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Aniversário de Bellatori, segundo capítulo de Love Wars, e mais o que será que nos espera nessa edição da Action Hiken?
TOC Action Hiken #111 (02/2025)
1 – Bellatori #07 – Rodrigo Silva
2 – Love x Lie #02 – Junp
3 – Love Wars #05 – Gringo’s Comics
4 – Two-Sided #56 – Jazi Almeida
5 – Alice #05 – Kottori San
6 – Manual dos Carteiros (Remake) – Hugo Biancarelli
7 – Frenesi ao Mar (One-Shot) – ang’-ité
Abrindo a revista, temos o sétimo capítulo de Bellatori, de Rodrigo Silva, comemorando 1 ano de publicação da série. E também marcando o início do clímax da primeira temporada do mangá. Terminando o capítulo com um ótimo gancho para encaixar a sequência.
Bellatori é resgata aquele famoso estilo de mangá clássico dos anos 80, se tornando um ótimo quadrinho para os fãs do estilo, tendo uma tom mais pesado que os outros mangás da revista, sendo até chamada de seinen. Em uma tese geral, posso afirmar que Bellatori é um ótimo mangá para pessoas mais velhas ou que consumiram mangás mais antigos e querem revisitar esse sentimento. Como também serve como porta de entrada para novos leitores, e querem conhecer mais desse estilo.
Em seguida tivemos Love x Lie, mangá romcom de Junp, que está em seu segundo capítulo. Para quem não conhece, segue a história de Júnior que está namorando Luna, até aí tudo bem, mas o irmão de Luna, Ícaro, está namorando a ex de Júnior, Irina. E a obra vai desenvolvendo partir disso, tudo envolta de amor e mentiras.
Apesar de uma proposta interessante, o que realmente destacou é a quadrinização do mangá, e a arte do autor. Sem medo de usar reações exageradas, focando nos rostos dos personagens, o que torna os momentos realmente engraçados e ofuscantes. Tudo isso ressalta as emoções dos personagens se tornando uma leitura cômica, sem perder a trama com o capítulo, desenvolvendo os dois casais.
No geral o belo conjunto, do traço marcante de Junp, com ótimos momentos de comédia, e uma trama envolvente. Eu indico Love x Lie para qualquer leitor de romcom. E também para leitores de battle shonen, que podem dá uma chance para a essa comédia romântica brasileira. É uma leitura muito boa, e vale de sua atenção.
Em terceiro, tivemos a continuação de Love Wars, de Gringo’s Comics, mangá de fantasia medieval, que explora as relações entre vampiros e humanos. Eu realmente não dava muita atenção para o mangá até esse ponto da revista, não achava o todo tão interessante. Mas meus amigos, esse capítulo fez a espera valer a pena, com grande virada no jogo, Love Wars entregou o seu melhor capítulo nessa altura do campeonato, recomendo sua atenção.
Seguindo o índice, em nosso quarto lugar tivemos Two-Sided, de Jazi Almeida, o maior mangá da revista, com seus 56 capítulos, . A série está se caminhando para seu 9° aniversário ainda viva e com muita coisa pra contar em seu ato final. Gosto muito de como Jazi abraça os elementos de um Battle-Shonen, já tivemos torneio, já tivemos arcos em outros país, quero ver o que nos espera agora. No geral diria que é até uma leitura que beira a obrigação a quem quer acompanhar a Action, impossível de falar de Action sem falar de Two-Sided.
Para fechar o índice tivemos Alice, slice of life, de Kottori San, em 5° lugar com seu 5° capítulo. Alice é uma obra que tem muito meu carinho, é uma leitura curta e rápida, com 16 páginas, e com quadros grandes e bonitos, o que torna uma obra realmente divertida de se ler, e quando menos espera fala “Ué já acabou? Quero bis”. Além de como é de praste, uma bela página colorida, que realmente destaca a leveza do mangá.
Iniciando os dois one-shot tivemos o remake do Manual de Carteiros de Hugo Biancarelli, com um intervalo de 6 a 7 anos entre as versões. Com uma grande diferença entre as artes, e uma atualização nas piadas, o one-shot me tirou belas risadas, gostei muito desse estilo de escrita com tiras mais isoladas formando o todo do capítulo. É um one-shot que indico a leitura, tem uma ótima comédia e é rápido, e realmente divertido.
Finalizando a edição, temos o one-shot do ang’-ité, Frenesi ao Mar, marcando sua terceira presença na revista. O one-shot nos apresenta a um mundo uma raça de anfíbios híbridos com humanos vivendo debaixo das águas, e está tendo um jogo político entre os humanos e os híbridos, para mais detalhes deixarei para vocês irem atrás do one-shot. Em conjunto com uma arte mais escura e mais pesada, e com uma narrativa bem cinematográfica, mais próxima a Hollywood que a narrativa mais nipônica.
Poderia dizer que o one-shot segue um estilo bem mais americano do que japonês, me lembrou até as revistas de terror que fizeram um relativo “sucesso” nos anos 70-80 aqui no Brasil, como a Kripta e Mestre do Terror. Não quero dizer que o one-shot é ruim ou algo do tipo, longe disso, mas gostaria de deixar essa minha observação, É realmente um bom one-shot, e desejo ver o Ang’-ité estreando uma série na revista, qualidade para isso ele tem de sobra.