Fim da linha para Jyushin no Kanata! Kaijin Fugeki dá um sopro de esperança para os battle shonen. E como andam os novatos? Tudo isso e muito mais na nossa análise da Weekly Shonen Magazine. Seguindo a ordem da TOC:
- Kakkou no linazuke (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 219
- Yumene Connect Ch. 03
- Blue Lock Ch. 276
- Banjou no Orion (Página Colorida) Ch. 30
- Irozuku Monochrome Ch. 04
- Yowayowa Sensei Ch. 88
- Ao no Miburo (Página Colorida) Ch. 141
- Akabane Honeko no Bodyguard Ch. 94
- Megami no Café Terrace Ch. 167
- Mokushiroku no Yonkishi Ch. 161
- Kaijin Fugeki Ch. 14
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 344
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 105
- Sentai Daishikkaku Ch. 154
- Mayonaka Heart Tune Ch. 45
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 152
- Gachiakuta Ch. 109
- Hajime no Ippo Ch. 1489
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 111
- Love Forty Ch. 12
- Batchiri Scratch! Ch. 10
- Jyushin no Katana Ch. 40 (Fim)
- Fumetsu no Anata e Ch. 190 – 4
Ausências: GALAXIAS Ch. 08, Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 148, Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 192, Ahiru no Sora Ch. 618 (Hiato)
Após a capa com uma idol, as primeiras páginas coloridas e liderança dessa edição vão para Kakkou no Iinazuke. A romcom promove seu anime com a arte do começo da matéria, mostrando suas quatro heroínas principais para promover a segunda temporada de anime — aonde a quarta garota, Ai, aparecerá pela primeira vez animada!
Esse é o grande trunfo da temporada. Kakkou no Iinazuke passou do ápice de vendas de volume, mas ainda é muito popular e lucrativo. Produtos novos da série são anunciados regularmente, sempre em torno das heroínas, então uma temporada com o arco de uma garota nova é oportunidade de lucro para todos os envolvidos.
O anime sai ano que vem, mas a Magazine precisará usar várias páginas coloridas na próxima temporada com seus anime de Outubro, então aproveitaram a oportunidade agora para dar destaque a Kakkou. Várias campanhas já começaram e inclusive estão promovendo a outra obra da autora Miki Yoshikawa, Hiiragi-san Chi no Kyuuketsu Jijou, uma romcom saindo na Bessatsu Shonen Magazine — com grandes chances de também receber um anime.
Vice líder, Yumene Connect teve um capítulo ainda mais parecido com To Love-ru do que seus primeiros. As comparações continuam sendo feitas, até o traço do autor é comparado com o de Kentaro Yabuki. Tudo isso num contexto positivo, a recepção está boa até agora.
Fechando o pódio, Blue Lock ganha mais destaque que o comum. Razões? Capítulo excitante e o marketing maior para a franquia pela proximidade da nova temporada do anime. Aparições em programas de TV, colaborações, produtos, etc. É impossível fugir de Blue Lock no Japão.
No quarto lugar, Banjou no Orion tem o tipo de página colorida que eu mais desgosto: repeteco da capa do volume! Sim, essa é a capa do volume 3. Apesar disso, o mangá continua melhorando em recepção e a Kodansha anunciou reprints desse volume que ainda nem saiu já que a demanda esta maior do que o esperado.
Irozuku Monochrome também fica na parte de cima, em quinto. É o comum para promover um mangá novo. A recepção não parece ter mudado de antes (positiva), mas precisaremos esperar o volume 1 para saber o seu potencial com um público geral. O volume de comentários para novatos na Magazine não é alto igual na Jump.
Sexta posição para Yowayowa Sensei. O mangá costuma trocar de metade da revista com Kanan-sama por causa de seus tons parecidos. Duas séries ecchi seguras e que possivelmente estão com adaptações em planejamento.
Sétima colocação e uma página colorida um tanto poluída para Ao no Miburo. É mais promoção do anime, que começa em poucos tempo, com datas e informações. A revista também trouxe comentários sobre a banda SPYAIR, que fará a abertura, e o cast de dubladores. Quase todo o marketing do anime de Ao no Miburo é sobre seus artistas — eles sabem que esse é o ponto mais fácil de vender para um público maior.
O oitavo lugar é Akabane Honeko. O arco final continua com uma luta secundária que prosseguirá no próximo capítulo, indicando ainda mais algumas semaninhas de publicação. Continuo apostando que acaba no capítulo 100.
Megami no Café Terrace de novo na metade superior da Magazine, nono na TOC. É aquilo: anime em exibição ainda por mais poucas semanas e muito boa recepção dos leitores da revista atualmente.
Em décimo lugar, Mokushiroku no Yonkishi prepara terreno para um arco épico no mangá, enquanto sua nova temporada de anime anuncia uma abertura do Uverworld, banda que muitos leitores de obras shonen devem conhecer por Bleach, Ao no Exorcist, etc. Não mudará em nada o status de popularidade da série, que tem uma barreira gigante para novos fãs, mas ainda assim é algo legal de se ver.
O décimo primeiro colocado é Kaijin Fugeki, que superou os 15 mil volumes vendidos em um mês! É uma excelente estreia para os padrões modernos da Magazine, superando o debut de Mayonaka Heart Tune.
Mesmo que muito dessa popularidade venha do autor Oh great, emplacar um battle shonen é difícil até para autores veteranos atualmente cof cof Jyushin no Katana cof. A narrativa não convencional parece ter dado certo, apesar das críticas de alguns leitores. É possível que mais battles apareçam tentando conceitos diferentes, só é difícil saber se renderão frutos sem um nome de confiança para convencer compradores.
Kanojo, Okarishimasu é o décimo segundo dessa TOC. Os dois últimos capítulos me levam a pensar que a obra não acabará no próximo arco, deixaram mais pontas soltas para outros personagens. Cada vez mais penso que iremos até 2026 com a romcom na revista.
Na décima terceira posição, Seitokai ni mo Ana wa aru entrega o meu capítulo preferido da semana, e que também foi o de muitos leitores. Elogiado por sua comédia e fanservice, o mangá entregou um capítulo dramático e emocional que elevou ainda mais a ótima recepção com o público. Estamos na espera do anime!
Sentai Daishikkaku é o décimo quarto lugar em um capítulo bem interessante. Não achei que esse arco chegaria num clímax tão grande para a história, mas está indo além do esperado. O fim não deve ser agora, mas 2025 torna-se cada vez mais uma possibilidade. E página colorida do autor Negi Haruba semana que vem… mas é de Gotoubun.
O décimo quinto colocado é Mayonaka Heart Tune, prosseguindo para outro arco. O volume de comentários do mangá parece estar crescendo cada vez mais e mais reprints já foram anunciados, a romcom ainda está em etapa de decente crescimento.
Situação oposta do décimo sexto, Amagami-san. Em um mês o novo volume vendeu pouco mais de 22 mil cópias, bem aquém dos seus 30 mil do passado. O anime ajudará, mas o autor precisa urgentemente fazer arcos mais interessantes para os leitores, cada vez menos interessados no rumo da história.
Décima sétima posição é de Gachiakuta. Sempre colocado como uma forte aposta de crescimento quando ganhar anime, o mangá continua sem receber tanta prioridade, tendo um volume maior de comentários no Ocidente que no Japão. Não quer dizer que o público japonês não goste da série, afinal ainda vende acima das 20 mil cópias ao mês — mais que Sentai, Miburo, Akabane Honeko –, mas voltará a crescer só com sua adaptação mesmo.
Hajime no Ippo, em décimo oitavo lugar, entrega outro capítulo mais curto e de transição entre os rounds da luta atual. Pode ser a parte final dessa batalha, quem sabe?
Décimo nono na TOC por questões normais de rotatividade, Kanan-sama fica para o fim contrastando com Yowayowa.
Nosso vigésimo é Love Forty. O mangá de tênis está tem um bom tempo preso numa partida de duplas, mas sem acelerar qualquer ritmo, mesmo os resultados desastrosos. Ou seja, uma nova leva de mangá deve estar bem distante já que Love Forty é um cancelamento óbvio.
Antepenúltimo, Batchiri Scratch caiu abaixo do seu rival de leva pela primeira vez. Estar abaixo de um mangá que já esperamos cancelamento indica o mesmo caminho para Batchiri. O 4-koma não recebe críticas negativas, mas não atrai público também. Quando uma nova leva chegar, deve ser um dos cancelados.
Penúltimo e cancelado, Jyushin no Katana é um caso triste de uma autora de dois sucessos sendo cancelada em menos de um ano. Akimine Kamijyo trouxe uma história de tom similar ao seu hit Samurai Deeper Kyo e recebeu elogios de fãs daquela obra. O problema é… Kyo é um mangá de 1999.
Até seu outro hit, Code Breaker, é de 2008. O leitor moderno da Magazine simplesmente não teve interesse na escrita mais tradicional da autora. A obra vendeu 4 mil cópias em seu primeiro volume e estacionou ali, sem crescimento e indicando que só uma parte pequena de seus leitores antigos acompanhavam Jyushin no Katana.
A Magazine promoveu bastante a história, até dando uma publicação simultânea em inglês no K-Manga, então foi uma decepção. Com um final corrido, a autora provavelmente nem quis levar a história para outra plataforma e deve focar em outro trabalho numa plataforma ou revista diferente da Kodansha. Ainda acredito que tenha lenha para queimar, mas para um público alvo diferente da Magazine de 2024.
Fechando a edição, Fumetsu no Anata e ficou abaixo até do mangá cancelado, demonstrando de vez como sua posição pouco importa para medir recepção.
Finalizarei o artigo com a questão: o que acham que um battle shonen deve fazer para sobreviver no mercado atual? Tenho interesse nas respostas. Até semana que vem!