O grande sucesso de Skip to Loafer, o encerramento de Houseki no kuni batendo na porta, Meimeimeishoku Seiiki tentando provar seu valor e muito mais.
TOC Monthly Afternoon #5 – (25/03/2024)
Skip to Loafer c60 (Capa e Página de Abertura)
02 – Medalist c43
03 – Tengoku Daimakyou c62
04 – Houseki no Kuni c107
05 – Hellhound c22
06 – Tengu no Daidokoro c26
07 – Ookiku Furikabutte c204
08 – Wondance c57
09 – 7-nin no Nemuri Hime c37, c38 e c39
10 – Mugen no Juunin: Bakumatsu no Shou c58
11 – Mirai Rai Furai c03
12 – Meimeimeishoku Seiiki c12
Shinjitsu wa Watashi Dake ga Shitteiru (One-shot)
14 – Under 3 c115
15 – Topppu GP C94
16 – Darwin Jihen c37
17 – Nami yo Kiitekure c99
18 – Puu-Neko c239
19 – Jigoku no Ashita c13
20 – Chaos Game c21
21 – Inui to Tatsumi: Transbaikal Senki c64
22 – Issak c87
23 – Saihate no Serenade c13
Kamakura BAKEneko Club (Capítulo Promocional, divulgação da Be-Love)
25 – Kaettekita Karasuya Satoshi
Hakoniwa no Ie (Capítulo Promocional, divulgação da Be-Love)
Ausentes: Vinland Saga, Raise wa Tanin ga Ii, Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai, Fragile, Quartz no Oukoku, Dokudami no Hanasaku Koro , Blue Period (hiato), Historie (hiato), Bouken Elektriciteit-tou (hiato).
Capa do Capítulo 60 de Skip to Loafer
É com imensa tristeza que estamos de volta para mais uma edição da Afternoon. E imensa tristeza não porque eu não queria estar fazendo esse texto, muito pelo contrário, mas porque eu deveria ter feito ele MUITO antes. Caramba, as edições saem sempre no dia 25 de cada mês, estamos no dia 4, são 10 dias de delay.
Como justificar tamanha negligência? A bem da verdade, meu semestre está mais apertado do que deveria, me encontro no seguinte dilema, leio/produzo textos acadêmicos, ou leio mangás e escrevo TOCs. Geralmente opto pela segunda opção, mas desta vez, acabei vacilando. Tirando o pequeno desabafo e as explicações esfarrapadas, aqui estamos, e vocês precisam concordar que antes tarde do que nunca. Bora pra TOC.
Na primeira posição e na capa da revista, temos o lindíssimo Skip to Loafer. Em uma edição sem páginas coloridas, o maior destaque vai ser sempre para a capa e depois para a primeira colocação, Skip to Loafer resolveu monopolizar os dois. O seu mais recente volume foi lançado há duas semanas atrás, e pelo que parece, um – provável – aumento em relação ao seu anterior. De acordo com o Ranking Oricon, 34 378 cópias foram vendidas em apenas 3 dias, em comparação ao seu volume passado, 46 022 cópias vendidas em 12 dias de vendas. Ou seja, deve ultrapassar ou se aproximar bastante do número anterior.
Uma série que só amplia seu sucesso comercial e que amplia ainda mais sua qualidade artística, cada capítulo melhor que o outro. Shima-kun não sabe o que quer da vida.
O mesmo pode ser dito do mangá seguinte, Medalist. Se mantendo estável em suas vendas e com o anime engatilhado, tudo segue bem encaminhado para a história. Falando em anime, viram o trailer? Diante das reclamações e preocupações (justas) a respeito do estúdio e da equipe envolvida, vou admitir que o trailer me surpreendeu um pouco, não me parece algo tão horrível quanto poderia ser.
Vai ser a melhor coisa do mundo? Com certeza não, mas também não precisa ser a pior da história, e a expectativa estava nesse nível. O trailer me deixou com esperanças de não ser uma porcaria colossal. Resta ter fé, até 2025 tem tanta coisa pra rolar. Vai que piora.
Enquanto os dois primeiros colocados crescem (bem pouco) e se mantêm estáveis, o nosso terceiro colocado também se mantém estável, com leves decréscimos em vendas. Com 32 853 cópias vendidas em 11 dias (790 a menos em relação ao seu último volume), Tengoku Daimakyou se mantém por ali, no topo da Afternoon. Não cresceu, mas não perdeu público o suficiente para reclamar. Resultado ótimo.
Capa do Capítulo 62 de Tengoku Daimakyou
Agora, um momento de silêncio em respeito ao meu luto, ou melhor, meu futuro luto, porque chegamos em Houseki no Kuni. Fiz algumas gracinhas, nenhuma inovadora, sobre o ritmo de lançamento e a periodicidade da Ichikawa com seu mangá na última análise da TOC, e em resposta, a autora decidiu jogar na minha cara o encerramento do mangá.
Tá achando ruim que eu demore para lançar um capítulo novo? Então toma, o último capítulo tá vindo ae, pra não reclamar mais. Não teremos mais enrolações nem hiatos, já que Houseki no Kuni acaba na próxima edição. Era previsto, mas mesmo antecipando a tristeza ela não deixa de ser triste. Após 12 longos anos, o lendário e impecável Terra das Gemas encontrará seu merecido fim.
Fico chateado com o fim de um mangá tão excelente e querido, e sei que muitos compartilham do sentimento, já que Houseki no Kuni deixou de ser um mangá desconhecido há muito tempo, e por mais doloroso que seja, tudo precisa de uma conclusão. Finalmente chegou a hora da pobre Phos descansar.
Dentre os títulos da revista, Houseki no Kuni é provavelmente meu favorito, e gostaria muito de escrever mais sobre, na própria TOC ou em uma review separada, mas para isso eu precisaria reler o mangá mais uma vez, e um tempo maior para pensar no que escrever, por agora, não tenho esse tempo. Não é legal fazer nada mal feito, principalmente por algo que você nutre carinho.
Será uma frustração pessoal por um certo tempo, mas a história não depende de mim para nada, então, tá tudo certo. Não escreverei. Guardo outras observações para quando de fato terminar, por enquanto, as lágrimas já escorrem.
Uma linda página dupla sem contexto do capítulo 107 de Houseki no Kuni. Quem não lê não entende nada e não reconhece sua beleza. Pobre daquele que desconhece sua história, está perdendo uma das maiores obras de artes já criadas pelo ser humano.
Na posição seguinte, Hellhound. Hellhound se estabilizou em vendas de uma maneira levemente preocupante, já que o mangá não perde leitores, isso é algo excelente, mas o mangá também não ganha novos leitores, o que é péssimo para um mangá tão novo. Para uma história que vende pouco mais de 20 mil cópias mensais, a estabilidade não é o suficiente.
Vai garantir sua permanência na revista? Sem dúvidas, tá melhor que a maioria, mas também não vai transformar o mangá em uma referência, fora que, se as vendas do mangá caírem – o que com o passar do tempo se torna cada vez mais inevitável – o prejuízo vai ser muito mais perceptível, já que uma coisa é uma história de 100 mil cópias perder parte de seu público e cair para 80 mil cópias, outra é um de 20 mil cair para 10 ou 8 mil, você se torna uma história frágil. E o que fazer para atrair esse novo público e impedir a inevitável crise? Eu não faço ideia, não sou escritor nem editor. Eu só quero ler o que tiver para ler.
Pulando algumas posições, por pura conveniência, gostaria de destacar o 12º colocado, Meimeimeishoku Seiiki. Esse mangá com o nome esquisito possui somente 12 capítulos, mas 12 capítulos que equivalem a 1 ano de vida. Então não é tão pouco.
Seu primeiro volume foi lançado no ano passado, e não conseguiu aparecer em nenhuma posição do top 500 do Ranking Shoseki. Pior ainda, é um mangá que costuma receber posições ruins na TOC da revista. Então, eu peguei o mangá para comentar dos perigos do seu cancelamento, é o que você deve assumir. Erradíssimo, eu quero destacar a história por razões muito mais nobres, é porque estamos falando de um mangá criminalmente subestimado, uma história excelente.
Aconteceu ontem, agraciado pelas divindades dos scanlators, encontrei Meimeimeishoku Seiiki traduzido para o inglês. E que descoberta maravilhosa foi essa. A premissa é simples, somos apresentados ao estabelecimento Comet Bug, uma casa de massagem com uma temática Maid. E não to falando daquelas casas de massagem japonesas clássicas que o Kiryu de Yakuza costuma frequentar, com uma massagem mais íntima; nada disso, estou falando de uma legítima casa de massagem mesmo, só massagem, geralmente nas mãos e nos pés, coisa inofensiva. Um espaço para relaxar, um relaxamento casto.
E é nesse ambiente de trabalho que conhecemos nossa protagonista, Pero, uma completa novata na área. O que prometia ser um simples mangá fofinho de Maids e seus clientes se apresenta como um drama super pesado e pessoal. Uma história visceral e emotiva, que trata com muito tato e respeito questões como traumas pessoais. A história deixa implícita a trajetória da Pero, que carrega consigo uma boa carga de problemas pessoais, e é isso que faz da protagonista, mesmo de forma atrapalhada, uma personagem tão empática e capaz de confortar seus clientes, trazendo até eles uma paz e conforto que até então se fazia ausente.
Experiência incrível de leitura, e um obrigado para a equipe Paradise Scans, vocês não vão ler meu agradecimento, nem devem saber português, mas obrigado mesmo assim, e que continuem firmes, quero ler o mangá, enquanto ele não for cancelado. E você, analyseitano, deveria ler também.
Página do excelente capítulo inicial de Meimeimeishoku Seiiki. Confiem em mim, é muito bom. Leiam.
Antes de comentar as próximas posições, uma observação. Eu acabo sendo bem redundante em relação às histórias mais populares, por serem TOCs mensais eu acabo repetindo informação demais, tanto para os esquecidos, quanto para os que caíram de paraquedas nesta edição, aqueles que estão conhecendo a revista pela primeira vez.
Mas existe um motivo extra, o mais deprimente, que é a necessidade de repetir coisas pela falta de novidade mesmo, é o jeito que as coisas funcionam em uma revista mensal. Quando algo de novo acontece é para uma ou outra história, aí pras outras 23 eu preciso encher linguiça, não sobra nada.
Também não tem como ficar comentando histórias que não conheço e que não importam tanto pro funcionamento da revista, Under 3, Puu-Neko são bons exemplos. Histórias curtas, com vendas inexistentes e que não possuem tradução. O que tem para comentar? E se for pra falar de Topppu GP, Darwin Jihen ou Nami yo Kiitekure, seria repetir o que acabei de fazer com as 3 primeiras histórias, comentar as vendas, o que também não quero, já fiz demais por hoje.
Darwin Jihen é um pilar da revista, você deveria saber disso. Nami yo Kiitekure também desempenha bem, uma história ultra estabelecida de um autor absolutamente consagrado. Toppu GP vende menos que todos, mas é a mesma coisa. Todos excelentes mangás.
São histórias estáveis, uns vendem bem, outros nem vendem, posso entrar em detalhes se tiverem curiosidade, mas eu não acho legal ficar dando perspectiva comercial de uma história que ninguém tá lendo, ou que eu não estou lendo. Eu consigo forçar a narrativa para um dos dois lados, para quem tá lendo a TOC, ou para quem tá escrevendo ela, eu. Mas quando não acontece nenhum, eu só pulo para o próximo mangá.
Irei aperfeiçoar a TOC da Afternoon com o passar do tempo, já que vou me atualizando e acompanhando os mangás que ainda não acompanho (quando tiverem tradução), então, como sempre, tenham paciência e não estranhem quando, de forma proposital, algumas histórias forem ignoradas.
Fora que estou sempre organizando o texto de uma maneira que seja benéfica tanto para minha sanidade – quanto menos texto, menos me canso – quanto para fluidez dele em si, quanto menos texto, menos vocês se cansam. Dito isso, gastei 5 parágrafos para falar que eu não vou falar de algo, talvez tenha sido contraprodutivo, mas é um passo pra trás pra dar dois pra frente. Eu tento me divertir escrevendo enquanto agrego informações, e se ninguém se divertir ou se interessar lendo, eu morro.
Página Colorida de Shinjitsu wa Watashi Dake ga Shitteiru (One-shot)
Enfim, retomando, gostaria de encerrar destacando Chaos Game e Saihate no Serenade, que voltam para o fundo da revista, com um destaque negativo ainda maior para Chaos Game, que desempenhou, mais uma vez, de forma assombrosa no seu último volume, menos de 1500 cópias vendidas.
Saihate no Serenade teve mais sorte, já que não lançou volume nenhum no mês passado, então não dá pra mensurar o estrago, mas o nível de decepção deve ser exatamente o mesmo quando sair o segundo volume. Se levarmos em consideração apenas as vendas e a TOC, vocês sabem bem que o caos e a serenada de despedida que aguardam esses dois.
Mas quem sabe isso não significa nada? Uma revista tão avant-garde como a Afternoon pode muito bem decidir salvar as duas porque sim, gostamos da qualidade dos dois e vamos mantê-los. Decisões editoriais de uma revista mensal diferem absurdamente de uma semanal, então, não faço ideia do que pode ou não acontecer. São outros interesses.
Creio que seja isso, terminamos. Irei descansar e coletar mais dados (ler mais mangá), para no próximo mês, comentar melhor da revista, e quem sabe convencer um ou outro desavisado a ler uma nova e boa história da Afternoon. São tantos os famosos, você já pelo menos ouviu falar da maioria deles, mas não me basta, eu quero destacar os pequenos, eles também merecem um pouquinho de atenção.
Leiam as edições passadas, o que não coube nesta análise, geralmente eu comento nas anteriores. Não esperem me ver comentando todo mês 28 mangás, eu tento, mas nem sempre dá. Falta tempo, vontade, e interesse também, sem demanda, sem produto. Eu ainda tenho que escrever os textos da Sunday, tenham dó.
Fui-me. Até a próxima.