Na verdade, essa divergência de realidades é provavelmente o motivo pelo qual Nakano está promovendo tanto “Sakamoto Days”: é uma tentativa de colocar a série em destaque, mesmo sem anime, para que o hype ao redor de “Sakamoto Days” não morra. A série precisa se manter viva até que finalmente possa ser lançada a sua adaptação em anime. Em segundo lugar, tivemos “Jujutsu Kaisen“, que é o único pilar presente na revista nesta edição. Enquanto a ausência de “One Piece” era planejada, a ausência de “Boku no Hero Academia” pegou todos de surpresa, provavelmente porque o autor não conseguiu terminar o capítulo a tempo.
Em terceiro lugar, tivemos “Kill Ao“, que está vendendo 26 mil cópias, um resultado que o mantém seguro por enquanto. Contudo, a longo prazo, a série talvez precise entregar um pouco mais. Atualmente, os mangás (que já lançaram volumes) que menos vendem na revista são, respectivamente: “Two on Ice”, “MamaYuyu”, “Nue no Onmyouji” e “Kill Ao”; dessa forma, a série está entre as quatro que menos vendem. O encerramento de “Jujutsu Kaisen” e “Boku no Hero Academia” deve dar um respiro para “Kill Ao” e “Nue” pelos próximos seis meses, mas é claro que esses mangás precisam começar a vender acima de 30 mil cópias mensais para não correrem risco em 2025.
Em quarto lugar, tivemos “Witch Watch“, que continua estável na revista. Em quinto lugar, tivemos “Akane Banashi“, que deve receber uma página colorida na próxima semana, indicando assim que a edição #13 não será dedicada ao aniversário de dois anos de “Akane Banashi”; provavelmente, os editores darão prioridade para alguma série veterana. Eu acredito que teremos uma nova leva, provavelmente de três ou quatro mangás, somente em abril, por isso teremos ao menos seis edições até lá, que devem ser destinadas a: “Akane Banashi” (Aniversário), “Ao no Hako” (Aniversário), “Yozakura-San Chi no Daisakusen” (Anime), “One Piece” (Capa habitual), e talvez capas para “Jujutsu Kaisen” ou “Boku no Hero Academia”, caso os editores considerem necessário. “Kagurabachi”, “Nue no Onmyouji” e “Sakamoto Days” também estão na briga por uma capa.
Em sexto lugar, tivemos “Nige Jouzu no Wakagimi“, que está aguardando somente a estreia de seu anime. Em sétimo lugar, tivemos “Kagurabachi“, que conseguiu esgotar seus volumes em apenas um dia, mostrando que é realmente um sucesso comercial. Algumas pessoas dizem que é uma estratégia consciente da Weekly Shonen Jump para promover “Kagurabachi”. Existe essa possibilidade sim, contudo não vimos os editores realizando isso com “Ruri Dragon”, “Nige Jouzu no Wakagimi” e “Ichinose-ke no Taizai”, que tiveram estreias ainda mais estrondosas no Japão que “Kagurabachi”. O que quero dizer com isso: na MangaHelpers, muitas pessoas afirmam com certeza absoluta que é uma estratégia editorial, quando tivemos casos em que a Weekly Shonen Jump errou na quantidade de impressão, pois acreditem, as impressões não são decididas unicamente pela Shueisha.
Este argumento considera que a decisão de quantas cópias enviar para as lojas é uma ação decidida UNICAMENTE pela Shueisha, o que não é realmente a verdade. A Shueisha indica às lojas quantas cópias de um mangá é indicado comprar, mas as lojas, principalmente as grandes (Honto, Amazon, etc.), têm a capacidade de calcular com pré-vendas o interesse do público, e assim demandar uma quantidade específica para as editoras, que devem fornecer a quantidade pedida pelas lojas, senão as próprias lojas perderão confiança na editora por estar negando a elas um lucro adicional. Lembrando que as lojas COMPRAM esses volumes antes de revendê-los aos leitores. Como também, se a Shueisha sugerir um número, e as lojas perceberem que um determinado mangá não vai vender essa quantidade, irão demandar menos cópias.
O que quero dizer é que a situação é mais complicada do que parece. Como também as reimpressões chegaram somente no dia 27 é justamente por causa dessa complicação que é gerir todas essas demandas e ofertas – A Shueisha e o departamento da Weekly Shonen Jump agora devem recontatar as lojas, rever a demanda por novos volumes de “Kagurabachi”, e assim enviar a quantidade demandada pelas lojas. Ao mesmo tempo, devem reservar novos instrumentos (que estarão ocupados também imprimindo os volumes de outros mangás), e também reorganizar a logística de envio para essas lojas. “Kagurabachi” não vai chegar no dia 27 de fevereiro POR COINCIDÊNCIA, ele vai chegar juntamente com os volumes que serão lançados em março, para assim diminuir o custo de expedição. A questão, desse modo, é bem mais complicada do que alguns comentários em fóruns tentam te induzir a pensar.
É possível que a Shueisha-Jump tenha decidido imprimir menos do que o necessário? Sim, por isso não podemos excluir completamente essa opção, mas também não devemos ignorar que isso leva a complicações organizativas com as próprias lojas, negando a elas as suas demandas por volume, favorecendo as vendas digitais, e prejudicando o lucro das suas lojas parceiras que já estão sofrendo com a diminuição das vendas físicas. Tais ações acabam prejudicando muito as lojas parceiras, que certamente não aceitariam deliberadamente tais estratégias.
Abaixo de “Kagurabachi”, tivemos “MamaYuyu” recebendo página colorida, com o objetivo de promover o seu mais novo volume que vendeu 4.8 mil cópias nos primeiros três dias. “MamaYuyu” também teve problemas de estoque, mas claramente vendeu bem menos que “Kagurabachi”, que deve vender entre 13 e 17 mil cópias nos primeiros três dias. Isso significa que “MamaYuyu” está a salvo? Não, essas suas vendas foram parecidas com a de “Cipher Academy”. Agora “MamaYuyu” deve aumentar suas vendas para mostrar aos editores que o voto de confiança que a série recebeu resultou em um aumento de popularidade. As próximas semanas serão cruciais para “MamaYuyu”.
Em oitavo lugar, tivemos “Nue no Onmyouji“, que tem o mesmo problema de “Kill Ao”, principalmente agora que vemos que suas vendas estão estagnadas – mas como eu já disse várias vezes, “Nue no Onmyouji” é um mangá de nicho -. Contudo, eu acredito que seja mais do que hora de a revista dar uma capa para a série. Em nono lugar, tivemos “Yozakura-San”, que após várias boas colocações, os editores estão dando um pouco menos de destaque para a série. Mas devem voltar em março a divulgar em massa, para preparar o terreno para a estreia do seu anime. Lembrando que “Yozakura-San” continua sendo o segundo mangá com mais primeiras colocações em 2024 até então:
Sakamoto Days: 4
Yozakura-San Chi no Daisakusen: 2
Witch Watch: 1
Ao no Hako: 1
Nue no Onmyouji: 1
Em décimo lugar, tivemos “Green Green Greens“, que os editores não desistiram ainda, CONTUDO, não estão dando páginas coloridas, indicando assim que querem dar mais um tempo para “Greens” provar que pode se tornar uma série popular, mas ao mesmo tempo não querem investir tanto na série. Em décimo primeiro lugar, tivemos “Boku no Roboco”, que ganhou nessa edição um companheiro de comédia tradicional: “Choujun!”. Era desde 2022 que a Weekly Shonen Jump não lançava nenhum mangá de comédia tradicional, por isso eu realmente espero que “Choujun!” acabe dando certo, para assim termos dois mangás do gênero concorrendo pelo interesse do público que gosta do gênero – isso ajudaria ambas as séries a se motivarem em melhorarem -.
Em décimo segundo lugar, tivemos “Ruirui Senki“, que somente um milagre salva – e por ele eu não irei fazer nenhuma reza em live, já que não posso utilizar minhas habilidades mágicas continuamente, devo selecionar bem as obras que podemos salvar -. Em décimo terceiro lugar, tivemos “Two on Ice“, que deve sobreviver por mais alguns seis ou sete capítulos, por isso não esperem que dure muitos meses ainda. Não deve chegar a trinta capítulos.
E em último lugar, tivemos “Asumi Kakeru“, que terminou cancelado justamente quando o seu companheiro do quarteto não-fantástico retornou. É uma pena ver o Kawada dando adeus à revista de novo, mas eu realmente acho que “Asumi Kakeru” não entregou o seu real potencial, não conseguindo convencer o público japonês de que seguir uma obra de MMA era emocionante. Espero, contudo, ver o Kawada retornando à revista com sua obra de Gladiadores – é uma obra que tendencialmente tem mais chances de ser cancelada do que o contrário, contudo, é arriscando que muitas vezes se encontra um grande sucesso -.
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