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Como a JUMP sobreviveu ao fim de Naruto e Bleach!

Leonardo Nicolin 25/08/2025

O período de 2014 a 2016 tinha tudo para ser um dos mais conturbados da história da revista, com a conclusão de mangás como Beelzebub, Kuroko no Basket, Naruto, KochiKame, Bleach, Toriko, Nisekoi e Ansatsu Kyoshitsu. Contudo, a brilhante gestão do Editor-Chefe Yoshihisa Heishi fez com que esse verdadeiro “tsunami” fosse apenas uma “marolinha”, permitindo que a Weekly Shonen Jump permanecesse como a revista mais dominante do mercado.

Aliás, não apenas a mais dominante, mas também a que conseguiu, no mesmo período, ampliar ainda mais a diferença de vendas em relação às suas concorrentes, as tradicionais Shonen Magazine e Shonen Sunday, isolando-se de forma definitiva na liderança do mercado de mangás.

Para alcançar tal resultado extraordinário, foram adotadas quatro estratégias principais, que iremos expor neste artigo!


Modernização

Um dos passos essenciais para a sobrevivência de qualquer empresa é saber se modernizar, adaptando-se às novas tecnologias e também às mudanças sociais. Yoshihisa Heishi, Editor-Chefe da Weekly Shonen Jump durante 2011 e 2017, parecia compreender perfeitamente essa necessidade de renovação. Sob sua gestão, vimos a criação da Jump LIVE, que, em 2014, se transformaria na Shonen Jump Plus.

A criação de uma plataforma digital, na qual era possível tanto adquirir a edição online da revista quanto ler mangás exclusivos, trouxe a Weekly Shonen Jump para o século XXI e permitiu à revista aproveitar plenamente os benefícios tanto do formato físico quanto do digital. De acordo com o Editor-Chefe sucessivo ao Heishi, o sucesso da versão digital da revista, que era vendida dentro do aplicativo da Shonen Jump Plus e em vários sites onlines, era tanto que compensava a natural redução de vendas da versão físicas.

Heishi também desempenhou papel crucial na expansão internacional da marca Shonen Jump, investindo fortemente em adaptações em anime, parcerias com novas produtoras e estúdios e, sobretudo, no abandono gradual do modelo de lançamentos semanais contínuos, apostando cada vez mais em animes em formato de “temporadas”. O ponto de virada foi, sem dúvida, Boku no Hero Academia, adaptado pelo estúdio BONES.

O Editor-Chefe e sua equipe, de forma sagaz, souberam perceber a tendência do mercado em buscar maior qualidade de animação através das temporadas, em vez do modelo semanal contínuo. A transição foi gradual: World Trigger (Toei) e Black Clover (Pierrot) ainda seguiram o modelo tradicional, mas, após Black Clover, todas as demais adaptações da revista passaram a ser em temporadas.

Por fim, Heishi teve papel relevante na descentralização das funções do Editor-Chefe. Até então, ele acumulava responsabilidades pela revista Weekly Shonen Jump, pelo aplicativo Shonen Jump+ e pelas expansões em outras mídias (animes, filmes, gadgets), o que sobrecarregava o cargo e tornava processos mais lentos. A partir de 2017, com apoio da Shueisha, essas funções foram divididas entre três equipes, cada qual comandada por um Editor-Chefe distinto, modernizando e descentralizando o departamento.


Novos sucessos

Quando Yoshihisa Heishi assumiu em 2011, encontrou uma Shonen Jump sem novos sucessos havia dois anos. O último fora Medaka Box, em 2009. Alguns títulos, como Magico e Enigma, até começaram bem, mas não conseguiram se firmar, tornando a situação da revista delicada no que dizia respeito a novas séries.

Um dos principais méritos de Heishi foi justamente aprovar novas séries diferenciadas e, assim, descobrir novos sucessos em um período de mercado saturado. Apostando na diversidade de gêneros e temas em seu primeiro ano, aprovou títulos como Ansatsu Kyoshitsu (que já nos primeiros volumes vendeu quase tanto quanto Naruto com anime), Haikyuu!!, Nisekoi e PSI Kusuo Saiki, todos recebidos de imediato com entusiasmo pelo público japonês. Em 2012, já em seu segundo ano de gestão, lançou também Shokugeki no Souma, outro sucesso imediato.

Contudo, nenhum desses era um battle shounen. Essa “maldição” só seria quebrada em 2013, com World Trigger, e definitivamente em 2014, com Boku no Hero Academia, lançado pouco antes do término de Naruto.

Entre 2012 e 2014, a revista reuniu uma safra impressionante: Ansatsu Kyoshitsu (Assassination Classroom), Haikyuu!!, Nisekoi, PSI Kusuo Saiki, Shokugeki no Souma, Isobe Isobee Monogatari, World Trigger, Hinomaru Sumo e Boku no Hero Academia. A Weekly Shonen Jump não só conquistava substitutos para Naruto e Kuroko Basket, ambos encerrados em 2014, mas múltiplos títulos com potencial de vendas equivalentes.

Muitas dessas séries, como Ansatsu Kyoshitsu, já recebiam mais destaque que Naruto nos últimos anos da obra, pois os editores, de forma estratégica, já preparavam o público para a transição antes mesmo do encerramento. Assim, quando Naruto terminou no segundo semestre de 2014, a situação da revista já estava sob controle, apesar de alguns jornais sensacionalistas anunciarem o fato como uma “tragédia”.

Muitos ignoram o impacto da conclusão de Kuroko no Basket, mangá de basquete que vendia quase tanto quanto Naruto na época, poderia ter tido. Sem um bom mangá esportivo para substituí-lo, certamente o público amante de esportes abandonaria a revista. Entretanto, Heishi e sua equipe prepararam antecipadamente a promoção de Haikyuu!! como novo pilar, garantindo que a obra de vôlei recebesse uma adaptação em anime pelo mesmo estúdio de Kuroko no Basket.

O mesmo ocorreu com Bleach. Desde 2012, Heishi já se mostrava seguro em substituí-la, dando-lhe cada vez menos capas, páginas coloridas e boas posições na TOC, enquanto promovia novos sucessos, como Black Clover (2015). Talvez o maior problema de 2016 não fosse apenas o encerramento de Bleach, mas também o de outras quatro séries que vendiam tanto quanto ela na época.


Boruto

Com o fim de Naruto, Masashi Kishimoto e a Shueisha passaram a dialogar sobre uma possível continuação. Normalmente, continuações não são publicadas na Weekly Shonen Jump, mas em revistas do mesmo grupo editorial, como V-Jump, Jump SQ, Young Jump, Ultra Jump ou Grand Jump, cada qual com suas próprias equipes e Editores-Chefes.

Isso ocorre porque a Weekly Shonen Jump tradicionalmente prioriza novas obras, tirando raras exceções como Captain Tsubasa: World Youth ou as continuações de JoJo. Contudo, em 2016, de forma atípica, a revista decidiu lançar Boruto, que permaneceu por três anos como publicação mensal — algo igualmente raro na revista.

O provável motivo foi mitigar o impacto do encerramento de várias séries populares em 2016: Nisekoi, Ansatsu Kyoshitsu, Bleach, o clássico KochiKame (que durou 40 anos na revista) e Toriko. Boruto atraiu crianças que ainda acompanhavam o anime de Naruto e trouxe de volta leitores mais velhos, que acabaram entrando em contato com os novos títulos da revista.

Dessa forma, Boruto serviu como ponte para apresentar obras como Black Clover, Kimetsu no Yaiba e Yakusoku no Neverland. Ainda que não tenha alcançado a popularidade de seu predecessor, a estratégia foi acertada: suavizou o impacto das conclusões de 2016 e ofereceu espaço para que novos sucessos fossem descobertos. Mais uma decisão correta de Yoshihisa Heishi.


One Piece

E não podemos deixar de lado One Piece, que, mesmo com o encerramento de Naruto e Bleach, seguiu firme e forte, atraindo novos leitores jovens com seu anime e mantendo os mais velhos pela qualidade constante da obra.

Como revista shonen, dedicada ao público jovem masculino, a Weekly Shonen Jump sempre busca renovar seu catálogo, permitindo a necessária mudança geracional. Se permanecesse presa a títulos antigos, correria o risco de envelhecer junto com seus leitores, se tornando assim uma revista seinen. Entretanto, a melhor estratégia nunca foi simplesmente abandonar os clássicos, mas mesclar tradição e novidade.

One Piece tornou-se um pilar fundamental: crianças no Japão crescem acompanhando a obra, compram a revista por ela e, em seguida, acabam conhecendo os outros títulos da line-up. Já os leitores mais antigos, que continuam adquirindo a revista, também passam a ter contato com os novos lançamentos.

Assim, One Piece sustentou a revista durante os encerramentos de Naruto e Bleach, permitindo que os novos títulos lançados entre 2014 e 2016 tivessem tempo de se estabilizar nesse mercado altamente competitivo. Sem One Piece, a revista provavelmente teria enfrentado uma crise de grandes proporções, então, é inegável que a obra teve um papel essencial nessa fase.

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