Para me ajudar a apresentar a revista para vocês, os editores decidiram colocar nas três primeiras colocações justamente os três mangás mais populares da revista (porém não em ordem). Vamos ver a TOC #28 da maior revista seinen do mercado:
Weekly Young Jump #28 (08/06/2023)
Capa: Japonesa dotada de peitos grandes vestindo um biquíni preto.
Página Colorida de Abertura: Diamond no Kouzai
01 – Oshi no Ko c120
02 – Kingdom c760
03 – Uma Musume: Cinderella Gray c121
Normal Girl c02
Happy Marionetta c04
Josei Senyou c03
04 – Catenaccio c27
05 – 4-Gunkun 37
Shounen no Abyss c138 (Página Colorida)
06 – Illios c17
07 – Shin no Yasuragi wa Kono You ni naku – Shin Kamen Rider Shocker Side c16
08 – Joyuu Meshi c44
09 – Batsu Hare c60
10 – Kimi no Koto ga Dai Dai dai Dai Daisuki na 100-nin no Kanojo c139
11 – Billion Racer c32
12 – Katagi Modoshi c33
13 – Shadows House c167
14 – Stand Up Start c107
15 – Ouritsu Mahou Gakuen no Saikasei c103
Snack Basue c283
Ausentes: Kowloon Generic Romance, Gantz:E, Safe Sex, Renai Daikou, BUNGO, Junket Blank, Doctor Zelos.
Em primeiro lugar tivemos Oshi no Ko, que é um dos pilares da revista. O mangá é do mesmo roteirista de Kaguya-Sama que era também um pilar da Weekly Young Jump, por isso o nosso querido Aka Akasaka coleciona já dois pilares na revista. Sobre o sucesso de Oshi no Ko, eu diria que a série se continuar tendo o crescimento em vendas que está tendo, pode se tornar um adversário digno para Kingdom, que é praticamente soberano na revista atualmente.
Falando em Kingdom, a série conquistou a segunda colocação. Kingdom é o ONE PIECE da Young Jump, pois é o mangá mais velho (Com 17 anos de vida) e está sempre nas três primeiras colocações da TOC. É o rei da Young Jump. Eu ainda devo me atualizar com Kingdom, já que estou atrasado de 2 anos, por isso são já mais de 100 capítulos que tenho que ler, mas tenho certeza que a qualidade continua alta. Leitores de Kingdom, o que vocês estão achando do arco atual?
Outro mangá que está quase sempre nas primeiras colocações é Uma Musume: Cinderella Gray, que eu ainda estou decidindo se considerar um pilar ou um semi-pilar. Se considerarmos somente as vendas, é um pilar, já que tem uma tiragem inicial superior a 300 mil cópias, contudo para um mangá ser pilar tem que atrair leitores para a revista – e Uma Musume vende bem, mas ainda não tem anime e não tem tanto apelo comercial fora da sua bolha (Já que é mais um SPIN-OFF de uma Light Nove Popular). Estou avaliando a sua situação, por enquanto deixo como Semi-Pilar.
Em quarto e quinto lugar tivemos dois mangás de esporte: Catenaccio (Futebol) e 4-gunkun (Baseball), respectivamente. Ambas as séries não são um sucesso em vendas, já que ultimamente mangás de esporte tem muita dificuldade em engrenar em vendas em todas as revistas, contudo, entretanto, todavia, porém, as suas vendas para a realidade da Young Jump são boas. É improvável que se tornem sucessos mundiais, como BUNGO até agora não virou, mas mesmo assim conseguem integrar a revista seinen mais importante do mercado, o que é uma grande vitória para os autores.
Em sétimo lugar tivemos Illios, que juntamente com Shounen Abyss, voltaram a revista após estarem ausentes na semana passada. Ambos os mangás estão seguros atualmente, principalmente Shounen Abyss, mangá sobre depressão que tem vendas ótimas para a revista – leitura que recomendo somente para aqueles que gostam de obras mais pesadas (mesmo não sendo uma das mais pesadas que já li) -.
Em décimo lugar tivemos Batsu Hare, que é de longe o mangá que mais assume sua identidade de “ecchi seinen” na revista. Já que coloca nudez e cenas mais quentes sem ter vergonha alguma – é sua proposta, é o estilo do autor, que não é novo na revista e entrega aquilo se propõe -. Eu sinceramente acho que para uma revista como a Young Jump é importante entregar conteúdos adultos e não cair em ecchis adolescentes, que podem vender mais, porém acabam danificando a demografia da revista. Por isso a presença de Batsu Hare é importante.
Em décimo primeiro lugar tivemos Kimi no Koto ga Dai Daisuke na 100-nin no Kanojo, que anunciou que vai lançar um Light-Novel em julho. Lembrando que a série tem um anime anunciado para esse ano, por isso, se não for adiado para 2024, deve ser lançado em Outubro desse ano, juntamente com Undead Unluck, Shangri-La, Sousou no Frieren… Por isso não vejo como Kimi no Koto ga Dai Daikuse conseguir com sua comédia e romance, protagonizar a temporada. Eu acho que o prêmio de anime da temporada irá para Sousou no Frieren.
Em décimo quarto lugar tivemos Shadows House e décimo quinto lugar Stand Up Start, duas séries que como já comentei na semana passada, são normalmente classificada em colocações mais baixas. Para quem segue a Weekly Shonen Jump pode pensar que os editores estão “mal-tratando” esses mangás, mas não é o caso. A Weekly Young Jump segue uma política que todas as posições da revista são válidas. Sim, mangás menos populares tendem ainda estarem nas últimas colocações, mas nem sempre. Por isso é normal vermos mangás populares no “Bottom 5”.
O mesmo vale para o último colocado, Ouritsu Mahou Gakuen no Saikasei, que também não corre risco de cancelamento. Mas é complicado saber quais mangás correm realmente risco de serem cancelados. Como expliquei na semana passada, a Weekly Young Jump NÃO TEM questionário de popularidade, por isso os editores levam em consideração as vendas e a qualidade da série principalmente. A popularidade interna é medida de modo indireto, diferente da Shonen Jump que olham as resposta dos leitores aos questionários semanais. Não podemos saber a opinião dos editores sobre a qualidade, mas podemos saber as vendas.
Qualquer mangá que vende abaixo de 4 ou 5 mil cópias pode ser cancelado, mas eu apostaria agora mais em um cancelamento de Billion Racer, Katagi Modoshi e Doctor Zelos – contudo posso errar, já que a revista é bem imprevisível -.