O Rock chegou na Sunday, e junto com ele, uma triste notícia para o reino animal, o inesperado encerramento de Last Karte. Por que cancelaram o pobre veterinário???
TOC Weekly Shonen Sunday #19 (03/04/2024)
Capa: Nao Kosaka (Idol do grupo Hinatazaka46)
Rock A Rock c01 (Página Colorida de Estreia)
02 – Ryuu to Ichigo c186
03 – Kimi wa 008 c294
Utsuranin desu c02 (Página Colorida)
05 – MAO C223
06 – Komi-san wa, Komyushou desu c452
Last Karte c92 (Página Colorida)
08 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c109
09 – Tonikaku Kawaii c267
10 – Ogami Tsumiki Ki nichijou c21
11 – Maou-jou de Oyasumi c361
12 – Red Blue 104
13 – Mizuporo c20
Kishida yota man (One-shot)
15 – Shusseki Bangou 0-ban c25
16 – Shibuya Near Family c91
Mahou Tsukai Baban (One-shot)
18 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c301
Ausentes: Major 2nd, Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari, Tatari, Maiko-san Chi no Makanai-san, Te no Geka, Detective Conan (hiato), Magic Kaito (hiato), Ad Astra Per Aspera (hiato).
Página Colorida de Estreia de Rock a Rock
Bem vindos, meus queridos camaradas, amantes da 9º arte. Estamos de volta para mais uma semana, uma semana que desta vez veio finíssima, curta curta. Não posso reclamar, pois são nas edições curtas como esta que me sobra tempo pra reclamar e opinar sobre mil coisas. Vamos por partes, primeiro, para a TOC.
O Michael Jackson na capa chama bastante atenção, mas o que precisamos comentar é o primeiro mangá que encontramos ao folhear a revista, o estreante Rock A Rock. A premissa não é inovadora, conta a história de um garoto do interior que ama de paixão a música, o Rock, sendo mais específico.
Um mangá sobre amizade, juventude, dramas escolares, e muita música. É o que nos informa a sinopse. Eu não li o mangá porque ainda não sei ler os ideogramas japoneses, mas eu sei ler imagens e sei acompanhar a opinião de quem leu, então, dá pra agregar uma coisa ou outra na discussão.
Primeiro, a recepção. Diferente do nosso 4º colocado, Utsuranin desu, que teve uma recepção excelente e muito pouco criticado, Rock a Rock não teve a mesma sorte. O mangá foi bem crticado pela sua arte, o que eu concordo. Em diversos painéis a arte da autora me parece bem amadora, pouco inspirada nos cenários. Isso logo no primeiro capítulo, aquele que você teve uma preparação maior, é complicado.
Não chega a ser feio, mas a arte não chama atenção.
Mas tirando isso e outras reclamações aleatórias, nada muito preocupante. A maioria ainda gostou, diria uma proporção 60/40, enquanto Utsuranin desu recebeu um 80/20, em relação a positividade da sua recepção. Pessoalmente, e reforço, é o que eu acho, ninguém mais, histórias com temáticas musicais são complicadíssimas. Costumo não gostar.
São histórias difíceis de funcionar, por um motivo óbvio, você não consegue transmitir sons através de um quadro preto em branco, você pode transmitir inúmeros sentimentos na tentativa de emular e comunicá-los, mas ainda não vai ser o som. Mas implicância com mangás musicais é um problema pessoal meu, quem tem que achar bom é o japonesinho médio, não o zé ninguém que aqui escreve.
Trabalhar uma temática musical, logo no seu primeiro trabalho, é bem ousado. A estreia não convenceu muito bem, com uma arte frágil e lidando com um genêro ‘’delicado’’, a autora vai ter que se esforçar mais do que o normal para se destacar. Vamos aguardar o desenrolar dos próximos capítulos, por enquanto, tudo muito morno.
Na segunda posição, Ryuu to Ichigo. Dentre os menores, Ryuu to Ichigo é sem dúvidas o maior. Confunde muita gente um destaque tão forte para uma história tão minúscula (na perspectiva comercial), mas são os mistérios da vida, o autor deve ter uma amizade muito forte com o editorial, deve ser o cara que leva a melhor sobremesa pras reuniões, sei lá.
Na terceira posição, Kimi wa 008. Posição que seria totalmente impensável de se imaginar tempos atrás, mas como seu final se aproxima, daqui 3 capítulos, nada mais justo do que entregar um pouco do brilho do sol na sua despedida. O novato Utsuranin desu vem logo em seguida, mas sem muitos comentários a respeito, já que seu segundo capítulo vai aparecer nas plataformas virtuais da Sunday somente na semana que vem, e pego boa parte das impressões por lá, então… sem muito o que comentar por enquanto.
Páginas Coloridas do segundo capítulo de Utsuranin desu
MAO e Komi-san wa, Komyushou desu aparecem na sequência. MAO que não costuma tirar tantas folgas rompeu bastante com a regularidade no mês de Março, creio que a Rumiko vai compensar essa ausência daqui em diante, MAO pro mês de Abril inteiro. Agora, chegamos na surpresa mais desagrádavel da semana, Last Karte. De forma totalmente abrupta, sem explicação nenhuma, a história entrou na sua reta final, o mangá vai acabar daqui 3 capítulos!!
Primeiro, por quê? Segundo, como? A minha resposta para as duas perguntas: Eu não sei!! A notícia pegou muita gente de surpresa, daqui, de lá, de todo canto. Nunca existiu um indicativo sequer do encerramento de Last Karte, suas vendas estavam na verdade em ascensão, a revista sempre adorou destacar e entregar páginas coloridas pro mangá, era uma história com um relativo prestígio e carinho da Sunday, então, não tinha como prever nada disso.
E isso são os fatores externos, porque os internos (o roteiro do mangá) também não indicava nada do tipo, principalmente pelo fato de que Last Karte é um mangá episódico, não tem arcos longos, são 1-2 capítulos e se encerra o arco, fim. Não houve construção antecipando seu fim.
Como explicar o fim de Last Karte?? Não se explica, temos apenas que aceitar. O que fazemos em toda análise de TOC é especulação, trabalhar sobre uma coleta de dados e reagir de acordo com as tendências da revista. Um empirismo que possui seus méritos e seus inúmeros buracos.
O que posso pontuar sobre o assunto é que não, não se trata de um cancelamento. Nada aponta para isso. É possível teorizar várias coisas, talvez algum problema de saúde do autor, a história vinha tirando muitas pausas; talvez o autor se sentiu satisfeito com sua história e só quis terminar, não sei, nunca saberemos se não nos informarem. O que nos resta é torcer por novas informações ao longo das semanas, coisa que acho bem difícil, então vamos ficar sem saber. Fim. Como uma chuva de verão.
Página Colorida de Last Karte – Como ousam encerrar um mangá lindo desses, olha essa página.
Os próximos quatro colocados são rostos familiares, Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi, Tonikaku Kawaii, Ogami Tsumiki Ki nichijou, Maou-jou de Oyasumi. Ogami Tsumiki tá de penetra neste meio de veteranos bem estabelecidos, mas é um mangá que tem tudo para atingir o mesmo status no futuro, então acho justo o agrupamento, é um bom presságio.
Na 12º posição, Red Blue. Acomodado como sempre e vendendo nada como sempre, a história sobreviveu a mais uma onda de cancelamentos/encerramentos com uma tranquilidade invejável. Como ele continua a fazer isso é um mistério.
O petista Mizuporo é outro que voltou a sua posição de conforto, o mangá que se encontra sempre na décima terceira colocação da revista, aguardando pacientemente o lançamento do seu primeiro volume, que vai decidir bastante sobre o futuro da série. Para finalizar, no fundão de sempre. Shusseki Bangou 0-ban, que pelo o que indica o roteiro, também entra na sua reta final. Esse sim, um cancelamento clássico. Sem muitos mistérios.
Sendo sincero, ainda estou bem confuso com a TOC desta semana. O encerramento de Last Karte é estranhho em todas as medidas. Observem o tamanho da edição, apenas 18 mangás. Dois são one-shots, Tokachi Hitoribocchi Nōen é uma mini história de 6 páginas, Mizuporo tem em média 10 páginas, Ogami Tsumiki também costuma entregar capítulos curtos, Shibuya Near Family tem em média 7 ou 8 páginas.
A Sunday, dentre as principais revistas shonen do mercado, é a mais ‘’fina’’ de todas. Essa é uma reclamação recorrente do japonês médio. Você compra a revista com seus 380 yen e recebe a menor revista do mercado.
Ela se tornou uma revista com ‘’pouco conteúdo’’. E conteúdo no sentido mais literal da palavra, são edições finas, com poucas histórias sendo publicadas, e as que estão em publicação, possuem poucas páginas. Por isso acreditei que as estreias não iriam ocasionar em vários cancelamentos, já que no caso da Sunday, não era necessário. Mas errei, a Sunday quer sim manter reduzido seu plantel.
É uma revista que intercala muito seus lançamentos, é raro um mangaká lançar os 4 capítulos no mês, sempre rola uma pausa. As estreias seriam para tapar esse buraco, permitir rotações e impedir edições ‘’finas’’ como esta, mas não foi o caso, optaram por manter 24 histórias na lineup. O que mantém o problema e torna a revista menos atrativa, já que quem a compra, vai encontrar sempre pouca coisa para ler.
Muitas questões me assombram, poucas respostas me alcançam, posso dizer que estou feliz, já que a dúvida gera interesse. Vejo vocês na semana que vem, nela, teremos o retorno do LENDÁRIO Magic Kaito. Estejam atentos. Fui.
Página colorida do One-shot Kishida yota man