
Em um cenário onde os mangás nacionais vêm conquistando cada vez mais espaço, com SenseLife superando a incrível marca de 20 mil cópias em circulação, Hataoh surge com mais um novo viral, Betiger, um mangá que mistura humor, ação e uma temática extremamente atual no Brasil: as apostas online, ou como o autor mesmo chama “jogo do tigrinho”. Lançado pela editora MPEG, o mangá já chamou atenção logo em seu primeiro capítulo, tanto pela proposta ousada quanto pela forma acessível no qual acabou sendo divulgado.
Nesta entrevista exclusiva para o Analyse It, conduzida por Leonardo Nicolin, o jovem autor Hataoh compartilha os bastidores da criação de Betiger, fala sobre suas inspirações, os desafios de transformar um tema bastante, mas realmente, bastante controverso em entretenimento, além de revelar detalhes sobre a produção, a parceria com a MPEG e suas expectativas para o futuro do mercado de mangás no Brasil. O resultado é uma conversa sincera, que vocês podem ler logo abaixo:
Leonardo Nicolin (L.N): Antes de tudo, muito obrigado por aceitar esta entrevista, Hataoh. Betiger é um dos mangás de destaque do mercado atualmente, e você já é um autor com grande experiência, que lançou outras obras no passado. De onde veio a inspiração para criar Betiger?
Hataoh (Autor): A inspiração é um pouco complicada, porque ela vem de problemas que eu tive com a minha antiga editora. Então, ao invés de eu acabar ficando para baixo ou deprimido por conta desses problemas, eu decidi usar todos os meus esforços para tentar fazer algo – uma obra, no caso – e gerar um lucro para mim. Então, foquei todos os meus esforços para tentar fazer uma obra o mais comercial possível para dar certo aqui no Brasil.
L.N: Então, isso é muito interessante, e obviamente, pensando no lado comercial da obra, Betiger fala de uma temática que é muito popular atualmente no Brasil, uma temática que está na boca do povo. Foi com o objetivo de fazer uma obra de entretenimento comercial que você decidiu falar sobre apostas a tigrinhos? Vamos fazer assim?
Hataoh: Sim. Toda a concepção veio de tentar pegar um tema atual e que gerasse uma discussão. E, principalmente, que a pessoa veja a descrição do mangá e fale: “Caramba, um mangá do tigrinho? Isso me dá curiosidade para ler”. Porque, quando eu fui fazer esse mangá, eu acabei pesquisando, vendo os poucos casos de sucesso que temos aqui no Brasil.
Os mais populares, de cabeça, são Lampião e Sense Life. Eu tentei traçar alguns paralelos para saber o porquê desses dois mangás fazerem de fato sucesso aqui. E foi pegando detalhes, minúcias, que eu acabei chegando numa temática que foi o tigrinho e as bets.
L.N: Uma temática que podemos dizer que também é bastante polêmica. Como você conseguiu tratar de maneira tão leve e divertida uma temática que, ao mesmo tempo, é polêmica e às vezes séria no seu mangá? Como foi o pensamento por trás disso e como foi a execução desse plano?
Hataoh: Isso foi algo muito importante que eu tive que pensar, porque, por ser um tema polêmico e muito sério, é um problema que realmente acontece e prejudica muitas pessoas. Eu queria passar de uma forma que fosse leve o suficiente para que as pessoas que costumam ler mangás fãs ou mangás de lutinha conseguissem entender e não achassem que é algo palestrinha, sabe? É realmente aproveitar a obra e o mangá, mas, se ela parar para pensar um pouquinho, vai falar: “Caramba, eles falam sobre esse tema, não é?”. Então, um dos pontos foi: eu tenho que apresentar o protagonista e ele tem que ser contra essa temática.
Ao mesmo tempo, eu tenho que mostrar o porquê. Porque, assim, não só o protagonista vai expor os motivos dele, como também o leitor vai comprar os motivos e vai comentar: “Caramba, o avô dele sofreu por conta disso? Isso acontece com as pessoas reais”. Aí foi essa a minha linha de raciocínio para tentar dar essa equilibrada.
Além disso, eu adoro história de humor, então eu acabei chegando nesse embate de: eu quero falar sobre esse tema, mas, ao mesmo tempo, eu quero tratar de uma forma mais leve.
L.N: Uma ótima estratégia, pois você aumenta a acessibilidade ao teu próprio mangá. Ao mesmo tempo em que ele trata de uma temática importante, séria, ele é divertido de se ler. E um mangá shonen, muitas vezes, precisa desse clima mais divertido para ser acessível.
Falando justamente em estruturas de mangás shonen, vamos discutir os personagens: você poderia ir um pouco mais a fundo justamente na criação desse protagonista? E você se inspirou em outros protagonistas no momento de criar ele?
Hataoh: Pior que foi tudo tão rápido. Desde a concepção da ideia e do desenvolvimento da história. Querendo ou não, foi meio que uma pressão de time. Então as coisas acabaram saindo naturalmente. Eu queria fazer um personagem que fosse leve até para poder passar a vibe da história.
Então eu fui atrás de referências de personagens que têm essa vibe mais enérgica. Além de também procurar padrões, nos próprios mangás japoneses, do que estão fazendo hoje em dia. Quando você abre, por exemplo, o site da Mangá Plus, você vai ver que muitos mangás que estão lá têm duplas de personagens. Ou seja, é uma garota e um garoto. Uma garota e um garoto. Você abre o Mangá Plus e vai ter essa combinação!
L.N: Witch Watch, Ao no Hako, Dandadan…
Hataoh: Isso, Dandadan… Minha ideia foi justamente tentar chegar nesse nível, sabe?
L.N: Isso é um ponto de análise do próprio Analyse It. Realmente, está aumentando a popularidade dos mangás de dupla de sexo oposto, se tornando mais comuns do que no passado. Então é uma observação extremamente válida.
Isso demonstra, Hataoh, como você conseguiu estudar bem o mercado e ver certos elementos de popularidade que poderiam ajudar muito sua obra. De fato, Betiger teve uma recepção inicial muito boa. Ele está conseguindo alcançar várias pessoas em poucos dias, algo que muitas obras nacionais têm dificuldade de engajar. Além da temática, além da dupla de protagonistas, além dos elementos de shonen, você imaginou também certas estratégias de marketing e de promoção da sua obra? Ou foi algo que veio mais naturalmente?
Hataoh: A maioria das coisas foi muito bem pensada. Mas é aquilo: independente de você pensar ou não, as chances de dar errado sempre estão lá. Então, quando eu fiz esse mangá, eu pensei: vou botar um mangá do Tigrinho no Twitter, vai dar uma viralizada. Até porque eu já tinha feito outros projetos que tinham algo característico que chamava atenção das pessoas.
Por exemplo, o sistema de RPG que eu criei, O Caçador de Saci, era basicamente um sistema de RPG que pegava a ideia de Monster Taming, como se fosse um pokémon da vida, só que aplicado a um conceito de saci. Então, você pega os sacis que estão capturados em garrafas, como se fossem as pokébolas. Eu sabia que esse tipo de coisa tinha potencial para viralizar, e eu estava sentindo essa mesma coisa com Betiger.
L.N: Eu acho isso muito inteligente, porque é sabido que no mercado de mangás apostar em ideias únicas e também promover corretamente essas ideias pode ajudar um mangá a se tornar bastante popular. Por isso, você ter conseguido reproduzir esse mesmo pensamento, esse mesmo estudo, esse mesmo jeito de ver, pode ser um dos motivos, juntamente a vários outros, incluindo a qualidade de Betiger, que rendeu à obra um sucesso inicial. Voltando ainda para a história, você adotou também elementos de luta, correto?
E como você imaginou esses elementos de luta e como você está imaginando para o futuro continuar essa junção entre sorte, entre jogos de azar e entre batalhas de mangá de lutinha?
Hataoh: A minha ideia, a princípio, querendo ou não, de escolher pelo caminho de fazer um mangá de lutinha é porque é simplesmente o gênero mais popular aqui. Pelo menos é até onde eu imagino que seja. Dragon Ball, Naruto, One Piece, na TV aberta. Então a gente sempre queria ver esse gênero. Então não é muito difícil para mim falar: “Eu quero fazer um mangá assim, porque eu gosto e imagino que outras pessoas vão gostar”.
O ponto mais complicado é justamente conciliar isso com toda a temática da história. A minha ideia é continuar expandindo. O primeiro capítulo mesmo apresentou uma batalha contra um quebrado. A história não vai ficar só nisso. Tem muita coisa que vai vir. Tem outros personagens, outros elementos. Porque, querendo ou não, o primeiro capítulo, eu gosto dele, mas eu sinto que tem muito potencial ainda para expandir. Tanto que, por exemplo, o tigrito… Não é necessariamente um spoiler, mas…
Dá para imaginar que tem outros bichinhos como ele, não é? Tanto que, em um dos painéis, aparece um macaquinho, enquanto um personagem está roletando. Então tem muito potencial para expandir ainda a história.
L.N: Um dos elementos, inclusive, o próprio macaquinho, o design dele, as características dele, lembram alguns mangás, como Katekyo Hitman Reborn. Nesse sentido, como você desenvolveu essa ideia de mascotes ou personagens miniaturas?
Hataoh: Então, é porque eu simplesmente adoro esse tipo de dinâmica de ter um personagem com algo inanimado ou diferente. Em Reborn, isso sempre brilhou meus olhos. Então, o próprio Katekyo Hitman Reborn é uma grande referência minha.
O que é engraçado, porque não é um mangá tão popular hoje em dia. Então, de vez em quando, quando eu falo que essa é uma grande inspiração para mim, as pessoas ficam: “Maneiro, né?”.
A minha ideia é justamente ir por esse caminho: vão ter outros personagens, vão ter outras mascotes. E isso casa com toda a ideia de marketing da própria MPEG. Porque eles já têm, eles comentaram, interesse em fazer miniaturas, fazer os gachaponzinhos, os ursinhos. Então, toda essa ideia de ter mascotes, para eles, é tão bom quanto para mim.
L.N: Isso ajuda na divulgação da obra, no merchandising e, ao mesmo tempo, até mesmo na própria qualidade…
Hataoh: É um come solto (risada).
L.N: Exato. E o público ama! Mas você planeja criar arcos mais sérios para discutir as problemáticas do tigrinho? Ou você planeja continuar nessa gestão mais leve, que é típica do shonen e acaba também atraindo muitas pessoas?
Hataoh: Sem dúvidas, eu tenho planos para fazer arcos mais sérios, e seria um desperdício até de temática e de aprofundamento de personagens ter tantos assuntos legais para se trabalhar e acabar deixando de lado.
O clima mais leve ainda vai se manter, porque eu adoro humor, adoro personagens engraçados, mas outra grande inspiração que eu tenho são os mangás do autor de SKET Dance.
L.N: SKET Dance, um dos melhores mangás da história, entra no TOP 5 de muitas pessoas. Sabia unir muito bem arcos de comédia e arcos sérios.
Hataoh: Para mim é top 3.
L.N: Inspiração de alta qualidade. Já na dinâmica dos jogos, obviamente foram utilizados vários jogos de azar. Temos mangás como o Yu-Gi-Oh! que, no início, utilizava muitos jogos diferentes – não só de azar, mas vários jogos – e depois isso foi perdido no Yu-Gi-Oh! para apostar somente nos jogos de carta. Essa dinâmica de apostar em jogos diferentes vai também estar em Betiger ou você vai focar mais nos jogos famosos de azar que temos no Brasil?
Hataoh: Eu diria que os jogos em questão não vão ser tanto o foco. O foco ainda vão ser os personagens e os conflitos, principalmente em relação aos problemas que rolam com o jogo de azar e as lutas. Então não é algo que eu estou levando muito em consideração nesse sentido.
O que é engraçado, porque muitas pessoas, quando viram a capa ou a ideia do projeto, pensaram que era uma espécie de Kakegurui, sendo que é algo muito mais realmente um battle shonen, no sentido mais simples e não ofensivo da palavra.
L.N: Atualmente você está trabalhando com a MPEG, uma editora que vem sendo muito elogiada pelo seu carinho com os autores e leitores nacionais. Como foi a relação com a MPEG para o lançamento da obra? Como você se sentiu trabalhando com a editora?
Hataoh: Foi bem… Bem diferente. Muito raramente você consegue ver editoras tratando artistas nacionais com tamanha alegria e atenção, da mesma forma que a MPEG está tratando. E isso desde antes de eu estar com eles. Vendo os outros autores, vendo o carinho das edições físicas, que são muito bem-feitas, o preço que também é acessível, é simplesmente maravilhoso.
Eu, como autor nacional, via isso e brilhava meus olhos. Tanto que, quando eu estava na produção de Betiger, eu já estava querendo lançar com eles.
Acabou casando: um contato chegou no outro, o pessoal ficou com dó por conta dos problemas que tinham acontecido com a minha antiga editora. E aí eu acabei entrando na MPEG por recomendações dessas pessoas. Inclusive, na live da MPEG Fest, o Di acabou comentando sobre isso, que alguns outros autores comentaram no Anime Friends que eu estava precisando de um monte de carinho.
L.N: É sempre positivo ouvir sobre o trabalho da MPEG, que está dando um grande suporte e carinho para você e os vários autores nacionais que estão participando do projeto, colocando sempre o autor acima da própria marca, valorizando-os ao máximo. Falando em trabalho na editora: atualmente, como é a produção de Betiger? Você tem um assistente, dois assistentes? Como funciona a produção?
Hataoh: Durante o capítulo 1 e 2, eu fiz basicamente tudo sozinho. E agora que a MPEG entrou na jogada, eu vou conseguir ter um pouquinho mais de verba para poder investir no meu assistente. Inclusive, é uma artista tão incrível que eu fico abismado que o trabalho dela ainda não tenha publicado nada. Se chama Ingrid.
Minha produção consiste em tentar fazer, no máximo, duas páginas por dia para terminar o capítulo em um mês. E agora, com a ajuda da Ingrid, eu consigo fazer isso com muito mais tranquilidade.
Já a produção do name: minha ideia é, antes de começar a finalizar o próximo capítulo, ter pelo menos uns dois, três capítulos rascunhados do name para só ir finalizando e não ter que me preocupar. Mais para frente, minha ideia é justamente conseguir adiantar o máximo possível.
L.N: Muito esclarecedor. Nesse processo, como você está analisando também a recepção do público ao primeiro capítulo para os futuros? Para você, como artista, a recepção do público influencia? Ou você é mais um autor que segue simplesmente o plano que você criou e se mantém naquele plano?
Hataoh: Isso é um pouco complicado, porque, querendo ou não, o primeiro capítulo era o mais fácil e o que eu conseguia a melhor visualidade de dar certo. Por todas as coisas que eu disse antes. Tudo o que vem agora é o que vai definir muito o que o projeto vai ser.
Porque esse boom inicial é o que vimos, mas a pessoa vai querer ler o capítulo 2, 3, 4? Vai clicar no link de fora do Twitter? Então isso é todo um esquema que eu tenho que ver exatamente como eu vou fazer. Até com a própria MPEG também vai dar alguma força no marketing. Então tem coisas que vão acontecer que provavelmente vão dar uma ajudada nesse sentido.
L.N: Perfeito. É algo muito importante, porque uma coisa é atrair o público, outra coisa é manter esse mesmo público. São duas estratégias diferentes e muitos mangás conseguem ter aquela atração inicial, conseguem convencer o público a ler o primeiro capítulo, mas, por causa da dinâmica e frequência de lançamento, por causa da temática e várias outras questões – que são dezenas de fatores, microfatores e macrofatores que entram em consideração – aquele público pode não acabar restando.
E é muito interessante que você tenha essa visão, Hataoh, sobre como manter esse público, como fazer o público também ler o segundo, terceiro e quarto capítulos. Ainda nesse sentido de produção, para artistas que estão começando agora, você teria também alguma dica para eles no quesito criar o primeiro mangá?
Hataoh: Isso é algo em que eu estou pensando muito recentemente, até durante a criação de Betiger. Mas algo imprescindível que eu notei é que, para você fazer algo com a chance de realmente chamar a atenção das pessoas, é focar bastante na proposta. Você fazer uma proposta que chame a atenção das pessoas e que, a partir dela, você entregue o que tem que entregar.
Então, independente se a sua arte for boa, se a sua história não for legal, só se tiver uma proposta interessante, ela vai chamar a atenção das pessoas. E isso entra também muito naquilo de… porque é muito comum lá fora.
Porque muitos mangás têm aquele negócio do toque especial. Às vezes colocando, por exemplo, uma personagem feminina numa pose desconfortável, numa cena desconfortável, e isso não pega bem aqui. Então, o que resta para a gente é tentar chamar atenção, só que do nosso jeito.
Ainda mais porque, querendo ou não, mangás nacionais tendem a não ter uma periodicidade muito bem definida. A maioria pode tentar manter algo mensal, mas ainda assim é difícil. Você, tendo uma proposta chamativa, consegue segurar o leitor. Para a pessoa conseguir esperar um mês ou dois e ainda assim gostar e lembrar dessa história. Então, isso é algo que eu recomendaria as pessoas terem um pouquinho mais de cuidado.
L.N: Penúltima pergunta. Como você está vendo o mercado nacional de mangás no Brasil e quais são suas perspectivas para o futuro?
Hataoh: Eu enxergo muito potencial em todos os âmbitos. Sinto que, a cada ano que passa, a gente está mais unido, e é impressionante. Quando eu comecei a produzir esse tipo de mídia por aqui, acho que foi principalmente na pandemia, já tinha sentido algo diferente.
Até porque, com tantas pessoas em casa, elas tinham muito tempo para poder pensar e produzir coisas mais criativas. Então eu sinto que, a partir dali, eu comecei a notar um certo movimento. E, de lá para cá, esse movimento só cresceu.
Então eu fico muito feliz de ver cada vez mais iniciativas se formando. É reconfortante ver que a gente está cada vez mais conseguindo enxergar uma luz no fim do túnel. Mesmo que ainda seja um caminho muito longo e distante para a gente conseguir chegar em algo digno para o que a gente faz. Eu consigo ver um mundo onde é possível a gente conseguir – não sei se viver – mas ter uma certa segurança enquanto a gente produz.
L.N: Uma luz no fim do túnel, realmente, estamos conseguindo finalmente enxergá-la. E pensando ainda no futuro, o que você tem para dizer para os seus leitores que gostaram do primeiro capítulo e estão ansiosos para ler os capítulos seguintes? Que inclusive o capítulo 2 já está disponível no Apoia-se e muito em breve será lançado para o público geral (11 de Novembro).
Hataoh: Eu diria para preparar um dinheirinho, porque provavelmente a gente vai lançar vários bonequinhos do Tigrinho. E também ficar animado para vários personagens novos que vão aparecer ainda. Inclusive, o capítulo 2 que apareceu ali no finalzinho, eu estou muito animado para conseguir colocar ele nas cenas.
Porque, mesmo que – como eu disse – Betiger tem muito potencial para expandir, e esse personagem já dá uma fagulha do que eu estou falando.
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Apoia-se: Capítulo 2