Bem vindos de volta às análises da Weekly Shonen Magazine! Perdão pelo sumiço, fiquei um tempo sem computador e não estava conseguindo acompanhar direito a revista para os posts, mas estamos de volta aqui agora. Seria tedioso fazer comentários de cada ToC nessas semanas que se passaram, mas esse post será uma Retrospectiva Geral do estado da Magazine. Temos MUITAS notícias e coisas para falar, de ~traição~ até novas várias publicações sendo anunciadas a rodo.
Vou colocar a TOC atual e depois os tópicos e séries por grupo baseados no papel delas na revista, também discutindo o que pode estar ACABANDO ou sendo CANCELADO para a entrada de novas histórias, então vamos lá. No final, um comentário mais geral:
- Mayonaka Heart Tune (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 29
- Ao no Miburo Ch. 124
- Sentai Daishikkaku Ch. 137
- Megami no Café Terrace Ch. 150
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 148
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 328
- Fumetsu no Anata e Ch. 187 – 1
- Yowayowa Sensei (Página Colorida) Ch. 71
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 176
- Akabane Honeko no Bodyguard Ch. 78
- Edens Zero Ch. 286
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 135
- Blue Lock Ch. 260
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 132
- Kamisama no Gozendesu (Página Colorida, Oneshot)
- Hajime no Ippo Ch. 1455
- Kakkou no linazuke Ch. 202
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 91
- Jyushin no Katana Ch. 25
- Gachiakuta Ch. 96
- Brave Bell Ch. 44
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 95Ausências: Banjou no Orion Ch. 16, Ahiru no Sora Ch. 618 (Hiato) oneshot
BLOCO A. Pilar
Blue Lock
Pensei até em colocar algum outro mangá na categoria para não ficar apenas um, mas Blue Lock claramente destoa dos demais em questão de mercado e relevância. É a Grande série da Shonen Magazine e continuará sendo mesmo se tiver um pequeno declínio natural do seu pico da primeira temporada do anime.
Na edição passada teve uma das raras capas de mangá (se não sabem, a maioria delas vão para modelos), tendo Isogi e Nagi promovendo Blue Lock e seu spin-off Episode of Nagi, que estreou um filme no dia 19 de Abril no Japão. O filme é um sucesso grande de bilheteria — tendo mais de 750 mil espectadores e arrecadado mais de 1 bilhão de yen até agora — e a Kodansha quer manter o hype de Blue Lock com tudo com ele enquanto a segunda temporada do anime é preparada. Até teve um capítulo do Episode of Nagi na edição anterior e uma entrevista com os dubladores, tudo perfeito para atrair fãs. Não dá para criticar nada da estratégia de sinergia e expansão de Blue Lock, é o grande hit da Magazine e é tratado com a importância que merece, mesmo que geralmente apareça mais ao meio da revista como nessa semana em décimo terceiro da ToC.
Bloco B. Semi-Pilares
Shangri-la Frontier // Hajime no Ippo // Mokushiroku no Yonkishi
Considerei até colocar Shangri-la Frontier (100 mil~) na categoria pilar, mas a disparidade entre ele e Blue Lock (270 mil~) é maior e mais significativa que a diferença com Ippo (70 mil~) e Mokushiroku (60 mil~). Essa é uma categoria de mangá extremamente importantes para a revista e com boas vendas atuais para o mercado.
Shangri-la Frontier teve um anime que levou os volumes recentes a venderem 100 mil cópias por mês e teve um certo crescimento de vendas dos volumes anteriores. Não foi nenhum boost gigantesco, mas o suficiente para manter o ótimo sucesso nesse patamar alto da indústria. A segunda temporada do anime já foi anunciada e até sai esse ano, mesmo depois da primeira ter tido 24 episódios. Pelo visto a produção da série é muito bem encaminhada e esse espaço curto entre temporadas é uma excelente notícia para o momentum da história de ação e aventura em videogames.
Hajime no Ippo por si só é uma franquia mais significativa para a Shonen Magazine que Blue Lock até. Historicamente, é um dos pilares da revista e seu maior símbolo pela duração de três décadas, a influência do autor George Morikawa na indústria de mangá, além do fato de ser um dos dois mangá da revista a ter batido a marca de 100 milhões de cópias vendidas (o outro é Kindaichi). Nada indica que o roteiro esteja perto do fim, então a obra continuará por um bom tempo com excitantes lutas de boxe.
Mokushiroku no Yonkishi já é aquele caso complexo: vende bem? Sim! Mas não chega perto das incríveis vendas de Nanatsu no Taizai, que é o quinto mangá mais vendido da história da Magazine com incríveis 55 milhões de cópias. Como já falei em textos anteriormente, a questão de ser uma sequel direta atrapalha a captação de novos leitores e os antigos vão aos poucos parando de ler, como é comum para qualquer mangá. O seu anime recente foi criticado e acabou no final de Março, mas já tem uma segunda temporada para Outubro — a franquia Nanatsu no Taizai é fortemente apoiada pela Netflix já que possui números fortíssimos globalmente. Então mesmo com vendas não tão impressionantes como seu predecessor, Mokushiroku no Yonkishi é uma obra importante e que estando na sua segunda metade, segundo o autor Suzuki Nakaba, tem alguns anos ainda de gás.
Bloco C. Trio do Amor
Kanojo Okarishimasu // Kakkou no Iinazuke // Megami Café no Terrace
Esse grupo quebra a ordem de vendas dos anteriores já que Seitokai ni mo Ana wa Aru já passou Megami Café em vendas por volume e, mantendo o crescimento atual, deve logo ultrapassar os outros 2. Mas o papel na revista deixa os três mais próximos, sendo todos comédias românticas já com adaptações em anime.
Kanojo Okarishimasu é um mangá que costuma aparecer nas primeiras posições da ToC, teve três temporadas de anime e vendeu mais de 13 milhões de cópias ao longo de quase sete anos de publicação. Mas tem quedas em vendas de volume toda vez que um novo sai: é um processo natural de uma história que já passou do seu pico, as críticas que recebe no Ocidente não correspondem ao que se fala no seu mercado local. Entretanto, é válido sim ver como um certo cansaço com a história, já durou bastante afinal. O rumo que a história está tomando atualmente é para a chegada num grande clímax que pode até ser o maior momento do mangá e que pode o levar a seu fim. Contudo, é impossível cravar agora que Kanojo Okarishimasu está acabando, mesmo com esse arco e muitas indicações de um grande progresso, o autor Reiji Miyajima pode nos surpreender continuando a história com outro status quo. Veremos.
Kakkou no Iinazuke passa por problemas similares ao de Kanojo Okarishimasu. Vendas caindo a cada volume, mas nesse caso muito mais bruscas e não há sinal algum de uma nova temporada do anime. A história até parece estar sendo considerada mais enrolada pelos leitores, mas seu rumo não aponta um final agora, deve ter lenha para queimar ainda mesmo com as vendas caindo, elas ainda são decentes sim.
Megami no Café Terrace é um pouco diferente já que as vendas de seus volumes estabilizaram com o anime (por volta dos 40 mil) e a segunda temporada vai estrear nessa temporada de verão em Julho, por volta de 1 ano após o fim da primeira temporada. A história está sendo avaliada positivamente e também não dá pinta de estar acabando tão cedo.
Bloco D. A “Nova” Geração
Seitokai ni mo Ana wa Aru! // Amagami-san Chi no Enmusubi // Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai
Esses três mangá são as Apostas Seguras da Shonen Magazine. Séries de sucesso por autores sem hits anteriores e que serão promovidas bastante por seu potencial.
Seitokai é um caso que quem já leu as colunas sabe: o sucessor perfeito de Seitokai Yakuindomo, uma comédia com piadas de duplo sentido e que foi um grande sucesso logo de cara. Com mais de 45 mil cópias já no volume 6, a série deve estar sendo bem preparada para uma longa estadia na Shonen Magazine e projetos de anime já devem estar em produção entre a Kodansha e comitês.
Amagami-san é de um autor novato, mas a boa qualidade da comédia romântica e a forma que foi visto como sucessor do super sucesso Gotoubun no Hanayome o fez deslanchar a ponto de chegar a 30 mil cópias por volume. As vendas caíram um pouco, mas o anime sairá este ano e deve impulsionar as vendas de novo. O problema é que não temos data até agora, mas pelo andar da carruagem deve sair em Outubro mesmo, enquanto isso o mangá segue firme na revista com os arcos sempre progredindo o desenvolvimento dos personagens em si, mais do que o próprio romance.
Kuroiwa Medaka terá um grande anúncio na próxima edição no capítulo 133 finalmente… E o anime já foi anunciado antes mesmo dela sair! Com produção da SynergySP já temos até um trailer mostrando animação e a boa dubladora Serizawa Yuu como a protagonista Mona. Com vendas por volta do 25 mil por novo volume, Kuroiwa Medaka é bem popular e até demorou para ter esse anúncio sendo uma história tão bem estabelecida na linha da Magazine. A torcida é por mais crescimento e que o anime saia logo para não perder o timing — mas só de uma autora novata ter conseguido um bom hit é uma vitória do editorial.
Bloco E. Promessa em Aquecimento
Gachiakuta
Pensei em colocar no grupo acima, mas não coloco Gachiakuta por um motivo: não há indício de um anúncio iminente de anime, mas apesar disso ele está próximo de Kuroiwa Medaka em tudo menos tempo. As vendas (perto dos 22 mil~) são boas para uma autora novata e é o próximo mangá agora que deve ter um anime anunciado, talvez na segunda metade do ano ou começo de 2025.
Gachiakuta é um mangá de batalha também, um gênero que está tendo dificuldade de gerar novos sucessos grandes e o estilo reminiscente à grafites muito estilosos criou uma fanbase cult ocidental fervorosa. Algo do tipo deve ser visto pelas empresas de licenciamento, anime, streaming, etc — então embora fale que não tem nada iminente, a obra ganhará sim um anime eventualmente. Agora é ter paciência que Gachiakuta é o primeiro na fila de espera e torcer para uma boa equipe de produção que saiba maximizar os pontos fortes do mangá como o cenário interessante, os designs atraentes e as expressões bem caricatas. Tem tudo para dar certo e subir algum escalão considerando o bom desempenho só pela popularidade boca a boca.
Bloco F. Os Que Se Esperava Mais
Fumetsu no Anata E // Edens Zero // Sentai Daishikkaku // Ao no Miburo
Todos mangá de veteranos com anime, mas em decadência de vendas e sem sinal algum de saírem disso.
Fumetsu é um mangá que ainda consegue chegar perto dos 20 mil, mas continua caindo a cada volume e está muito longe do seus tempos de ouro. Um novo anime é possível? Acho que depende de plataformas de streaming, mas por vendas seria muito difícil. O mangá ao menos não dá sinal de estar acabando, mas muitas vezes pula edições, provavelmente para descansar a autora que já está na revista por anos.
CORREÇÃO: Realmente foi anunciada já uma terceira temporada após o fim da segunda, mas a falta de informações fez sumir da minha memória. Que de fato esse anime esteja em produção então.
Lembram do que falei de mangás que podem estar acabando? Pelos rumos da história, acredito que Edens Zero possa estar próximo de seu final. As batalhas climáticas estão acontecendo e Mashima já disse que iria acabar o mangá esse ano. O perfil do Twitter da série não posta nada desde Novembro de 2023, com só alguns retweets raros de mercadoria, e o declínio da franquia parece não ter fim. Com Hiro Mashima também escrevendo Dead Rock, Edens Zero seria minha principal aposta para um fim natural logo.
Sentai Daishikkaku tem uma situação diferente: o anime é de alta qualidade e deve ficar em exibição por um bom tempo já que existem rumores fortes de uma segunda temporada já preparada. Contudo, o mangá não está ganhando um boost infelizmente. A série já vende pouco para a nova obra do colossal Gotoubun no Hanayome, que é tão popular que ganhará uma nova continuação exclusiva em anime, e fica próximo de baixos 10 mil~ por volume. É realmente uma disparidade imensa com as quintúplas e é difícil de não imaginar a decepção da Kodansha com o mangá mesmo com toda a promoção, até dando capa para o mangá para promover a animação. Existem dois pontos para explicar: o desgosto dos fãs de Super Sentai pela premissa mais violenta da série; e o lançamento no Disney+ exclusivo, algo que é muito criticado no Japão que até recebe o anime na TV, mas que não convence fãs de anime que assistem por stream a assinar um serviço que não desperta interesse neles.
E Ao no Miburo, a aposta mais “errada” de um posto de vista comercial. O mangá sobre o Shinsengumi é do autor veterano Tsuyoshi Yasuda que escreveu a série de futebol Days de 2013 até 2021, mas tem vendas baixíssimas na casa dos 7 mil e perdendo números a cada volume MESMO com um anúncio super cedo de anime e marketing a vapor mesmo com a estreia sendo apenas em Outubro. É mais promovido que muitos mangá que vendem mais e esse resultado deve ser a razão da numeração dos capítulos ter “resetado” agora, com a parte 1 do mangá acabando e já começando imediatamente uma segunda parte. Tudo passa a impressão que planos foram aprovados superestimando o potencial do mangá e agora a Kodansha tenta reajustar o que dá já que não pode cancelar o projeto.
Bloco G. Um Nicho Necessário
Kanan-sama wa Akuma de Choroi // Yowayowa Sensei
A dupla ecchi que geralmente se encontra em extremos opostos da TOC, geralmente um perto do começo e outro do fim.
Kanan-sama é um mangá com um digital absurdamente forte, com uma média de 50 mil em circulação por volume mesmo que as edições físicas fiquem apenas nos 10 mil no primeiro mês. Uma mistura do autor nonco ser popular online (a ponto até de promover seus colegas de revista no Twitter) com o material bem ecchi da série. Os capítulos possuem no geral menos de 10 páginas e esse tipo de publicação curta é uma boa maneira de preencher e variar a revista, tem tudo para se manter firme e forte, na espera de um anúncio de anime em 2025.
Yowayowa Sensei poderia ser visto como um possível cancelamento pelas suas vendas físicas abaixo de 10 mil ao mês por volume, mas tem recebido boa promoção, com uma página colorida nessa edição mesmo. O que podemos tirar disso? Vamos considerar o volume de vendas digitais de Kanan-sama e a boa recepção entre leitores da revista e pronto, Yowayowa Sensei pode ser um caso similar de um sucesso maior do que o aparente por apenas uma métrica (vendas físicas de volume). A história também não parece ter nenhuma pressa, com o arco dos capítulos mais recentes introduzindo uma nova personagem para a rotação do elenco (as histórias costumam focar em personagens diferentes, cada um com suas próprias excentricidades). Também chegou a um número de capítulos que implica que, se continuar na revista, pode já estar sendo considerado para uma adaptação em anime.
Bloco H. Categoria de Base
Mayonaka Heart Tune // Banjou no Orion // Akabane Honeko no Bodyguard
Séries com bom crescimento e que podem se estabilizar na linha.
Mayonaka Heart Tune é a romcom mais recente que segue a linha e estilo próximo dos outros hits recentes da Magazine no gênero e já teve um tratamento excelente de cara pela boa qualidade do autor veterano Igarashi Masakuni (Senryuu Shoujo) e a recepção positiva de cara. Nessa edição, o mangá foi o primeiro na TOC, ganhou páginas coloridas, teve uma enquete de popularidade anunciada e anunciou reprints de todos os volumes do mangá. Embora não tenha explodido em vendas de cara, Mayonaka Heart Tune cresce a cada volume e se firma de vez como uma série a ser promovida e trabalhada com atenção.
Banjou no Orion está conseguindo redimir o autor veterano Naoshi Arakawa, que saiu do sucesso Shigatsu wa Kimi no Uso para o cancelado Atwight Game, agora conseguindo uma recepção positiva inicial com seu novo mangá sobre shogi. A tiragem inicial realmente foi por volta de apenas uns 7 mil para o volume 1, mas vendeu todo seu estoque e já teve reprints anunciados. É um bom começo que permite o autor relaxar e focar em manter a qualidade da escrita agora que saiu desse período introdutório da história. Pode se tornar outro futuro mangá estável.
Akabane Honeko é meio difícil de encaixar nesse grupo porque já tem 78 capítulos, teve arcos inteiros completos, etc. Entretanto o coloco aqui porque é um mangá que sempre vendeu mal e sem indícios de crescimento, ficando ali por volta dos 5 mil por volume. Entretanto recebeu um anúncio muito inesperado para um mangá tão jovem: um filme live action. E já temos trailers, muito marketing e um foco imenso nos atores — e o melhor de tudo, o protagonista é interpretado por Raul, um membro do imensamente popular grupo de J-Pop Snowman. Isso basicamente REVIVEU o mangá, que começou a ter boost em seus volumes antigos, com os novos já vendendo 1 a 2 mil volumes a mais do que o antigo padrão. E o filme (que parece muito fiel ao mangá e com uma ótima produção) só estreia em Agosto! Akabane Honeko foi de um mangá de romance e ação que poucos entendiam o porquê de ser mantido para um dos possíveis sucessos a longo termo da Weekly Shonen Magazine.
Bloco I. Zona do Rebaixamento
Brave Bell // Jyushin no Katana
Por fim, temos mangás que não acredito que veremos na revista num futuro distante. Baixas vendas e pouca repercussão.
Brave Bell conta uma história mais violenta de ação com gangues e poderes sobrenaturais, algo que a Magazine precisa por seu problema com battle shonen. Só que esse mangá nunca sequer despertou interesse dos leitores, as métricas são fracas desde o começo, como se nenhuma chance tivesse sequer tivesse sido dada a Brave Bell. Pelas vendas abaixo dos 1500 por volume e em último lugar da revista por essa métrica, acredito que a única razão que a obra não se despediu é porque o mangá anterior do escritor Meeb, Acma Game (sucesso médio e publicado na revista entre 2013 e 2017), teve um live action iniciado em Abril e a Magazine até tentou promover uma sinergia entre as histórias, mas em vão. Chuto que deve acabar pouco depois da série, lá para Julho ou Agosto.
Jyushin no Katana apesar de obra de uma veterana com dois sucessos passados (Samurai Deeper Kyo e Code Breaker) não consegue passar direito da casa dos 4 mil de vendas e habita o fim da ToC. A história não parece estar acabando, mas pode ser transferido ou só correr um final mesmo infelizmente. Mais um battle shonen que não consegue se sobressair.
ADENDOS
Além disso tudo sabemos que temos QUATRO mangá já anunciados para a Weekly Shonen Magazine: o primeiro é Kaijin Fugeki do Oh Great, autor veterano renomado que teve hits como Air Gear e que recentemente terminou uma adaptação de Bakemonogatari na revista, que volta a ter uma nova série que desenha e escreve. Não temos muitas informações ainda, mas o título remete a monstros e conhecendo o autor podemos ter uma mistura de ação, comédia, fanservice, etc. É de novo o editorial voltando aos seus veteranos de sucesso para tentar expandir a variedade de gêneros da linha. Já estreia no dia 29 de Maio.
Em seguida temos uma nova série de esportes do autor novato, Seiichi Itou. É um novato que só tem publicamente um oneshot de comédia na Jump+ chamado Shonen Macho+, no qual trabalhou apenas como ilustrador. Na Magazine será autor e o gênero dessa nova série será esportes — sim, finalmente mais esportes. A estreia é em Junho, mas não temos outras informações a respeito e nem alguma arte, mas devemos receber essas informações em poucas edições.
O próximo é o novo trabalho de Atsushi Uchiyama, autor de várias comédias românticas, a última sendo Koi ka Mahou ka Wakaranai que saiu na Shonen Magazine e foi cancelada devido à problemas de saúde do autor. Pelas artes que posta no Twitter deve ser outra romcom e sua volta fortalece ainda mais o gênero que domina a revista atualmente. Agora é torcer para que tenha se recuperado bem para dar conta do ritmo semanal de publicação, ao menos se é visto que ele contratou vários assistentes para o trabalho.
Por fim, temos um autor novato trazendo um oneshot de sucesso. Hatezaka Ao vai serializar Galaxias, um oneshot de ação e aventura que teve uma boa recepção na Magazine Pocket (plataforma digital da Kodansha). O autor tem um estilo muito único e atraente, principalmente para um público mais jovem, e suas especialidades parecem ser monstros gigantes incríveis e garotas com designs bem bonitos. Por informações online, sabemos que o trabalho na serialização de Galaxias começou em Maio, então seguindo a lógica dos outros lançamentos mensais, podemos esperar que talvez o capítulo 1 venha em Agosto.
Falando do que deve acabar para abrir esse espaço. Como falei no texto, acredito que o fim natural de Edens Zero esteja muito próximo. Além dele temos Brave Bell e Jyushin no Katana que não parecem estar acabando ainda, mas sabendo que os lançamentos serão bem espaçados eles podem acabar nesse tempo ou até serem transferidos para a Pocket ou outra revista da Kodansha. Outro aspecto importante de lembrar é a rotação da revista que permite mais descanso aos autores e abre mais espaço para mangás, autores de obras como Fumetsu e Gachiakuta tem muitas paradas que vem sendo supridas por oneshots, então termos 4 mangás novos não significa que teremos 4 cancelamentos.
Por fim, é importante celebrar essa iniciativa de trazer mais obras diferentes e uma mistura de veteranos e novatos. A Weekly Shonen Magazine PRECISA de novos sucessos e gêneros como battle estão vendendo menos do que o padrão de uma revista que anos atrás tinha gigantes como Fairy Tail e Nanatsu no Taizai. Perder Ken Wakui para a Jump foi algo forte por Tokyo Revengers ser o maior hit dos últimos anos da Magazine e num momento como esse é essencial que os editores mostrem a sua capacidade de garimpar novos autores.