O Fim de Koukousei Kazoku
Em primeiro lugar tivemos Witch Watch. Atualmente a revista tem bem poucas comédias, somente duas (com o cancelamento de Koukousei Kazoku), mas mesmo assim os editores não conseguem encontrar novos B-Shounen de sucesso. O que isso significa? É bem simples, os B-Shounen não estão dando certo por causa da qualidade dos mesmos, e não por causa da quantidade de comédias lançadas, repito, é simples.
Lançar uma leva com 4 B-Shounen ruins dá menos resultado que uma leva com 1 B-Shounen ruim, uma comédia boa e dois mangás genéricos ruins. Ao menos a comédia boa chega a 20 mil cópias, já os B-Shounen ruins não. O que os editores devem focar é em lançar levas B-Shounen de BONS MANGÁS, mesmo se for só um B-Shounen naquela leva, e não simplesmente na quantidade como está acontecendo agora. Se não estão achando bons B-Shounen, devem começar a reestruturar as divisões criativos urgentemente.
Em segundo lugar tivemos ONE PIECE que raramente está abaixo da segunda colocação na TOC, muito raramente, e como em breve deve se tornar o único pilar da revista, essa situação parece que não vai mudar. Em terceiro lugar tivemos Ao no Hako (Blue Box), que pode se tornar um pilar, mas somente após um anime – que pelo andar da carruagem deve chegar somente em 2024 ou 2025, quando talvez tanto Boku no Hero Academia quanto Jujutsu Kaisen já tiverem terminado –.
Em quarto lugar tivemos Boku no Hero Academia, que mesmo adiando o seu encerramente de um pouco, deve terminar ainda no segundo semestre desse ano, no máximo no começo de 2024. Em quinto lugar tivemos Akane Banashi, que também é um outro mangá que pode ganhar um anime – mas acho que como já se tornou comum, só deve ganhar anime quando tiver três anos de vida –, por isso vai demorar um pouco.
Em sexto lugar tivemos Black Clover que está, em seu ritmo, caminhando para o encerramento natural. Dedico o espaço Black Clover para comentar inclusive que estou agora no Brasil – visitei rapidamente São Paulo e agora estou em Salvador -. Próxima semana devo ir no interior da Bahia, Chapada Diamantina, passar uns dias isolado da multidão. Ler alguns mangás enquanto os passarinhos cantam alguma música (o que não vai acontecer).
Em sétimo lugar tivemos MASHLE, que está terminando. Semana passada comentaram sobre o anime de MASHLE ter problemas de produção e por não é para ter grandes expectativas. Sejamos sinceros; eu acho que o anime para a revista é meio irrelevante, contudo, poderia ser relevante para o mangá, já que pode aumentar o alcance do autor e da obra.
Um anime mal produzido ou com várias pausas, vai afastar espectadores – contudo MASHLE ao mesmo tempo pode se aproveitar da sua ótima comédia, que não precisa de uma grande animação e também do “HYPE” que Harry Potter está recebendo atualmente. Mesmo assim, esse “hype” não seria o suficiente para contrastar uma animação de ruim qualidade, só mesmo se for mediana. Eu estou curioso para saber qual será o rendimento do anime, que será lançado daqui a 1 mês e meio.
Em oitavo lugar tivemos Nige Jouzu no Wakagimi, que continua caindo em vendas. É preocupante como a série está evoluindo, ou pior, involuindo, já que está semana após semana perdendo a sua relevância. Isso não significa que os editores devem cancelar a série – eu digo e repito que deviam adiantar o seu anime, mas parece que lançar um anime antes do aniversário de três anos é impossível na revista atual –, os editores tem muitos outros mangás que merecem ser cancelados antes de Nige Jouzu, que por enquanto está SAFE.
Depois temos a sequência de novatos, que tem todos riscos sérios de terminarem sendo cancelados. Eu irei começar a comentar os mangás somente quando estiver estreando a nova leva ou quando tivermos dados das vendas dos primeiros volumes. Eu acho que os editores estão deixando todas as quatro séries na zona intermediária, pois ainda não decidiram o que fazer. Se ainda não decidiram, não sou eu, Leonardo Nicolin, que vou dizer o que vai acontecer esses mangás.
Em décimo quarto lugar tivemos Ginka to Gluna, que lançou o seu primeiro volume, vendendo menos 3 mil cópias no primeiro volume. A série tinha até começado bem em recepção, mas a partir do sétimo capítulo o pessoal começou a odiar a série, perdendo a cada capítulo o seu público, chegando a uma situação no qual tinha menos leitores que o seu companheiro de leva Dai Tokyo, que ficou na décima quinta colocação. Ambos venderam abaixo de 3 mil cópias e serão cancelados na próxima leva.
Em décimo sexto lugar tivemos PPPPPP que tem chances reais de ser transferido ou até mesmo cancelado, pois as suas posições estão bem ruins – vai depender se os editores vão estrear uma leva de três ou quatro mangás –. PPPPPP não está convencendo em vendas e também não tem uma popularidade interna muito alta. Se os editores verem uma necessidade de cancelar a série para lançar um mangá novato promissor, é comprensível o seu cancelamento.
Em último lugar tivemos Koukousei Kazoku que terminou sendo cancelado, quando eu menos esperava. Agora o último mangá da leva das “comédias da crise” a ainda estar na revista é justamente Boku no Roboco, que parece que ainda não vai ser cancelado. Koukousei Kazoku era até um mangá interessante e conseguiu ter mais de 100 capítulos, uma boa quantidade, mas mesmo tendo uma boa popularidade interna, nunca vingou em vendas, justificando o seu cancelamento.
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