
Kill Ao vai terminar e ganhar anime ao mesmo tempo? Evento histórico para os fãs de Kagurabachi vindo aí? Entenda isso e muito mais nessa TOC da Weekly Shonen Jump!
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Como capa tivemos Madan no Ichi, que, em seu primeiro ano de vida, recebeu: cinco vezes capa, treze vezes página colorida ou página colorida de abertura e doze vezes na primeira colocação da TOC. Deste modo, é inegável que Madan no Ichi teve um início espetacular dentro da revista, sendo continuamente promovido pelos editores e, muito provavelmente, também muito bem votado pelos leitores da Weekly Shonen Jump.
O que podemos esperar do segundo ano? Acredito que a divulgação continuará bastante intensa, mas não veremos, neste período, o anúncio do anime — talvez seja fechado um acordo com algum estúdio, mas geralmente decorrem de seis meses a dois anos entre a decisão de quem irá adaptar e o anúncio oficial — e tampouco veremos um aumento significativo nas vendas. A realidade é que, mesmo mantendo uma divulgação vigorosa, Madan no Ichi deve permanecer no mesmo ritmo atual, dividindo eventualmente a atenção com um possível novo sucesso (caso surja).
Em primeiro lugar na TOC tivemos Witch Watch, que segue bastante estável, com seu anime em lançamento. Com a conclusão de Kill Ao e a provável conclusão de Ao no Hako, Nige Jouzu no Wakagimi e Sakamoto Days nos próximos meses, você talvez se pergunte: “Quando vai terminar Witch Watch?”. Levando em conta que o autor, devido à idade, já encontra dificuldades em acompanhar o ritmo semanal, não vejo Witch Watch ultrapassando o ano de 2027. Por isso, na minha visão, a série tem no máximo mais dois anos de vida.
Em segundo lugar tivemos Kagurabachi, cujo autor estará presente no Anime NYC neste sábado, o que possivelmente trará novas informações sobre a série e sua produção. Esse evento será muito importante para a série, pois será o primeiro encontro entre o público ocidental e o autor do mangá, um momento histórico que iremos cobrir (através de matérias) aqui no Analyse It. Muitos esperavam uma capa de aniversário, mas ela deve vir somente após a nova leva, que provavelmente estreará na edição #41 (no lugar de Kill Ao, Tomoshibi no Otr e Nice Prison). Independentemente de quando receberá a capa, é certo que Kagurabachi terá uma para comemorar seu segundo aniversário.
Em terceiro lugar tivemos Akane Banashi, no qual já podemos especular sobre quando estreará o anime. Eu acredito que será em abril de 2026; se fosse mais tarde, provavelmente o anúncio teria ocorrido diretamente na Jump Festa. Abril é uma excelente janela de lançamento para animes que buscam grande audiência, já que, junto com a temporada de outubro, é a mais assistida. Contudo, é sempre importante lembrar que é também uma das temporadas mais concorridas, sendo necessária, portanto, uma intensa divulgação para justificar o lançamento nesse período.
Até agora, sendo o único anime anunciado para 2026, acredito que Akane Banashi receberá grande atenção da Weekly Shonen Jump, contando assim com uma forte campanha de promoção e divulgação.
Em quarto lugar tivemos Ao no Hako, que continua fechando as pontas de sua história, indicando que realmente deve encerrar em 2026.
Em quinto lugar tivemos uma ótima colocação de Kaedegami; porém, sem página colorida para a próxima edição, não é possível garantir apoio editorial mais robusto até que receba esse destaque. É igualmente importante observar a posição em que uma série recebe página colorida: por exemplo, Harukaze Mound obteve uma página colorida, mas não tão bem classificada. Isso indica que os editores veem potencial, mas a recepção ainda não é espetacular a ponto de ser considerada um grande sucesso.
Harukaze Mound, Kaedegami e Ping Pong ainda têm chances de se consolidar. Enquanto os dois primeiros contam com bom público, mas sofrem com críticas mistas em determinados capítulos, Ping Pong vem recebendo muitos elogios, mas encontra maior dificuldade em atrair leitores, algo semelhante ao ocorrido com Green Green Greens. Assim, enquanto a sobrevivência dos dois primeiros depende de melhora qualitativa, a de Ping Pong depende mais do boca a boca entre os leitores.
Em sexto lugar tivemos Kill Ao, que terá um anúncio importante e seu clímax revelado na próxima semana. Tudo indica que a série deve encerrar junto com o anúncio do anime, o que considero uma grande vitória para um mangá que tantas vezes esteve à beira do cancelamento. Sua narrativa fechou todas as pontas necessárias, não transmitindo a sensação de ser uma série “cancelada” ou incompleta. Um eventual anime (caso tenha 24 episódios) poderá cobrir todo o mangá.
Se realmente Kill Ao estiver prestes a acabar e ganhar um anime, ainda assim eu consideraria essa serialização um segundo sucesso para o autor, que também lançou Kuroko no Basket. O mangá sobreviveu por mais de dois anos na maior revista de mangás do mundo e, além disso, garantiu uma adaptação em anime que poderá, potencialmente, abarcar toda a obra de uma vez só. Sucesso comercial não significa apenas vender um milhão de cópias; isso é um patamar colossal. Kill Ao é, sem sombra de dúvidas, um sucesso.
Em sétimo lugar tivemos Ekiden Bros, que inicialmente obteve uma boa colocação na TOC, mas tenho plena certeza de que irá despencar em no máximo duas edições, assim que a nova leva for anunciada. É também por isso que a boa colocação de Kaedegami não me transmite segurança quanto ao seu futuro, já que os editores ainda aguardam o momento certo para classificar devidamente as quatro novas séries — por ora, estão em posições “falsas”.
Em oitavo lugar tivemos Nue no Onmyouji, que, apesar de ter estreado junto com Kill Ao, ainda não terá seu anime anunciado — talvez na Jump Festa, mas é mais provável apenas após o terceiro aniversário. Sou um crítico ferrenho dessa estratégia de aguardar três anos ou a reta final para anunciar (não lançar, ANUNCIAR) um anime, pois isso encarece a compra dos volumes acumulados e reduz sua acessibilidade. Na minha opinião, Nue no Onmyouji e Kagurabachi deveriam ser anunciados já na Jump Festa e lançados em julho e outubro de 2026, respectivamente. Certamente ambos já têm estúdios escolhidos.
Em nono lugar tivemos Exorcist no Kiyoshi-Kun e, logo em seguida, em décimo lugar, Himaten, ambos com boa recepção, mas sem nada realmente espetacular. A sobrevivência de Kiyoshi-Kun a longo prazo (acima de dois anos) depende, a meu ver, da Weekly Shonen Jump continuar encerrando veteranos e não encontrar uma enxurrada de novos sucessos, o que, atualmente, parece bastante provável.
Em décimo primeiro lugar tivemos Boku to Roboco, que segue estável na revista, sem risco de cancelamento.
Em décimo segundo lugar tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, que não deve terminar já na próxima leva, mas permanece em risco de encerrar a qualquer momento nos próximos seis meses. O autor já vem encaminhando a série para sua conclusão, e eu acredito que restem entre 10 e 25 capítulos. Como já comentei em semanas anteriores, talvez esta seja a última série de Yusei Matsui (também autor de Neuro e Ansatsu Kyoushitsu) na Weekly Shonen Jump, já que, com sua idade, torna-se cada vez mais difícil manter o ritmo semanal.
Nas duas últimas colocações tivemos Otr e Nice Prison, que devem ser cancelados em setembro.