
O ano não acabou, mas o lançamento do volume 1 de Idolatry nos dá a chance de avaliar os estreantes do ano até aqui e a situação não é das melhores! Mais uma amostra do grande sucesso de Shangri-la Frontier. E o anime de Kanan-sama está vindo! Tudo isso e mais na nossa análise da segunda maior revista shonen do Japão, a Weekly Shonen Magazine. Começando pela TOC:
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 240
- Kakkou no linazuke Ch. 270
- Kaijin Fugeki Ch. 56
- Dream ✰ Jumbo ✰ Girl (Página Colorida) Ch. 19
- Ao no Miburo: Shinsengumi hen Ch. 71
- Mayonaka Heart Tune Ch. 93
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 149
- Blue Lock Ch. 321
- Megami no Café Terrace Ch. 215
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 211
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 197
- Suruga Meteor Ch. 35
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 397
- Kurotsuki no Yaergnacht Ch. 23
- Idolatry (Página Colorida) Ch. 13
- Yowayowa Sensei Ch. 140
- Sentai Daishikkaku Ch. 194
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 159
- Kagari-ke no 8 Kyoudai Ch. 25
- Hajime no Ippo Ch. 1505
- Yumene Connect Ch. 54
- Ikitagari no Werewolf Ch. 27
- Yashou no Kito Ch. 22
Ausências: Gachiakuta Ch. 151, Banjou no Orion Ch. 74, Ahiru no Sora Ch. 616 (Hiato)

Várias modelos na capa em comemoração aos concursos de miss para a Weekly Shonen Magazine e a Young Magazine, porém a abertura de mangá vai para Shangri-la Frontier, obviamente com páginas coloridas, comemorando a popularidade do arco dos coelhos.
Celebrar a popularidade do mangá de ação e aventura VRMMO é chover no molhado, mas nunca é demais também. A obra é um dos maiores shonen da década de 2020 e sua popularidade é das mais estáveis da indústria inteira. Com 14 milhões de cópias em circulação 24 volumes, temos uma média acima dos 500k, com uma forte presença no digital, muito em conta de sua imensa popularidade no aplicativo da Magazine Pocket.
Essa média é superior a grandes hits da indústria nessa década, como Blue Box e Dandadan, fazendo assim de Shangri-la Frontier um dos maiores battle shonen dessa era. A impressão que alguns fãs ocidentais podem ter é de ser uma obra subestimada, mas ela tem seu reconhecimento no seu país natal.
Já para a Magazine, é óbvio que o mangá é absurdamente importante, tanto pela sua popularidade quanto pela promessa de ser um épico que durará muitos anos, um verdadeiro pilar.
Medalha de prata para Kakkou no Iinazuke que entregou um daqueles capítulos que todas as quatro heroínas aparecem. Bingo! E novamente a autora fez um cliffhanger falso, é como se ela estivesse rindo toda vez que alguém cogita que a romcom pode estar se encaminhando para um final; ainda temos chão para correr.
Fechando o pódio, Kaijin Fugeki entrega um dos seus melhores capítulos. A arte que já é normalmente impressionante está num patamar ainda cima do normal e possíveis revelações sobre o mundo da história foram feitas, além da promessa de uma grande batalha. O mangá está fervendo e mereceu essa promoção.
O quarto lugar com mais uma página colorida é Dream Jumbo Girl, que acaba de lançar seu segundo volume. O apoio editorial continua enorme como podem perceber, o mangá é uma máquina de páginas coloridas e promoções.
O desempenho dos estreantes de 2025 será um dos fios condutores do texto, então começamos isso pela análise da performance de Dream Jumbo Girl até aqui: é ao mesmo tempo segura, e um pouco decepcionante. Pelo nome de Hiroyuki, autor que já teve três sucessos que viraram anime e recentemente publicou Kanojo mo Kanojo na Magazine, se esperava mais das vendas. Porém temos que pensar que a revista não subirá a barra só por cima, factualmente Dream Jumbo Girl é a segunda obra que mais vendeu para eles das levas de 2025, além disso só fica atrás de Yaergnacht na MagaPoke, tendo uma forte popularidade entre leitores online.
A indústria está mudando com os consumidores cada vez mais reticentes em gastar e uma diversificação de nichos no lugar de grandes hits que todos compram. Dream Jumbo Girl existe nesse contexto e é inegável que o mangá se beneficia da competição fraca, portanto assim já fica num patamar acima do cancelamento mesmo vendendo umas 6 mil cópias ao mês. Na Shoseki atual seu volume 2 ficou mais próximo de Ao no Miburo nos primeiros dias e dá para acreditar num total de 7 ou 8 mil nesse mês, nada impressionante, mas ainda seria um crescimento.
Na quinta posição temos um dos grandes beneficiados pelo encerramento dos maiores hits da revista e a nova leva que está vendendo pouco, Ao no Miburo. O mangá que persistia geralmente nas partes mais baixas da revista hoje tem recebido uma promoção maior por simplesmente ter subido nos rankings de vendas quase que por inércia. Claro, os capítulos andam mais bem recebidos desde que o grupo da história se tornou o Shinsengumi.
O sexto colocado é Mayonaka Heart Tune que também vai ganhando um status mais premium como romcom tanto pela vinda e marketing de seu anime para 2026 quanto com o final de outros do gênero, como Amagami-san e Megami Café. A história também desenvolve bem e mais rapidamente que muitas obras similares, com o autor Igarashi apelando bem aos fãs, nesse capítulo mesmo ele fez belos designs de roupas típicas chinesas para as heroínas que alegraram seus fieis.
Seitokai ni mo Ana wa Aru, nossa sétima estrela, continua naquela fase de “Craque da Base Que Já Assinou Contrato Com Um Grande Time do Futebol Europeu, Mas Ainda Terá Um Ano Jogando no Brasil Até Poder Sair” em relação à estreia de seu anime, quando a promessa deve estourar mais ainda. Espero que tenham entendido e curtido a analogia.
E falando em futebol, Blue Lock é o oitavo colocado. Diferente da Jump a Magazine prefere deixar seu maior pilar mais vezes perto do meio da revista, como um pilar mesmo que faz com que os leitores sejam obrigados a passar por vários outros pratos no cardápio até chegar no seu prato mais desejado. Assim como a partida atual da história, o mangá passa uma sensação de tranquilidade e ritmo mais moderado só esperando a explosão das vendas no ano de Copa de 2026 — a seleção japonesa está em clima de oba oba e otimismo no seus país após desempenho ótimo na Ásia e vitórias contra gigantes do esporte como Alemanha e Brasil (ê).
A festa está chegando ao fim para o nono lugar, Megami no Café Terrace. O fim está próximo e com isso chega mais uma página colorida para semana que vem, quando teremos a revelação da grande disputa do que os japoneses chamam de “Corrida das Heroínas”. Quem ganhará? Não perca no próximo capítulo…
Mokushiroku no Yonkishi é o décimo dessa TOC. Nada de anormal, é outra daquelas obras que traz estabilidade e paz espiritual para um editorial que está se desdobrando para conseguir novas séries que consigam vender alguma coisa. A segurança que um battle shonen de sucesso como Mokushiro traz é muito bem vinda.
Outro que vai herdando mais espaço com as mudanças do ano, Kuroiwa Medaka é o décimo primeiro da semana. A Magazine é vista como a revista das romcom, mas é bem verdade que não existe garantia nenhuma de sucesso no gênero lá. Temos vários exemplos, como bem diria Irozuku Monochrome, cancelado nesse ano. Então é mérito de Kuroiwa Medaka estar nesse nível de vender 20 mil cópias físicas ao mês, ainda mais com bons números em venda digital e muitos leitores na Magapoke.
Em décimo segundo lugar temos um dos estreantes mais curiosos do ano com a spokon de baseball, Suruga Meteor, novamente bem posicionado.
O caso de Suruga Meteor é simples, as vendas foram tão baixas para seu volume 1 (abaixo de 2 mil no Shoseki) que a maioria das pessoas deu a série como galinha morta. Afinal, a Magazine cancelou Irozuku Monochrome vendendo 5 mil cópias nesse mesmo ano, então não teria como Suruga Meteor sobreviver, certo? Bom, errado.
O mangá continuou recebendo páginas coloridas, promoções, marketing, etc. Após uma recomendação do lendário George Morikawa de Hajime no Ippo, o volume 3 que acaba de sair recebeu a recomendação de ninguém menos que o também lendário Hiro Mashima! Talvez os dois maiores nomes da Magazine entre leitores atuais promoveram o mangá.
A Magazine também disse que Suruga Meteor foi a série nova que mais recebeu votos dos leitores da revista em anos. É uma base de leitores próxima dos 300 mil. Como o Nicolin fala sobre a Jump, as revistas ganham muito com essas vendas semanais pelo grande número de leitores e a margem de lucro (elas saem em papel de jornal) e nesse momento que as vendas despencam pelo mercado inteiro com a contração econômica global e japonesa, faz sentido que as revistas comecem a dar mais importância para essa base segura de compradores.
O mangá está crescendo de bem pouco em pouco, com seu volume 2 indo acima dos 2 mil. O volume 3 agora pode crescer mais um pouquinho, mas não deve chegar nem aos 3 mil. Ainda é uma performance que causaria cancelamento não fossem outros três motivos que consigo ver: 1. os demais novatos estão tendo performances ainda piores, assim fazendo com que Suruga Meteor flutue sobre a zona de cancelamento 2. o mangá é o terceiro com mais leitores inscritos no aplicativo da Magazine Pocket entre os lançados em 2025 pela Weekly Shonen Magazine (atrás de Yaergnacht e Dream Jumbo Girl) e…
Com parágrafo próprio, o terceiro motivo é mais uma teoria, mas acho que é até convincente. 3. As revistas querem sucessos de baseball por causa de Shohei Ohtani. Jogador dos Los Angeles Dodgers na MLB dos EUA, Ohtani é o maior nome do esporte japonês no momento por ser um dos melhores da história no esporte nacional do país, além disso sua popularidade explodiu ainda mais após a conquista do World Baseball Classic em 2023, uma espécie de Copa do Mundo do esporte, aonde Ohtani em performance heroica derrotou os EUA na final para conquistar o troféu. É impossível ver TV no Japão sem ver o Ohtani em dezenas de comerciais e campanhas, o rosto dele está por todo lugar e o seu nome é mencionado casualmente em milhões de conversas diárias.
Sabendo disso e de sua popularidade com garotos, as revistas shonen podem estar apostando mais do que nunca no baseball. Harukaze Mound, na Jump, e Suruga Meteor, na Magazine, ambos nasceram já com um bom apoio editorial e narrativas mais tradicionais que podem apelar para um público mainstream. Não que garante uma imunidade, mas se existe um esporte que logicamente um editor chefe deveria apostar no Japão de 2025, esse esporte é o baseball.
Em pedido de desculpas pelo comentário enorme para Suruga Meteor, o meu comentário do décimo terceiro lugar é: Kanojo, Okarishimasu lançou um capítulo.
Continuando nosso foco nos lançamentos de 2025, a décima quarta posição fica para Kurotsuki no Yaergnacht, o grande vencedor do ano. Seu volume 2 já saiu e pelas ótimas posições na Shoseki e na Amazon, é bem possível que vejamos o battle harem chegar aos 20 mil mensais nesse volume. Isso logo depois de ter anunciado suas 100 mil cópias em circulação, e além disso o volume 1 voltou a aparecer no Shoseki. Reforçando o que disse semana passada, é um sucesso maior do que qualquer série da Shonen Jump em 2025 e uma salvação para um ano que seria bem mais melancólico sem Yaergnacht.
Uma aposta no mercado otaku, Yaergnacht vai por um caminho quase oposto de Suruga Meteor, não querendo ser “mainstream”, mas sim agradar seu nicho. E faz isso com louvor, os fãs adoram os personagens, seus designs e a mistura de sensualidade, comédia e ação da obra. Já temos um nome garantido para os próximos anos de Weekly Shonen Magazine.
Em seguida temos página colorida para nosso décimo quinto lugar, Idolatry. Temos bastante coisa para falar do mangá agora com o lançamento de seu primeiro volume.
Primeiramente, vamos ao marketing: Idolatry ganhou um PV com vozes de Rie Takahashi para Junna e Yurie Igoma para Fuwari, as duas personagens principais. O motivo é óbvio, elas dublaram Hoshino Ai e Hoshino Ruby, respectivamente, em Oshi no Ko. E isso atraiu certa atenção de fãs das atrizes e de alguns fãs de Oshi no Ko, dando por volta de 2 mil novos seguidores à conta do mangá no Twitter.
Além disso a recomendação do primeiro volume é de Kaneshiro Muneyuki, escritor de Blue Lock. Ele traça aquele paralelo feito por muitos sobre Idolatry também ser uma história sobre “ego”, com Junna estando disposta a acabar com os sonhos de outras idol para permitir que Fuwari vença o battle royale do reality show.
É um material promocional que cobre bem as áreas: um para aqueles fãs de idol que não acompanham a Magazine exatamente e outro para os leitores de shonen mesmo. Os editores com isso dizem: “pode vir, tem algo pra você nesse mangá”. Conduta inteligente e de se elogiar. Mas funcionou?
Em seu primeiro dia de Shoseki, Idolatry ficou exatamente uma posição acima de Suruga Meteor (150 e 151), mas depois apareceu embaixo da spokon nos dois dias seguintes. Isso implica que as vendas podem chegar entre uns 1500 a 2000 cópias para seu debut. Não é muito bom.
Porém o mangá está ranqueando algumas centenas de posições acima de Suruga Meteor toda semana no ranking da Amazon, que conta as vendas digitais, diferente do Oricon e do Shoseki. Com uma fanbase mais “hardcore” ou otaku, pode ser o caso de que Idolatry tenha uma parcela maior de suas vendas na esfera digital — algo que não teremos dados concretos sem a Kodansha revelar e que por isso deixará nossa visão geral prejudicada em relação à realidade das obras.
Como falo várias vezes aqui, você enfrenta quem está na sua frente e Idolatry faz parte do ano de 2025, no qual fora Yaergnacht, o maior lançamento do ano chegou só a 6 mil cópias e veio de um dos veteranos com mais hits do mercado. Suruga Meteor, Kagari-ke, Ikitagari no Werewolf e Yashou no Kito todos venderam abaixo das 2 mil cópias físicas. Então fatores como competição interna e timing para levas começa a importar mais.
Idolatry seria o terceiro ou quarto a mais vender cópias no seu volume 1 no ano, então poderiam apostar em investir mais para crescer no volume 2, ainda mais considerando que o autor da série é um completo novato. Pode ser também que a recepção interna seja forte, assim como Suruga Meteor, e isso garanta sua permanência.
Na Magazine Pocket e no Twitter, Idolatry recebe mais engajamento que a maioria dos estreantes do ano, perdendo decisivamente apenas para Yaergnacht e Dream Jumbo Girl, porém tem menos leitores inscritos em sua página da Magapoke que Suruga Meteor e Kagari-ke. Todos esses fatores, além do encerramento natural de hits, deixarão a situação de Idolatry na revista mais aparente nas próximas semanas. No momento, vejo um alívio para o mangá que deve passar ileso ao próximo round de cancelamento até por ter saído mais tarde, mas o foco ainda é em crescer para garantir sobrevivência.
Indo para o décimo sexto lugar, vemos Yowayowa Sensei que agora pode receber suas primeiras informações do anime já que Kanan-sama finalmente teve um trailer e data anunciada. A revista deve ver um overlap entre os leitores dessas obras ecchi e evitará que elas coincidam demais no marketing.
Sentai Daishikkaku, o décimo sétimo colocado, está em sua batalha final e pelo espaçamento grande entre levas, pode acabar salvando séries de 2025 com seu encerramento. Se o mangá deixar a revista em 15 ou 20 capítulos mesmo, isso implicará em um espaço a mais para uma das duas próximas levas. É de se ver enquanto dura, os editoras não tem pressa para que o mangá se encerre, mas também entendem que já tiraram todo suco de Sentai Daishikkaku, que mesmo assim encerrará sua história fechando todas as pontas.
O décimo oitavo da TOC é Kanan-sama que finalmente teve seu primeiro trailer e… está parecendo uma boa produção! As cores, os seiyuu escolhidos e a direção. Tudo parece bom e que agradará aos seguidores do original, mas com chances de atrair novos fãs. O anime sairá na disputada temporada de Abril 2026 e farei uma análise mais detalhada dos nomes do projeto na próxima análise da TOC, quando Kanan terá um destaque maior. Não percam, hein.
Na décima nona colocação, não sei se é cedo para falar, mas eu diria que Kagari-ke está provavelmente salvo para a próxima leva. Sem cair para o “bottom 3” com Ikitagari no Werewolf e Yashou no Kito, Kagari está sempre um pouco acima dessa zona de rebaixamento, quase que como um sinal dos editores para avisar que o mangá deve durar mais de uma leva.
Mas com vendas baixas, por que estaria sentido mantido? O mesmo de sempre, ele compete diretamente com outros mangás que estão vendendo pouco, além dos vários encerramentos de obras estabelecidas. A maré é baixa e assim permite que Kagari-ke respire um pouco.
O motivo para terem escolhido Kagari-ke para sobreviver entre os três é provavelmente uma mistura de melhor recepção (o mangá é bem mais elogiado entre os leitores) e maior popularidade na Magapoke. Eu repito o nome do serviço muito porque é visível que ele é ainda mais importante para a Magazine do que a J+ é para a Weekly Shonen Jump. Lá Kagari-ke tem mais de 100 mil leitores inscritos, colocando-o acima dessas obras e até de Idolatry (que não comparo tanto por ser mais novo e só ganhar volume agora). De qualquer forma, se o número de cancelados era pré definido e as vagas foram para Kito e Ikitagari, naturalmente Kagari-ke sobrevive.
Ainda em posição de risco, o mangá continua na sua missão de ou crescer ou continuar batendo em novatos que vendem ainda menos. A segunda opção seria PÉSSIMA para Shonen Magazine, então se você é fã de Kagari-ke, mas tem dó de eu ter que ver várias obras vendendo 20k sendo substituidas por obras que vendem 1~2k, por favor torcer pela primeira.
Vigésimo lugar para Hajime no Ippo por motivos de todos estarem com pena do Sendo de Pancadas. Mas falando sério, eles devem ter alguma lógica de balanceamento que diz que faz mais sentido deixar Ippo às vezes lá para o final, assim como fazem com Gachiakuta. Só não sei qual é essa lógica, mas não tem nada demais nisso.
Yumene Connect é o antepenúltimo em mais um capítulo do seu grande arco de aventura no qual os empecilhos no caminho são só desculpa para mais cenas ecchi. O mangá que correu certo risco durante o ano viu uma leva de estreantes que não bota medo e assim cravou seu estabelecimento na lineup da Magazine.
Com vendas entre 5 a 6 mil cópias físicas, Yumene Connect não corre risco de ser derrubado por obras que não vendem nem metade de seus números. É triste o mercado todo cair assim? Até é. Mas para o autor e seus leitores, não é problema e o mangá continua firme.
Quando falo da situação de declínio de mercado do mangá eu sempre penso também como isso não é reflexo de qualidade, existem várias obras ótimas que vendem pouco. Elas até podem ter menos apelo ao mainstream, mas é importante ressaltar sempre a questão ECONÔMICA com a perda do poder de compra das pessoas e também das mudanças da forma de consumo, com diversas formas de mídia perdendo espaço para as redes sociais gratuitas como Youtube e Tiktok — a briga hoje é pelo tempo do consumidor.
Penúltimo, Ikitagari no Werewolf não teve seu novo volume ranqueando nem no seu primeiro dia na Shoseki e não dá para achar outras métricas como votos da revista para Suruga Meteor ou a Amazon para Idolatry, o lobisomem até quer viver, mas deixará a revista quando precisarem de espaço para uma leva.
E novamente fechando a revista temos Yashou no Kito. A dupla Werewolf + Kito é a de posição mais fixa do momento, sempre no bottom 2. Quem acompanha o site sabe, mas Kito basicamente perdeu qualquer chance desde o começo quando seus primeiros capítulos desagradaram os leitores pela arte e quadrinização que consideraram complicadas demais. Dos estreantes do ano é o com menos inscritos na Magapoke, com apenas 30 mil.
Ufa… A análise dessa vez saiu longa demais, mas espero que os corajosos que chegaram até o fim (ou que ao menos pularam pra cá após ler as partes que interessam mais) tenham gostado. Lembrarei de colocar a matéria em destaque de agora em diante caso alguém interessado esteja perdendo os artigos por não ter aparecido na homepage do site. Também recomendo a leitura do texto novo da Young Jump do FelRib e a entrevista com a autora de Saihito, chequem lá e até a próxima.