Uma semana de muitos retornos, a preparação para as despedidas e o progresso dos novatos. Que mangá é esse da capa? Ele existe mesmo ou seria apenas uma miragem?
TOC Weekly Shonen Sunday #20 (10/04/2024)
Capa: Magic Kaito c37
02 – Ryuu to Ichigo c187
03 – MAO C224
04 – Maou-jou de Oyasumi c362
Te no Geka c41 (Página Colorida)
06 – Major 2nd c277
07 – Rock A Rock c02
Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari c340 (Página Colorida)
09 – Utsuranin desu c03
10 – Tonikaku Kawaii c268
11 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c110
12 – Red Blue 105
13 – Last Karte c93
14 – Komi-san wa, Komyushou desu c453
15 – Ogami Tsumiki Ki nichijou c22
16 – Tatari c46
17 – Mizuporo c21
18 – Kimi wa 008 c295
19 – Shusseki Bangou 0-ban c25
20 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c302
Ausentes: Shibuya Near Family , Maiko-san Chi no Makanai-san, Detective Conan (hiato), Ad Astra Per Aspera (hiato).
Saudações, meus queridos camaradas. Mais uma semana de Sunday, mais uma TOC chegando. Nada mais apropriado do que um Domingo de Sunday. Desta vez temos uma edição bem menos enxuta, e nela, o super retorno do mangá mais antigo da revista. Perdão pela demora, bora pra TOC.
Na capa e na primeira posição da revista, avistamos um nome negligenciado pelo tempo, o nome de Magic Kaito. Após 7 anos, o querido ladrão da revista retoma sua serialização. Cada capítulo novo de Kaito é um conflito diferente de gerações, quando vimos a história pela ultima vez somente 6 dos 20 mangás da Sunday estavam em publicação, Major 2nd, Maiko-san, Aozakura, Maou-jou de Oyasumi, Komi-san e Conan, só. Era uma outra revista.
Tanto tempo longe que a revista precisa lançar um manual de instruções com o que aconteceu 7 anos atrás.
Magic Kaito sempre foi um trabalho complicado para a carreira de Gosho Aoyama, teve um nascimento turbulento, também não teve um apoio inicial dos seus editores, que não acreditavam no potencial do autor. Lançando capítulos com uma periodização totalmente irregular e sem apoio interno, Aoyama lutou, mas conseguiu prevalecer, seu sucesso não tardou, no primeiro volume de Magic Kaito, um grande sucesso, 100 mil cópias vendidas com facilidade, garantindo ao autor seu merecido respeito. Respeito esse que não resultou exatamente na estabilização de Magic Kaito, mas em uma nova oportunidade para o artista, um novo projeto semanal na Weekly Shonen Sunday, o nascimento de Yaiba, outro grande sucesso do escritor.
A história de Magic Kaito, de forma absurdamente breve, é essa. Um mangá que nasceu da desconfiança, e que no seu imediato sucesso, foi substituído por outras serializações de muito mais sucesso. Um filho esquecido e negligenciado pelo pai que escolheu amar mais suas outras crianças. E fica difícil julgar esse pai, quando um desses filhos é ninguém menos que o tal Conan. Entre o ladrão e o detetive é melhor ficar do lado da justiça. Resta aos 3 fãs de Kaito que sobraram ao redor do mundo aproveitar bem as próximas semanas, pois jajá a história volta pro fundo do porão.
Na segunda posição da revista, Ryuu to Ichigo. A eterna prova da filantropia da Sunday. Vende pouco, se destaca muito. Em seguida, MAO. A história da maior mangaká da história segue no topo da revista, como sempre, e seu plot caminha de forma cada vez mais acelerada. Ler MAO semanalmente está sendo uma atividade mais divertida do que achei que seria, recomendo fazerem o mesmo.
Maou-jou de Oyasumi aparece logo após. Inesperado encontrar a história tão bem ranqueada, mas considero uma boa decisão. É a principal comédia da revista e precisa ser celebrada como tal, sempre que possível.
Te no Geka retorna após algumas semanas de ausência na 5º colocação. Acho engraçado como o pensamento oriental nem sempre se separa do nosso. Todo tópico de discussão de Te no Geka que eu encontro ‘’por lá’’ gera o mesmo tipo de comentário que teria ‘’por aqui’’. Por que diabos esse mangá continua recebendo página colorida? Pra que tanta divulgação se ele não vende nada? Ninguém entende o amor da Sunday por Te no Geka, e esse amor gera revolta.
Major 2nd é outro que volta para mais uma edição. Semana sim e semana não na revista, o lendário mangá recebe uma posição surpreendentemente baixa. Acostumado sempre com a segunda ou terceira colocação, é curioso ver a série por aqui. Nada de outro mundo, porque o que me estranha mesmo é a posição de Rock A Rock. Logo no seu segundo capítulo uma posição sem destaque algum, é um tratamento meio indesejado para um mangá que acabou de sair do forno. Na semana que vem o mangá vai receber sua segunda página colorida, então tá perdoado, mas acho interessante como no site oficial da Sunday foi escrito o seguinte sobre a recepção da história: ‘’Obrigado pelo feedback’’, enquanto para o nosso 9º colocado, Utsuranin desu, escreveram: ‘’O novo capítulo da série que recebeu uma incrível recepção’’.
Pode parecer besteira, mas cada escolha de palavras possui um objetivo, uma intencionalidade, algo que você busca destacar ou deixar de destacar. No caso de Rock a Rock, que teve uma recepção inicialmente morna, o agradecimento foi pelo feedback, mas não houve uma especificidade nesse feedback, ele foi positivo? Foi negativo? Não dá pra saber, preferiram omitir, e essa omissão informa algo. Já Utsuranin é mais direto, temos essa resposta. Um agradecimento pela ‘’excelente recepção’’.
Quando eu opto por escrever ‘’o incrível, o excelente, o ótimo’’ ao invés de entregar uma descrição crua e seca de algum mangá na TOC fica fácil de entender meu direcionamento. O uso de adjetivos não é à toa, eu quero que vocês se importem com a descrição. E a ausência desse mesmo adjetivo também possui um objetivo, eu quero que não se importem com a descrição, é pra passar batido. To forçando a barra? Um pouco, mas tem um certo fundamento. Palavras tem poder.
Página Colorida de Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari
A página colorida de Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari é de praxe, um novo volume tá pra sair, tome-lhe página colorida. Sem mistérios. Na nona posição, Utsuranin desu. Já adiantei um pouco no parágrafo passado, mas sim, Utsuranin está tendo uma excelente recepção, melhor ainda no seu segundo capítulo.
Muita gente comentando, muita gente gostando e muita gente aprovando, só flores. E quando falo muita gente, falo muita gente nos termos da Sunday, que significa umas 100 pessoas. Nada extraordinário, mas que traz uma perspectiva muito promissora para a sobrevivência da história, que precisa fazer somente o básico para vingar na atual lineup.
Tonikaku Kawaii e Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi surgem nas posições seguintes. Tonikaku já está acostumado com as posições medianas, mas não me agrada ver Mikadono tão baixo, principalmente na véspera do seu novo volume. Em uma edição com tantos retornos e com dois estreantes é compreensível ver a história mais no fundo, mas de qualquer forma, não gosto.
Red Blue segue na tranquilidade corriqueira, sem vendas e com muito apoio interno, um verdadeiro príncipe. Já Last Karte caminha para sua reta final, somente mais dois capítulos para o encerramento mais misterioso dos últimos anos da revista. Nada explica seu fim.
Komi-san wa, Komyushou desu é outro que assim como Mikadono não merece posições ruins, mas acaba sendo sacrificado em prol da maior diversidade e novidades de cada edição. Agora, o que não dá pra entender é a 15º posição de Ogami Tsumiki Ki nichijou. Um mangá que desempenhou tão bem no seu primeiro volume e que continua entregando excelentes capítulos um atrás do outro não pode ficar tão mal classificado. Não teremos capítulo de Ogami na semana que vem, então espero que o editorial repense com cuidado seu próximo movimento, ou teremos problemas. Não brinquem com os fãs de meninas monstros.
Na décima sexta posição, encontramos um antigo conhecido da região, Tatari. Pela terceira edição seguida, Tatari aparece no bottom 5 da revista. Tatari é um famoso sobrevivente da revista, se tem alguém que lutou nesse fundão e sobreviveu, foi ele. Mas com uma onda de encerramentos que ainda não terminou, e com uma onda de novos mangás que não acabou, não me surpreenderia ver Tatari finalmente metendo o pé. E me surpreenderia menos ainda encontrar nas próximas edições Tatari com uma página colorida ou na parte de cima da TOC, como ele adora fazer. Só ameaça, faz seu drama e volta ao normal.
Página do Capítulo 46 de Tatari. Na luta contra o cancelamento vale tudo, Tatari tá até apelando pra safadeza.
Mizuporo é outro que surpreende, negativamente. Enquanto antes eu não sabia decidir qual seria a posição da história na revista, creio que a resposta se aproxime cada vez mais. Poucas semanas faltando para o lançamento do seu primeiro volume, e o mangá começa a se estabilizar na parte traseira da revista. Vimos isso com Shusseki Bangou 0-ban, que na iminência do seu primeiro volume permaneceu no fundo da revista, e de lá nunca mais saiu.
A sorte de Mizuporo está em ser uma comédia, então, há esperança, mesmo em um eventual péssimo desempenho nas vendas. É muito mais fácil perdoar os pecados de uma série de comédia que nunca prometia vender muito, em contrapartida, é muito mais difícil justificar a permanência de um mangá de ação e aventura, que foi planejado para ser um sucesso. Pelo menos na teoria.
Nas duas últimas posições, Kimi wa 008 e Shusseki Bangou 0-ban. Mesmo perto do fim, não aliviaram para Kimi wa 008, totalmente afundado. E a mesma coisa vale para Shusseki, que caminha com muita fome e vontade para seu cancelamento.
É isso. Encerramos. Fim. Aguardo vocês na próxima semana. Cuidem-se.
TEREMOS FRIEREN DE VOLTA NA PRÓXIMA EDIÇÃO!!!