E agora estamos aqui, com o TOP 20 dos melhores mangás do ano de 2023. Irei revelar nessa segunda parte as posições de 20 a 11 deste ano. Caso você queira descobrir os mangás que conquistaram as posições 30 – 21, é só acessar o link abaixo:
Posições 30 – 21: AQUI
Lembrando que os parâmetros utilizados serão sempre os mesmos: a qualidade da arte, a qualidade do roteiro e a progressão da história, sendo este último um dos fatores mais importantes normalmente. Por isso, darei prioridade aos mangás que entregaram pelo menos 160 páginas em 2023 ou concluíram sua história nesse ano. As regras para participação continuam as mesmas. Para os mangás dos quais temos acesso aos capítulos individuais, avaliarei apenas os lançados em 2023 – neste caso, não considerando os capítulos lançados em 2022. Para aqueles mangás que conseguimos ter acesso online somente após o lançamento do volume, como aconteceu com “My Broken Mariko” em 2020, avaliarei os volumes da série lançados em 2023.
AVISO: Mudei uma posição no TOP 30, substituindo “Hope You’re Happy, Lemon” na vigésima nona colocação por “Blooming Love” na trigésima colocação. O motivo dessa mudança é que inicialmente tinha sacrificado a presença de Blooming Love por Lemon. Contudo, desde a publicação do TOP 30, percebi que seria um erro escrever uma classificação de melhores do ano sem Blooming Love, que tinha restado na minha trigésima primeira colocação. Assim, decidi alterar o TOP 30, colocando “Blooming Love” na trigésima colocação e “Hope You’re Happy, Lemon” na trigésima colocação.
MENÇÃO HONROSA: BLUE PERIOD
Com o lançamento da K-Mangas, muitas obras que vinham sendo traduzidas em dia pararam de ser traduzidas. Uma delas é justamente “Blue Period”, que eu tanto gostava – Eu até pensei em incluir a série nesta segunda parte do TOP 20; no entanto, a quantidade de capítulos não traduzidos que não pude ler me levou a colocar a série somente como uma menção honrosa (já que não tive acesso a todos os capítulos da série em 2023 para avaliar o produto inteiro).
De qualquer modo, do pouco que eu li (somente os capítulos da primeira metade do ano), “Blue Period”, que conta a história de Yatora Yaguchi, um jovem que sonha em se tornar um grande pintor, continuou entregando ótimos capítulos, introspectivos nesse arco que está sendo muito agradável de se ler.
20 – Super no Ura de Yani Suu Futari
Vencedor na categoria de “Mais cigarros fumados por quadros”, em vigésimo lugar no TOP 30 dos melhores mangás de 2023, temos “Super no Ura de Yani Suu Futari”. O mangá que une drama, romance e comédia conta a história de Sasaki, um homem que odeia o seu trabalho e vai diariamente a um supermercado fazer compras para poder ver uma das funcionárias, no qual ele está segretamente apaixonado. A vida de Sasaki começa a mudar quando ele conhece uma estranha garota nesse mesmo supermercado.
Com um ritmo bem rápido, no qual o autor não perde tempo para desenvolver o romance entre os personagens, “Super no Ura de Yani Suu Futari” conseguiu conquistar uma posição no meu TOP 30 deste ano. São poucos os mangás de romance que conseguem tornar todos os personagens carismáticos e também não parecerem que estão enrolando o leitor por dez mil páginas seguidas, como provam os últimos dois capítulos lançados este ano. E espero que o autor, em 2024, continue nesse ritmo mais natural, sem recorrer a dramas que estendem inutilmente a história.
19 – Sakamoto Days
Eu não poderia escrever uma classificação dos melhores do ano sem colocar nosso querido “Sakamoto Days” entre os melhores. O mangá, que conta a história de “Sakamoto”, um assassino aposentado que se vê obrigado a retornar à ativa, é uma das melhores obras de ação da atualidade. Ler o mangá é praticamente a minha dose de violência e adrenalina que consegue deixar todos os meus domingos mais eletrizantes.
Mas o que “Sakamoto Days” entregou este ano para merecer estar entre os melhores? A série, ao mesmo tempo que revelou um pouco mais sobre o passado do nosso protagonista Sakamoto, apresentando novos personagens que serão essenciais para a trama, entregou aquilo que esperamos da obra: cenas de ação criativas com uma arte espetacular, como a luta inspirada nos Tokusatsu. E mesmo que eu gostaria que o autor dedicasse um pouco mais de páginas para o desenvolvimento dos personagens, eu não posso negar que os quadros de ação são alguns dos melhores do ano.
CADÊ O ANIME DE SAKAMOTO DAYS, SENHORA SHUEISHA?
18 – Ao Ashi
Eu não poderia montar um TOP 30 sem incluir o melhor mangá de esporte em lançamento atualmente: “Ao Ashi”. O que torna o mangá tão especial, para mim, são dois elementos: o primeiro é a sua revista de publicação, a Big Comic Spirits. Ser lançado em uma revista seinen semanal consegue conferir uma seriedade maior ao mangá, que, por ser semanal, mantém um ótimo ritmo para uma obra de esporte. O segundo elemento é justamente como o autor utiliza dessa seriedade. Ao Ashi não cai na armadilha do “drama exagerado” que muitos seinen vão e prefere usar sua demografia para discutir temáticas políticas e sociais relacionadas ao futebol.
Neste ano, Ao Ashi continuou desenvolvendo seus personagens, entregando partidas e treinos interessantes. O autor dedicou mais páginas para elaborar sobre as qualidades e problemáticas tanto do futebol japonês quanto do futebol europeu, principalmente o da Espanha. Também tivemos um melhor desenvolvimento do Aoi e do Fukuda, que é um dos personagens que mais aprecio na história. Ao Ashi continua excelente, entregando capítulos de qualidade e demonstrando que realmente merece o título de “Melhor Mangá de Esporte” da atualidade.
17 – Kingdom
Calma, calma, não me matem, eu vou explicar a posição de “Kingdom” no segundo parágrafo, mas antes vamos apresentar a série. “Kingdom” é um dos pilares da Weekly Young Jump, revista que cobrimos semanalmente através das incríveis matérias de FelRib. Ambientado na época da unificação da China, o mangá de ação e guerra conta a história de como Xin conseguiu se transformar em um dos maiores generais da história.
Este ano, “Kingdom” continuou muito bom. Repito, todos os mangás que estão no TOP 30 tiveram bons capítulos, eu me recuso a colocar na classificação mangás que eu achei ruins, então eu gostei de ler “Kingdom”. Tivemos neste ano grandes batalhas, boas estratégias, homicídios violentos, e o tradicional “Plot Armor” que tanto amamos em “Kingdom”. Nesse sentido, “Kingdom” continuou sendo um dos melhores mangás do mercado. No entanto, o autor está começando a sentir a idade, na minha opinião, e o ritmo da série está diminuindo. Deste modo, a progressão da história também está cada vez mais lenta, o que não diminui a qualidade GERAL do mangá, mas sim torna o ano menos impactante.
16 – Kimi wa Houkago Insomnia
Existem mangás que nascem para te fazer chorar: “Kimi wa Houkago Insomnia” é um desses. O mangá conta a história de um garoto mal-humorado por causa de sua insônia – Ele é tão mal-humorado que até mesmo os seus companheiros de classe odeiam conversar com ele. Um dia, ele encontra, em uma sala mal-assombrada, uma garota que também sofre de insônia. E assim começa uma das histórias de amor mais tristes e bonitas que já li.
Neste ano, “Kimi wa Houkago Insomnia” terminou, e eu esperava poder classificar a série entre as melhores nesse encerramento. Contudo, o seu ritmo acelerado nesta última parte acabou tirando um pouco do impacto de sua conclusão. No entanto, na minha opinião, conseguiu mesmo assim ser de alta qualidade. A autora (ou autor?) entregou uma conclusão mais aberta, na qual não sabemos exatamente o que aconteceu com o personagem, mas a minha interpretação é que tivemos sim uma conclusão alegre, um “Happy Ending” que me deixou bem satisfeito. Para quem procura uma leitura de média-duração, recomendo ler “Kimi wa Houkago Insomnia”, que teve no total 14 volumes.
15 – Witch Hat Atelier
“Tongariboushi no Atelier”, também conhecida como “Witch Hat Atelier”, é um mangá que demorei para dar uma chance, começando a ler somente neste ano – e, na minha opinião, cometi um grande erro ignorando essa série por tantos anos. O mangá conta a história de “Coco”, uma garota que sonha em se tornar uma maga, porém não é capaz de utilizar magia. Tudo muda em sua vida quando um mago decide visitar sua vila.
Ignorando os capítulos dos anos anteriores, em 2023, “Witch Hat Atelier” dedicou muitas de suas páginas para as cenas de ação, entregando assim uma sequência espetacular de páginas dinâmicas e com uma presença de MUITA, mas muita magia mesmo. E é incrível como a série, mesmo sendo mensal, consegue desenvolver bem seus personagens, como a própria Coco e Beldarut, e consegue equilibrar com boas sequências voltadas simplesmente para a ação. Witch Hat Atelier é uma boa opção para aqueles leitores que procuram séries mais mediáveis, com uma arte ESPETACULAR e quadrinização DE TIRAR O FÔLEGO. Witch Hat Atelier é, sim, um dos melhores mangás de 2023.
14 – Ao no Hako
E agora temos mais um mangá da Weekly Shonen Jump, desta vez com Ao no Hako, o mangá que une romance com esporte e é, na minha opinião, um dos melhores mangás de romance que temos atualmente. O motivo? Eu acredito que Ao no Hako consegue com maestria reproduzir a inocência do amor adolescente, sem cair em estratégias de roteiro manjadas, como, por exemplo, dramas exagerados, brigas desnecessárias e triângulos amorosos (ou pior, haréns) que duram literalmente até o último capítulo.
Este ano, Ao no Hako teve o seu melhor ano, na minha opinião, já que conseguiu levar a história para uma estrada que nenhum mangá de romance da Weekly Shonen Jump tinha levado até então – muitos até duvidavam que Ao no Hako poderia tomar uma estrada assim, pois não era normal em um shonen, mas eu sempre acreditei nessa estrada, pois Ao no Hako desde o começo demonstrou estar disposto a quebrar alguns estereótipos shonens e se aproximar também do shoujo. Um dos pontos mais importantes para mim, no momento de escolher “Os Melhores do Ano”, é a progressão da história, e nesse sentido, em comparação com Sakamoto Days e Akane Banashi, por exemplo, Ao no Hako conseguiu progredir com sua história mantendo uma constância na qualidade. Por isso, sim, Ao no Hako merece estar no TOP dos melhores mangás do ano.
13 – Dandadan
Eu prometi e não cumpri, não lancei em 2023 a minha crítica de “Dandadan”, mas isso não significa que eu não tenha lido todos os capítulos da série até então. E digo, sem sombras de dúvidas, “Dandadan” é um dos melhores Battle-Shounen da atualidade. O mangá que conta a história da relação caótica entre Takakura, um garoto que acredita em alienígenas, e Ayase, uma garota que acredita em fantasmas, é simplesmente um dos melhores achados dessa década.
Este ano, “Dandadan” continuou entregando capítulos de alta qualidade, aumentando ainda mais a dimensão dos conflitos, que se tornam cada vez mais grandiosos. Também tivemos uma maior presença dos alienígenas, já que eles são o ponto central do arco “Space Globalist”, que foi até então o arco mais longo da série. E talvez seja por isso que, em comparação ao ano passado, no qual a série conquistou uma segunda colocação, a série teve uma queda de posições. Eu acredito que esse arco, mesmo sendo mais grandioso, acabou durando mais do que o devido, me dando um cansaço nos seus últimos capítulos. Contudo, “Dandadan” continuou sendo uma leitura espetacular, e assim merece SIM estar entre os melhores do ano.
12 – Hikaru ga Shinda Natsu
Quando eu escrevo o meu TOP 30, sempre tento deixar a lista o mais diversificada possível, forçando-me assim a analisar uma série além dos meus gostos pessoais. Uma série pode ser boa mesmo que não caia em certos arquétipos pelos quais me apaixono. Antigamente, na minha adolescência rebelde, gostava bastante de mangás dramáticos. Atualmente, prefiro séries que tragam mais leveza e naturalidade ao roteiro. Esse exercício me ajuda a reconectar-me com boas séries mais violentas e a descobrir pérolas no vasto mar de opções. “Hikaru ga Shinda Natsu”, também conhecido como “The Summer Hikaru Died”, é um exemplo de uma série mais dramática que descobri recentemente e que me agradou bastante.
O mangá conta a história de Yoshiki, um garoto de uma vila japonesa que vê seu amigo Hikaru sendo controlado por uma estranha criatura obscura. A trama, que une terror com drama psicológico, consegue transmitir uma ansiedade contínua ao leitor, já que não se sabe o que acontecerá em seguida e quem está correndo risco de vida por causa dessa criatura que seu amigo Hikaru se tornou. Neste ano, o autor continuou esse desenvolvimento, mostrando cada vez mais a dualidade da amizade entre Yoshiki e Hikaru. É um dos mangás mais interessantes que temos no mercado atualmente.
11 – Witch Watch
Se eu tivesse que elaborar um TOP 5 dos meus autores favoritos, certamente Kenta Shinohara estaria presente. Se “SKET Dance” é, para mim, uma das melhores comédias já criadas, “Witch Watch” figura entre as melhores comédias desta década. Com seu humor característico e diálogos em parágrafos (é inegável que tanto Togashi quanto Shinohara são inimigos de quem não gosta de ler), Witch Watch conta a história de uma bruxinha apaixonada por um ogro, mas que não tem coragem de revelar seus sentimentos.
Neste ano, Witch Watch teve seu ano mais significativo até o momento, ganhando muitos pontos no quesito “progressão da história”. O autor concentrou-se principalmente nas cenas de ação, entregando um arco dramático que deixou muitas pessoas ansiosas pelo próximo capítulo. Os quadros de ação em Witch Watch tendem a ser mais estáticos (e é por isso que, mesmo tendo gostado do arco, não posso considerar o mangá O MELHOR DO ANO), mas o autor compensou muito bem com o desenvolvimento de personagens e dramaticidade. Além desse arco, “Witch Watch” também proporcionou o que mais importa: Capítulos super engraçados, apresentando novos personagens e novas dinâmicas. E é por uma comédia leve, divertida, que enche nossos corações de alegria que lemos “Witch Watch”. Por essas razões, “Witch Watch” merece SIM estar entre os melhores do ano.
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