Análise: TOC Weekly Shonen Jump #16 (Ano 2018).

Vai ter que rebolar.

Bozebeats em último lugar, Act-Age em colocações perigosas, Hinomaru Zumou anunciado que seu anime será produzido por um estúdio duvidoso, três novatos sendo lançados em uma revista fechada, essas e outras séries vão ter que rebolar para conseguir melhorar suas situações na revista. Por isso, sem mais delongas, vamos ver a TOC desta semana:

Começando pelos mangás não ranqueados tivemos a estreia da última série dessa nova leva, o nosso querido Ziga – Com certeza Ziga e Noah’s Notes eu irei lançar as minhas primeiras impressões. Sobre Jujutsu Kaisen, ainda estou pensando no caso -. Também tivemos página colorida para duas obras de esporte: Hinomaru Zumou, que anunciou que irá lançar sua primeira temporada em Outubro deste ano e será produzido pelo estúdio Gonzo – notícia que para muitos foi péssima – e também uma página bem colorida para Haikyuu!!, que continua estável na revista.

Em primeiro lugar nessa semana tivemos Yakusoku no Neverland, o novo queridinho do público que demonstrando que tem potenciais claros de se tornar um dos grandes pilares da revista. Existem informações que a série poderia terminar em dois ou três anos, o que inviabilizaria Yakusoku se tornar um pilar, mas por enquanto são só rumores. Em segundo lugar tivemos ONE PIECE, que continua sendo o imperador da WSJ. As vendas podem até estar caindo pouco a pouco, mas continuam de longe vendendo mais que a própria Shonen Jump. É o único mangá atual a alcançar tal feito.

Se as duas primeiras posições estão sendo destinadas aos mesmo dois mangás, os editores estão trazendo uma grande variedade nas colocações seguintes, e tivemos em terceiro lugar: Black Clover. A série B-Shounen conseguiu superar a marca de 200 mil cópias por volume e parece estar segura na revista. Em quarto lugar tivemos uma grata surpresa, após várias semanas pegando posições medíocres ou ruins, Shokugeki no Souma voltou a estar entre os cinco primeiros colocados, demonstrando que mesmo os editores não apostando mais na série, ainda nutrem um respeito e que, como comentei nas semanas anteriores, provavelmente Shokugeki no Souma deve estar seguro na revista, chegando sem nenhum problema ao ano de 2019.

Em quinto lugar tivemos Dr.Stone que nas últimas edições não conseguiu peitar nem ONE PIECE e nem Yakusoku no Neverland, mas mesmo assim não se encontra em uma situação complicada: A série é um sucesso dentro da revista, e mesmo vendendo menos que Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai, deve ter uma popularidade interna que compensa isto. Acredito que muito em breve veremos a série voltando a conquistar uma primeira ou segunda colocaçã – Talvez já na próxima semana, no qual não teremos Yakusoku no Neverland ranqueado -. Em sexto lugar tivemos outro mangá que por causa do domínio Neverland-ONE PIECE nas últimas edições esteve quieto, estou falando de Kimetsu no Yaiba. Mas em breve a série deve voltar entre os primeiros.

Em sétimo lugar tivemos Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai, que oficialmente, a série entre os três novatos de Fevereiro de 2017, que mais vende volumes (ignorando o mercado digital, que não temos dados concretos). A série mesmo assim, por causa da sua temática que não agrada quase 40% do público da revista, dificilmente irá receber o destaque que mangás como Yakusoku no Neverland e Dr.Stone estão recebendo. Em oitavo lugar tivemos Boku no Hero Academia que na próxima semana irá receber sua merecida e NECESSÁRIA capa de promoção da terceira temporada do anime. Seria uma grande injustiça ao mangá não entregar uma capa em um momento tão importante. Lembrando que a terceira temporada de Boku no Hero Academia, estreia nesse mês de Abril.

Em nono lugar tivemos Act-Age que recebeu nessa semana uma colocação um pouco mais baixa, e como não irá receber página colorida na próxima semana, pode ser um sinal claro de classificações ruins nas próximas semanas. É bem provável que já na próxima semana veremos a série entre os três últimos colocados. Isso me baseando em como normalmente os editores classificam as séries da revista, mas podemos ter uma grata surpresa, e quem sabe, Act-Age melhorar suas colocações. Contudo a série vai ter que rebolar para sobreviver. Em décimo lugar tivemos Hunter x Hunter que está aproveitando muito bem sua rápida estádia na revista. Provavelmente entre a próxima leva, poderemos ver a série voltando ao hiato, e quem sabe World Trigger não retorne (a esperança é a última que morre).

Em décimo primeiro lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San que deve estrear o seu anime em Julho desse ano ou até mesmo em Outubro, disputando a popularidade com Hinomaru Zumou. Não seria uma estratégia inteligente por parte dos editores, mas como o público dos dois mangás são bem diferentes, a revista WSJ pode optar por essa estratégia estranha. Em décimo segundo lugar tivemos Robot x Laserbeam que na semana passada eu precipitadamente declarei que a série estava vendendo menos que seus companheiros de leva: já corrigi essa informações na análise do Ranking Oricon, e devo declarar que Robot x Laserbeam, parece estar mais seguro do que eu pensava na semana passada. A série continua correndo risco, seu lento aumento de vendas + posições terríveis, podem significar uma má fé em relação a série por parte dos editores, mas a série não parece estar na ponta do precipício. Tem boas chances de sobreviver as próximas duas levas.

E em último lugar tivemos Bozebeats, que pela primeira vez sentiu a sensação de estar entre os últimos colocados. O mangá infelizmente será cancelado e tem uma chance de sobrevivência muito pequena. Sabemos que todos os mangás B-Shounen que foram classificados na última colocação nas primeiras semanas acabaram sendo cancelados. Porém, mesmo Bozebeats sendo cancelado, é bem provável que o autor recebe uma segunda chance na revista, pois acabou agradando vários leitores. E não concordo com a afirmação de alguns que o autor deveria se tornar somente desenhista. É normal que a primeira série de novatos tenha um roteiro duvidoso e com várias imperfeições, devemos deixar que esses mangakás treinem e peguem experiência, ao invés de priva-los de escrever um roteiro imediatamente depois de um, normal e aceitável, primeiro fracasso. Quem sabe após um segundo ou terceiro fracasso.