
A leva que nunca chega!
Com a entrada do novo ano, teremos uma pequena mudança no site em relação à capa da Weekly Shonen Jump: ela só será colocada dentro da matéria quando for lançada oficialmente no domingo (até a saída oficial, utilizaremos a prévia da edição).
O motivo é o crescimento do site, já que usar essas imagens pode desmonetizar a matéria, além de trazer complicações com direitos autorais. Contudo, não proibiremos ninguém de postá-las nos comentários do Disqus. Recomendo, então, que para ver a capa e as páginas coloridas da revista, sempre deem uma olhadinha na seção de comentários. Sem mais delongas, vamos para TOC que está ESPETACULAR:
Weekly Shounen Jump #08 (20/01/2025):
Ao no Hako c180 (Capa e Páginas iniciais coloridas)
01 – Akane Banashi c142
02 – ONE PIECE c1136
03 – Madan no Ichi c18
Yozakura-san Chi no Daisakusen c258 (Página Central Colorida, Capítulo Final)
04 – Nige Jouzu no Wakagimi c187
05 – SAKAMOTO DAYS c197
06 – Exorcist no Kiyoshi-kun c28
JK Yuusha to Inkyou Maou (Página Central Colorida, 47 páginas, One-Shot de Hatsubina Matsuri)
07 – Boku to Roboco c217
Shinobigoto c17 (Página Central Colorida)
08 – Syd Craft no Saishuu Suiri c08
09 – Kagurabachi c64
10 – Kill Ao c85
11 – Himaten! c26
12 – Undead Unluck c238
13 – Negai no Astro c37
14 – Nue no Onmyouji c82
15 – WITCH WATCH c186
16 – Choujun! Choujou-senpai c46
17 – HAKUTAKU c16
Ausentes: HUNTER×HUNTER c411 (Hiato)
Prévia Weekly Shonen Jump #09 (27/01/2025):
- Capa e páginas iniciais coloridas: Nige Jouzu no Wakagimi c188 (4º aniversário)
- Páginas centrais coloridas: Boku to Roboco c218; Exorcist no Kiyoshi-kun c29; Undead Unluck c239 (clímax)
- Extra: Happyo Shite yo! Hakase-chan! (one-shot de Yotsuya Keitarou)
Antes de começar, gostaria de comentar sobre o encerramento de Yozakura-San: após 5 anos e 5 meses, a série chegou à sua conclusão natural, tendo uma das melhores conclusões da história da Weekly Shonen Jump. O autor acertou no tempo para concluir o arco de todos os personagens, sem estender de modo desnecessário nem acelerar ao ponto de parecerem incompletos. Yozakura-San talvez não tenha sido um grande sucesso, mas conseguiu entrar no Hall da Fama da revista e merece aplausos.
A série, assim, será concluída com 29 volumes e 258 capítulos. Estou ansioso pelo próximo projeto do autor.
Em primeiro lugar, tivemos Akane Banashi, que continua sendo a série que mais conquistou a primeira colocação desde quando o Saito assumiu: quando o assunto é TOC, Akane Banashi é simplesmente soberano. Porém, o que os leitores realmente querem não é Akane Banashi em primeiro lugar, mas sim o anúncio do anime com um estúdio de boa qualidade por trás. Tudo indica que esse anúncio deve acontecer este ano, mas é claro que esses atrasos nas adaptações estão prejudicando as séries.
Quais são os grandes problemas dessas adaptações tardias da Shonen Jump:
- Os volumes da série já estão estabilizados em vendas entre o segundo e o quinto volume, por isso passam mais de 2 anos com vendas estabilizadas, tendo relevância menor no mercado.
- Eles acumulam mais e mais volumes com vendas estabilizadas, dificultando o boost massivo em vendas quando o anime estreia. O público tem um limite de quanto consegue gastar de uma vez: uma série com quase ou mais de vinte volumes representa, sim, um grande gasto. Por isso, muitos são obrigados a comprar lentamente, o que diminui tanto a intensidade do boost quanto pode prejudicar a publicidade boca a boca. Poucos mangás têm o poder de Kimetsu no Yaiba para vender mais de 20 volumes como água.
- A demora no lançamento não acompanha o ritmo mais acelerado das séries, que tendem a terminar entre quatro e seis anos após o lançamento. Assim, praticamente, os animes estreiam quando esses mangás já estão terminando ou, pelo menos, nos seus últimos arcos. O público praticamente não consome a revista, e isso diminui a transferência desses leitores para outras séries.
Por isso, na minha visão, é importante que a Shonen Jump retorne ao modelo de ter uma adaptação em anime quando a série tem entre 2,5 e 3 anos de vida, com somente alguns casos raros superando esse período. Certamente, a maior complicação é encontrar estúdios livres, mas, se a Shonen Magazine, que tem um poder de penetração menor no mercado, está conseguindo (com animes de boa qualidade, tirando Blue Lock), não há motivo para a Shonen Jump estar atualmente lançando animes mais tarde que sua rival.
Esse argumento só valeria se os animes da Shonen Jump estivesse todos melhores e se fossem lançados tão tarde quanto os da rivais: Shangri-La Frontier e Gachiakuta tiveram anúncios mais cedos e conseguiram estúdios melhores que Ao no Hako e Sakamoto Days, mesmo vendendo menos.
Voltando para o TOC, tivemos, em segundo lugar, ONE PIECE, que, mesmo tirando duas ou três edições por ano, está sempre no segundo lugar (quando é classificável). Isso não é uma invenção do Saito; muito pelo contrário, é algo que começou durante a gestão do Nakano, servindo justamente para dar destaque tanto ao primeiro lugar no TOC quanto ao terceiro colocado. Sempre esperem ONE PIECE em segundo.

Em terceiro lugar, tivemos Madan no Ichi, voltando ao TOP 5 após duas semanas nas últimas colocações. O primeiro volume da série também vendeu bem, alcançando 27 mil cópias vendidas em 2 semanas (mas esgotou em várias lojas na primeira semana, indicando que poderia ter vendido mais). Algumas lojas já anunciaram uma nova remessa chegando esta semana, que deve reviver as vendas de Madan no Ichi até a chegada das reimpressões do dia 30 de janeiro.
Assim, é inegável que Madan no Ichi teve uma boa estreia e deve vender, em 1 mês, mais de 50 mil cópias no segundo volume. Ainda é cedo para dizer a dimensão do sucesso de Madan no Ichi, mas estamos vendo um novo mangá popular surgindo. Os editores, nas próximas edições, devem continuar promovendo Madan no Ichi, já que a obra ocupará tanto o espaço de mangá de aventura quanto de Battle Shounen: dois gêneros que precisam de mais representantes na revista após o encerramento de Boku no Hero Academia, Jujutsu Kaisen, Yozakura-San e, na próxima semana, de Undead Unluck.
Em quarto lugar, tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, que ganhará, na próxima semana, sua capa de aniversário de quatro anos.
Em quinto lugar, tivemos Sakamoto Days, que estreou seu anime: a qualidade da animação é mediana, nada demais, contudo o marketing ao redor da série é massivo, com o mangá presente em várias lojas. O resultado é que, apesar dos pesares, Sakamoto Days está tendo um boost parecido com Ao no Hako e deve vender acima de 150 mil cópias por volume até a conclusão deste primeiro cour.
“Só acima de 150 mil cópias?” Então, suas posições no Ranking Shoseki são similares às de Ao no Hako e inferiores às de Dandadan. Na verdade, The Medalist, que é também um mangá espetacular, está atualmente conseguindo ter uma atenção igual ou, em alguns momentos, melhor que Sakamoto Days, podendo se tornar o maior sucesso da temporada. Existe a possibilidade de que o boost de Sakamoto Days seja bom, mas nada no nível de Sousou no Frieren, prejudicado pela quantidade absurda de volumes e pela qualidade mediana do anime.
É sabido que algumas séries conseguem se destacar, como Blue Lock, mesmo com animes duvidosos e uma quantidade extensiva de volumes. Mas ter menos de quinze volumes na estreia do anime e um anime dinâmico, que consegue realçar as grandes qualidades do mangá, certamente facilita muito a popularização de uma obra. Esses elementos intensificam o boost que uma obra pode ter. Então, Sakamoto Days é decepcionante? Ainda não, mas, caso não consiga superar 250 mil cópias até a conclusão do segundo cour em setembro, eu consideraria uma decepção.
Em sexto lugar, tivemos Exorcist no Kiyoshi-Kun, que está jogando todas as suas cartas no lançamento do segundo volume. Se ele conseguir ter um bom aumento (sair de 11 mil cópias por mês para mais de 15 mil cópias), acredito que estará certamente seguro para a próxima leva, mas, caso não consiga, pode vir a correr risco de cancelamento para a leva de abril-maio. A lista de possíveis mangás correndo risco de cancelamento é bem grande, por isso nenhuma série está certamente cancelada para abril-maio.
Em sétimo lugar, tivemos Boku to Roboco, que ganhará página colorida na próxima edição.
Em oitavo lugar, tivemos Syd Craft no Saishuu Suiri, que teve uma primeira colocação mediana, mas o que realmente preocupa é a ausência de página colorida — a qual preferiram dar para Boku to Roboco. Assim, devemos ver se, até o capítulo 11, teremos uma página colorida chegando para a série, mas é inegável que essa ausência é um sinal amarelo em relação à recepção da obra. Nos fóruns japoneses, os comentários nos primeiros capítulos foram bem negativos, reclamando de como a série não mergulhava de vez no ecchi, mas atualmente são normais, com pessoas gostando e outras odiando.
Então, em uma situação de recepção mista, é complicado saber como está indo a votação. Essas pessoas que gostaram estão realmente votando na série? Os editores já têm os dados em mão na altura do campeonato, por isso, em breve, saberemos com as devidas posições na TOC.
Em nono lugar, tivemos Kagurabachi, que, como Akane Banashi, está esperando somente seu anime ser anunciado neste ano. A questão é: será anunciado em um momento casual do ano, no seu aniversário em setembro ou na Jump Festa em dezembro? Há várias possibilidades. Até lá, só nos resta esperar. Mesmo com o anúncio em 2025, é improvável que vejamos o anime estrear neste ano, sendo mais provável apenas em 2026.
Em décimo lugar, tivemos Kill Ao, que reafirmo estar totalmente seguro para esta leva de fevereiro. Kill Ao sobrevive a mais uma leva de cancelamento e continua rindo de todos aqueles que torcem contra a série. Inclusive, com o volume lançado em janeiro, a série deve voltar a estar no clube dos 20 mil, o que a coloca acima das vendas de mangás como Kiyoshi-Kun, Himaten, Boku to Roboco, Choujun! Chojo-Senpai e Shinobigoto.

Em décimo primeiro lugar, tivemos Himaten, que não deve ter um grande aumento neste volume (se tiver um aumento). Vendeu 12 mil em 9 dias, contra 11 mil cópias de Shinobigoto. Por isso a previsão é que se mantenha vendendo entre 14 e 16 mil cópias em 1 mês. Certamente, esse resultado é decepcionante e coloca a série em risco para o ano de 2025. O mangá precisa, o quanto antes, superar a marca de 25 mil cópias para assim ter uma vantagem sobre os seus concorrentes diretos: Choujun, Kiyoshi-Kun, Shinobigoto, Negai no Astro e Kill Ao.
Enquanto não superar a marca de 20 mil, o machado do cancelamento estará sempre perto da garganta de Himaten. Não estou dizendo que Himaten está certo como cancelamento. Repito que não podemos saber ainda quais serão os mangás cancelados em abril-maio, mas, com as vendas atuais, o mangá corre risco para o ano de 2025, dependendo mais de os novos mangás darem certo e de seus rivais não melhorarem.
Em décimo segundo lugar, tivemos Undead Unluck, que tem novamente o anúncio de “Super Clímax” com página colorida e páginas extras na próxima edição, de acordo com a página Shonen Jump News. Então, significa que a série vai acabar mesmo? Tudo indica que sim, mas não podemos ter certeza até ver o capítulo em questão. Planejo escrever um texto sobre a incrível jornada de Undead Unluck quando terminar.
Em décimo terceiro lugar, tivemos Negai no Astro, que não está tendo uma boa performance, mas não será cancelado nesta leva de fevereiro. O mesmo vale para Nue no Onmyouji, que, porém, diferente de Negai no Astro, está tendo um rendimento em vendas melhor. Querendo ou não, com o encerramento de Yozakura-San nesta edição, Nue no Onmyouji entra no TOP 10 mangás da revista que melhor vendem.
Em décimo quinto lugar, tivemos Witch Watch, que, mesmo tendo uma colocação baixa, não corre risco de cancelamento. O seu anime irá estrear em abril.
Em décimo sexto lugar, tivemos Choujun! Chojo-Senpai, que, após um crossover com KochiKame, voltou a estar na penúltima colocação. Bem, existem chances reais de Choujun! ser cancelado em abril-maio, mas, assim como todas as demais séries em apuros, está, por enquanto, correndo risco, não é uma certeza. A comédia está com muita dificuldade em agradar o público após um começo explosivo e talvez tenha uma trajetória parecida com Samon-Kun wa Summome, a série anterior do autor.
Em último lugar, tivemos Hakutaku, que deve ser cancelado na edição #10 ou #11, quando começará a nova leva. Essa leva pode ter três ou quatro novas séries. Três são uma certeza, pois irão ocupar as vagas de Yozakura-San, Undead Unluck e Hakutaku. A dúvida é se irão deixar em aberto a vigésima primeira vaga da revista ou se irão ocupá-la. Consideramos essa uma vaga “extra”, pois nem sempre é ocupada, sendo mais destinada para o retorno de Hunter x Hunter ou para casos nos quais é necessário lançar um mangá a mais em uma leva, sem obrigatoriamente cancelar uma série. O ideal da revista, porém, é ter somente 20 séries + 50 páginas para recorrentes One-Shots.
Talvez você está se perguntando: Mas essa leva não chega nunca não? Vai chegar. Por questões de planejamento não pôde começar logo após o encerramento de Yozakura-San, mas certamente irá estrear na edição #10 ou #11. De qualquer modo, pelo amor de Deus, Weekly Shonen Jump, anunciem essa maldita leva na próxima semana!
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