Muita agitação agora e depois
escrito por Diego Felipe
Pois é, pessoal. Nas últimas edições vimos o anúncio de anime para dois mangás (Ahiru no Sora e Kishuku Gakkou no Juliet – anime que já havia sido anunciado antes, mas que teve mais detalhes saindo nessa edição), a estreia de um mangá de Bakemonogatari, a proximidade dos fins de Fuuka e Tsurezure Children ficar cada vez maior… E no próximo mês Fuuka vai mesmo acabar e um novato vai estrear. Bem, vocês poderão ler mais sobre isso mais abaixo. Eis o índice da edição
TOC Weekly Shonen Magazine #16 (2018):
Kishuku Gakkou no Juliet (Capa Digital, Página Colorida de Abertura, Anúncio de Anime) (capítulo 49)
01. Runway de Waratte (capítulo 40)
02. Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai (capítulo 27)
Bakemonogatari (Pré-Rank, 79 p.) (capítulo 02)
03. Nanatsu no Taizai (capítulo 259)
04. Tsurezure Children (capítulo 178)
05. Fumetsu no Anata e (capítulo 60)
06. En En no Shouboutai (capítulo 120)
Hoshino、Me wo Tsubutte。 (Página Colorida) (capítulo 91)
07. Gotoubun no Hanayome (capítulo 30)
08. DAYS (capítulo 240)
09. Sensei、Suki desu。 (capítulo 12)
10. Kanojo、Okarishimasu (capítulo 35)
11. Daiya no Ace – Act II (capítulo 117)
12. Domestic na Kanojo (capítulo 180)
13. Tokyo Revengers (capítulo 54)
14. Hajime no Ippo (capítulo 1216)
15. Fuuka (capítulo 193)
16. Real Account (capítulo 155)
17. Seitokai Yakuindomo (capítulo 464)
18. Ahiru no Sora (capítulo 575)
Senryuu Shoujo (Ausente) (pausado no capítulo 74)
8-jou Carnival (Ausente) (pausado no capítulo 16)
TOC Weekly Shonen Magazine #17 (2018):
– Capa Digital, Páginas Coloridas, Páginas Extras: Fuuka (34 p.)
– Páginas Coloridas de Abertura: Daiya no Ace – Act II
– Capítulo Duplo: Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai
TOC Weekly Shonen Magazine #18 (2018):
– Capa Digital, Páginas Coloridas de Abertura: Kiss and Cry (por Yuki Ikeda)
– Fim: Fuuka
Com o anúncio de uma adaptação em anime (da qual eu já tinha falado mais na análise anterior), Kishuku Gakkou no Juliet ganhou, em comemoração, a capa digital e uma página colorida de abertura. A outra página colorida foi para Hoshino、Me wo Tsubutte。, que está cada vez mais próximo da marca de cem capítulos lançados. Vale lembrar que seu décimo volume vendeu, entre 16 e 18 de março (três dias), 14.220 cópias, uma quantidade satisfatória/boa para os padrões da revista, mais que suficiente para manter o mangá em alta.
O segundo capítulo de Bakemonogatari (que só passará a ser ranqueado a partir do oitavo capítulo) recebeu 79 páginas nessa edição, provavelmente tomando o espaço e as páginas de Senryuu Shoujo e 8-jou Carnival, que ficaram ausentes nessa edição. Vale lembrar que esses dois mangás também vivem situações diferentes: enquanto Senryuu está em situação estável na revista, com boa recepção, leve apoio editorial e boas vendas de volumes (pros padrões de um gag mangá), 8-jou Carnival não vingou, não tem apoio editorial e é questão de tempo pra ser cancelado. Aliás, considerando que já saiu informação de um novato estreando em duas edições, não duvido que Carnival rode entre as próximas três edições.
Após aparecer no bottom na edição anterior, Runway de Waratte dá um saltão daqueles e é ranqueado justamente no primeiro lugar. O mangá não só pegou uma boa posição, como recentemente ficou em sexto no prêmio Manga Tashio de 2017, com 46 pontos, e viu seu quarto volume vender 14.390 cópias em apenas 3 dias, quantidade satisfatória para os padrões da Weekly Shonen Magazine e que garantem a permanência de Waratte por mais um bom tempo. A segunda colocação foi para Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai, que continua variando intensamente suas posições na ordem de leitura. Mako-san ainda tem chances de se firmar, mesmo que demore a se destacar nas vendas de volumes (como aconteceu com Senryuu Shoujo). O mangá aparentemente já tem boa recepção, devo acrescentar. Mas mesmo assim, isso não é garantido.
A terceira colocação ficou para Nanatsu no Taizai, que segue sendo o mangá em melhor situação da revista inteira, pois ainda mantém uma boa recepção e o melhor nível de vendas de volumes do plantel. Mas até aí, nenhuma novidade, não é mesmo? De novidade de Nanatsu, trago uma informação trazida pelo leitor Lyn nos comentários da análise anterior: Nanatsu ganhará uma peça teatral, com apresentações marcadas para agosto nas cidades de Tóquio e Osaka.
Em quarto lugar está Tsurezure Children, que está perto de ser finalizado. Vale lembrar que, entre 16 e 18 de março (três dias), o décimo primeiro volume de Tsurezure vendeu 20.349 cópias. Apesar dos editores terem deixado Tsurezure mais pra escanteio devido ao insucesso do anime, ao que parece, se dependesse das vendas de volumes, até que esse mangá aguentaria o tranco por mais tempo. Mas isso não significa que a obra já não estava apresentando certo desgaste, então acredito até que o fim da obra tenha sido uma melhor decisão. Por ora, acredito que o fim será natural (por decisão do autor), mas não duvido que outras informações futuras apontem o contrário, vale ressaltar.
Em quinto quem dá as caras é Fumetsu no Anata e, que segue no Top 10 e pega uma posição ainda melhor do que na edição anterior, em que ficou em nono. Fumetsu continua fazendo sucesso e tendo o respaldo do grupo editorial, além de continuar sendo aprovado pelos leitores. Quem também está em situação tranquilona é En En no Shouboutai, que também continuou no Top 10 em comparação à edição anterior. Há expectativas de que uma adaptação em anime faria o mangá melhorar bastante seu rendimento comercial. Isso não é impossível, mas é preciso ter cautela, pois esse efeito, por exemplo, não ocorreu com tanta força quando Soul Eater ganhou anime. É ver se, caso En En ganhe anime, as coisas serão diferentes, mas por ora isso não parece a opção mais provável. Espero estar enganado.
O novato Gotoubun no Hanayome deu uma bela subida em relação à edição anterior e pegou o sétimo lugar. Embora a posição seja alta, dificilmente eu conseguiria focar na posição considerando as seguintes informações dos bastidores: o leitor Son Claudio trouxe nos comentários da análise anterior que, contando os 3 volumes, Gotoubun já tinha 250 mil cópias em circulação. É uma boa quantidade de tiragem pra volumes, ainda mais pra um mangá que mal passou dos seis meses de publicação. Mas o melhor estaria por vir na análise do Ranking Oricon entre os dias 12 e 18 de março: em apenas três dias, o terceiro volume de Gotoubun vendeu 27.302 cópias, um aumento considerável. O primeiro volume tinha vendido 14.690 cópias em seis dias, enquanto o segundo volume vendeu 31.824 cópias em dez dias. É provável que o mangá consiga vender 60 mil cópias sem precisar esperar pouco mais que um mês. Na verdade, talvez leve aproximadamente menos que três semanas pra alcançar a façanha. E, vale lembrar, com isso, podemos dizer que só uma queda muito forte faria Gotoubun não estar seguro a longo prazo.
Na oitava posição está o mangá de futebol DAYS, que continua em alta na revista, mas, como é comum por causa das variações de posição na revista, pegou uma posição menor do que na edição anterior. Em três dias o 26º volume de DAYS vendeu 54.280 cópias… E o terceiro volume do breve “spin-off” do mangá na Magazine Pocket, DAYS Gaiden, que terminará no próximo volume, vendeu 19.996 cópias (informações trazidas pelos leitores Senkuu e Lyn). Em suma, a situação de DAYS continua muito boa por enquanto. A nona colocação foi para o novato Sensei、Suki desu。, que após ter ganho página colorida na edição anterior, pega uma posição boa/mediana. Sensei ainda é um novato brigando por espaço na revista. Ainda é cedo pra dizer se conseguirá funcionar ou não, mas ao menos a princípio já começou em situação melhor que o já condenado 8-jou Carnival.
Na décima colocação quem dá as caras é o novato Kanojo、Okarishimasu. A situação de Okarishimasu por ora é tranquila, com boa recepção e variações normais nas TOCs da Magazine, embora o mangá não se mostre tão promissor ou rentável comercialmente falando quanto Gotoubun no Hanayome ou o “transferido” Kishuku Gakkou no Juliet, por exemplo. Ainda assim, a preocupação da obra por ora é apenas manter o seu espaço adquirido e manter seus leitores fiéis pelo máximo de tempo possível, tarefa que não será fácil mas passa longe do impossível, visto que os editores e leitores se mostram favoráveis ao que o mangá vem apresentando. Ausente na edição anterior, Daiya no Ace – Act II volta à revista na medíocre décima primeira colocação. O mangá segue muito bem na revista, seja em posições (aparece mais no Top 10 que em posições medíocres/baixas, como quase todos os mangás estáveis), recepção ou vendas de volumes.
Numa variação comum de posições, Domestic na Kanojo foi para o décimo segundo lugar da vez (na edição anterior, ficou em quarto). DomeKano perdeu um pouco de espaço com a chegada de mais novatos, mas ainda assim se encontra em situação melhor que alguns veteranos com mesmo nível de vendas mas menos destaque (Real Account) ou de novatos que tem destaque mais moderado (Senryuu Shoujo e Kanojo、Okarishimasu). Por outro lado, não acredito que a autora Kei Sasuga vá estender a obra por um período muito longo, o que me leva a crer que o mangá pode ser encerrado entre esse ano e o próximo (2019).
Se na edição anterior Tokyo Revengers pegou o primeiro lugar entre os ranqueados, nessa edição o mangá pegou uma posição bem mais baixa, ficando na décima terceira posição, na porta do bottom. Revengers continua em situação estável na revista: varia suas posições, mas costuma aparecer mais vezes entre os dez primeiros ranqueados do que em posições medíocres/baixas. As vendas de volumes não são das mais impressionantes, mas são boas o bastante pra manter o mangá por um bom tempo.
A décima quarta colocação foi para aquele veterano que há tempos eu não conseguia ranquear: Hajime no Ippo… Graças ao leitor Lottus, nos comentários da análise anterior, enfim tive acesso a uma TOC em que Ippo estava presente. Mas se por um lado foi surpreendente pra mim receber um índice em que Ippo está na ordem de leitura, a posição em que ele foi ranqueado já não me surpreende: muito antes já era possível ver Ippo aparecer em posições medíocres/baixas (dessa vez abriu o bottom). Mas os editores continuam dando muito apoio à obra, que continua em situação segura e ainda tem um nível de vendas de volume superior ao de muitos novatos promissores.
Em décimo quinto lugar está Fuuka, que ganhará a capa digital e páginas coloridas na próxima edição. A prévia não indica que o mangá acabará na próxima edição, mas informa que estará a dois capítulos de acabar (três, contando que essa análise é de uma edição anterior). O mangá até fez um sucesso razoável a princípio, satisfazendo os editores (nem tanto os leitores, dependendo de quem já sabe de informação cruciais) entre 2014 e 2016, mas ainda em 2016 seu nível de vendas de volumes começou a cair um pouco. Em 2017 veio o anime… que não vingou e alterou momentos cruciais do mangá, mantendo assim a sina de adaptações de mangás de autoria de Kouji Seo: nenhuma adaptação em anime fez sucesso, seja por repercussão ou comercialmente. E a situação do mangá de lá pra cá só ficou mais delicada… Até que o fim enfim parece estar batendo a porta. Bem, boa sorte a Kouji Seo em sua próxima obra.
Pode-se dizer que a relação entre Real Account e as posições baixas/medianas é quase um caso de amor. Dessa vez a obra pegou a décima sexta posição. Real Account há tempos já dava sinais de que não era uma obra em que os editores apostavam muito suas fichas, o que justifica seu destaque reduzido nos últimos três anos. Cada vez mais desconfio que a obra pode chegar ao fim ainda em 2018 ou ao menos no primeiro semestre de 2019. E, após pegar posições altas em duas edições seguidas, Seitokai Yakuindomo despenca para a décima sétima colocação. Seitokai ainda é um mangá que vende bem, mas dá pra notar que os editores estão mais interessados em destacar outras obras… provavelmente porque, para os leitores da revista, Seitokai já não é mais tão chamativo. Com o passar do tempo, esse veterano gag mangá, que tem pouco mais de dez anos de publicação, vai perdendo espaço na line-up.
Depois de conseguir uma posição medíocre, porém mais alta na edição anterior, Ahiru no Sora volta para o fundão da ordem de leitura, pegando o décimo oitavo lugar entre os ranqueados. Não é a primeira e com certeza não será a última vez que vemos Ahiru nessa situação. Mas o importante é que, por enquanto, o mangá continua seguro e, ao menos no papel, tem chances de ganhar mais destaque e atenção com a adaptação em anime anunciada recentemente. Mas já antecipo que não são chances tão grandes assim, haja visto que o mangá já estava começando a perder fôlego entre os leitores, o que é compreensível para um mangá com quase uma década de meia de publicação.
NOVATO CHEGANDO…
Pelo que consta nas prévias, um novo mangá estreará na edição #19: Kiss and Cry, sob autoria de Yuki Takeda. O curioso, porém, é que um mangá com nome praticamente idêntico (Kiss & Cry) já tinha sido lançado em 2007 na Weekly Shonen Magazine, durando somente dois volumes. Mas parece que são duas obras diferentes, apesar dos nomes similares. O novato em questão é a serialização de um one-shot lançado na edição #24 da Weekly Shonen Magazine, em 2017. O one-shot, aliás, foi divulgado com pompa, recebendo 40 páginas e páginas coloridas, sinal de que os editores estavam mesmo acreditando no potencial daquilo que tinham em mãos.
Eu já tinha visto a informação em questão no fórum do MangaHelpers (os leitores de lá, aliás, ficaram bem confusos com a questão do nome do mangá apresentada no parágrafo anterior), mas gostaria de agradecer novamente ao leitor Lyn por ter trazido a informação em questão nos comentários.
– Pilares: Daiya no Ace – Act II, Nanatsu no Taizai
– Seguros (a Longo Prazo): Ahiru no Sora, DAYS, Domestic na Kanojo, En En no Shouboutai, Fumetsu no Anata e, Gotoubun no Hanayome, Hajime no Ippo, Hoshino、Me o Tsubutte, Kishuku Gakkou no Juliet, Tokyo Revengers
– Seguros (a Curto/Médio Prazo): Kanojo、Okarishimasu, Real Account, Runway de Waratte, Seitokai Yakuindomo, Senryuu Shoujo
– A Serem Finalizados em 2018: Fuuka, Tsurezure Children
– Estabilização Provisória: Mako-san wa Shindemo Jiritsu Shinai, Sensei、Suki desu。
– Risco Grave de Cancelamento: 8jou Carnival
Bem, pessoal, assim termina a análise da edição #16 da Weekly Shonen Magazine (2018).
Até a próxima, galera.