. Para o décimo quarto lugar, Sentai Daishikkaku, queria ter notícias melhores, mas estamos realmente presos naquele ciclo de lamentação pela falta de boost nas vendas do mangá mesmo com o ótimo anime — podemos sorrir ao menos pelo novo arco começando na história!
Megami no Café Terrace, no décimo quinto posto, apresentou mais um trailer para a segunda temporada de seu anime em Julho ao mesmo tempo que a história do mangá se diverte com situações excêntricas, agradando muito seus fãs em ambas mídias. Já o décimo sexto da TOC, Mokushiroku no Yonkishi, tem um capítulo de ação triunfal que cria a expectativa para mais batalhas incríveis nessa segunda metade da série.
Após um oneshot, Hajime no Ippo se apresenta em décimo oitavo lugar com mais um capítulo curto de nove páginas. Sei que alguns leitores se incomodam, mas acho importante respeitar o autor George Morikawa por conseguir manter uma serialização semanal dentro do seu ritmo, mesmo após 30 anos de publicação. É uma questão de saúde e Morikawa merece continuar a saga dentro da revista que ele mesmo admira. Ao no Miburo é décimo nono da TOC e talvez volte a ter rankings mais baixos por algum tempo, já que a prioridade de promoção irá para adaptações de outras obras como Akabane Honeko.
O vigésimo lugar é do próprio Gachiakuta aliás, que NÃO teve o anime anunciado na Weekly Shonen Magazine, mas revelou online. Será que estavam fugindo de leaks? Enfim, o mais importante é o anime finalmente ter chegado! Com 100 capítulos, é uma adaptação que chega num bom ritmo e tem BONS nomes atrelados ao projeto, dando muita confiança para os fãs.
O estúdio encarregado do projeto é a Bones, um nome famoso entre fãs de anime, mas para quem não conhece, eles trabalham em vários anime, alguns de seus sucessos são Boku no Hero Academia e Bungo Stray Dogs. A Bones fez a adaptação de Soul Eater de Atsushi Ohkubo, o “mentor” da autora Kei Urana de Gachiakuta. É um estúdio que pode adaptar bem o estilo forte do trabalho original e fazer boas sequências animadas para as batalhas eletrizantes do mangá.
Inclusive no anúncio do anime colocaram em primeiro lugar que terão um encarregado de manter o estilo de grafite do mangá, demonstra que entendem os pontos chaves da obra. Quanto aos nomes individuais do anime, são bons:
* O diretor é Fumihiko Suganuma, que não teve trabalhos de direção geral antes, mas dirigiu vários episódios de anime de excelente recepção como Shirobako e Dragon Quest Dai no Daibouken e agora terá sua chance de crescer ainda mais como diretor.
* O roteiro será adaptado por Hiroshi Seko, que é um dos nomes mais fortes da indústria para esse papel, tendo trabalhado com enorme sucesso em Shingeki no Kyoujin, Jujutsu Kaisen, Mob Psycho 100, Vinland Saga, Windbreaker, entre vários outros — sei que muitos não dão importância para esse papel de roteirista de adaptação, mas é essencial para que o mesmo roteiro funcione em tipos diferentes de mídia.
* Por fim, os designs e direção de animação ficarão a cargo de Satoshi Ishino, com mais de 30 anos de experiência e que teve um trabalho similar na Bones em 2021 com Godzilla Singular Point, muito bem feito nesses pontos.
O trailer em si não mostrou quase nada, mas o anime estreará apenas em 2025 e um bom marketing focado tanto no mercado japonês como internacional podem mais que dobrar as vendas de Gachiakuta. Torço também para que a revista dê mais destaque à obra, semana que vem ao menos já ganhara as primeiras páginas coloridas para celebrar o anime.
Após esse longo comentário, temos os dois lanterninhas: Brave Bell que misteriosamente acabou sua luta atual e que precisarei esperar o próximo capítulo para saber se já partirá para o final; e Fumetsu no Anata e, que prossegue existindo e contando sua história com total liberdade para a autora. Cadê a nova temporada do anime aliás?
Semana que vem teremos finalmente a página colorida tão esperada de Gachiakuta, fiquem atentos e apoiem a série se possível, ela está saindo já no Brasil pela Panini!