A ausência de Frieren não impede sua influência. O penúltimo estreante, novos volumes lançados, o desempenho de Mizuporo e a luta eterna de Tatari.
TOC Weekly Shonen Sunday #25 (15/05/2024)
Capa: Major 2nd
Kaiten no Albus c01 (Página Colorida de Estreia)
02 – Hello Work Monsters c03
03 – Rock A Rock c06
04 – Ryuu to Ichigo c191
Major 2nd c279 (Página Colorida)
06 – Utsuranin desu c07
07 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c114
MAO C228 (Página Colorida)
09 – Komi-san wa, Komyushou desu c457
10 – Tonikaku Kawaii c272
11 – Maiko-san Chi no Makanai-san c302
Mizuporo c25 (Página Colorida)
13 – Ogami Tsumiki Ki nichijou c25
14 – Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari c344
15 – Red Blue c108
16 – Te no Geka c45
17 – Tatari c50
Genrou Sensen (Capítulo Promossional)
19 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c305
Ausentes: Sousou no Frieren, Maou-jou de Oyasumi, Shibuya Near Family, Detective Conan (hiato), Magic Kaito (hiato) Ad Astra Per Aspera (hiato).
Boa tarde, companheiros. Chegou mais um domingo, chegou mais uma Sunday. Não estou para brincadeirinhas hoje não, não tem introdução, não tem lenga-lenga, vamos direto para a TOC.
Página Colorida de Estreia de Kaiten no Albus
Na primeira posição da revista, o penúltimo dos estreantes, mais um mangá de fantasia, Kaiten no Albus. A Sunday não tem vergonha nenhuma de demonstrar sua falta de vergonha na cara e criatividade, aproveitando-se do enorme sucesso de Sousou no Frieren a decisão não poderia ser mais óbvia, vamos encher a revista com séries tematicamente parecidas, taca mangá de fantasia nessa gente.
Kaiten no Albus seria uma mistura de Re:Zero com Frieren, com mais um pouco de sei lá o que. Basicamente, o protagonista tem um poder de voltar no tempo toda vez que morre, no seu mundo, o rei demônio já foi derrotado, mas o protagonista segue numa jornada de recriar os eventos e conseguir o melhor final possível. Algo entre essas linhas.
A recepção do primeiro capítulo foi relativamente boa, o mangá foi elogiado, principalmente sua arte, que realmente chama atenção. Finalmente estrearam um mangaka que sabe desenhar, um milagre. A história parece focar bastante na comédia, o que agradou a maioria do público. A maior desconfiança surge da sua narrativa, que para alguns, se assemelha muito a outras milhões de histórias.
Ponto fácil de ser resolvido, já que com o passar do tempo o mangá terá tempo o suficiente para criar algo único e diferenciado. Seguiremos observando, e já estou na torcida, pois o mangá é de fato bem bonito, e vejo nele um potencial considerável aqui no ocidente, é o tipo de mangá que costuma atrair tradutores por aqui. Sigo na esperança.
O outro novato Hello Work Monsters surge logo na sequência. Uma outra história num mundo de fantasia, onde o vilão final já foi derrotado e a aventura se concentra no pós conflito. Esse daqui está sendo mais comparado com Dungeon Meshi do que com Frieren, e sendo sincero, não tem problema algum em se inspirar em outras histórias, principalmente quando elas são boas como essas, mas é óbvio que o mangá precisa dar um passo além e criar algo só seu, sem viver nessa constante sombra comparativa.
O segundo capítulo administrou o ritmo do primeiro, uma recepção morna, sem muitas reclamações, mas sem muitos elogios também, uma recepção neutra e não muito empolgada. É preciso mais do que isso.
Tivemos a boa e a média recepção, em seguida, o que não poderia faltar é a péssima recepção, que vem do nosso amigo Rock A Rock. Eu até penso em defender a série, mas sinceramente, tá cada vez mais difícil. Eu não acompanho a sua história então não sou capaz de julgar seu desenvolvimento narrativo e seus possíveis méritos, mas meu deus, toda vez que eu esbarro na arte de Rock A Rock, eu me assusto. É muito amadora, tão feinha. O mangá segue caminhando para o ostracismo.
Estou sendo hater demais por achar a arte feia?
Na quarta posição de sempre, Ryuu to Ichigo. Sinto que estou perdendo algo precioso por não acompanhar Ryuu to Ichigo semanalmente, esse mangá parece uma ultra viagem psicodélica incrível. A protagonista está viajando no tempo e jogando Shogi com aliens e mutantes. Eu não faço ideia da lógica por trás disso ou porque isso sequer está acontecendo, mas é, tá acontecendo, e deve ser muito foda.
Ilustrando a capa da revista e recebendo uma página colorida, o lendário Major 2nd. O mangá acaba de lançar seu mais novo volume, então é óbvio que teremos página colorida como divulgação. Utsuranin desu vem logo na sequência, na sexta posição. O mangá segue estável e com uma boa recepção, de longe, o mangá mais promissor da atual leva.
O grupinho dos que merecem anime mas não vão ganhar um tão cedo surge logo após, com Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi e MAO. Sem novidades para nenhum deles, tirando MAO, que acaba de lançar seu vigésimo volume.
Outra duplinha conhecida vem na sequência, Komi-san wa, Komyushou desu e Tonikaku Kawaii, os procrastinadores. Admito que esgotei minha paciência com Komi-san, mas Tonikaku vem lançado só pedradas, um capítulo melhor que o outro, então, Deus abençoe a vida de Kenjirou Hata, enrole mais, mestre, tá liberado.
Com uma posição mais elevada do que de costume, Maiko-san Chi no Makanai-san. Gosto como a série vem explorando mais do seu elenco principal, mesmo sendo um slice of life bem lento, o mangá não se prende unicamente na sua protagonista, a história ainda funciona muito bem quando a Kiyo não é o foco, a qualidade se mantém com o Kenta de destaque.
Mizuporo recebe a última página colorida da semana, e uma posição bem baixa para um mangá que acabou de lançar seu primeiro volume. O mangá estreou na posição 159 do ranking shoseki no primeiro dia e na posição 253 no segundo dia. Não se esperava muito de Mizuporo, e de fato, pouco foi entregue.
Improvável esperar que o mangá sequer supere a marca das 1500 cópias na primeira semana. Aliás, Mizuporo não é uma série com muito apelo online, então não acredito que seja o caso de bom desempenho nas vendas digitais, a situação deve ser bem semelhante, flop nas físicas e nas digitais. Mizuporo serve para demonstrar que fujoshi não se rende para qualquer coisa não.
Página Colorida de Mizuporo
O Kagurabachi da Sunday aparece novamente no fundo da revista, Ogami Tsumiki Ki nichijou. Depois de receber uma página colorida frontal, o mangá retorna para a parte de trás da revista. Algum problema à vista? Na verdade não, acredito que seja mais uma posição circunstancial, devido aos mangás estreantes e a prioridade de destacar os novos volumes.
No lugar de costume, Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari. Sem novidades, sem perigos. O mesmo vale para Red Blue, que mesmo no fundão, continua seguro na revista, principalmente por conta do seu forte apoio digital.
Na 16ª posição, o maior caso de nepotismo do século, Te no Geka. Não se engane com o golpe, essa posição não significa nada, já que na semana que vem Te no Geka recebe mais uma página colorida central, para comemorar seu novo arco. Até quando era pra dar ruim o mangá se dá bem, a história com o pior desempenho em vendas segue com a vida ganha. Alguém tem que investigar essa corrupção descarada.
Na última posição da revista (moralmente falando), Tatari. Seu novo volume estreou e o mangá conseguiu ter um desempenho pior que Mizuporo, que já teve um desempenho fraco por si só. O apoio de Tatari vem do digital, a história possui um engajamento levemente maior no site da Sunday, mas não deve ser o suficiente para salvar a série.
Cada vez mais se fecha o cerco de Tatari, que se não fosse por outros cancelamentos e encerramentos, e pelo fato de que a revista tá cada vez mais fina, Tatari certamente seria cancelado. Enquanto nada disso acontece, o mangá sobrevive, mas sobrevive na corda bamba.
Chegamos no fim, mais uma semana devidamente concluída. Agradeço a atenção e espero vocês no próximo domingo, com a última estreia chegando. Fui!
Página Colorida de MAO, que não coube na diagramação do texto, me perdoe, Rumiko.