E inicia-se mais um ano! A análise da edição #1 de 2024, lançada em 2023, chega até você. O que a Sunday vai cozinhar pra esse ano? Comecemos do início. Para a TOC.
- Escrito por DNSS
TOC Weekly Shonen Sunday #1 (29/11/2023)
Capa: Detective Conan
Ryuu to Ichigo c170 (Página Colorida de Abertura)
02 – Detective Conan c1122
03 – MAO c210
04 – Mikadono Sanshimai wa Angai, Choroi c93
05 – Ogami Tsumiki Ki nichijou c07
06 – Mizuporo c04
Maiko-san Chi no Makanai-san c349 (Página Colorida)
08 – Shusseki Bangou 0-ban c09
09 – Yofukashi no Uta c194
10 – Tonikaku Kawaii c254
11 – Tatari c31
12 – Te no Geka c27
13 – Komi-san wa, Komyushou desu c433
14 – Kimi wa 008 c287
15 – Red Blue c89
16 – Maou-jou de Oyasumi c348
17 – Aozakura: Bouei Daigakukou Monogatari. c327
18 – Kimi to Warui Koto ga Shitai c51
19 – Shiroyama to Mita-san c95
20 – Shibuya Near Family c80
21 – Tokachi Hitoribocchi Nōen c286
Ausentes: Sousou no Frieren, Last Karte, Major 2nd, Super String: Isekai Kenbunroku, Ad Astra Per Aspera (hiato), Magic Kaito (hiato).
Página Colorida de Ryuu to Ichigo
Não se confundam, a capa novamente foi para Conan, mas o primeiro capítulo que você encontra assim que abre a revista é dele, da história menos mencionada nas análises do site, Ryuu to Ichigo. Nossaaa, mas por que não comentar o mangá? Por que ignorar tanto o pobre coitado, uma das histórias mais bem ranqueadas da revista??? Questiona o inocente leitor.
Simples, meus amigos. Não vende bem, a arte é pouco atrativa, a história é longa, e o principal, não tem tradução. Como eu vou comentar algo que eu não conheço? Não tem como, seria pedir para um introvertido realizar um show de stand up. Quem sabe uma futura adaptação para anime, ou algum messias trazendo a tradução da sua história para nós, pobres coitados, não falantes do nihongo. Tudo isso sem mencionar que eu entendo bulhufas de Shogi, mas isso a gente ignora pra poder tentar acompanhar a história. Mas ei, para não parecer má vontade com o autor, há um mangá escrito e desenhado pelo mesmo, chamada Hibiki: Shousetsuka, com tradução em inglês. É uma boa oportunidade para quem se interessar pela sua produção. Fiz um péssimo trabalho promovendo o artista? sim, mas faz parte.
Agora sim, na segunda posição, o todo poderoso, Detective Conan. Você pode olhar pra TOC e pensar: ‘’caramba, que edição escura, cadê as páginas coloridas?’’. E a culpa disso é desse jovem detetive, que simplesmente monopolizou toda a tinta da revista. 4 páginas coloridas e uma porção de anúncios. Conan recebe um anúncio diferente quase que toda semana, desta vez, um prelúdio de seu aniversário de 30 anos, e o principal, anúncio de mais um filme, o 27º, com exibição marcada para 12/04/24. Que mina de ouro é Conan, você tenta abrir a sua página no anilist e procura ‘’histórias relacionadas’’ o site chega a travar de tanta adaptação que esse carinha tem. Só tá faltando um live-action ocidental, com Ryan Gosling no papel principal.
Preparações para o aniversário de 30 anos de Detective Conan
Pulemos algumas posições, vamos comentar os novatos. Em 5º lugar, Ogami Tsumiki Ki nichijou, que já passou por seu período de provação, ainda é um novato, mas já não é mais um novato-novato. Cada posição importa, e a história segue firme na parte frontal da revista, o que junto com o bom engajamento do público e o bom número de críticas positivas, é um excelente sinal. Entretanto, contudo e todavia, como sempre, nem tudo são flores. A série também acumula uma parcela de críticos, o que é natural para qualquer obra.
Vejo bastante reclamações focadas em dois principais pontos. O primeiro, o fato do herói estar sendo cada vez mais deixado de lado. Os elementos de romance estão sumindo por conta disso, e o foco em personagens secundários, em detrimento do foco na relação heroína e protagonista incomoda alguns leitores. O segundo, Senga-kun, o vampiro. Um personagem cada vez mais estabelecido no elenco, e isso tá deixando uma galera que odeia o garoto bastante irritada. Veremos esses leitores que majoritariamente gostam da história, em conversão de vendas no seu primeiro volume? Ou a indiferença e as reclamações irão prevalecer, e Tsumiki se tornará mais um flop da Sunday? Torço pela primeira opção, já que estou me divertindo bastante com a sua história.
Na sexta posição, Mizuporo. Demorei para confirmar, mas agora já tenho certeza que não é coincidência ou problema, é um padrão preestabelecido. Mizuporo não é uma história convencional de 20 páginas, é uma publicação curta, de 7-8 páginas. Não me parece também muito preocupado com o esporte, seu foco está mais na comédia e alguns vislumbres de fanservice com homens bombados. O que diminui bastante meu interesse no mangá. Não pela presença dos homens sarados, isso eu gosto, é mais por não focar no esporte e ser tão curto. E essa observação, de perceber que será um mangá com poucas páginas sustenta o que já foi dito semanas atrás, que a estreia de Mizuporo afeta pouco a revista. Não há necessidade de cancelar nada por causa dele, e a Sunday não fica saturada com a sua presença. O rio flui normalmente.
Página Colorida de Maiko-san Chi no Makanai-san
Na sétima posição, Maiko-san Chi no Makanai-san. Para uma das poucas páginas coloridas da edição, achei bem pouco chamativa, mas totalmente condizente com o espírito calmo da sua história. Um dos mangás que melhor definem o que É a Sunday. E uma indicação relacionada a história, que não tem a ver com seu mangá ou seu anime, é o live-action que está em exibição na Netflix, Makanai: Cozinhando para A Casa Maiko. Dirigida pelo GENIAL Hirokazu Kore-eda, um dos melhores diretores da atualidade, o mesmo responsável pela direção do devastador Shoplifters (indicado ao Oscar 2019) e de Nobody Knows. Assistam, é muito bom!!
Falei dos outros novatos, seria injusto esquecer do oitavo colocado Shusseki Bangou 0-ban. Dos estreantes, como já dito em basicamente toda análise desde sua estreia, é o que recebeu menos apoio, e isso se converte nas TOCs. Até hoje sua sessão de comentários segue desabilitada, alto número de trolls e comentários negativos relacionados ao mangá. Não consigo enxergar a série não sendo apenas um Tatari 2.0, vendendo pouco, mas sobrevivendo por ocupar o nicho vago de battle-shonens. Em nono, Yofukashi no Uta. Também sem anúncios nesta semana. Faltam 6 capítulos para o fim.
Em décimo lugar, Tonikaku Kawaii, que descansará na semana que vem, Hata já trabalhou de mais. Da revista, um dos poucos que não receberam ainda uma página colorida nas últimas 15 edições. Junto com o 14º Kimi wa 008 e o 20º Shibuya Near Family são os únicos nessa situação, o que deve mudar em breve, se a revista manter seu padrão de entregar pelo menos uma paginazinha colorida para cada um. Em 18º, Kimi to Warui Koto ga Shitai. A história completou um ano, mas a cada edição que passa, aponta para um 2024 prematuro. Diferente do 11º Tatari, que toda semana sobe e desce, Kimi to Warui só desce e fica por lá mesmo. Suas próximas 4 colocações serão decisivas para decidir o futuro da série. Torço por sua recuperação, é uma história divertida.
Shiroyama to Mita-san em 19º é outro que não me deixa ter paz. Está no capítulo 95, em uma reta final que se prolonga indefinidamente, clímax inacabável, tá com uma cara danada de encerramento no capítulo 100, na primeira edição de 2024 (do ano ano mesmo, não do ano fiscal). Encerrando, no fundo do poço, Shibuya Near Family. Que como comentado na semana passada, pegou um solzinho, de maneira inesperada, e já voltou pro bueiro, sem surpresas.
Perspectiva geral da revista
Gráfico relação nº edição/nº posição na TOC e a média de cada história dentro da Sunday
Para encerrar mais uma análise vou deixar com vocês essa planilha que organizei, demonstrando a posição de cada história nas últimas edições. A imagem acima é somente uma versão resumida, a versão completa não cabe no site, fica feio, poluído. Mas se tiverem curiosidade, basta clicar aqui que você encontra a versão completa, o histórico de posicionamento de cada mangazinho.
Em amarelo, a prioridade nº1, mangás consolidados, que vendem bem. Em azul, a prioridade nº2, mangás que não vendem bem, mas possuem um bom apoio interno. Em rosa, os novatos. Por fim, em vermelho, os que não vendem, e que possuem um apoio interno mais fragilizado, a prioridade nº3. Não necessariamente com risco de cancelamento, mas os mais propícios a sofrerem tal destino.
Interessante observar como a revista distribui seus sucessos, Yofukashi e Komi por exemplo são histórias que vendem mais de 80 mil cópias mensais, e ficam no meio da revista. Maiko-san e Maoujou vendem acima das 30 mil, no fundo da revista. Os 4 vendem mais do que Mikadono, MAO e obviamente, Ryuu to Ichigo. Interessante também a decisão de raramente entregar páginas coloridas para Frieren e Conan, mas por consequência, acabam sendo sempre a capa da revista. Quase nunca são a primeira leitura, mas quase sempre são a capa.
Tatari é outro, sempre pontuado com baixa prioridade, mas fica acima de inúmeras histórias, e recebe uma quantidade generosa de páginas coloridas. O problema de Tatari não são as TOCs, são suas vendas. Abaixo dele, duas histórias que vendem bem, duas comédias e dois veteranos blindados (Aozakura e Kimi 008). Quem tá atolado é de fato Kimi to Warui, correndo risco de vida. Super String é café com leite.
Mais uma semana concluída com sucesso. Conseguirei completar 1 ano de análise, ininterruptamente? Difícil, vou tentar. Até semana que vem.
Divulgação do novo filme de Detective Conan
Junção da Edição #52 e #1 (2024) da Weekly Shonen Sunday
Prévia da Weekly Shonen Sunday #2 (2024) – Capa: YOASOBI
Página Colorida de Abertura: Major 2nd
Página Colorida: Isekai Watari Shinryosho (One-shot)