Análise: TOC Weekly Shonen Sunday #36 (Ano 2017).

A capa da edição foi estampada pela jovem cantora Miona Hori, do grupo de idols Nogizaka46. É, se não me engano, a primeira vez que ela estampa uma capa da Weekly Shhonen Sunday. No ano passado ela já havia sido capa da Weekly Shonen Champion. O novato Shinobino, que ganhará página colorida na próxima edição, está em seu quarto capítulo e só deve ser ranqueado a partir do lançamento de seu capítulo de número 08. Já Youkai Giga (outro novato, mas com mais de oito capítulos lançados) e o “veterano” (é lançado há mais de um ano) Sunday Hikagaku Kenkyujo sempre pegam as últimas duas posições na ordem de leitura, portanto nunca são ranqueados.

Falta apenas um capítulo para Detective Conan alcançar a marca de mil capítulos lançados em mais de vinte anos de publicação. A façanha poderia ter sido alcançada nessa edição mas Conan se ausentou. Porém, pelo que consta a prévia, o lançamento do milésimo capítulo acontecerá na próxima edição, com direito a capa e até páginas coloridas. É raro Conan receber páginas coloridas, mesmo sendo o mangá mais popular na revista (mas ainda é preciso apurar se não houve erros de interpretação). Enquanto isso quatro mangás seguem em hiato: Arata Kangatari, Gin no Saji, Ryoko e Zettai Karen Children. E, desses quatro, apenas Zettai tem previsão de retorno, que será nos próximos meses, na época do verão no Japão.

O primeiro lugar ficou para o novato K・O・I – King of Idol, que retorna após ter se ausentado na edição passada. King of Idol ainda está buscando sua firmação na revista, mas assim como Hoankan Evans, o mangá de Tamiki Wakaki (mesmo autor de The World God Only Knows) já está conseguindo se garantir na revista mais do que alguns colegas de leva. As vendas do primeiro volume serão determinantes para saber se King of Idol se firmará na revista e qual será seu nível de destaque. A segunda colocação ficou para o para Major 2nd. A continuação de Major continua se destacando na revista e garantindo um ótimo rendimento, com uma média de vendas de pelo menos 250 mil cópias por volume em até um mês.

Em terceiro ficou Komi-san wa、Komyushou Desu。, que assim como na edição anterior, teve dois capítulos lançados. Com as vendas subindo ao lançamento de cada novo volume, Komi-san vai se destacando na revista e se garantindo como uma obra em potencial. Na quarta posição está Tenshi to Akuto!!, que dessa vez deu as caras em uma posição alta na ordem de leitura, ao invés de ficar numa posição medíocre, como vinha acontecendo recentemente. Tenshi não chega a apresentar um nível elevado de vendas mas seu rendimento é satisfatório para os padrões da revista, ainda que não seja de um nível que deixe os editores muito confiantes na expansão comercial da obra.

A quinta colocação ficou para Aozakura – Bouei Daigakkou Monogatari, que embora não apresente um nível de vendas de volumes dos mais altos, está em situação bem segura na revista, com uma boa recepção, respaldo dos editores e um rendimento satisfatório. Aozakura conseguiu se firmar na revista, não há dúvidas. E o sexto lugar foi para Dagashi Kashi… ainda não tenho informações sobre o anúncio importante que será feito na próxima edição (às vezes o anúncio “vaza” antes do prazo). Mas enquanto o anúncio não vaza, basta esperar. Dagashi está em uma situação estável na revista e só seria finalizado por vontade do autor. Mas se o anúncio não for de um fim da obra, não se surpreenda se anunciarem a segunda temporada do anime de 2016, visto que ela ajudou o mangá a ter mais destaque no mercado, ainda que esse anime não tenha sido um sucesso comercial por si só.

Em sétimo está o pilar Magi ~ The Labyrinth of Magic. Magi já está em seu arco final e a poucos capítulos de seu final. O fim da obra será uma perda significativa no plantel da Weekly Shonen Sunday e acredito que será difícil para ela repor o fim de Magi com uma obra à altura em curto prazo. Na oitava colocação ficou Amano Megumi wa Suki Darake, mangá ecchi que continua sendo um sucesso na revista, com média de vendas de pelo menos 60 mil cópias por volume. Amano Megumi pode até não apresentar um rendimento fenomenal, mas sua rentabilidade é mais que satisfatório em se tratando de uma revista em que boa parte dos mangás vendem até 40 mil cópias em média.

O nono lugar foi para Hatsukoi Zombie, que está se aproximando cada vez mais do lançamento de seu centésimo capítulo. Nada mal para um mangá com vendas razoáveis e que se garantiu na revista mais pela recepção interna. Zombie está seguro e não corre riscos de cancelamento. E quem fecha o Top 10 é o novato Daiku no Hatou, que ainda está brigando por sua estabilização. Embora sua recepção não seja fantástica, é boa o bastante para correr menos risco de cancelamento que alguns de seus companheiros de leva, como Inseki Shoujo e Tenshou no Quadrable. Ainda assim, só o tempo e as vendas do primeiro volume dirão se Daiku no Hatou conseguirá achar seu lugar ao sol na Weekly Shonen Sunday.

Nessa edição Be Blues! ~ Ao ni Nare ficou na décima segunda posição, ficando no meio de dois novatos: Hoankan Evans no Uso 〜Dead or Love〜 (décima primeira posição) e Maiko-san chi no Makanai-san (décima terceira posição). A estabilidade de Be Blues! segue inabalável e o mangá de futebol está a apenas um capítulo de bater a marca de 300 capítulos lançados. Pena que aparentemente não receberá páginas coloridas para comemorar a façanha. Hoankan Evans, gag mangá com temática de faroeste sobre um xerife bom no gatilho mas atrapalhado na busca por arrumar uma namorada, ainda está buscando sua firmação mas parece que vem tendo mais sorte que alguns outros novatos que estrearam em sua leva. Já Maiko-san, primeira estreia de 2017 na Shonen Sunday, parece que vai conseguindo se manter na revista mesmo com um rendimento razoável (por enquanto).

Duas obras que ficaram em posições mais altas na ordem de leitura da edição anterior apresentaram uma queda: Souboutei Kowasu Beshi (décimo quarto lugar) e Kyoukai no Rinne (décimo quinto lugar). Souboutei tem uma média de vendas que chega a 120 mil cópias por volume (subindo um pouco mais a média anterior, que era de 100 mil cópias). Já Rinne, mesmo com quase oito anos de publicação, nunca chegou a vender tão bem na média de vendas quanto Souboutei têm vendido em apenas um ano. Mas o rendimento do mangá foi o suficiente para que a obra tivesse 37 volumes lançados. E eis que um simpático leitor (Leonardo Lima) nos relembra com a informação de que Rinne deve passar a quantidade de volumes de Ranma 1/2 e se tornar a segunda obra mais longa da autora Rumiko Takahashi. 

Na porta do bottom, em décimo sexto lugar, está Maou-jou de Oyasumi. O mangá da princesa dorminhoca, como já falei brevemente na análise anterior, apresenta um bom nível de vendas para os padrões da revista (pelo menos 60 mil cópias em média por volume). A situação de Maou-jou é tranquila e a obra deve permanecer segura na revista por um bom tempo. E abrindo o bottom, na décima sétima colocação, está Inseki Shoujo -Meteorgirl-, novato que estreou na leva de seis novos mangás. E ao que parece a vida desse novato não está nada fácil. Eu diria até que as chances dele permanecer na revista são baixas, haja visto que a sua recepção aparentemente não satisfez as expectativas dos editores.

Na décima oitava posição ficou Hiiragi-sama wa Jibun o Sagashite Iru。, que até tem uma média de vendas razoáveis para os padrões da revista (40 mil cópias em média por volume) e de ter um ano de estabilidade, o mangá não recebe muito destaque dos editores e praticamente figura o limbo do esquecimento, provavelmente porque os editores não veem muito potencial comercial na obra do veterano Hiroyuki Nishimori. Em décimo nono, por sua vez está o veterano Joujuu Senjin!! Mushibugyo. A pipa desse mangá não sobe mais… A obra tem vendas razoáveis e, embora mantenha o respaldo dos editores, já não tem a força de outrora e está no limbo do esquecimento, de onde dificilmente vai sair. Mas, como eu disse na análise anterior, ao menos o autor poderá finalizar a obra como melhor considerar, o que deve acontecer em 2018.

Na vigésima posiçaõ está Tenshou no Quadrable, que está mesmo com a corda no pescoço. Os editores só estão esperando o momento certo para a obra ser finalizada. Apesar da premissa promissora e de uma arte muito bonita, além da experiência do autor, Quadrable não convenceu o público leitor e, embora nenhum dos novatos até agora tenha se sobressaído de forma impactante, por outro lado é nítido que os editores não estão apoiando Quadrable. O cancelamento é só questão de tempo. E se na edição anterior Saike Mata Shite mo deu uma subidinha na ordem de leitura e apareceu no décimo lugar, dessa vez o mangá dá um “pulo do gato reverso” (nesse caso eu chamaria mais de “tombo do gato” mesmo) e fica na vigésima primeira colocação, a última colocação entre os mangás ranqueados. Na ordem de leitura, Saike ficou acima de Youkai Giga e Sunday Hikagaku Kenkyujo, que, como explicado lá em cima, não são ranqueados. A situação de Saike na revista é estável, apesar do rendimento satisfatório.

– Grande Pilar: Detective Conan

– Pilar: Major 2nd.

– Muito Seguros: Dagashi Kashi, , Komi-san wa、Komyushou Desu。, Souboutei Kowasu Beshi

– Seguros e Estáveis: Ad Astra Per Aspera, Amano Megumi wa Suki Darake!, Arata Kangatari, Aozakura – Bouei Daigakkou Monogatari, Be Blues! – Ao ni Nare, Birdmen, Hatsukoi Zombie, Joujuu Senjin!! Mushibugyo, Kyoukai no Rinne, Maou-jou de Oyasumi, Saike Mata Shite mo, Sunday Hikagaku Kenkyujou, Tenshi no Akuto!!, Zettai Karen Children

– Aparentemente Seguros: Hiiragi-sama wa Jibun o Sagashite Iru。, Maiko-san chi no Makanai-san, Youkai Giga

– Em Busca de Estabilização: Daiku no Hatou, Hoankan Evans no Uso 〜Dead or Love〜,  K・O・I – King of Idol, Shinobino
– Possivelmente em Risco de Cancelamento: Inseki Shoujo -Meteorgirl-

– Em Grande Risco de Cancelamento: Tenshou no Quadrable
– Provavelmente Cancelado de Forma Não-Oficial: Ryoko

– Em Reta Final: Gin no Saji, Magi ~ The Labyrinth of Magic