Análise: TOC Weekly Shonen Jump #15 (Ano 2018).

Começando pelos mangás não ranqueados, tivemos Noah’s Notes de Haruto Ikezawa, autor de Kurogane e Mononofu. Está é a terceira chance do mangaká, que lançou dois quase sucessos. Esperamos que dessa vez a série acabe dando certo. Também tivemos nessa edição página colorida para Black Clover (que será lançado no Brasil pela Panini, para alegria de vários e a tristeza de alguns haters) e Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai. Por fim, tivemos o novato Jujutsu Kaisen recebendo página colorida pelo seu segundo capítulo, como já é de tradição na revista.

Em primeiro lugar tivemos ONE PIECE, que mesmo com a política dos editores de dar um grande destaque aos novatos, continua sendo a série da revista que receber mais regalias. O motivo é bem simples: ONE PIECE vende mais que a WSJ. É um monstro. Em segundo lugar tivemos Yakusoku no Neverland, que continua recebendo boas colocações. Os leitores vem dizendo que os últimos capítulos conseguiram recuperar a qualidade do primeiro arco da série, e por mais que isto não jnterfira nas posições atuais da série (pois o mangá já vem sendo classificado muito bem), pode ajudar a série a conseguir uma estabilidade a longo prazo.

Em terceiro lugar tivemos Kimetsu no Yaiba, que trouxe uma pequena mudança nas posições, já que as duas primeiras colocações foram iguais a edição anterior. Kimetsu no Yaiba é uma das provas que alguns talentos podem ser notados pelo One-Shot. O autor em 2015 lançou um One Shot que acabou sendo muito bem recebido (o mais bem recebido do ano), deste modo, os editores decidiram dar uma possibilidade ao mangaká, que mesmo não lançando uma série sobre o One-Shot publicado um ano antes, acabou agradando a grande maioria dos leitores da Weekly Shonen Jump. Kimetsu no Yaiba já conseguiu superar a marca de dois anos, para a surpresa de muitos seguidores da WSJ (me incluo neste grupo) que não acreditavam no sucesso da série.

Em quarto lugar tivemos Boku no Hero Academia, que além de não receber a muitas edições uma primeira colocação, está sofrendo abstinência de capas. A série desde a edição #30 de 2017 que não tem previlégio de ser a capa da revista (mesmo que em alguns ocasiões, conseguiu ser a página colorida de abertura). Por mais que eu aceite que os editores estejam diminuindo as primeiras colocações de Boku no Hero Academia, para destacar as séries novatas, para mim é inaceitável que diminuam também suas capas, pois elas ajudam tantíssimo na manutenção da popularidade da série e também nas vendas das edições da WSJ. Em quinto lugar tivemos Dr.Stone que é o outro novato que se encontra em uma situação muito confortável na revista.

Em sexto lugar tivemos Haikyuu!! que voltou para a zona intermediária. Em sétimo lugar tivemos Act-Age que recebeu o seu primeiro ranking, e devo assumir que foi relativamente bom. A série foi classificada em uma zona intermediária, mas não baixa o suficiente para considerarmos uma notícia ruim, como Bozebeats que está com grandes chances de ser cancelado. Porém, mesmo não sendo uma notícia ruim, não devemos nos animar demais, pois devemos analisar as próximas semanas da série. Se Act-Age conseguir se manter nessas colocações, com certeza o mangá terá um futuro sólido na revista. As próximas semanas nos responderá. Em oitavo lugar tivemos Gintama que se encontra bem, mesmo que na altura do campeonato, eu não sei mais quando a série irá terminar.

Em nono lugar tivemos Hunter x Hunter, que após uma semana em uma colocação muito alta, retornou a zona intermediária, no qual irá restar (tirando raras exceções) em quase todas as edições até quando retornará ao seu tão amado hiato. Interessante notar que os editores em todas as edições estão colocando um aviso que Hunter x Hunter está presente, para assim atrair os compradores antigos da revista ou os grandes fãs da série. Em décimo lugar tivemos Bozebeats que essa semana está localizado entre os últimos cinco colocados, o famoso Bottom 5. A série está lentamente piorando de posição, como eu tinha previsto nas primeiras impressões. A tendência é que em algumas semanas, Bozebeats comece a fazer companhia a Robot x Laserbeam na última colocação.

Em décimo primeiro lugar tivemos Yuragi-Sou no Yuuna-San que continuou entre os últimos colocados, mas não corre risco de cancelamento. TO Love Ru é um outro exemplo de séries “ecchi” de sucesso, que sempre ficou nas últimas colocações e conseguiu superar a marca de três anos de vida. É muito comum a WSJ dar este tratamento a séries do gênero, que não tendem a agradar o público mais velho, o público feminino e parte do público masculino. As primeiras colocações devem ser destinadas a séries com uma aceitação mais homogênea. Em décimo segundo lugar tivemos Shokugeki no Souma, que não corre risco de cancelamento, mas não podemos negar que suas posições estão realmente vergonhosas e podem representar que os editores não acreditam nem mais um pouco no potencial comercial em longo prazo da série, por isso, não acreditam que a série irá aumentar em vendas nos próximos meses ou ano. Porém, enquanto vender bem, não deve ser cancelado, deste modo, a série está mais do que segura.

Em décimo terceiro lugar tivemos Hinomaru Zumou que também está esperando o seu anime, que deve estrear esse ano. Em último lugar tivemos Robot x Laserbeam, que confirmamos que não vende mais Dr.Stone e Boku-tachi wa Benkyou ga Dekinai, como acontecia a alguns meses atrás. A série se estabilizou em vendas e não está conseguindo aumentar. Talvez a popularidade interna também esteja estável ou até mesmo baixa. As vendas da série ainda são boas, mas essa estagnação pode levar os editores a cogitarem um cancelamento. Por isso, essa última colocação estável de Robot x Laserbeam pode representar sim uma notícai ruim. Eu não acreditava no cancelamento, mas com este novo dado, a situação da série mudou por completo. Robot x Laserbeam desde o volume 2 não melhorou em vendas e já é, dos três novatos, o mangá que vende menos.