
Em doze anos escrevendo sobre a TOC, nunca foi tão difícil comentar sobre a revista quanto agora. No ano passado, reclamei que, na gestão Nakano, era complicado manter o otimismo, mas atualmente a situação é ainda mais delicada: simplesmente, Saito utilizou como estratégia não trazer quase nenhuma alteração na TOC, restando para mim novidades mínimas em todas as edições. O problema é que até essas novidades se tornaram escassas: com poucas obras tendo animes relevantes e com as vendas do mercado inteiro em queda, tudo o que me resta é escrever análises mais curtas.
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Vamos começar pelos mangás não ranqueados: Kagurabachi, que acabou sendo capa da edição, mesmo entregando parte em rascunho (já que o autor está com dificuldade em seguir o ritmo semanal). Nesta semana, Kagurabachi também teve parceria com o Burger King e, além disso, ganhou matéria no New York Times: uma grande conquista que deve aumentar ainda mais as vendas da série.
O anúncio do anime? Deve estar perdido no porão da Shueisha.
Em primeiro lugar tivemos Madan no Ichi, que, das sete últimas edições válidas (em que a série poderia ser classificada), esteve seis vezes na primeira colocação. A única exceção foi a edição #43, na qual acabou ficando em segundo lugar, perdendo o topo para Witch Watch. A obsessão da Weekly Shonen Jump por bruxas precisa ser estudada. Mas, deixando a ironia de lado, é realmente um resultado espetacular por parte de Ichi: deve ser uma soma de ótima recepção na votação com apoio editorial gigantesco.
Inclusive, o mangá alcançou 1 milhão de cópias em circulação em apenas cinco volumes, um resultado que o consolida como o segundo maior sucesso da revista nos últimos três anos. Madan no Ichi realmente apresenta números sólidos e, olhando para o mercado em geral, é uma das maiores estreias do ano passado.
Em oitavo lugar (sim, tive que pular sete colocações) tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, que está atualmente em sua “BATALHA FINAL”, se seguirmos a história real. Contudo, o volume deve encerrar em dois ou três capítulos, o que levou algumas pessoas a especularem sobre a obra não terminar até a próxima leva – o autor já demonstrou no passado, com Ansatsu Kyoshitsu, não seguir muito bem a regra de concluir séries fechando volume. O último volume de Ansatsu Kyoshitsu teve apenas três capítulos, sendo necessário acrescentar cinco extras para alcançar o número de páginas necessárias.
Não é improvável que Nige Jouzu no Wakagimi termine a qualquer momento. Não podemos utilizar os volumes como referência para prever quando a obra chegará ao fim.
Indo já para os últimos colocados desta TOC: a briga pelo cancelamento continua bastante “acirrada”, com Ekiden Bros, Ping Pong, Tomoshibi no Otr e Kaedegami disputando para ver quais serão encerrados (havendo a possibilidade de todos serem). Em termos de pré-vendas, Kaedegami está se saindo melhor entre os novatos, superando inclusive Harukaze Mound, que ganhou página colorida. Ainda assim, nenhum deles está apresentando números realmente expressivos até o momento – vamos ver se até novembro a situação muda.
Os únicos dois em que a história parece caminhar claramente para a conclusão são Ping Pong e Ekiden Bros, Otr também pode estar acabando enquanto Kaedegami pode até estar se aproximando do fim, mas ainda não apresenta sinais de estar rumo ao desfecho. As pré-vendas superiores de Kaedegami podem levar os editores a concederem um pouco mais de tempo para a série, por isso não diria que é improvável termos apenas dois cancelamentos na próxima leva. É preciso aguardar para ver.
Sim, isso é tudo o que temos para comentar nesta semana. Peço desculpas e espero que, na próxima, tenhamos uma TOC um pouco mais emocionante.