É edição com mangá estreando! Irozuku Monochrome chega já aprontando na revista, incluindo uma página colorida bem ousada (fica de aviso). Nas vendas de volume, um dos novatos mostra força e o outro afunda! Saiba disso tudo e mais na nossa análise da Weekly Shonen Magazine, a segunda maior revista shonen do Japão. Começando pela ordem da TOC:
- Irozuku Monochrome (Primeiras Páginas Coloridas) Ch. 01
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 145
- Gachiakuta Ch. 107
- Hajime no Ippo Ch. 1467
- Megami no Café Terrace Ch. 164
- GALAXIAS Ch. 05
- Kanan sama wa Akumade Choroi Ch. 108
- Love Forty (Página Colorida) Ch. 09
- Kakkou no linazuke Ch. 216
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 189
- Akabane Honeko no Bodyguard Ch. 91
- Kaijin Fugeki Ch. 11
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 341
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 102
- Banjou no Orion Ch. 27
- Ao no Miburo Ch. 138
- Batchiri Scratch! Ch. 07
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 149
- Blue Lock – Episode of Nagi – (Capítulo especial da Bessatsu Shonen Magazine)
- Yowayowa Sensei Ch. 85
- Sentai Daishikkaku Ch. 150
- Jyushin no Katana Ch. 37
Fumetsu no Anata e Ch. 190 – 1
Ausências: Mayonaka Heart Tune Ch. 43, Mokushiroku no Yonkishi Ch. 159, Blue Lock Ch. 273, Ahiru no Sora Ch. 618 (Hiato)
Após uma modelo na capa, Irozuku Monochrome se apresentou com a página colorida dupla acima. É bem óbvio se você terá interesse ou não na série, então a página colorida cumpriu sua função, não tentou esconder de jeito algum o que a obra é — um romcom ecchi e bem exagerado.
A história em resumo é a seguinte: um garoto, ex-delinquente, se apaixona por uma menina e deseja se confessar a ela. O problema é que ela é uma freira em treinamento e está decidida a seguir o caminho do celibato. O protagonista assim sente um desejo imenso de tomá-la da igreja. Nisso, um demônio se liberta e toma posse de seu corpo.
Sendo o representante do pecado da luxúria, esse monstro faz com que o garoto cometa atos libidinosos, levando as freiras a declararem guerra. Assim começa uma batalha entre o demônio, que quer fazer com que o garoto corrompa essas garotas com cenas “fanservice”, e das freiras, que pretendem purificar o protagonista.
Não é sério quanto soa pela sinopse, o mangá remete ao clima de um To Love-ru, com o lado sobrenatural existindo para criar situações ecchi e piadas com o absurdo.
O trabalho é de Atsushi Uchiyama que já havia feito a romcom Koi ka Mahou ka Wakaranai! na Magazine antes, encerrada de maneira estranha e comentários a respeito da fraca saúde do autor.
A recepção inicial é boa, com por volta de 5 mil seguidores no Twitter (superando os 600 de Love Forty e 1100 de Batchiri Scratch) e vários fãs de sua obra anterior felizes com esse retorno. Elogios foram feitos tanto para a comédia quanto a arte. Mas a Magazine é uma revista que precisa-se de mais tempo para colher recepções, então trarei mais comentários semana que vem.
A vice liderança foi para Kuroiwa Medaka, que introduziu de vez uma nova personagem para a rotação de capítulos. Kuroiwa Medaka está regularmente aparecendo nas cabeças da tabela, mesmo com o anime não tão perto. A razão é provavelmente mesmo a boa recepção com os leitores da revista.
Completa o pódio Gachiakuta. A série de batalha recebe bom destaque nessa semana, mas terá um break na próxima. Já vi algumas pessoas comentarem sobre talvez ser uma questão de saúde de Kei Urana, a autora, mas vendo o capítulo dessa edição, acho que essas paradas regulares são justamente para entregar uma arte excelente e condizente com sua visão, é impressionante e difícil de imaginar que ela conseguiria fazer isso toda semana sem paradas.
A recepção semana a semana não importa para o quarto lugar, Hajime no Ippo. O status de intocável de uma das maiores obras da história da indústria é mais do que merecido, mas ainda é válido ressaltar a ótima recepção do capítulo dessa semana. Aula de desenvolvimento e simbologia.
Quinto posto para outro mangá em bom momento: Megami no Café Terrace. Anime segue em exibição e teve mais um capítulo com elementos que os fãs sempre elogiam da história: heroínas ativas e mais maduras do que o normal e um excelente timing para comédia.
GALAXIAS fica no sexto lugar e continua sendo muito elogiado. Desde que comecei a cobrir a Magazine aqui no site, quase um ano atrás, nunca vi uma série tão bem recebida em comentários quanto Galaxias. Os mistérios e cenários maravilhosos desse capítulo só trazem mais interesse e em Outubro, com o lançamento do volume 1, saberemos se essa recepção traduzirá em vendas. Existe a chance de ser o maior hit da Magazine no ano.
Na sétima posição, Kanan-sama prossegue seu arco atual envolvendo o casal principal bem com o resto dos personagens apresentados até aqui. Fora isso, não há muito o que dizer de novo, está sendo bem elogiado como sempre.
Punindo-me por ter postado a capa do volume 1 antes para dar uma moral para a série, Love Forty REUSA essa arte para a página colorida dessa semana que promove o mesmo volume. É uma página colorida protocolar, a Magazine dá várias para promover volumes, sem relação alguma com popularidade.
Os resultados iniciais de vendas desse volume são desastrosos, ficando abaixo de Jyushin no Katana (vendas nos 4 mil) e do cancelado Brave Bell (2 mil). Não há futuro para Love Forty, sua maior conquista seria sobreviver até o capítulo 30. Os autores até estão tentando promover a série nas redes sociais e ganharam um pouco mais de atenção em comparação à nulidade de antes, mas é DE LONGE o mangá mais impopular da Magazine.
Décimo lugar é de Shangri-la Frontier, a receber as primeiras páginas coloridas da próxima edição celebrando 10 milhões em circulação para 18 volumes. É um número fortíssimo e digno de pilar da revista, mas lembrem-se de nunca comparar números de circulação com as vendas que temos da Oricon/Shoseki. Não são só vendas digitais que entram na conta da circulação, mas também vendas de estoque à lojistas, são dados que não temos.
Para Akabane Honeko, nosso décimo primeiro colocado, só tenho que repetir o que falei semana passada sobre o filme ter se perdido em meio aos outros lançamentos do cinema no verão japonês. Quanto ao mangá, a batalha final está em andamento e a obra pode anunciar que encerrará a qualquer momento, mas ainda chuto que irão até o capítulo 100.
Recebendo um bom marketing para seu volume 1 (como a placa no metrô acima), Kaijin Fugeki é o décimo segundo da TOC. O volume em si teve bons resultados na Shoseki, por volta de 4500 cópias vendidas em 3 dias.
“Calma, 4500 é bom?!!”, sei que alguns podem reagir assim, mas são realidades do mercado. Esse número em 3 dias significa que há uma boa chance da série vender 10 mil numa semana, assim superando o equivalente de dois dos sucessos recentes, Mayonaka Heart Tune e Banjou no Orion.
O mercado não retornará aos números do passado. A população japonesa não cresce, o poder de compra diminui e métodos mais baratos para leitura de mangá tomam mais espaço. Um bom vídeo explicando alguns desses fatores, como o mercado de mangá reusado, pode ser vistos no canal do AnalyseIt no Youtube. Corram lá, se não viram!
Dito tudo isso, Kaijin Fugeki tem uma boa base inicial e seguirá tranquilo na revista. Podia vender mais? Até acho que sim, o mangá recebeu reviews negativos no volume 1 em vários sites, chamando-o de confuso e difícil de seguir. Mas ao mesmo tempo os elogios são efusivos sobre a história criativa e interessante. Acredito que tem seu nicho e sabe apelar para ele.
Voltando à TOC, em seguida temos Kanojo, Okarishimasu em décimo terceiro. Pelo visto esse é o final do arco atual? Ao menos pareceu fechar bem a narrativa do que estava acontecendo. Mais informações no próximo artigo.
Colossal na internet, Seitokai ni mo Ana wa aru é decimo quarto dessa vez. A série recebe mais arte e animações de fãs que até os novos sucessos da Shonen Jump, é quase inexplicável o quão grande é nessa esfera. Essa popularidade deve ser a razão dos editores da Kodansha deixarem o autor a fazer o que quiser, as piadas ficam cada vez mais “sujas” para o deleite de muitos leitores.
Grande contraste agora com o dramático Banjou no Orion em décimo quinto lugar. Impossível não comparar a obra com Sangatsu no Lion, o mangá de shogi focado em dramas e relações interpessoais. Banjou no Orion, que tem até nome parecido, também usa shogi para contar histórias do tipo. Então é importante que o autor atenda as expectativas altas colocadas pela comparação e capítulos como o ótimo dessa semana dão moral para que convença os leitores. Fiquem com uma imagem que acho que captura bem o pontos forte desse capítulo.
Ao no Miburo é o décimo sexto colocado e traz um capítulo que pode implicar que a obra abordará um incidente histórico popular. Atrairá leitores? Não. Isso fica a cargo do anime tentar performar um milagre mesmo em Outubro.
Em décimo sétimo, Batchiri Scratch parece ter se firmado nessa posição entre o meio da revista e as últimas séries. Não sei dizer ainda se é um local fixo e o quanto a TOC importa para um mangá 4-koma de comédia. Continuo achando que é uma obra de boa qualidade, e continuo sem saber quais são as expectativas dos editores para algo tão fora do padrão.
Colocado em décimo oitavo, o que de fato importou esses dias para Amagami-san foi o trailer de seu anime. As irmãs estão em movimento e dubladas, finalmente os fãs sabem como elas soam! Também revelaram a abertura, feita pelo popular grupo Momoiro Clover Z. São idols muito populares e das principais artistas do Japão nos últimos 15 anos, então foi uma boa conquista para o anime. Quem sabe ajuda? O autor até faz uma artezinha celebrando.
No vigésimo posto encontramos Yowayowa Sensei. A obra é meio que um leão de internet, sendo muito bem recepcionada em redes e fóruns, mas vendendo sempre na casa dos 10 mil “apenas”. Porém essa performance é o suficiente para os editores, que continuam promovendo Yowayowa Sensei. Semana que vem recebe outra página colorida e o capítulo dessa edição mesmo implicou mais desventuras para a professora.
Em antepenúltimo, Sentai Daishikkaku cada vez mais confirma uma perda de prioridade promocional na revista após seu anime não causar um boost significativo. Sem cancelamento, mas mais fora do holofote.
Penúltimo, Jyushin no Katana continua acelerando rumo a seu fim. É difícil prever quem acaba primeiro entre ele e Akabane Honeko, mas é seguro dizer que Katana não dura mais 2 meses.
Encerrando, Fumetsu no Anata e no seu local de hábito. Rumo ao seu oitavo aniversário, a narrativa em si ainda não mostra uma proximidade grande com um encerramento do mangá. Mais anos de fundão!
Concluindo, após os prováveis sucessos de Kaijin Fugeki e Galaxias, é inevitável que a Magazine não quer perder espaço no gênero que domina, então mais uma romcom com hype em torno do lançamento é algo que gera boas expectativas para o futuro da revista. Ainda temos mais obras para estrear, mas a competição começa a ficar mais interessante de novo na Magazine. Até semana que vem para mais uma análise!