
Em uma semana na qual Madan no Ichi ganha mais uma capa, os editores chocam os leitores da Weekly Shonen Jump com um anúncio revoltante. Venha ver:
Weekly Shounen Jump #27 (02/06/2025):
Madan no Ichi c36 (Capa e Página Colorida de Abertura)
01 – Nue no Onmyouji c100
02 – ONE PIECE c1150
03 – Nige Jouzu no Wakagimi c205
Shinobigoto c35 (Página Colorida)
04 – WITCH WATCH c204
05 – SAKAMOTO DAYS c215
Naraka (Página Colorida, 47 páginas, one-shot de Sako Kento)
Tomoshibi no Otr c04
06 – Akane Banashi c160
07 – Kagurabachi c81
NICE PRISON c06
Himaten! c44 (Página Colorida)
08 – Kill Ao c103
09 – Exorcist no Kiyoshi-kun c46
10 – Boku to Roboco c235
11 – Syd Craft no Saishuu Suiri c26
12 – Choujun! Choujou-senpai c64
13 – B no Seisen c16
14 – Embers c17
Ausentes: HUNTER×HUNTER c411 (Hiato), Ao no Hako c198
WSJ #28 (09/06/2025):
Capa e Página Colorida de Abertura: Exorcist no Kiyoshi-kun c47 (1º aniversário)
Em primeiro lugar, tivemos Nue no Onmyouji, que ganhou essa posição justamente na sua comemoração de 100 capítulos: é algo bastante simbólico, que pode ter sido proposital ou não. De qualquer modo, após ganhar a votação de “Anime mais esperado”, os editores começaram a divulgar bem mais Nue, mostrando assim que talvez haja mais esperanças de que a obra tenha uma boa adaptação. É também possível que esse arco atual esteja sendo melhor recebido que os anteriores, justificando ainda mais as boas colocações.
Contudo, mesmo assim, os editores decidiram não dar ainda uma capa de aniversário para a série, o que é, para mim, muito estranho, pois, levando em consideração outras séries da revista, Nue no Onmyouji tem popularidade suficiente para ganhar capa. O mangá é atualmente o nono que melhor vende na revista (excluindo Hunter x Hunter, que é lançado uma vez a cada dois mil anos).
Em segundo lugar, tivemos One Piece, que divulgou no Netflix TUDUM o design de Chopper e confirmou o lançamento da sua segunda temporada para 2026, mais de dois anos após o lançamento da primeira temporada. Eu acredito que esse modelo de temporadas a cada meteoro que cai na Terra é horrível. Stranger Things demorou quase uma década inteira para lançar cinco temporadas — nesse ritmo, One Piece só terminaria Skypiea daqui a seis ou sete anos, já que a segunda temporada vai até Drum Island.
O que me deixa esperançoso de que a Netflix esteja aberta para mudar esse sistema de produção é o rumor de que vão começar a gravar a terceira temporada já no próximo semestre, antes do lançamento da segunda temporada. Algumas séries conseguem se manter em um ritmo de uma temporada a cada dois ou três anos, principalmente séries com três ou quatro temporadas de alto custo, mas séries que precisam de múltiplas temporadas precisam retornar ao modelo antigo de uma temporada por ano, como era Lost, Game of Thrones, Breaking Bad, e muitas outras séries que também tinham alta qualidade.
Deixo abaixo para vocês o trailer revelação do design de Tony Tony Chopper:
Em terceiro lugar, tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, que continua estável na revista, aguardando a estreia da segunda temporada do seu anime.
Em quarto lugar, tivemos Witch Watch, que está com sua temporada em exibição, o que não mudou muito a realidade da série, mesmo provavelmente ajudando um pouquinho na visibilidade e nas vendas. Contudo, sejamos sinceros, não é que tínhamos esperanças de que Witch Watch se tornasse um grande sucesso em vendas — vender acima de 50 ou 60 mil cópias já era considerado uma vitória. Por isso, sem grandes surpresas nesse quesito. Witch Watch é uma série de meio de tabela, e o objetivo com seu anime era fortalecer sua posição nesse patamar.
Em quinto lugar, tivemos Sakamoto Days, que continua também estável na revista, como o quarto mangá que melhor vende (excluindo Hunter x Hunter). Não parece que Madan no Ichi, por enquanto, tenha fôlego no mercado para superar Sakamoto Days em vendas físicas — talvez em popularidade total, somando leitores da revista, digital e físico —, mas no quesito vendas físicas, ainda não demonstra esse fôlego.
Em sexto lugar, tivemos Akane Banashi, e já estamos em junho de 2025 e ainda não houve o anúncio do seu anime: os fãs? Já estão desesperados, enviando cartas suplicando por piedade por parte de Yu Saito. Mas a realidade é que a culpa disso é principalmente do setor de Expansões e Adaptações de Obras da Shonen Jump, que está atrasado com várias IPs do departamento. Akane Banashi, assim, é mais uma vítima dessa desorganização que começou após a pandemia e que ainda não foi bem resolvida. Enquanto as rivais, principalmente a Shonen Magazine, já conseguiram organizar sua casa, voltando a anunciar seus animes no aniversário de dois anos.
Em sétimo lugar, tivemos Kagurabachi, que continua sendo o mangá sem anime mais promissor da Weekly Shonen Jump, sem sombra de dúvidas. O anúncio do anime? Bem provável em setembro ou dezembro deste ano, dependendo se escolhem o aniversário de dois anos (setembro) ou a Jump Festa (dezembro).
Em oitavo lugar, tivemos Kill Ao, que vai sobrevivendo na revista, já que sempre tem algum mangá acabando ou sendo cancelado. Entre os que estão terminando atualmente, temos justamente Ao no Hako, que parece estar fechando suas pontas e poderia terminar inclusive em 2026 — para a tristeza dos leitores da Weekly Shonen Jump, que já estão desesperados, e para a alegria do autor de Kill Ao, que está conseguindo manter seu emprego.
Se o Brasil parou para comentar a terrível e triste separação de Virginia e Zé Felipe — vocês acreditam que até aqui na Itália pessoas me pararam para perguntar sobre esse horrível acontecimento —, os leitores da Weekly Shonen Jump pararam por outro motivo. Exorcist no Kiyoshi-Kun, mesmo vendendo 11 mil cópias, conseguiu ganhar uma capa. Chegamos já à situação em que séries que vendem abaixo de 12 mil cópias estão ganhando capa de aniversário, algo inimaginável no passado, mas que era inevitável que acontecesse.
Mas o que leva Saito a dar capa para Exorcist no Kiyoshi-Kun, mesmo suas vendas não aumentando? É para agradar o ex-assistente do Oda? É loucura? Bem, não sabemos a resposta atualmente. Devemos levar em consideração que as vendas físicas estão cada vez mais irrelevantes para entendermos a real popularidade de uma série. Por isso, é possível que Kiyoshi-Kun vá muito bem nas votações, mas não tão bem assim nas vendas físicas. Contudo, eu esperaria ao menos um bom rendimento no digital, o que parece não estar acontecendo, pois os editores não anunciaram suas cópias em circulação (se o número fosse realmente alto, teriam anunciado).
Então a divulgação de Kiyoshi-Kun é realmente um mistério. Atualmente, eu acredito realmente que a série tenha números interessantes na votação (mas longe de ser um sucesso), por isso os editores acabam empurrando mais a série do que obras como Himaten e Shinobigoto, que estão vendendo bem. É uma esperança para que Kiyoshi-Kun se torne um grande sucesso, o que atualmente está longe de acontecer.
Em décimo lugar, tivemos Boku to Roboco, que continua estável na revista.
As últimas colocações ficaram, respectivamente, com Syd Craft no Saishuu Suiri, Choujun! Choujou-senpai, B no Seisen e Embers c17. Enquanto os dois últimos colocados são cancelamentos certos, os outros dois nem tanto. Choujun! Choujou-Senpai, mesmo tendo posições dignas de cancelamento, ainda recebe alguma divulgação por parte dos editores (e principalmente um crossover com KochiKame), enquanto Syd Craft, mesmo parecendo estar caminhando para o seu encerramento, não tem posições dignas de cancelamento.
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