Depois de mais uma semana de férias, a Weekly Shonen Magazine retorna. Desta vez, com uma nova série para realmente iniciar o ano com uma cara nova, torcendo por sucessos inéditos e para que as séries já existentes possam crescer. Também com mais semanas de vendas para discutir, a variação nas vendas por semana foi bem diferente do padrão devido a este período de fim e início de ano. Vamos para a ToC então.
- Banjouu no Orion (Nova série do autor Naoshi Arakawa, Primeiras páginas coloridas, 58 Páginas) Ch. 01
- Kuroiwa Medaka ni Watashi no Kawaii ga Tsujinai Ch. 118
- Yowayowa Sensei Ch. 55
- Megami no Café Terrace Ch. 135
- Edens Zero Ch. 270
- Seitokai ni mo ana wa aru! Ch. 77
- Jyushin no Katana (Página colorida) Ch. 09
- Kakkou no Iinazuke Ch. 187
- Shangri-La Frontier ~Kusoge Hunter, Kamige ni Idoman to su Ch. 161
- Kanojo, Okarishimasu Ch. 312
- Kanan sama ha Akumade Choroi Ch. 80
- Blue Lock Ch. 246
- Mayonaka Heart Tune Ch. 14
- Sentai Daishikkaku Ch. 123
- Amagami san Chi no Enmusubi Ch. 121
- Ao no Miburo Ch. 108
- Gachiakuta Ch. 82
- Brave Bell Ch. 28
- Akabane Honeko no Bodyguard Ch. 63
- Mononoke no Ran Ch. 11
- Fumetsu no Anata e Ch. 182 – 1Ausências: Mokushiroku no Yonkishi Ch. 134, Hajime no Ippo Ch. 1445, Ahiru no Sora Ch. 618 (Hiatus)
A capa desta vez apresenta a modelo Enako, famosa nos círculos de anime e mangá no Japão. Logo em seguida, temos Banjouu no Orion abrindo a seção de mangás da revista. Este é o novo mangá do autor de Shigatsu wa Kimi no Uso, que teve um Atwight game cancelado em 2023 na Magazine. Portanto, é importante observar a reação do público a esta série, que trata de shogi, o equivalente japonês do xadrez, e pode, por isso, ter uma estrutura semelhante ao seu sucesso anterior, mostrando um lado de crescimento pessoal em uma carreira.
Kuroiwa Medaka está em segundo lugar na ToC, novamente ocupando uma posição alta. A recepção interna deve ser boa, mas a leitura mais leve e curta, por ter menos páginas do que a maioria das outras séries, pode contribuir para essa posição mais alta, que é tão comum. Além disso, é possível que estejam preparando o mangá para um anime. A terceira posição é ocupada por Yowayowa-sensei, proporcionando um toque mais picante com fanservice.
Megami no Café Terrace em quarto lugar é um mangá que mencionei anteriormente como possivelmente ultrapassando Kakkou no Iinazuke em vendas. No entanto, agora, com os dados completos de vendas do mês, ficou um pouco atrás, por cerca de mil volumes. Mesmo assim, foi um resultado bom, com um crescimento de cerca de 3 mil em relação ao volume anterior. Esse tipo de dado pode ter variações, então agora resta ver se esse crescimento é algo mais consistente devido à boa recepção do arco atual e do anime.
Edens Zero aparece em uma posição alta, ocupando o quinto lugar. Isso é algo comum e presumo que seja devido à importância de Mashima para a revista e ao fato de que, mesmo com vendas consideradas baixas (para o padrão do autor), ainda assim é uma franquia multimídia. Seitokai ni mo Ana wa Aru! em sexto na ToC parece ter recebido posições mais altas em geral recentemente, talvez devido à boa recepção e ao crescimento da série, mesmo que esse tipo de gag manga geralmente ocupe posições mais baixas devido ao equilíbrio necessário entre séries leves e outras mais “pesadas”.
Com uma página colorida, Jyushin no Kanata está na sétima posição, promovendo seu primeiro volume no dia 17 do Japão! A Magazine está promovendo bastante o mangá usando Samurai Deeper Kyo e Code Breaker, sempre os ressaltando como séries da mesma autora e agora até lançando uma arte oficial das três séries. Falarei mais semana que vem em relação ao primeiro volume se já tivermos mais reviews e comentários do público japonês.
Já para o oitavo colocado, Kakkou no Iinazuke, tivemos uma queda na venda do volume em relação ao anterior, como falei da última vez, mas não tão brusca quanto o esperado, já que nas semanas posteriores os resultados melhoraram — perdeu por volta de 4 mil, mas continua uma tendência, já que o volume 18 foi de 54 mil em um mês para 45 mil do volume 20. De qualquer forma, terá as primeiras páginas coloridas na próxima edição para celebrar quatro anos de publicação.
Em nono na ToC, Shangri-la Frontier teve seu volume vendendo quase exatamente o mesmo do anterior. Crescer mais dependerá dos novos arcos no anime atraírem ainda mais leitores, mas por enquanto, o “boost” da série parece ter estabilizado um pouco acima dos 100 mil mensais por novo volume. Kanojo Okarishimasu em seguida em décimo para fazer duplinha de um mangá de ação estabelecido com uma das maiores romcom da revista.
Kanan-sama em décimo primeiro lugar teve uma queda de 4 mil de um volume para o outro, mas com algumas ressalvas. Seu volume 4 vendeu 14 mil pela Shoseki e o quinto apenas 10 mil. Só que checando cada uma das quatro semanas do mês, é fácil entender a razão disso: Kanan-sama não ranqueou na terceira e quarta semana no Shoseki porque outros mangás tomaram posições nos rankings. Só que todos os lançamentos da Magazine no mês tiveram uma primeira semana muito abaixo do padrão por terem lançado com menos dias que o padrão e recuperaram principalmente nas semanas 3 e 4. Assim, Kanan-sama deve ter passado por um processo similar, mas que ficou apagado porque o ranking não compila TUDO que é vendido. Não acho que muitos aqui se importam com Kanan-sama em si, mas é algo interessante de se saber. Mesmo com toda sua utilidade, os rankings Oricon e Shoseki não representam a totalidade do mercado de mangá e são mais úteis para acompanhar séries mais populares.
Blue Lock na décima segunda posição teve seu novo volume vendendo um pouco menos de dez mil em relação ao anterior, o que é completamente normal. Blue Lock já está mais distante do seu anime e quedas de vendas estão acontecendo com quase todos os mangás líderes do mercado. No entanto, o patamar continua alto, com mais de 300 mil cópias vendidas, e a expectativa do filme e da segunda temporada do anime podem voltar a elevar a série, que também tem a sorte de estar sendo publicada durante um excelente momento da seleção japonesa de futebol.
Na décima terceira colocação, Mayonaka Heart Tune vendeu por volta dos 7 mil em seu volume 1. O que é decepcionante até, mas por outro lado pode ser um caso como o de Kanan-sama, já que suas semanas 3 e 4 não foram contabilizadas, e a semana 1 da revista inteira foi muito fraca por questões de tempo e calendário. O volume 2 deve pintar um quadro maior do estado do mangá, mas a Magazine continua promovendo Mayonaka bastante, até um PV com a popular dubladora Ayane Sakura foi publicado para promoção.
O décimo quarto colocado é Sentai Daishikkaku que, sem ainda anunciar quando estreia seu anime, apesar de já ter alguns PV, aponta que provavelmente não virá mesmo na próxima temporada ainda. Mesmo caso de Amagami-san, o décimo quinto da ToC, que também só tem uma data vaga em 2024 para o anime. Ao menos seu novo volume voltou a crescer, um pouco menos de 2 mil cópias a mais que o anterior! Não é muito, e a margem de erro existe também, mas é um sinal positivo ainda se virar uma tendência de crescimento.
A partir de Ao no Miburo na décima sexta posição, temos um bloco de mangá de ação, talvez tentando promover as séries para outros leitores do gênero. Isso é incomum, mas Ao no Miburo até tem atualizações frequentes de informações do seu anime, considerando as baixas vendas da série, então a revista realmente quer buscar um sucesso que fuja do romcom.
Seguindo o bloco, Gachiakuta dá as caras na décima sétima colocação da ToC e teve uma pequena queda de mil nas vendas de seu volume novo, o que basicamente não significa quase nada considerando a margem de erro desses rankings, e não muda a tranquilidade do mangá, que com por volta de 25 mil cópias por mês, vende mais de dez vezes o que algo como Brave Bell, o décimo oitavo da ToC, faz — este sim correndo risco sério de ser cancelado logo logo.
Akabane Honeko, a décima nona série a aparecer nesta edição da revista, é um caso similar, mas em uma escala muito menor. Não vende bem (por volta de 6 mil por volume num mês), mas ainda é muito mais que outro novato de ação como Mononoke no Ran, vigésimo na ToC, que teve seu primeiro volume nem ranqueando na Oricon ou Shoseki e não deve durar muito mais, infelizmente, para o autor.
Na última colocação, está Fumetsu no Anata e, um mangá que gostaria de ter mais o que falar em relação à performance, mas que é tão consistente em estar no fim por causa de seus temas mais “pesados” que eu teria que me repetir toda semana. Enfim, é figura carimbada no fim da ToC.
Esta semana não terei o destaque, já que recomendo a leitura dos rankings de melhores mangás do Analyse It. Discutam, briguem, concordem, deem seu RT e like, etc. É sempre uma boa oportunidade de conhecer novos mangás com mais temas diferentes e de várias revistas por aí. No próximo texto, o destaque volta, provavelmente, com Jyushin no Katana, que estou torcendo demais para ter uma recepção mais concreta para falar sobre!
