O quadro geral da revista.
Weekly Shounen Jump #19 (10/04/2023)
Capa e Página Colorida de Abertura: Tenmaku Cinema (Nova Série de Yuuto Tsukuda e Shun Saeki)
Página Colorida: Ao no Hako, Undead Unluck y Witch Watch
Extra: Uchuu Oji-san (One-shot de Taiki Miyazawa, 15 páginas)
Ausentes: Black Clover c357, Ruri Dragon c07 (Hiato) e Hunter×Hunter c401 (Hiato)
Eu escrevi uma matéria no qual revelo os quatro mangás novatos e digo suas chances de sucesso. Clique AQUI para ler sobre esses quatro novos mangás.
Como tem várias pessoas voltando a seguir a revista, eu decidi escrever essa análise de um modo diferente: Ao invés de comentar posição por posição, eu irei dar um quadro geral da revista para os novos leitores ou os leitores que estão retornando entenderem como está a Weekly Shonen Jump atualmente. Enquanto comento o quadro geral da revista, também comentarei a posição da TOC de dois mangás: Undead Unluck e Angou Gakuen no Iroha, que tiveram duas posições importantes nessa semana – deixando claro que a partir da próxima semana retornaremos a normalidade, comentando posição por posição -.
A revista tradicionalmente pode ser dividida em seis grandes categorias: “Pilares”, “Semi-Pilares” “As Grandes Promessas”, “Mangás de Suporte”, “Irrelevantes” e “Cancelados”, sendo que ás vezes uma dessas categorias pode estar ausente. Por exemplo atualmente não temos nenhum “Semi-Pilar”, mas temos membros para todas as outras categorias.
Os “pilares” são três mangás, atualmente todos veteranos: ONE PIECE, Jujutsu Kaisen e Boku no Hero Academia – nessa ordem de importância -. Esses três mangás vendem acima de 500 mil cópias por volume e atraem a maioria dos leitores da revista. Eles são de extrema importância, mas estão todos terminando. Jujutsu Kaisen e Boku no Hero Academia devem terminar entre segundo semestre desse ano e o segundo semestre do próximo ano. Já ONE PIECE entrou em sua última saga, mas deve durar ainda quatro ou cinco anos. Os editores deste modo precisam para 2025 encontrar dois novos pilares, para substituirem Jujutsu Kaisen e Boku no Hero Academia.
Lembrando que a revista não obrigatoriamente precisa ter três pilares. Baseado em meus estudos sobre a revista, eu digo que minha visão atualmente (diferente do que eu pensava entre 2015 até 2019) é que o período de “Ferro” da Weekly Shonen Jump era protagonizado por QUATRO PILARES: One Piece, Naruto, Bleach e Hunter x Hunter. e não três (excluindo Hunter x Hunter). E tivemos períodos, por exemplo entre 97 e 99, que muitos argumentam (com razão) que o único pilar era Rurouni Kenshin. Então, na revista podemos ter uma quantidade variável de pilares, pois um mangá se tornar pilar se antes foi um novato promissor.
É aí que chegam “As Grandes Promessas” que atualmente são cinco mangás novatos que não tiveram ainda um anime, mas já são bem populares. São eles: Ao no Hako, Sakamoto Days, Ichinose-ke no Taizai, Akane Banashi e Ruri Dragon. Todos esses mangás tem vendas boas e conseguiram conquistar rapidamente o público, sendo os dois mais promissores Ao no Hako e Sakamoto Days que tem uma média maior de 200 mil cópias em circulação por volume (contando as vendas digitais) e vendem circa 100 – 120 mil cópias por volume em 1 mês (sem contar vendas digitais). Ao no Hako é um mangá de romance que consegue agradar homens e mulheres, jovens e adultos, por isso é um mangá com alto potencial. O mesmo vale para Sakmoto Days que começou como uma comédia, mas logo logo migrou para o Battle-Shounen, entregando uma arte de qualidade e cenas de ação que agrada muito os leitores da revista.
Ichinose-ke no Taizai é um mangá de drama que até agora lançou somente um volume, mas esse único volume vendeu 57 mil cópias em um mês, resultado espetacular que demonstra que a série pode se tornar um pilar. Vendendo 58 mil cópias temos Akane Banashi, que é um mangá de Rakugou com um esquema parecido a Shokugeki no Souma e Act-Age, mas suas vendas atualmente estão aumentando lentamente, o que o deixa em quarto lugar entre as “Cinco Grandes Promessas”. Já no próximo volume deve ser superado por Ichinose-ke. Ruri Dragon é um caso especial, pois tem mais de 200 mil cópias em circulação também, MAS está em hiato desde o sétimo capítulo. Se voltar, certamente vai ser o novato que melhor vende na revista.
Continuando, os mangás de suporte são aqueles que ainda tem vendas boas, mas que não protagonizam a revista. Esses mangás são importantes para criar uma “Line-Up” robusta, com mangás de qualidade na zona intermediária. São eles atualmente: Nige Jouzu no Wakagimi, Battle-Shounen histórico do autor de Ansatsu Kyoutshi, que está tendo uma queda em vendas preocupante. O primeiro volume vendeu circa 90 mil cópias, agora está vendendo circa 54 mil cópias, uma queda preocupante, que só pode ser revertida com o anime que acabou de ser anunciado. O outro mangá é Witch Watch, do autor de SKET Dance, que vende circa 55 mil cópias. É uma comédia com vendas agradáveis, mas nada demais. Temos também MASHLE, que chegou a ser irrelevante, pois tinha tudo para acabar ANTES da estreia do anime, mas como parece que seu encerramento foi adiado para após a primeira temporada, vai conseguir atrair alguns leitores para a revista, dando assim um suporte a Weekly Shonen Jump.
Outro mangá de suporte que na verdade é muito importante, chegando quase a ser um semi-pilar (Figura que eu expliquei no passado, nessa matéria AQUI, mas que atualmente não tem nenhum mangá que ocupe essa vaga na revista). Antigamente Black Clover poderia ser considerado um semi-pilar, mas a ausência do anime e suas vendas não tão mais expressivas, não me permite mais classificar o mangá nessa categoria. Lembrando que um mangá pode tranquilamente transitar entre essas categorias. Com um anime de grandíssima popularidade sair de mangá de suporte ou irrelevante, e se tornar um pilar.
Falando em irrelevante, temos os mangás “irrelevantes“, são obras que atualmente não fazem diferença alguma a revista, mas mesmo assim não merecem ser cancelados, pois tem obras com vendas piores. Não é uma crítica a qualidade desses mangás, mas suas vendas são tão baixas que, mesmo com um anime em produção, são realmente pouco relevantes no quesito comercial (chamar de irrelevantes é uma exageração, todos os mangás tem sua relevância). Undead Unluck e Yozakura-San Chi no Daisakusen são dois Battle-Shounen que vendem mal, já superaram três anos de vida e em outras épocas estariam cancelados, mas estão vivos ainda e agradam seus leitores. O anime dessas obras podem mudar essa situação? Podem, mas é complicado, por isso é uma aposta válida o anime, mas não é algo que os editores devem contar – é melhor dedicar mais forças nas grandes promessas e depois nos mangás de suporte -.
Falando em Undead Unluck, o mangá conquistou a primeira colocação, já que tivemos novidades do seu anime (uma nova imagem). Eu acho certo colocar ocasionalmente os mangás “irrelevantes” nas primeiras colocações, como os editores fazem com Undead Unluck, Boku no Roboco e Yozakura-San. Esses mangás mesmo tendo vendas ruins, vão ganhar um anime e sabemos que animes podem fazer milagres nas vendas de algumas séries. Deste modo, não seria certo esquecer completamente esses mangás – é muito melhor continuar dando, mesmo que em uma baixa intensidade, um pouco de publicidade a essas obras, que podem se tornar relevantes -.
Boku no Roboco também é irrelevante, como citado no parágrafo precedente, por causa das suas vendas baixas e sua queda de popularidade interna. É uma comédia que não está acrescentando quase nada a revista atualmente. O mesmo vale para HUNTER X HUNTER que lança dez capítulo a cada dois mil anos, por isso acaba sendo irrelevante para a revista. Caso lançasse mais capítulos, teria uma importância muito maior, já que Hunter x Hunter ainda é o quarto mangá que mais vende na revista.
Por fim, temos os “cancelados” que são Dai Tokyo Oniyome-Den e Ginka to Gluna – o segundo será cancelado na próxima edição – Lembrando que os editores quase sempre cancelam do mangá com mais capítulo a aquele com menos capítulos -. Os outros três novatos estão caminhando para se tornarem mangás cancelados, mas só teremos a certeza daqui a duas semanas, por enquanto eu ainda os coloco como “incertos”. Eu ainda acho que Angou Gakuen no Iroha merece ser salvo, já que suas vendas não foram tão ruins assim, e espero que essa sua décima colocação seja um sinal que pelo menos o mangá sobrevive a essa leva. Eu pessoalmente, decidiria cancelar Angou Gakuen somente após as vendas do segundo volume.