É o momento de estrear aqui no Analyse It a V-Jump, a revista de Boruto e de Dragon Ball Super, que aliás, estreou no site com uma notícia muito triste e de quebrar o coração.
Hiato: Digimon World Re: Digitize
A V-Jump é uma revista Shonen da linha Jump, conhecida por ser a casa de Dragon Ball Super e Boruto. A revista é prioritariamente dedicada a jogos, por isso a presença de Yu-Gi-Oh e Dragon Quest em sua Line-Up, e vem com várias lembranças e informações relacionadas aos principais lançamentos do mês.
Diferente de revistas como a Weekly Shonen Jump, que estamos vendo um aumento do público adulto, a V-Jump parece ter continuado estável com sua faixa etária, adolescentes de 11 a 14 anos. E mesmo tendo obras mais velhas como Dragon Ball, Yu-Gi-Oh, Boruto, Inu Mayuge e Dragon Quest, o público continua jovem. O motivo? Provavelmente a maioria dos leitores mais velhos prefere comprar diretamente o volume de suas séries preferidas do que comprar uma revista mensal que tem poucas séries em lançamento.
Indo para a TOC, em primeiro lugar tivemos Boruto – Two Blue Vortex –, que em seu primeiro volume dessa nova parte vendeu quase igual ao volume anterior, indicando assim uma estabilidade, vendendo um pouco abaixo de 100 mil cópias em 1 mês. O segundo volume, que será lançado em Maio, deverá se manter na mesma quantidade. A série ainda vende bem, ainda é popular com o público de várias idades, mesmo estando longe do seu ápice em vendas. Com o triste hiato de Dragon Ball Super, a verdade é que Boruto se tornará ainda mais importante para a revista.
Algumas pessoas temem uma possibilidade de cancelamento de Boruto, mas isso eu diria que é literalmente impossível. Para um mangá ser cancelado na V-Jump, teria que estar vendendo menos de 5 mil cópias por volume, e Boruto nunca vai ter vendas tão baixas assim. Não confundam os números da Weekly Shonen Jump com os números da V-Jump, além disso como comentei acima, Boruto até quando Dragon Ball Super voltar (e se voltar), vai ter que carregar a revista nas costas. Sobre a situação das vendas da série, recomendo meu vídeo abaixo:
Em segundo lugar tivemos Dragon Ball Super, escrito por Akira Toriyama e desenhado por Toyotaro, artista que por anos trabalhou nas artes da franquia. Como vocês já sabem, infelizmente, Akira Toriyama veio a falecer dia 1 de Março e a série entrou em hiato por tempo indefinido. Akira Toriyama, na minha opinião, é um dos autores mais influentes da história, e não digo somente no mundo dos mangás, digo em geral. O modo como ele conseguiu influenciar várias gerações ao redor do mundo é espetacular. Dentro do mundo dos mangás, não existiria como imaginamos atualmente One Piece, Naruto e muitos outros mangás, se não fosse pela criação de Dragon Ball.
E por isso o destino de Dragon Ball Super é incerto, não sabemos se a obra continuará ou não. O primeiro passo editorial é ver se o Toyotaro tem interesse em continuar a série – vimos em outros casos parecidos que a decisão normalmente é do artista. Depois disso, é necessário avaliar por quanto tempo planejam dar continuidade para Dragon Ball Super, pois os editores da V-Jump também podem optar em dar um rápido encerramento e lançar um novo Dragon Ball daqui a alguns anos. Eu acredito que Dragon Ball Super irá continuar, mas terá somente mais alguns poucos capítulos.
Algumas pessoas comentam sobre uma transferência para a Weekly Shonen Jump, tirando raras exceções, como por exemplo Claymore, Gag Manga Biyori e Tegumi Bachi, que foram transferidos para a revista temporariamente após o cancelamento da Monthly Shonen Jump, normalmente a Weekly Shonen Jump não recebe séries de outras revistas. A revista trabalha com a ótica de ter somente lançamentos próprios e raramente continuações das suas séries, se não for por um período curto de tempo. Eu não diria que é impossível termos um Dragon Ball Super na Weekly Shonen Jump, mas uma transferência dessa magnitude para a Weekly Shonen Jump é algo jamais visto na história. É possível, mas altamente improvável, somente se quiserem fazer uma homenagem ao Akira Toriyama.
Em terceiro lugar tivemos Yu-Gi-Oh! OCG STORIES Structures e depois o STORIES. Então, antes vamos explicar um pouco sobre esses nomes de Yu-Gi-Oh: OCG significa “Official Card Games” baseada no mangá da Weekly Shonen Jump, Yu-Gi-Oh, a versão OCG é principalmente as cartas produzidas no Japão. É diferente do TCG (Trading Card Game) que é a versão principalmente usada pelo ocidente. Além disso, Magistus-hen é uma segunda história da franquia “STORIES” de Yu-Gi-Oh, escrita por Shin Yoshida (Roteirista de vários episódios do anime de Yu-Gi-Oh) e desenhada por Miyoshi Naohito (Yu-Gi-Oh Arc-V e Zexal). Magistus-hen se aprofunda ainda mais no mundo sobrenatural de Yu-Gi-Oh e principalmente nas cartas Magistus-hen.
O outro mangá de Yu-Gi-Oh OCG na revista é Structures, de Masashi Satou, nome já bem conhecido pela comunidade de Yu-Gi-Oh, já que produz mangás para a série desde 2009. YU-GI-OH! OCG Structures começou a ser serializado em 2019, e tem como objetivo explicar bem as estruturas do jogo, ensinando assim os jogadores mais jovens dicas e estratégias para vencer uma partida de Yu-Gi-Oh. Juntos, esses dois mangás de Yu-Gi-Oh trazem um conteúdo interessante para a revista, que consegue para crianças do fundamental II uma das séries mais lucrativas e queridas da Shueisha e Konami.