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Primeiras impressões: “Madan no Ichi” de Osamu Nishi & Shiro Usazaki.

Leonardo Nicolin 08/09/2024

É complicado lidar com o hype, pois ele cria expectativas muito altas para uma série, mas, ao mesmo tempo, se o autor souber ao menos alimentar um pouco desse hype, ele pode se tornar útil. Isso ocorre porque eleva a euforia do espectador a um nível no qual problemas são ignorados pelos leitores. O hype, somado à nostalgia, em Spider-Man: No Way Home levou muitos espectadores a não enxergarem as inúmeras problemáticas do filme.

Então, Madan no Ichi, mangá da dupla Osamu (criadora de Iruma-kun) e Usazaki (artista de Act-Age), me deixou realmente hypado. Quando terminei minha primeira leitura desse capítulo, me senti conflituoso. Não por não gostar da proposta do mangá, dos personagens ou da arte, mas por sentir uma ausência de curadoria na estrutura do primeiro capítulo, onde problemas estruturais travaram sua excelência.

O mangá começa nos apresentando a personalidade do herói da história, Ichi, um jovem caçador. Inicialmente, o vemos como um caçador impecável, muito amado pelos membros da sua vila. É uma introdução sólida que traz um clima de leveza e empatia pelo personagem, já que a roteirista utiliza o humor para mostrar como Ichi, mesmo sendo um grande caçador, é um garoto bem bobinho.

Pode parecer um elemento simples, mas bons momentos de comédia, com expressões faciais divertidas, ajudam na popularização de uma história: tanto para agradar adolescentes (público-alvo da revista) quanto para conquistar japoneses cronicamente online, que gostam de usar essas expressões como memes ou emotes. Esses dois públicos podem parecer insignificantes, mas são os que mais votam em séries novatas. E votos garantem a sobrevivência.

Logo depois, a roteirista leva a história ao passado do protagonista, onde, de maneira muito expositiva e truncada, tenta explicar sua origem: por motivos ainda desconhecidos, Ichi teve que sobreviver sozinho na floresta, aprendendo a caçar e se defender. A roteirista apresenta o conceito de “Death for Death”, mostrando que o personagem não caça por diversão, mas sim por necessidade.

Enquanto a arte de Usazaki entrega belos quadros, a narrativa de Osamu carece de fluidez. A autora apresenta o abandono do personagem > mostra como ele cresceu e aprendeu a caçar > introduz seus ideais e o conceito de “Death for Death” > volta ao presente > retorna a um passado próximo para apresentar um monstro estranho > e então volta novamente ao presente para continuar o desenvolvimento do conceito “Death for Death”. Essa estrutura, somada à presença de três cores nas páginas (que, acredito, terão uma gradação ainda menor na versão física, já que as páginas são rosadas), deixa a leitura muito truncada.

Nas páginas seguintes, temos a chegada da bruxa: uma arte lindíssima de Usazaki, que entrega uma graciosidade espetacular à nova personagem. É uma introdução imponente e elegante, como deveria ser. Contudo, o roteiro novamente empurra a série para uma problemática exposição, desta vez através de uma narração externa, não mais do protagonista, explicando parte do conceito do mundo e das bruxas.

Sempre elogiei primeiros capítulos como o de One Piece por conseguirem apresentar toda a atmosfera da história apenas pelo cenário, eventos narrativos e diálogos dos personagens, sem cair em longas exposições que denunciam uma estrutura fraca de primeiro capítulo. Madan no Ichi brilha com sua arte espetacular e protagonista simpático, mas esses dois elementos poderiam continuar brilhando com uma estrutura mais coesa e menos truncada. É aquela velha história do “mostre, não fale”, e nisso, Madan no Ichi falha bastante.

Após mais uma exposição, voltamos para a ação, onde a bruxa enfrenta o King Uroro, que não pode ser derrotado por mulheres, lembrando um pouco uma cena de Senhor dos Anéis. A sequência de ação, embora não tenha uma coreografia grandiosa, é bem desenhada e transmite bem a emoção. Mais uma vez, a arte de Usazaki mostra a que veio, entregando também uma quadrinização espetacular. Contudo, como sabemos, o vilão não pode ser derrotado por uma mulher, e é aí que entra o protagonista: Ichi, com sua pequena faca de caçador, decide atacar o vilão, transformando-se naquele momento em uma BRUXA, o primeiro homem-bruxa conhecido na história.

Acho curioso que, ao visitar três discords que discutiam o primeiro capítulo, não vi ninguém comentando sobre a grandiosidade do que seria a cena principal: a transformação do protagonista em bruxa. Essa cena deveria ser o ápice, mas parece casual, por um simples motivo: o roteiro gasta tanto tempo expondo a história que se esquece de construir a tensão para o que está por vir.

É fundamental, ao escrever uma história com um momento chocante ou belo, construir página a página a tensão para esse momento. Osamu tenta fazer isso ao apresentar o monstro e as intenções do protagonista, o conceito de “Death For Death”, além de deixar claro que bruxas não podem derrotá-lo. No entanto, as páginas gastas em longas exposições, que poderiam ter sido reduzidas a três páginas cada, acabam tirando o “tempo” necessário para construir uma verdadeira tensão. Algumas informações poderiam ter sido adiadas para um segundo ou terceiro capítulo, como muitos mangás fazem de maneira inteligente.

A roteirista passa tanto tempo com exposições, que constrói sim os elementos necessários para entendermos que Ichi é um caçador, mas nenhum para construir os quesitos que irão criar uma grande emoção quando ele consegue, com sua aptidão a magia, derrotar o inimigo. A construção dele ser um caçador não explica o mesmo derrotar o King, e também não traz tensão para um momento tão chave que é quando ele derrota o vilão principal do capítulo e se transforma em bruxa.

O que compensa a estrutura truncada, que quase beira o amadorismo no roteiro, é a proposta do mangá somada à sua arte. Sempre é bom ver mangás de FANTASIA sendo lançados na Weekly Shonen Jump, e espero sinceramente que Madan no Ichi dê certo. O conceito combina muito bem com a arte “mágica” e “leve” de Usazaki, que, nos momentos não expositivos, proporciona uma leitura doce, mas também intensa quando necessário.

Terminei a primeira leitura com uma sensação ruim, mas minha segunda e terceira leituras fizeram a série evoluir para algo simplesmente “OK”. Os defeitos continuam me incomodando, e sinceramente acredito que este primeiro capítulo está longe de ser memorável. Se tivesse sido lançado por um autor novato, certamente veríamos muito menos elogios do que vi. Contudo, não se pode negar que Osamu já provou seu talento com Iruma-kun, e acredito que Madan no Ichi possa sair do “OK” para algo espetacular, se permitirmos que a história se desenvolva.

O que vocês acharam de Madan no Ichi?

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