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A Ascenção de Kagurabachi: Entenda como o mangá se tornou fenômeno mundial!

Leonardo Nicolin 24/09/2025

Kagurabachi completa dois anos!

A série que era tida como cancelamento certo por muitos, completa o seu segundo ano como um dos novos pilares da Weekly Shonen Jump. Mas como essa história começou? Vamos reviver pontos importantes dessa trajetória marcada pela genialidade de Takeru Hokazono, o autor e pela força dos bachibros.

Texto escrito por Kagurabachi Brasil para o Analyse It.

A Era dos Memes e o Início de Kagurabachi

Quando falamos sobre Kagurabachi, é impossível pular uma parte essencial para sua popularização no Ocidente: a Era dos Memes.

Tudo começou quando a série foi anunciada na Weekly Shonen Jump e a primeira imagem de Chihiro foi revelada. A reação foi imediata: antes mesmo do lançamento do capítulo 1, surgiu uma onda de memes que tratava Kagurabachi como se já fosse uma obra consolidada. Expressões como “Kagurabachi foi minha infância”, “o melhor anime já feito”, “o melhor jogo já feito” ou até mesmo “o salvador da Jump” se espalharam rapidamente pelas redes. “Enough time has passed”…

Essa fase foi crucial para gerar um enorme buzz no Ocidente, muito maior do que o que a série inicialmente teve no Japão. Muitos compararam o fenômeno ao marketing de Morbius, mas com uma diferença significativa: enquanto o filme decepcionou após o hype, Kagurabachi cumpriu as expectativas. Com o lançamento do capítulo 1, ficou evidente que a obra tinha substância; não era apenas hype vazio, mas um potencial real para se tornar um dos pilares da Shonen Jump.

O impacto se refletiu nos números: Kagurabachi rapidamente alcançou o topo dos rankings da Manga Plus, chegando a disputar posição com One Piece, e em determinado momento ficou em segundo lugar entre as séries mais lidas da plataforma. Outro fator marcante foi o lançamento simultâneo em inglês e japonês, consolidando a prática como essencial para a popularização global de novas obras. Sem isso, muitos fãs teriam recorrido apenas a scans.

No início, ainda existiam leaks que ajudaram a série a se popularizar. Mas, logo percebeu-se que não havia necessidade: a publicação oficial era suficiente, acessível e essencial para o crescimento da série. A ideia do Kagurabachi Sunday, incentivar os fãs a lerem oficialmente no dia do lançamento, reforçou essa mentalidade.

Esse período inicial reuniu fãs de várias comunidades (Jujutsu Kaisen, Boruto, Naruto, One Piece, Attack on Titan, entre outros). Fandoms que geralmente entram em conflito se uniram em torno de um mesmo meme, algo raro. E, surpreendentemente, a piada se tornou realidade: todos esses fãs passaram a gostar genuinamente da série.

O fenômeno foi tão grande que, na época da Jump Festa de 2024 (realizada no fim de 2023), o editor Nakano declarou que o Japão precisava correr para tornar Kagurabachi tão popular quanto já era no Ocidente, uma fala inédita na história da revista.

Kagurabachi, lançado em 18 de setembro de 2023, pavimentou um novo caminho, criando um modelo de popularização internacional que abriu espaço para futuras obras. Assim começou a trajetória da série: da Era dos Memes ao reconhecimento global.

O Surgimento dos Bachibros

O surgimento dos Bachibros foi um marco histórico do fandom. Inicialmente, existiam fãs japoneses e ocidentais, refletindo a origem geográfica dos leitores e a forma como cada público interagia com a série. No Ocidente, o poder de influência ainda era limitado, mas Kagurabachi mostrou à Shueisha e à Manga Plus o potencial de um mercado global e instantâneo, capaz de interagir simultaneamente com os lançamentos.

A série fez parte da onda The Next Jump Wave, junto com Mama Yuyo e To All Nice, grandes apostas da editora. O lançamento simultâneo, aliado à viralidade da Era dos Memes, ajudou a formar uma comunidade global de fãs que começou a se organizar de maneira inédita.

No início, os seguidores eram chamados apenas de “fãs de Kagurabachi”. Porém, na época da Jump Festa de dezembro de 2023, surgiu o termo “We are Bachibros.”, criado no Ocidente e rapidamente adotado pelo fandom japonês, reforçando um espírito de irmandade global. Antes disso, alguns grupos se chamavam “Kagura Bros”, mas o termo Bachibros consolidou-se como identidade oficial do fandom.

Um bachibro japonês na Jump Festa 2024 deixou o recado para Hokazono-sensei: “We are bachibros”

Organização e Ideais

Os Bachibros se organizaram em diversas redes sociais, fóruns e comunidades, mas sempre seguindo os mesmos ideais: respeito à obra, colaboração entre fãs e valorização do lançamento oficial. Mesmo diante da violência da obra e da cultura de fandoms tóxicos, os Bachibros se esforçaram para criar um ambiente positivo e colaborativo.

Um dos maiores desafios foi lidar com os leaks. Enquanto no Ocidente havia uma cultura de spoilers aberta, no Japão eles eram contidos e conhecidos como RAWS. Os Bachibros se uniram para conter os vazamentos e reforçar a leitura oficial (Kagurabachi Sunday), equilibrando culturas e fortalecendo a coesão do fandom.

Essa organização também se manifestou em campanhas práticas, como a mobilização para a assinatura digital da Weekly Shonen Jump, com instruções detalhadas para que fãs de diferentes países votassem na série e ajudassem a melhorar sua posição no TOC. Essa ação histórica mostrou o poder coletivo do fandom.

O termo “Bachibros” e a irmandade global chegaram a ser tema de programas japoneses, consolidando a reputação do fandom como exemplo de união internacional e cultura de respeito entre fãs de diferentes regiões.

O Desempenho no TOC e a Mobilização dos Fãs

Durante as primeiras semanas, Kagurabachi não se destacava no TOC (Table of Contents) da Weekly Shonen Jump, índice que mede a popularidade das séries entre os leitores. Frequentemente, a obra aparecia na segunda metade da revista, indicando baixo engajamento e colocando-a em risco de cancelamento, os famosos “Axes”.

Para proteger a série, os Bachibros do Ocidente lançaram uma campanha inédita: incentivar a assinatura digital da Weekly Shonen Jump para votar em Kagurabachi. Esse movimento uniu fãs do Ocidente e do Japão, garantindo a ascensão da série no TOC e mostrando à revista seu potencial global.

Os primeiros 18 capítulos foram estruturados como um arco completo, da história de Chihiro e Kunishige até a luta contra o vilão Soujou. Caso a série tivesse sido cancelada nesse ponto, o arco inicial teria um desfecho satisfatório, demonstrando o planejamento cuidadoso do autor.

Além disso, os fãs mantiveram um controle sobre spoilers e leaks, promovendo a leitura oficial e evitando comparações negativas que pudessem prejudicar a imagem da obra ou do autor. Esse comportamento estratégico e consciente foi crucial para que a série continuasse crescendo sem se perder em meio à toxicidade comum em grandes fandoms.

A Consolidação e o Próximo Passo: #Bachiflex

A consolidação dos Bachibros como fandom e a campanha de mobilização digital representaram um divisor de águas. Essa união fortaleceu a comunidade e mostrou à editora o impacto positivo de um fandom global bem estruturado.

Em dezembro de 2023, foi anunciado o Volume 1 de Kagurabachi para fevereiro de 2024, abrindo caminho para a próxima fase do fandom: o #Bachiflex, que representa uma nova etapa de engajamento e expansão da série.

O #Bachiflex não seria apenas mais uma campanha, ele consolidaria a influência do fandom na forma como a obra era percebida globalmente e ajudaria a moldar futuras estratégias de marketing e distribuição, mantendo a mesma filosofia de colaboração e respeito que caracterizou a Era dos Memes e a identidade dos Bachibros.

Quando o Volume 1 começou a chegar para os bachibros ao redor do mundo, todos exibiam com orgulho suas cópias. Tal movimento foi tão significativo que o próprio editor-chefe da Manga Plus na época destacou a movimentação dos fãs em seu Twitter/X.

Kagurabachi e a Estratégia Internacional da Manga Plus

Assim que Kagurabachi começou a se tornar um fenômeno internacional através da Manga Plus, essa ascensão foi registrada inclusive por veículos de grande prestígio. Um exemplo foi o Nikkei, um dos principais jornais financeiros do Japão, que em sua seção Data Finder publicou números detalhados sobre o desempenho da série no exterior: visualizações, tendências e até comparações de buscas pelo termo Kagurabachi em relação a grandes nomes já consolidados como Spy x Family e Kaiju No. 8.

Nesse contexto, Kagurabachi se tornou um dos rostos da Manga Plus, sob a liderança de Momiyama-san, então editor-chefe da plataforma.

Primeiros Passos: Entrevistas e Lançamentos Regionais

A estratégia de Momiyama foi clara: levar Kagurabachi para eventos ao redor do mundo e, simultaneamente, fortalecer a presença da Manga Plus em múltiplos idiomas.

  • Anime Festival Asia (AFA) 2024 – Indonésia
    Hokazono-sensei fez sua primeira entrevista oficial, ainda que por transmissão online. Curiosamente, essa estreia não ocorreu no Japão, mas em um evento internacional. No mesmo dia, foi anunciado o lançamento da versão indonésia de Kagurabachi na Manga Plus.
  • Japan Expo – Paris
    Novamente por stream, Hokazono respondeu perguntas enviadas pelos fãs. O evento marcou também o anúncio da versão francesa da série na Manga Plus.

Esses movimentos mostraram como a obra passou a ser usada como vitrine para a plataforma: Kagurabachi promovia a Manga Plus, e a Manga Plus amplificava Kagurabachi.

Uma Aposta de Urgência Internacional

Kagurabachi se tornou a segunda série mais rapidamente anunciada em inglês na plataforma, logo atrás de Samurai 8, de Kishimoto. A diferença é que Samurai 8 acabou cancelada, enquanto Kagurabachi continuou a crescer. Essa urgência refletia o desejo da Shueisha de aproveitar ao máximo o momento de popularidade explosiva da série.

Atualmente, Kagurabachi já conta com versões em espanhol (México, Argentina e em breve Espanha), francês, português do Brasil, coreano, chinês, alemão, holandês, entre outras. Cada nova edição reforça o alcance global do título.

Manga We Want to see Animated and Tsugimanga Awards

O Tsugimanga Awards 2024 (também chamado de Tsugi ni Kuru Manga Taishou) é um prêmio anual baseado em voto popular mundial, em que fãs escolhem quais mangás atuais têm mais potencial para se tornarem grandes sucessos. Em 2024, Kagurabachi ficou em 7º lugar no ranking inicial dos mangás mais aguardados para ganhar adaptação animada.

Depois venceu o Tsugimanga Awards na categoria de mangá impresso, um feito enorme para uma série com tão pouco tempo de publicação com 101.836 votos (ou pontos) nessa categoria. O segundo lugar foi Welcome to Demon School! Iruma-kun If Episode of Mafia e teve 33.033 votos. 

Fãs do mundo inteiro se mobilizaram nas redes sociais, unindo forças em uma verdadeira campanha global para apoiar a série. O resultado desse esforço coletivo não poderia ser outro: a consagradora vitória de Kagurabachi. Essa foi a mensagem enviada por Hokazono-sensei:

“Sinto de verdade que muitas pessoas leram e acharam “interessante”, o que me deixa extremamente feliz e me enche de energia para continuar desenhando mangá. Sou profundamente grato!

Para corresponder às expectativas de todos que disseram “É o próximo!”, estou ainda mais motivado a tornar a história mais interessante, então, por favor, continuem me apoiando a partir de agora!”

Houve uma reimpressão de todos os volumes lançados com o novo Obi do primeiro lugar no Tsugimanga Awards.

O Segundo Ano de Kagurabachi: Consolidação Global e Novos Caminhos

O primeiro ano de Kagurabachi foi marcado por uma ascensão absoluta, tanto no Japão quanto no cenário internacional. A série consolidou sua relevância, fortaleceu sua ligação com a Manga Plus e culminou em uma vitória expressiva no Tsugimanga Awards 2024. Esse período foi coroado com os eventos de aniversário de estreia.

Mas e o segundo ano? O que tornou esse novo ciclo ainda mais relevante do que o primeiro? Podemos destacar três grandes eixos que simbolizam a evolução da série:

  • A Chegada Física de Kagurabachi a Mais Países: Se no primeiro ano a digitalização foi o principal motor, o segundo ano foi marcado pela expansão internacional das edições físicas. Cada novo lançamento em diferentes países consolidou o alcance da obra, tornando-a um verdadeiro fenômeno global e acessível além das fronteiras do Japão.
  • Crescimento do Mercado de produtos: Outro aspecto notável foi o aumento impressionante de produtos oficiais ligados à série. Mesmo antes de um anime ser anunciado, Kagurabachi já apresentava um catálogo robusto de itens licenciados, provando a força de sua marca e o apelo junto aos fãs.
  • O Papel de Hokazono-sensei: Mais do que o criador, Takeru Hokazono se consolidou como o verdadeiro rosto de Kagurabachi. Ele não é apenas autor e artista: tornou-se também um porta-voz da obra, uma espécie de “showman” capaz de representar a série em eventos internacionais e divulgar sua força para o mundo. 

A Chegada Física de Kagurabachi ao Redor do Mundo

Se o primeiro ano foi marcado pela presença digital através da Manga Plus, o segundo ano destacou-se pela expansão física dos volumes de Kagurabachi em diversos países. Esse movimento foi fundamental para consolidar a série como um verdadeiro fenômeno internacional, pois deu aos fãs a possibilidade de ter o mangá em mãos, colecionar edições locais e fortalecer ainda mais a comunidade global.

Atualmente, Kagurabachi já chegou a inúmeros países: Brasil , México, Argentina, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Indonésia, Polônia, Alemanha, Hong Kong, Taiwan e Coreia do Sul com destaques para as publicações na:

  • Itália (Star Comics) e França (Editions Kana) – países que receberam divulgação intensa, tornando-se polos de popularidade na Europa.

Essa expansão não só aumentou as vendas globais, mas também ampliou a presença cultural da série, permitindo que diferentes mercados criassem suas próprias campanhas, eventos e materiais promocionais.

França: O fenômeno Kagurabachi 

Na França, Kagurabachi foi anunciado pela primeira vez durante o Japan Expo Paris 2024, em um evento que contou com a participação virtual do próprio autor, Takeru Hokazono, e a presença física Yuta Momiyama  (Editor-Chefe da MANGA Plus na época) e Takuro Imamura (Editor do mangá). 

Após o lançamento digital simultâneo via MANGA Plus, a editora Editions Kana iniciou a distribuição física do mangá na França. Para promover essa chegada, uma exposição foi montada na Gare du Nord, uma das estações ferroviárias mais movimentadas de Paris. Na entrada da estação, um banner gigante do protagonista Chihiro dava boas-vindas aos visitantes. No interior, a exposição apresentava detalhes sobre a história, personagens e o mundo de Kagurabachi, atraindo a atenção de muitos transeuntes. 

Além disso, a Kana investiu em campanhas promocionais nas redes sociais e criou kits de divulgação para a imprensa, contendo diversos materiais exclusivos. Um evento especial de lançamento foi realizado em um local temático, onde réplicas das espadas Enten e Tobimune estavam em exibição, e o ambiente foi decorado para refletir o universo de Kagurabachi. Durante o evento, também foram apresentadas edições especiais dos volumes 1, 2 e 3, com capas variantes, aumentando ainda mais o entusiasmo dos fãs.

Essas ações consolidaram Kagurabachi como um dos mangás mais discutidos na França, destacando-se como um exemplo de sucesso na adaptação e promoção internacional de obras japonesas.

Itália: O Lançamento Físico de Kagurabachi e sua Recepção

Na Itália, Kagurabachi foi lançado pela Star Comics em março de 2025, trazendo uma edição especial para os fãs italianos. O primeiro volume foi disponibilizado em uma Ultra-Limited Edition, limitada a apenas 2.000 cópias, com uma capa holográfica e páginas coloridas. Essa edição exclusiva foi vendida exclusivamente através do site oficial da editora, gerando grande expectativa entre os colecionadores.

Além da edição limitada, a Star Comics também lançou uma Variant Cover Edition do volume 1, apresentada em uma caixa colecionável acompanhada de itens exclusivos, como uma carta ilustrada, um conjunto de adesivos e quatro marcadores de página. Esses itens adicionais foram muito apreciados pelos fãs, embora alguns tenham expressado que o conteúdo poderia ser mais substancial.

A série continuou com o lançamento dos volumes 2 e 3, também em edições com capas variantes, mantendo o padrão de qualidade e exclusividade. Essas edições especiais contribuíram para o fortalecimento da base de fãs de Kagurabachi na Itália, tornando-a uma das séries de mangá mais populares no país.

A Star Comics também investiu em campanhas promocionais inovadoras para divulgar o lançamento de Kagurabachi. Um dos destaques foi a decoração de um vagão inteiro da linha M5 do metrô de Milão com ilustrações da série, proporcionando aos passageiros uma imersão visual no universo do mangá. Essa ação gerou grande repercussão nas redes sociais e entre os fãs.

Além disso, a editora colaborou com um ferreiro italiano renomado para forjar uma réplica real da espada Enten, uma das lâminas encantadas da série. O processo de forja foi documentado e compartilhado com o público, destacando o cuidado e a dedicação envolvidos na criação do item.

Essas iniciativas demonstram o compromisso da Star Comics em oferecer uma experiência única aos fãs italianos de Kagurabachi, consolidando o mangá como um dos mais notáveis lançamentos de 2025 no país.

Estados Unidos, Canadá e Inglaterra: A Consolidação Internacional de Kagurabachi

O volume 1 de Kagurabachi foi lançado em fevereiro de 2024 pela Viz Media, abrangendo os mercados dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Esse lançamento foi altamente antecipado, pois Kagurabachi se tornou a segunda série de mangá anunciada em inglês pela Viz Media em tempo recorde, logo após o lançamento no Japão. A primeira havia sido Samurai 8 de Masashi Kishimoto, que acabou sendo cancelada.

Diferentemente de Samurai 8, Kagurabachi manteve o sucesso de forma contínua, mesmo quando ainda contava com apenas dois ou três volumes lançados no Japão. A série já tinha o lançamento agendado nos Estados Unidos, demonstrando a confiança da Viz Media no seu potencial internacional.

O impacto foi imediato: o volume 1 alcançou o primeiro lugar na lista de mangás e também no top 20 de graphic novels com temática adulta, de acordo com o ranking da Circana Books na semana de seu lançamento.

 

O sucesso se manteve com os volumes seguintes:

  • Volume 2 – segundo lugar na semana de lançamento (top 20 de graphic novels adultos)
  • Volume 3 – quinto lugar na mesma lista
  • Volume 4 – sétimo lugar

Nos rankings de mangás, a série também ficou consistentemente próxima do topo, quase liderando todas as listas, consolidando sua popularidade.

O fato de Kagurabachi ter sido lançado pela Viz Media, responsável por clássicos como Bleach e Naruto, reforça o peso internacional da série e comprova a força de seu sucesso fora do Japão.

Expansão Física de Kagurabachi em Outros Países

Além dos grandes lançamentos na França, Itália e Estados Unidos, outros países se destacaram pelo cuidado e capricho com os volumes de Kagurabachi:

Brasil

Apesar de um lançamento mais tímido, o volume 1 brasileiro, publicado pela Panini, mostrou grande atenção aos detalhes. A edição possui uma capa icônica, tamanho adequado, tradução de qualidade e localização cuidadosa. Os brindes, como marcador de página e adesivo, também foram muito bem recebidos. O volume 1 foi lançado na Bienal do Livro 2025 no Rio de Janeiro. O volume 2 está previsto para chegar aos fãs até o final do mês.

Tailândia

A Tailândia, por sua proximidade com o Japão, já alcançou o volume 8. Os lançamentos iniciais contaram com várias promoções e brindes, embora em menor escala comparado à Itália e França. A série tem conquistado público rapidamente devido à qualidade das edições e ao marketing local.

Coreia do Sul

A Coreia do Sul apresenta uma abordagem bastante única. Cada rede de livrarias participante recebe bônus exclusivos por volume, incentivando colecionadores a adquirir múltiplas versões. O volume 4 coreano se destacou especialmente: lançado como box especial para Kuregumo, com diversos extras de Soujou, Chihiro e a personagem Mei, tornando-se uma edição de colecionador altamente desejada. Fãs frequentemente compram entre cinco e seis versões de cada volume vigente para garantir todos os itens bônus disponíveis.

Esses casos exemplificam como a expansão física de Kagurabachi, através das editoras ao redor do mundo, tem sido tratada com muito cuidado e atenção aos detalhes. Além desses países, há outros mercados em expansão, como a Espanha, que promete surpresas inéditas no próximo Salão de Barcelona, indicando que a série continuará a crescer internacionalmente.

Expansão Gigantesca da Linha de Produtos de Kagurabachi

No segundo ano de Kagurabachi, a série não apenas se consolidou com sua presença física ao redor do mundo, mas também viu uma explosão na linha de produtos licenciados, muito além do que já havia sido lançado pela própria Shueisha e pela Jump Shop. Enquanto em 2023 e 2024 era relativamente fácil conhecer todos os produtos de Kagurabachi, em 2025 a situação mudou: as coleções se tornaram tão extensas que se tornou praticamente impossível ter todos os itens.

Novos Produtos e Pop-Up Stores

Em julho de 2025, a Crux Anime lançou uma linha completa de produtos de Kagurabachi, com uma linha visual desenvolvida exclusivamente para os itens. Foram criadas imagens coloridas de Ryuki, Shiba, Hakuri e Shihiro, que não existiam anteriormente, além de produtos de outros personagens. Entre os itens disponíveis:

  • Mini stands acrílicos e stands maiores dos personagens
  • Cards colecionáveis
  • Camisetas
  • Banners de parede

Todos os produtos foram exibidos em uma pop-up store dentro do MUD, um dos shoppings mais importantes do Japão, onde os fãs também podiam deixar mensagens gravadas no local. Parte dos produtos ainda está disponível, mas muitos já se tornaram itens de colecionador.

 Eventos Promocionais e Pôsteres

Em paralelo ao lançamento do volume 7, houve um grande evento promocional: cada um dos 56 capítulos até aquele momento ganhou um pôster colorido com design exclusivo, espalhado pelas ruas do Japão. 

Para o volume 8, ainda dentro do mesmo shopping da pop-up store, um banner gigante foi instalado, acompanhado de promotores vestidos de terno e gravata distribuindo panfletos de “procura-se” para Chihiro e Iori. O vídeo promocional do volume 8 também seguiu a mesma linha, com pessoas reais participando.

Kagurabachi Fair e Novos Produtos

No dia 12 de setembro, iniciou-se o Kagurabachi Fair na Jump Shop, apresentando 26 novos produtos, incluindo:

  • Acrílicos de personagens e dioramas (três cenas selecionadas: elevador; Ryuki e Chihiro contra Kyora; Iori despertando e lutando ao lado de Shihiro)
  • Linha de cards “Profile”
  • Toalhas e banners de parede (incluindo cena da destruição do Hakuza Ishi)
  • Pôsteres gigantes (Shihiro)
  • Camisetas de manga curta e longa (Shihiro) e uma do Kyora com a borboleta da Magatsumi

🎮 Colaborações e Produtos de Colecionador

Além da linha de produtos da Jump Shop, outros lançamentos incluem:

  • TCG Bandai – Union Arena: cards de Kagurabachi a serem lançados em dezembro
  • Nendoroid do Chihiro previsto para outubro (antes do anime)
  • Figuras da Bandai para 2026 
  • Novas figuras da Jump Shop: Chihiro e Hakuri
  • Ursinhos de Chihiro (segundo lançamento já anunciado)

Essa extensão de produtos demonstra como Kagurabachi conseguiu expandir seu mercado de maneira massiva mesmo antes de possuir um anime, algo que poucas séries conseguem.

Hokazono como a face de Kagurabachi

Pode parecer óbvio dizer que o autor de Kagurabachi, Hokazono, é a face do mangá, mas há algo além disso. Desde o início, vimos o Momiyama convocando o Hokazono para divulgar Kagurabachi, ao mesmo tempo em que promovia a Manga Plus, como na Anime Festival Asia e no Japan Expo Paris.

A popularidade de Hokazono como autor, considerando seus trabalhos anteriores e on-shots, se tornou significativa. Ele não é visto apenas como o criador de Kagurabachi, mas também como uma figura isoladamente admirada, o que engrandece ainda mais a obra. Diferente de nomes consagrados, cujo reconhecimento está sempre ligado às suas séries, Hokazono consegue ser reconhecido e admirado como indivíduo, impactando diretamente a percepção de Kagurabachi.

 Presença Internacional – Anime New York City 2025

Em 28 de agosto, Hokazono foi convidado pela NIMI New York City para participar presencialmente do evento. Até então, ele nunca havia participado de um evento dentro do Japão. Este momento se tornou uma oportunidade de mostrar ao autor o quanto ele é admirado fora do Japão, já que geralmente ele trabalha isolado em seu estúdio.

Antes do evento, foi criado o projeto Hokazono Sensei Birthday 2025 Project: artistas fãs da série escolheram comentários feitos por Hokazono na Weekly Shonen Jump e ilustraram cada um deles. Inicialmente, a entrega seria apenas digital (em pendrive), mas a organizadora Deb Aoki, em parceria com a Shueisha, conseguiu autorização para entregar um artbook físico, o Absolute Hokazono, ao autor durante o evento.

Durante o painel, o artbook foi entregue a Hokazono, que o aprovou, mostrando algumas páginas para os presentes. Ele pôde sentir o quanto era admirado, tanto por Kagurabachi quanto individualmente. Ao final, Hokazono foi até os fãs para tirar fotos, algo raro para autores japoneses, mostrando proximidade e reconhecimento pelo carinho internacional.

 Sessão de Autógrafos e Exposição

Além do painel, Hokazono participou de uma sessão de autógrafos na Kinokuniya de Nova York para membros da loja e teve presença na Japan Society, onde iniciou-se uma exposição de Kagurabachi, ainda em curso. Esses eventos demonstram a força internacional da série e do autor. A cobertura completa pode ser encontrada no site: kagurabachi.com.br/rocazono/nipson, incluindo o lançamento online do artbook em 6 de setembro.

Você pode conferir tudo sobre a vinda do Hokazono-sensei à Nova Iorque nesse site: Kaugrabachi.com.br

Hokazono e a Cultura de Quadrinhos

Hokazono também é um grande fã de super-heróis e quadrinhos ocidentais, incluindo Batman, Marvel e Superman. Essa paixão resultou em colaborações, como a capa variante do Batman 2025 nº1, lançada pela Shopfun Expo, inspirada na capa do volume 1 de Kagurabachi, em homenagem ao autor. Isso mostra como a figura de Hokazono fora de Kagurabachi impacta positivamente na popularidade da série, criando sinergia entre o autor e sua obra, e fortalecendo a marca internacionalmente.

Inclusive, Kagurabachi foi indicado ao Eisner Awards, frequentemente chamado de “Oscar do mundo dos quadrinhos”, na categoria “Melhor Edição Americana de Material Internacional – Ásia”.

Para fechar este tópico sobre o segundo ano da série, é importante mencionar um detalhe recente: em 9 de setembro, durante uma verificação de domínios relacionados a Kagurabachi, foi descoberto que o endereço kagurabachi.jp havia sido registrado no dia 5 de setembro.

Se esse domínio será usado oficialmente para o site do anime, ainda não se sabe. No entanto, é comum que séries de grande sucesso utilizem o .jp como endereço de seus sites de anime, como é o caso de Jujutsu Kaisen, Black Clover, Haikyuu e Killblue. Isso sugere que um anúncio oficial do anime de Kagurabachi pode estar próximo.

Até o momento, o que se sabe sobre o anime é limitado, mas o registro do domínio indica que a produção ou anúncio oficial pode estar em andamento. Portanto, o futuro de Kagurabachi aponta para a expansão da série para novas mídias, continuando o sucesso que já se consolidou no Japão e internacionalmente.

Mas peraí… Kagurabachi em anime?

Em 2024, surgiram rumores altamente confiáveis de que o mangá da Shueisha poderia receber uma adaptação em anime, produzida pela Cygames Pictures, um estúdio da CyberAgent, em parceria com a Shochiku. A informação foi divulgada pela respeitada publicação japonesa Toyo Keizai.

Na época, Kagurabachi já era um fenômeno: lançado em setembro de 2023 na Weekly Shonen Jump, o mangá havia ultrapassado 1,3 milhão de cópias vendidas e conquistado o primeiro lugar no Tsugimanga Awards 2024. Além disso, seus fãs internacionais, conhecidos como “bachibros”, compartilhavam a obra pelo mundo, destacando o enorme potencial global da história (sim, os bachibros são mencionados no artigo).

O rumor afirmava que a Shueisha havia organizado uma disputa entre grandes estúdios e emissoras tradicionais da Jump para produzir o anime. Surpreendentemente, a dupla CyberAgent e Shochiku foi escolhida. Embora ainda não tivessem um histórico forte de grandes sucessos no mercado de anime, suas propostas se destacaram pela criatividade no material apresentado, pelas estratégias de expansão internacional e pela ideia de diversificar os estúdios responsáveis pela produção.

A Shochiku é uma das empresas de entretenimento mais tradicionais do Japão, fundada em 1895, com raízes no teatro kabuki e pioneirismo na produção cinematográfica, incluindo o primeiro filme colorido japonês, Carmen Comes Home (1951). Hoje, a empresa produz e distribui filmes e animes, além de possuir suas próprias salas de cinema, o que permite lançar conteúdos diretamente nas telonas, solidificando seu papel histórico e contínuo na indústria de entretenimento japonesa.

A parceria tinha forças complementares:

  • CyberAgent: forte em plataformas digitais e streaming, com a ABEMA, além de experiência em campanhas publicitárias e eventos voltados para o público internacional.
  • Shochiku: expertise em distribuição física e a posse de mais de 20 cinemas, oferecendo infraestrutura que poderia apoiar lançamentos teatrais.

As duas empresas já haviam colaborado em Project SEKAI the Movie: Kowareta SEKAI to Utaenai MIKU (2025), com a CyberAgent como produtora principal e a Shochiku cuidando da distribuição, mostrando que a sinergia entre elas já existia.

Segundo o rumor, o estúdio Cygames Pictures, responsável por animar Kagurabachi, já havia trabalhado em títulos como Umamusume: Pretty Derby, Apocalypse Hotel e The Summer Hikaru Died. Este último recebeu elogios particulares pela qualidade cinematográfica da adaptação, mostrando que o estúdio consegue unir fidelidade à obra original com uma abordagem visual impressionante, agora em 2025.

Na época, especialistas comentaram que essa parceria poderia se tornar uma “terceira força” no mercado de anime japonês, tradicionalmente dominado por gigantes como Sony/KADOKAWA e Toho. Mesmo como rumor, a notícia reforçava que Kagurabachi tinha potencial para se tornar um marco na expansão internacional das IPs japonesas, combinando criatividade, alcance global e produção inovadora.

Ainda que fosse apenas um rumor, a publicação pela Toyo Keizai trouxe credibilidade, já que a revista é uma das mais antigas e respeitadas do Japão, conhecida por suas reportagens confiáveis sobre negócios, economia e a indústria do entretenimento.

Na apresentação de resultados financeiros do Q3 de 2025, a CyberAgent listou quatro animes como “Confidenciais”, programados entre 2025 e 2026.

A expansão internacional da CyberAgent e da Cygames Pictures já havia começado. As empresas participaram de grandes eventos de mangá e anime ao redor do mundo em 2025, confirmando o que havia sido relatado pela Toyo Keizai.

O futuro

Muita coisa está acontecendo com Kagurabachi antes que ele receba um anime, como vocês podem ver. Até o lançamento do Volume 7, já eram mais de 2 milhões e 200 mil exemplares dos volumes em circulação. Um sucesso absoluto em todos os locais do mundo em que está sendo lançado. Ainda que tudo o que foi dito aqui vá se expandir mais e mais, o próximo grande passo da série, com certeza é: o anime.

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