
O retorno de Vinland Saga, a recepção de OMORI e mais um anime para a revista viciada em adaptações.
TOC Monthly Afternoon #10 – (22/08/2024)
Capa: Wondance c62 (Anúncio da adaptação para anime)
02 – Blue Period c70
03 – Tengoku Daimakyou c66
04 – 7-nin no Nemuri Hime c52, c53 e c54
05 – Darwin Jihen c41
Medalist c47 (Página Colorida)
07 – Vinland Saga c213
08 – Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai c67
09 – OMORI c03
10 – Hellhound c27
11 – Tengu no Daidokoro c30
12 – Skip to Loafer c63
13 – Dokudami no Hanasaku Koro c09
14 – Toppuu GP c99
15 – Fragile c118
16 – Under 3 c119
17 – Mirai Rai Furai c05
18 – Issak c92
19 – Meimeimeishoku Seiiki c16
20 – Quartz no Oukoku c17
21 – Kaettekita Karasuya Satoshi
Ausentes: Ookiku Furikabutte, Saihate no Serenade, Puu-Neko, Nami yo Kiitekure, Mugen no Juunin: Bakumatsu no Shou, Raise wa Tanin ga Ii (hiato), Historie (hiato), Bouken Erekitetou (hiato).
Uma boa tarde, estimados leitores. Estamos reunidos mais uma vez para celebrar a décima edição anual da MAIOR revista adulta de quadrinhos japoneses. Ela mesmo, a majestosa Afternoon. Uma revista que possui uma TOC bem menos movimentada que as semanais, principalmente por conta de sua periodização mensal, que dissolve os dramas e as grandes novidades. As análises da revista acabam servindo muito mais como um lembrete das suas belas histórias, do que você poderia e deveria estar lendo, e só depois, como uma análise de desempenho de mercado. Chegou a hora de viajarmos para o texto, notar sua excelente line up e observar as sutis novidades do mês.
Página Colorida de Wondance – Anúncio da adaptação para Anime
Tanto na capa quanto na primeira posição, temos o excelente Wondance. A Afternoon não cansa de anunciar adaptações para anime, e Wondance é o novo felizardo da vez, tornando-se o quarto mangá com anime em produção da revista.
A maior diferença está no fato de que Wondance não é tão promissor quanto os demais. Yakusa Fiance ultrapassa as 100 mil cópias por volume, Medalist e Darwin Jihen são outros dois mangás que vendem acima das 30 mil cópias mensais, já o pobre Wondance mal consegue superar as 8 mil cópias por mês. Tais circunstâncias jamais impediram a história de receber inúmeras páginas coloridas, capas e boas posições na TOC, demonstrando um incrível apoio interno apesar do desempenho tímido nas vendas.
Outra coisa curiosa é a equipe responsável, o anime caiu no colo do excelente estúdio MADHOUSE, vai ter também a supervisão da RIEHATA (famosa coreógrafa japonesa que já colaborou com vários grupos de kpop) nas cenas de dança, um projeto incrivelmente promissor. Curioso como as revistas tendem a entregar projetos pequenos para estúdios excelentes, e mangás ‘’grandes’’ para estúdios medíocres. Uma tentativa de equlibrar as coisas, o grande não precisa de tanto ajuda quanto o pequeno. Fico feliz por Wondance, um excelente mangá que merece mais reconhecimento.
Os dois gigantes Blue Period e Tengoku Daimakyou aparecem na sequência. Imagina a alegria do consumidor que abre uma revista e encontra na sua frente capítulos dessas duas histórias, uma atrás da outra. Honra de uma única revista. 7-nin no Nemuri Hime surge na quarta colocação, e continua recebendo um excelente apoio interno, mesmo com vendas baixas, reduzidas 4 mil cópias por volume.
Darwin Jihen e Medalist são os próximos da fila, e ambos esperam seus animes para alavancar mais ainda seu sucesso. Faltam apenas quatro meses para a estreia do anime de Medalist, já Darwin Jihen nem data temos, vai demorar.
Voltando na sétima posição temos o glorioso Vinland Saga, que continua a todo vapor. Considerando o ritmo da história e o ritmo de publicação, acho que em 2025 teremos a despedida do mangá. Cedo demais para um clima de despedida, bora ler e aproveitar enquanto não acaba. Aono-kun ni Sawaritai kara Shinitai vem logo na sequência, outro que planeja encerrar no mais tardar do ano que vem. São 3 anos que o mangá supostamente entra na sua reta final e até agora nada de terminar. Não vou dizer que já passou da hora porque a história continua excelente, então, sem pressa.
OMORI aparece na nona posição, e com a atual suspensão do twitter, fica meio complicado fuçar as primeiras impressões do público com o mangá. Felizmente, os fóruns anônimos da internet ainda estão de pé. Pelo o que venho observando, a recepção de OMORI continua bem gelada. Tirando os elogios à arte (que consegue ser bem confusa às vezes) todo o resto segue desinteressante. O mangá vem sendo vendido inteiramente como uma história para os fãs do jogo, não como uma possibilidade de entrada para quem ainda não conhece a história. Por enquanto, começar pelo mangá de OMORI não parece ser a melhor opção, e o mangá como uma mídia separada e independente também não convence.
Hellhound e Tengu no Daidokoro aparecem lado a lado, os dois ‘’novatos’’ que deram certo seguem tranquilos na parte central da revista. O primeiro vende 25 mil cópias por mês, o que é excelente, e o segundo vendendo 8 mil por mês, o que não é lá essas coisas, mas dá pro gasto.
Resolvendo se infiltrar na parte central encontramos o maravilhoso Skip to Loafer, que continua numa boa. Dokudami no Hanasaku Koro aparece na próxima posição, e vejo que a popularidade do mangá vem crescendo, timidamente e continuamente. Uma tradução do mangá seria bem vinda.
Na décima quarta colocação temos Toppuu GP. Nunca fui de dar muita atenção para o mangá, mas ultimamente estou desenvolvendo uma obsessão bem grande por motos, o que me fez enxergar o mangá com outros olhos. Não tem muito segredo, quem se interessa por automobilismo vai acabar adorando esse mangá. Uma história claramente escrita por alguém que tem um carinho e paixão genuínos por motos, muito bom de acompanhar.
Fragile e Under 3 são os próximos da fila. Ambos sem muito o que comentar nessa edição, estão seguros e em paz. O novato Mirai Rai Furai aparece no fundão, o que não necessariamente preocupa, mas também não aponta para algo positivo. O mangá é super nichado e não tem basicamente ninguém falando sobre, é mais uma daquelas histórias super inventivas que não consegue conciliar sua peculiaridade com a atenção do público geral. Sua sobrevivência vai depender inteiramente da vontade editorial.
Issak mais uma vez aparece no fundo da revista, mas isso não preocupa porque o mangá pelo menos consegue reunir compradores, vendendo em média 7 mil cópias por volume. Diferente de Meimeimeishoku Seiiki, que não conseguiu aparecer no ranking shoseki e será cancelado na próxima edição. E apesar de não ter nada confirmado como Meimeimeishoku, Quartz no Oukoku deve sofrer o mesmo destino muito em breve, sendo eventualmente cancelado.
Acho que terminamos por aqui. Agradeço a breve atenção de vocês e até o mês que vem. Fui!
Página do último capítulo de Meimeimeishoku Seiiki, onde nossa protagonista é encontrada dentro do lixo. Cruelmente irônico.