E aqui estamos para mais uma TOC para vocês, entregando pela primeira vez a TOC de uma das revistas de shoujo mais importantes no mercado atualmente. Sim, trago para vocês a tão pedida Hana to Yume!
TOC – Hana to Yume #23 (2024)
01 – Ookami Ouji no Usotsuki na Kekkon (Página Colorida de Abertura)
02 – Akatsuki no Yona c264 (Capa)
03 – Haru no Arashi to Monster c39
04 – Hito no Yomei de Seishun suru na c05 (Página Colorida)
05 – Oni no Hanayome wa Taberaretai c58.1
06 – Oshi ni Amagami c35
07 – Kami-sama Gakkou no Ochikobore c52
08 – Tamon-kun Ima Docchi!? c55
09 – Pizzicato no Nemuru Mori c23
10 – Yamada no Gakkyuu Nisshi c05
11 – Hikikomori Hime to Dokuzetsu Kishi-Sama c28
Penguin Cafe e Youkoso
12 – Demon Kind & Punk Kid (One Shot, 22 Páginas)
13 – Namaiki Bocchan to Warawanai Maid (One-Shot, 40 Páginas)
Neko Mane!
Depois de alguns estudos, estou trazendo a partir de novembro a versão reestruturada das TOCs da revista: A TOC da Ribon, mesmo sendo interessante para alguns, não estava dando tantas visualizações. Eu acredito que seja por dois motivos: A revista é mais destinada para garotas pré-adolescentes e os seus títulos, tirando Honey Lemon Soda, não são muito conhecidos. Por isso, decidi substituir a Ribon pela Hana to Yume, e quem sabe depois também pela Margaret. Juntamente com a Hana to Yume, irei trazer outras revistas: Jump SQ, V-Jump, Ultra Jump, GFantasy e Young Animal, cobrindo assim revistas de várias demografias diferentes. Caso alguma dessas revistas não dê certo e tenhamos baixas visualizações, irei substituir por outras.
De qualquer modo, a Hana to Yume é uma revista shoujo da Hakusensha, uma das principais editoras do mercado, que é lançada quinzenalmente no mercado japonês. Com quase 39 mil cópias em circulação, configura-se como um nome importante no lançamento de obras para o público feminino. Nessa edição, irei comentar todos os treze mangás lançados, apresentando-os para vocês. A partir da próxima edição, irei me dedicar mais a apresentar o rendimento comercial de cada um.
Em primeiro lugar, com a página colorida inicial, tivemos Ookami Ouji no Usotsuki na Kekkon, uma nova série lançada neste ano e que terá seu primeiro volume lançado no dia 20 de novembro. A obra conta a história de Aylin, uma princesa de 17 anos que se casa com Ruslan, o terceiro príncipe do império, para salvar sua pequena terra natal de uma crise financeira, mesmo sem nunca tê-lo conhecido. Ruslan é sempre gentil e educado com Aylin, que, apesar de ter um bom coração, está sempre cometendo erros. No entanto, o gentil príncipe guarda um grande segredo.
A obra tem um traço bem característico de obra shoujo e baseia seu desenvolvimento mais nas tramas e dramas que ocorrem na corte real. Infelizmente, por não termos nenhum capítulo traduzido nem na MangaDex, é um mangá que atualmente é possível ler somente se você souber japonês. Mas quem sabe, com boas vendas no primeiro volume, a situação não mude. Vamos esperar e ver.
Página do Capítulo 239 de Akatsuki no Yona
Em segundo lugar, tivemos a capa da revista Akatsuki no Yona, um dos principais nomes da publicação. A obra conta a história de uma princesa que, após o assassinato de seu pai, deve se esconder e encontrar um modo de salvar o seu reino do golpista que usurpou o trono de sua família. E para quem não conhece, Akatsuki no Yona é um dos shoujos que melhor vende no mercado, superando a marca de 100 mil cópias vendidas por volume. Isso mesmo, atualmente Akatsuki no Yona vende mais que obras como Akane Banashi, Dandadan (deve superar em breve), Hajime no Ippo, e muitas outras obras relevantes no campo shonen.
Lançado desde 2009, Akatsuki no Yona é sim um mangá que entrou na história por causa de sua incrível durabilidade, mesmo com uma adaptação em anime (produzida pela Pierrot em 2014) que só teve 24 episódios. São poucas as obras que, mesmo não tendo anime há dez anos, conseguem vender acima de 100 mil cópias, e Akatsuki no Yona é uma delas. Não é por nada que colocaram o mangá como CAPA da revista. E recomendo vocês lerem o mangá, já que é uma obra de alta qualidade, com uma arte e quadrinização espetaculares.
Em terceiro lugar, tivemos Haru no Arashi to Monster, também conhecido como Spring Storm and Monster, que já tem 39 capítulos e 6 volumes lançados. A série, que já é licenciada em alguns países, conta a história de Ranko, uma garota que tem sua vida mudada por um garoto problemático, meio monstro, o seu meio-irmão Kaya. A obra, que une relação tóxica com romance, inicialmente chamou bastante atenção do público, mas aqui no Ocidente começo a ver reclamações sobre o rumo que a história está tomando – algumas pessoas acusam de ser uma apologia ao abuso -.
Haru no Arashi to Monster é um mangá popular e está estável na revista, mas não dá para negar que há alguns meses está realmente despertando várias discussões polêmicas entre seus leitores, que tendem a ser mais mulheres ou LGBTs. É preciso ver para onde a história irá prosseguir, já que tem somente 39 capítulos (2 anos de lançamento), e também ver como a evolução da relação entre Ranko e Kaya poderá impactar a obra, que ainda agrada bastante leitoras e leitores da Hana to Yume.
Página Colorida de Hito no Yomei de Seishun suru na
Em quarto lugar, tivemos a nova série Hito no Yomei de Seishun suru na, que lançou seu quinto capítulo e revelou que no dia 20 de dezembro lançará seu primeiro volume. O mangá, que ainda não tem um nome ocidental, conta a história de Noe, uma atriz que acabou de entrar em uma das principais escolas de atuação do Japão. Com uma arte espetacular (o autor(a) é ótimo em desenhar expressões) e com um senso de estética e moda, a série consegue entregar personagens atraentes e bem vestidos, sendo, na minha opinião, um dos elementos visuais melhores do mangá.
A questão é: Somada à história de romance e dramas entre os personagens, será que Hito no Yomei tem o suficiente para sobreviver na Hana to Yume? Eu espero que sim, mas só saberemos a resposta no dia 20 de dezembro, quando seu volume chegar às lojas.
Em quinto lugar, tivemos o capítulo 58.5 de Oni no Hanayome wa Taberaretai (também conhecido como The Demon’s Bride Wants to Be Eaten), série de romance que conta a história de Mashiro, uma garota que tem sua vida salva por um Oni, que deveria comê-la assim que ela completasse 17 anos. Contudo, o Oni acaba se afeiçoando a Mashiro e não consegue comê-la, mesmo sendo seu dever. A obra é muito centrada no relacionamento dos dois personagens, e nesta semana lançou um capítulo extra muito simples (por isso o 58.5). Presente na revista desde 2020, é um dos mangás mais estáveis da Hana to Yume atualmente e já tem 20 capítulos traduzidos para inglês por scans.
Em sexto lugar, tivemos a comédia romântica Oshi ni Amagami, que conta a história de Hina, uma otaku vampira que se transfere para o Japão e acaba conhecendo Amanatsu, um garoto que lembra seu personagem preferido. A Hana to Yume, diferente da Ribon, é uma revista muito diversificada, com vários mangás de estilos diferentes, e eu acredito que Amagami seja daqueles mangás que podem agradar até mesmo os leitores de mangás shonen, pois, além de ter uma personagem feminina muito fofa e carismática, também tem um humor muito divertido, sabendo unir bem os elementos românticos da obra com as piadas recorrentes.
A arte de Oshi ni Amagami também é muito boa, já que a autora consegue unir muito bem o traço tradicional shoujo com aspectos modernos, podendo assim se comunicar com leitores mais velhos e mais jovens. Atualmente, Oshi ni Amagami tem somente quatro capítulos traduzidos (por scans), mas eu recomendo vocês darem uma olhada, já que isso pode motivá-los a traduzir mais capítulos.
Em sétimo lugar, tivemos Kami-sama Gakkou no Ochikobore, mangá que conta a história de Nagi, uma garota que vive em um mundo com deuses e manifestações de milagres chamados de “Himiko”. A vida de Nagi muda após sua avó, dona de um templo e uma das divindades do mundo, morrer, e Nagi agora ser obrigada a cuidar do templo e frequentar uma escola para divindades. A obra é um shoujo de fantasia que traz ainda mais variedade para a revista. A arte da autora (ou autor) é espetacular e entrega quadros belos e páginas coloridas incríveis. Para mim, seria uma obra que, caso tivesse uma boa adaptação em anime, poderia ser bem mais relevante mundialmente.
Tamon-Kun Ima Docchi!? (Página Colorida)
Em oitavo lugar, tivemos Tamon-kun Ima Docchi!? (também conhecido como Tamon’s B-Side), a próxima grande aposta da revista. O mangá conta a história de Utage, uma garota que acaba se tornando “Housekeeper” do seu ídolo, cantor de boyband. A série une elementos de “Idols” com comédia romântica, criando uma história envolvente e divertida, que conquistou o coração dos leitores da revista. Tamon-Kun alcançou, no seu sexto volume, a marca de 1 milhão de cópias em circulação, uma média de 167 mil cópias por volume, e já teve seu anime anunciado. Isso mesmo, Tamon-kun irá receber no próximo ano um anime produzido pela J.C. STAFF.
Normalmente, as produtoras não dão muita atenção para obras shoujos, que tendem a ganhar mais live-action do que adaptações em anime (o que acaba prejudicando o aumento das vendas dos mangás), por isso Tamon-Kun ter um anúncio após três anos de lançamento é algo espetacular. O estúdio pode não ser grande coisa, e tenho certeza que muitos no Ocidente vão ignorar o anime da obra por puro preconceito com a demografia shoujo, mas não dá para negar que Tamon-kun é uma das principais apostas da Hana to Yume.
Em nono lugar, tivemos Pizzicato no Nemuru Mori, que é um shoujo mais tradicional em termos narrativos e também visuais. A obra conta a história de Emilie, uma garota que se muda para uma casa no interior que era de seu tataravô. Nessa casa, ela acaba conhecendo um belo garoto e várias criaturas mágicas e misteriosas que moram no campo. É uma história que une mistérios, magia e, ao mesmo tempo, um clima que lembra muito as histórias encantadas dos anos 60 e 70. Eu acredito que é outro shoujo que consegue entregar uma boa variedade de ambientações e dinâmicas, deixando a revista bem rica.
Em décimo lugar, tivemos Yamada no Gakkyuu Nisshi, que conta a história de uma garota séria e considerada por muitos de seus colegas “chata” em uma escola só para garotos. Sua vida muda quando ela deve ajudar um garoto chamado Murata. A obra é nova, tem somente cinco capítulos, e segue uma proposta muito comum em shoujos de várias revistas. O que faz um mangá como esse ter sucesso depende mais do modo como a autora (ou autor) conta a história do que da premissa. Quando sair o primeiro volume, saberemos a sua real recepção.
Volume 1 – Penguin Cafe & Youkoso
Concluindo, em décimo primeiro lugar, tivemos Hikikomori Hime to Dokuzetsu Kishi-Sama, que é um clássico shoujo com príncipes, cavaleiros e uma princesa que agrada bastante o público da Hana to Yume (que, na minha opinião, é um dos mais exigentes entre as revistas shoujo). A obra consegue unir bastante sensualidade com romance, com os personagens seduzindo a protagonista, tendo várias cenas semi-calientes ao longo da história, o que agrada aquelas garotas que preferem shoujos mais “intensos”.
Mesmo assim, o mangá não se baseia somente em seduções e romance, desenvolvendo vários personagens secundários que vivem no reino, tornando-se uma obra interessante de se seguir como um todo, não só pela dinâmica romântica. A obra tem 13 capítulos traduzidos, e para quem gosta de um bom clássico shoujo com as temáticas citadas, recomendo.
As duas últimas colocações ficaram com dois one-shots. A revista também é composta por alguns gags, como Penguin Cafe & Youkoso, que são comédias bem curtas (com 4-5 páginas) que serve justamente para trazer um pouco de divertimento para os leitores (são de fato colocadas em uma sessão separada na TOC) e por isso decidi não ranquear.