Voltamos mais uma semana para o Análise do Pulo. Peço desculpa pela minha ausência na semana passada, mas eu não tinha conseguido ler a tempo todos os capítulos da revista, por isso não pude lançar o AdP da semana. Então, sem mais delongas, vamos ver quais foram os melhores capítulos da Weekly Shonen Jump #46.
21 – Murakami Youkai Buster c17: O autor até tentou entregar algo engraçado com a dinâmica da “Customização dos Personagens”, mas, apesar da ideia ser criativa, não consegui dar nenhuma risada, pois as piadas foram realmente ruins. É isso.
20 – Hakutaku c04: A comédia do capítulo funcionou nas primeiras páginas, já que achei o começo da interação dos cartões da Amazon engraçado, mas a apresentação da irmã acabou sendo tão ruim que pareceu simplesmente jogada ali, forçadamente. Esse é o problema do capítulo no geral, tudo parece FORÇADO para montar um time de desenvolvedores, em vez de parecer uma progressão natural da história. Eu amei o primeiro capítulo de Hakutaku, gostei do segundo, odiei o terceiro e achei terrível o quarto. Se um dia a série teve meu apoio, infelizmente, isso desapareceu.
19 – Choujun! Chojo-Senpai c34: Está morto o meu Choujinismo. Vou ser sincero, não estou mais conseguindo me divertir lendo Choujun! Chojo-Senpai, já que praticamente vejo bem pouco relacionado à vida de policial e à segurança do bairro. De certo modo, Choujun! Chojo-Senpai me lembrava um KochiKame um pouco mais místico, mas o autor migrou para um tipo de humor que não me agrada. Todo esse arco da Idol, para mim, não deu certo. Espero que isso ajude a aumentar as vendas, mas cada vez mais me vejo distante do Choujinismo.
18 – Exorcist Kiyoshi-Kun c16: Repito, gosto bastante da arte do autor, mas a ausência de desenvolvimento leva também à ausência de emoção nas batalhas. Nesse capítulo, novamente, temos o protagonista derrotando o vilão de maneira SIMPLES, e é um vilão que você nem teve tempo de odiar. One Punch Man geralmente construía bem o momento da derrota simples para ser engraçada (e depois, quando a série abandonou o humor, ser emocionante). Mashle também construía isso de forma engraçada. Essa luta deveria ser séria, mas com um vilão pelo qual não nos importamos, acaba sendo apenas vazia.
17 – Shinobigoto c05: Não estou gostando de Shinobigoto e devo ser sincero com vocês. Apesar das cenas de ação bem desenhadas, começo a achar que o autor repete muito certos movimentos, e, por isso, não consegue mais trazer o impacto do primeiro capítulo. A personalidade dos personagens para mim é realmente irritante, e estou tendo dificuldade em gostar deles. Até mesmo o vilão deste capítulo não me interessa. Não acho Shinobigoto uma má escolha de serialização, pois vejo qualidades nos autores (roteiristas e desenhistas), mas há várias questões que me impedem de me engajar com a série como deveria.
16 – Witch Watch c175: Mid Haiku 💛
15 – Kill Ao c73: Pela primeira vez na minha vida li um capítulo de Kill Ao e tive a sensação de que ele tinha só 10 páginas, de tão rápido e envolvente que foram os acontecimentos. Gosto bastante dessa luta a cavalo e gostei muito do desenvolvimento do “homem chupeta” neste capítulo (um personagem que acho ridículo até hoje, mas, pela primeira vez, gostei de suas ações). O autor conseguiu fazê-lo brilhar e, ao mesmo tempo, trouxe uma boa sequência de ação. Kill Ao ainda tem muitos defeitos, mas foi um bom capítulo.
14 – Nue no Onmyouji c70: Após vários capítulos bem ruinzinhos, acredito que Nue voltou a entregar um conteúdo melhor, com um desenvolvimento de personagens (e de relação entre personagens) consistente. Sim, o autor poderia ter dedicado mais páginas a essas cenas, que acabaram sendo muito rápidas, mas, mesmo assim, é uma evolução em comparação aos capítulos anteriores, nos quais o nível caiu bastante. Nue entregou, depois de várias semanas, um bom capítulo, e fiquei bem alegre com isso.
13 – Nige Jouzu no Wakagimi c176: Como esse capítulo estava em primeiro lugar na TOC, eu estava bastante hypado, o que podia indicar um capítulo de altíssima qualidade, como o anterior da série que alcançou a primeira colocação, mas devo dizer que me decepcionei um pouco. O conceito de “humano ou Deus” simplesmente não me emocionou ou surpreendeu, deixando toda a parte espiritual do capítulo meio cansativa para mim. Contudo, continuo apreciando a incrível habilidade artística do Matsui. Mesmo esse capítulo, que não gostei tanto, ainda consigo apreciar pelo lado técnico e criativo, achando-o bom.
12 – Ao no Hako c168: Após vários capítulos desenvolvendo Moriya e Kyo, parece que teremos uma “pausa” no destaque desses personagens, voltando mais para o Taiki. A conclusão deste capítulo foi bem previsível e aquilo que já esperávamos, por isso vejo mais como um capítulo de transição, no qual agora veremos vários pequenos problemas surgindo para o Taiki, movimentando assim o enredo ao redor do protagonista.
11 – Negai no Astro c25: A obra voltou à ação, e estou gostando bastante do cenário dessa batalha e do uso dos poderes do vilão. Talvez a única coisa que me impede de dar uma nota realmente alta para Negai no Astro é a parte dramática. Por um tempo, o drama da garota me convenceu, mas já voltou a soar meio chato para mim, fazendo com que todas as frases de efeito ditas por ela pareçam mais bregas. De qualquer modo, gostei da arte nas lutas. Episódio bonzinho.
10 – Yozakura-San Chi no Daisakusen c246: Estou gostando bastante dessa reta final da obra. É um grande cala a boca para quem diz que um mangá da revista não pode terminar bem. O autor está conseguindo colocar estratégia por parte da FAMÍLIA, mostrando que cada um conhece bem seus integrantes, ao mesmo tempo que entrega páginas eletrizantes e bem desenhadas. As últimas páginas também me deixaram muito curioso para saber qual será o plano. Gostei bastante.
9 – Sakamoto Days c185: Se esse personagem tivesse aparecido 150 capítulos antes, o mangá estaria vendendo 300 mil cópias: é isso que as adolescentes (e mulheres também) precisam para dar uma chance a Sakamoto Days. Brincadeiras à parte, gostei bastante da apresentação desse personagem que, além de usar arco e flecha (algo bem legal), também tem uma personalidade muito divertida. A cena de ação funcionou bastante neste capítulo.
Talvez minha única crítica seja que a prisão não parece uma prisão, e sim mais como uma dungeon de jogo de ação, com vários mini-games. Se fosse ambientado em um torneio do submundo, eu conseguiria me imergir mais na ambientação. De qualquer modo, gostei da apresentação do personagem e da cena de ação deste capítulo.
8 – Undead Unluck c226: Nessa montanha-russa que está sendo esse último arco, o autor conseguiu entregar um capítulo muito bom, com uma boa carga emocional e espaço para um personagem secundário (Júlia) também brilhar. Acredito que durante todas as batalhas deste último arco, o autor vai utilizar flashbacks e desenvolvimentos emotivos para criar uma sensação de “clímax da obra”. Não acredito em grandes flashbacks, mas acho que todos serão bem intensos e interligados à luta. Estou curioso para ver como Undead Unluck vai prosseguir.
7 – Hunter x Hunter 402: Quero dedicar algumas linhas para comentar sobre o retorno em geral e também sobre o capítulo. Primeiro, é muito bom ver Hunter x Hunter de volta, e principalmente termos o retorno da arte do Togashi. Ela acaba sendo muito diferente da arte mais “infantil” de muitos autores, com traços mais maduros que eu realmente gosto.
Também é bom ver que Togashi está conseguindo desenvolver tanto sua arte quanto a história como deve ser. Com calma, a guerra de sucessão vai avançando, e, mesmo eu tendo dificuldades de lembrar vários detalhes, já que não reli a série antes do retorno, estou conseguindo aproveitar. Sobre o capítulo, é mais um de construção, preparando o leitor para a Guerra de Sucessão que deve acontecer no encerramento deste volume. Sinto que preciso reler a obra para entender completamente o que acontece, mas mesmo assim Togashi está entregando um capítulo acima da média da revista.
6 – One Piece c1129: Eu… senti… a… aventura. Meu Deus, que capítulo maravilhoso de se ler. Os quadros foram maiores que o normal, com menos informações e mais voltados para mostrar a correria engraçada que os Mugiwara estão passando. É um capítulo que me lembrou bastante o começo de Thriller Bark, que eu gosto muito (depois se torna um arco chato, mas o começo é maravilhoso). Espero que tenhamos mais capítulos assim por um tempinho.
5 – Himaten c14: Vou ignorar veementemente a última página para poder elogiar por completo este capítulo. Simplesmente gosto bastante da interação entre o trio: Kanai, Himari e Tenichi, pois eles parecem ter uma relação tão genuína uns com os outros. Ver Tenichi desenvolvendo seus sentimentos por Kanai (minha preferida) e pedindo ajuda para Himari deixa esse trio amoroso ainda mais profundo e dinâmico, sem precisar de uma terceira pessoa. Himari entregou novamente um capítulo espetacular. O autor, quando coloca os personagens e seus sentimentos no centro, simplesmente BRILHA.
4 – Boku to Roboco c205: Um divertido e bom capítulo de Boku to Roboco, no qual vemos a personagem sendo cortejada por garotos gatos como os membros do BTS. A interação de cada um é bem divertida, e, mesmo não sendo o capítulo mais engraçado da série, acabei rindo bastante em vários momentos, principalmente com a personalidade irritante dos novos vizinhos. O humor do autor está sempre no ponto e sempre me faz dar boas risadas. Boku to Roboco, na minha opinião, é a melhor comédia da revista atualmente e precisa estar em destaque, pois quebra a seriedade, algo que Choujun Chojo-Senpai não consegue.
3 – Madan no Ichi c06: Por um momento, me preocupei que a série iria mudar de foco para a caçada às bruxas, o que poderia indicar uma mudança brusca para escapar de uma má recepção, mas não, foi simplesmente um momento bem construído para entregar tensão e desenvolvimento à relação do King com o nosso querido protagonista Ichi.
De qualquer modo, esses últimos dois capítulos de Madan no Ichi me deixaram bastante animado, e é isso que mais importa em uma nova série: eu quero ver os três personagens em ação, quero ver mais desse mundo que parece ser bastante rico, e quero continuar rindo dessa comédia que consegue me fazer gargalhar muito mais do que vários mangás de comédia no mercado. Madan no Ichi está se construindo como um ótimo mangá.
2 – Kagurabachi c53: Não é à toa que a série ganhou página colorida nesta edição, já que teve um de seus capítulos mais chocantes, com o Chihiro explodindo de raiva e derrotando o vilão atual da saga. Acredito que muitos irão ver essa explosão do Chihiro como uma simples cena chocante, mas espero que seja o presságio de um grande desenvolvimento do personagem, especialmente essas contradições que vivem dentro dele.
O Chihiro criança era alguém que admirava seu pai, mas o Chihiro adulto parece estar tão dominado pelo sentimento de vingança que não consegue mais seguir os ensinamentos do pai, mesmo sabendo que eles são corretos. Muitos podem ver as palavras do personagem na última página como algo “cool”, mas eu vejo como algo muito triste, vindo de uma pessoa que está se tornando exatamente aquilo que seu pai não queria que ele fosse. A verdade é que o pai de Chihiro odiaria o que ele se tornou, e espero que o autor desenvolva isso o máximo possível.
1 – Akane Banashi c130: Comecei a ler este capítulo sabendo que ia ter algo chocante, pois me marcaram dizendo para ler Akane Banashi. Isso me fez começar a leitura esperando que o Shiguma morresse, o que não aconteceu. Quando anunciaram que ele poderia perder a voz, eu simplesmente fiquei: “Oh, então esse é o plot twist, meu Deus, que coisa triste”, mas quando chegou nas últimas páginas, com a revelação de que Akane agora está sendo seguida pelo Issho, eu fiquei paralisado.
Essa repentina doença traz uma mudança muito dinâmica para a série e acaba transformando totalmente sua estrutura. Akane Banashi assim ganha mais tempo de vida, com um plot totalmente inesperado. Esse é o tipo de plot twist que transforma a série em algo lendário ou muda tanto que acaba prejudicando sua popularidade. De qualquer forma, é inegável que Akane Banashi continua sendo o melhor mangá da Jump atualmente.