O sucesso de Ruri Dragon
Weekly Shounen Jump #45 (11/10/2022)
Yozakura-san Chi no Daisakusen c149 (Capa, Página Colorida de Abertura, Aniversário de 3 Anos)
01 – One Piece c1062
02 – Jujutsu Kaisen c200
Black Clover c340 (Página Colorida)
03 – Sakamoto Days c90
04 – Boku no Hero Academia c369
Daimonji to Mondaiji (Capítulo Especial)
LIFE LIAR FROM HELL (Página Colorida, One-shot de Morihiko Hayashi, GFC #03, 45 páginas)
Koukousei Kazoku c105 (Página Colorida)
Dai Tokyo Oniyome-den c06
05 – Ao no Hako c72
Ginka to Glüna c05
06 – Akane Banashi c33
07 – Witch Watch c80
08 – PPPPPP c52
09 – Boku to Roboco c108
10 – Nige Jouzu no Wakagimi c81
11 – Undead Unluck c130
12 – Mashle c127
13 – Aliens Area c18
14 – Sugoi Smartphone c22
Ausentes: Ruri Dragon c07 (Hiato) e Hunter×Hunter c391 (Hiato)
Primeiro eu gostaria de comentar sobre o aniversário de 3 anos de Yozakura-San. Se tem uma série que explica bem essa crise diretiva da Shonen Jump é Yozakura-San. Não é que o mangá seja ruim, tem ótimas qualidades, contudo não tem motivo real de estar na revista. Só sobrevive por termos na revista mangás em condições piores.
Yozakura-San vende mal, agrada um público pequeno, não tem nenhum PLANO para melhorar suas vendas: Completou três anos e não tem um anime em produção. Não agrega quase nada a Line-Up e concluindo se fosse cancelado na próxima leva eu não poderia escrever mais do que dois parágrafos sobre a série em uma possível respectiva dos anos 2020, 2021 e 2022. Essa não é uma crítica a sua qualidade, mas sim a sua inexistência mercadológica e editorial.
Indo para a TOC, tivemos em primeiro lugar ONE PIECE e em segundo lugar tivemos Jujutsu Kaisen. As duas séries se tornarão em 2023, provavelmente os únicos dois pilares da revista, pois Boku no Hero Academia muito provavelmente vai terminar até março de 2023, e não temos NENHUM mangá que tem força para substituir o mangá de super-heróis. Resultado, o peso das vendas da revista vai cair ainda mais nas costas de Jujutsu Kaisen e ONE PIECE.
Em terceiro lugar tivemos Sakamoto Days, que se os editores forem inteligentes e souberem tratar bem a série, se tornará o próximo pilar da revista, mas parece que o mangá está preste a completar dois anos de vida e tem grandes chances de não termos um anime anunciado. Não existe GRUPO EDITORIAL NO JAPÃO que tem o poder ECONOMICO da Weekly Shonen Jump. O número de estúdios que querem trabalhar com a Shonen Jump é enorme, então, eu posso até entender ter uma dificuldade em achar um BOM estúdio para obras como Witch Watch ou Undead Unluck, mas para o mangá mais promissor da revista atualmente? Improvável. Má gestão.
Em quarto lugar tivemos um perfeito exemplo de obra que quando foi necessário os editores lançaram um anime bem cedo: Boku no Hero Academia. Na história temos outros dois exemplos: World Trigger e Hunter x Hunter, mangás que tiveram um anime anunciado antes do aniversário de 2 anos, pois a revista estava passando por um momento de crise e era importante lançar um anime de B-Shounen mais cedo possível. Parece que Nakano não vê urgência em nada. Está tudo indo bem, a casa não está pegando fogo. Aliás, eu lançaria uma leva de um mangá só em novembro, não tem pressa.
Em quinto lugar tivemos Ao no Hako, que mesmo estando no TOP 5, está na zona intermediaria. Deixa-me explicar: Se o olharmos somente as posições puras, por isso a quinta colocação, pensaremos que Ao no Hako ficou no TOP 5, mas o mangá na verdade é o décimo primeiro colocado na ordem de leitura. Tem um universo inteiro entre a quinta colocação real e a quinta colocação de Ao no Hako. Deste modo, na verdade a série de romance está na zona intermediária.
Em sexto lugar tivemos Akane Banashi que alcançou a marca de 300 mil cópias em três volumes, por isso, 100 mil cópias em circulação para cada volume. Um ótimo resultado que coloca a série como a terceira maior promessa da revista, caminhando inclusive para se tornar a segunda. Eu compararia o sucesso de Akane Banashi a Hikaru no Go, série de um esporte tradicional japonês que conseguiu vender mais de 1 milhão de cópias por volume. Akane Banashi tem muito espaço para crescer, mas os editores devem apostar na série, dando o correto destaque.
Em sétimo lugar tivemos Witch Watch, que continua a sua caminhada para ser um mangá de zona intermediária. Seus resultados são medíocres. Em oitavo lugar tivemos PPPPPP que continua aumentando em vendas, mas passa longe de entregar bons resultados – Para um mangá que se tornar um sucesso real deve ter ao menos mais de 100 mil cópias em circulação por volume. Entre 80 e 100 mil, está caminhando para se tornar um sucesso. Abaixo de 80 mil cópias por volume, se não for uma comédia tradicional, não é um sucesso. PPPPPP deste modo não é um sucesso.
Em nono lugar tivemos Boku no Roboko que continua estável na revista, sendo a comédia tradicional mais bem colocada. Em décimo lugar tivemos Nige Jouzu no Wakagimi que não merece o cancelamento, mas sozinho a série não irá a lugar nenhum. O que os editores fariam em uma situação de normalidade seria planejar um anime de qualidade para ver se conseguiam reverter a ruim situação, contudo, os editores estão tendo dificuldade em lançar um anime para séries mais promissoras, imagine para Nige Jouzu no Wakagimi. A desorganização da revista acaba prejudicando todos os mangás da Line-Up.
Em décimo primeiro lugar tivemos Undead Unluck e em décimo segundo lugar tivemos MASHLE: Uma prova concreta da má gestão de Nakano é que os dois mangás que irão receber anime em breve, adivinhem? Estão nas últimas quatro colocações. Isso acontece, pois as duas séries não têm relevância para o futuro da revista, por isso estão escoradas mesmo sendo as duas obras que irão ganhar em breve um anime. É uma situação ridícula causada DE NOVO pela má gestão do Nakano.
As duas últimas colocaram restaram com Aliens Area e Sugoi Smartphone. Dessa leva dividida em duas partes, temos um mangá ausente que teve uma ótima recepção: Ruri Dragon – Eu já tinha comentado no Youtube a recepção da série tinha sido muito boa – E comentei que os editores não planejavam cancelar logo Ruri Dragon, pois o mangá tinha sido muito recepcionado. Contudo não esperava de nenhum modo que superasse MASHLE em vendas. Isso mostra a força da nova série e como os editores devem estar desesperados esperando que a saúde do autor se recupere logo.
Em breve trarei a recepção das duas últimas séries lançadas.