O nascimento de Jujutsu Kaisen, Black Clover e Kimetsu no Yaiba.
Entre 2014 e 2015, publiquei no antigo site do Analyse It várias análises sobre as Jump NEXT que foram lançadas naqueles dois anos. A Jump NEXT era uma revista, no qual vinha publicado vários One-Shots, e alguns se tornavam série. Re-vendo essas análises, percebi que eu tinhha acertado a previsão de todas as séries que um dia viraram série na Weekly Shonen Jump – Somente Ringo acabei errando -. Por isso decidi trazer, como brincadeira, uma “Restrospectiva Analyse It”, no qual vemos o que comentei sobre os One-Shots no qual o autor acabou chegando a Shonen Jump, seja com o mesmo One-Shot ou com um novo.
VOL.02 2014
Black Clover / Tabata Yuuki
Pulei logo para o autor de Hungry Joker, pois o seu One-Shot NÃO SERÁ VOTADO. Eles devem utilizar outro mecanismo para medir a sua popularidade, sem ser a votação normal. Isso só comprova que os editores tem muita vontade de serializa-lo. Bem, falando do One-Shot é interessante, a arte do autor de Yuuki evoluiu, ficou mais limpa, assim conseguindo conquistar mais o público geral, mas alguns problemas em relação ao roteiro se manteve – O mangá continua tendo vários elementos clichês e que podem pesar muito quando for serializado.
O personagem principal é muito aquele underdog que todos desprezam, muito parecido com o personagem Naruto – A única diferença é que ele tem um amigo de infância que o esnoba por ser fraco, Naruto não tinha simplesmente ninguém. Eu acredito que seja uma obra que pode se tornar um grande sucesso, se os “Naruto” e “Sasuke” de Black Clover, forem carismático. No final, o capítulo foi bom, teve uma boa arte, uma boa cena de luta e uma história boazinha, mas peca por ser muito clichê e previsível.
Minha Nota: 4/5
Chances de ser serializado: São altas, se eles colocaram o mangá sem ser votado é porque tem interesse MESMO de serializa-lo, mas isso vai depender da aceitação do público japonês, sem votação, mas pelo que fui lendo, muitos gostaram desse One-Shot. Eu acho mesmo que veremos Black Clover virando uma série.
Serialização: Então, estamos falando de um atual sucesso da Shonen Jump. Black Clover teve uma ótima recepção e obviamente terminou sendo serializado. Os editores decidiram mudar realmente poucos elementos (evitando de cometer o erro de Hungry Joker, no qual o excesso de mudança resultou na má recepção da série).
Best Blue / Hirakata Masahiro
Best Blue foi lançado no Vol.1, mas eu gostaria de falar sobre ele – O mangá do criador de Kiruko-San é muito interessante, tem uma arte espetacular e consegue passar a essencia da disputa da natação… Além de poder ter um bom apelo ao publico fujoshi (Depois do sucesso do anime de Free! várias revistas querem lançar mangá de natação).
Os personagens são bem simpaticos, o problema é que o design de alguns lembram MUITO outros personagens do mangá de Kiruko-San, parecendo em alguns momentos até um spin-off de Kiruko, mostrando os personagens no colegial (O que não é isso, haha). Outro ponto negativo é que o personagem principal não tem um drama real, ele é simplesmente forte. Normalmente isso não funciona muito nos mangás de esporte, o personagem principal não pode ser muito forte, ele deve ir crescendo ao longo do mangá! Caso esses erros forem corrigidos, o mangá será um sucesso quando for serializado.
Nota: 4/5
Chance de Serialização: Altíssimas, outro mangá que não foi para votação, mas teve uma aceitação gigantesca do público japonês. Acho que ainda esse ano estreia na Jump. Precisa de dedicar mais atenção em transformar o protagonista em um personagem mais carismático para sobreviver.
Serialização: Best Blue terminou sendo serializado ainda no próprio ano de 2015, com pouquíssimas mudanças, porém, como próprio comentei na análise, o One-Shot PRECISAVA de algumas mudanças, e justamente os erros que tinham no One-Shot acabou sendo a condenação da série, que terminou sendo cancelada com 21 capítulos, 3 volumes.
Um One-Shot com pontos negativos e positivos: Os positivos são a história dele ter bem interessante, com um grande espaço desenvolvimento da dupla de protagonistas. As suas batalhas são bem diferentes, principalmente por causa do traço do autor, deixando tudo ainda mais dinâmico e único. Os lados negativos do One-Shot são sua constante mudança de rosto dos personagens, o autor parecia que não tinha um design definido para eles. Uma arte um pouco confusa que em certo momentos parecia até feita as pressas. Porém, essa história dos policiais que viajam de barco e ajudam vilas que estão sendo dominados por tiranos ou ladrões, é muito interessante.
No final, acredito que tivemos um bom one-shot que precisa corrigir MUITOS erros para poder ser serializado, mas se esses erros forem corrigidos tem grande potencial de se tornar uma série de meio de tabela na Jump, ou até mesmo uma de TOP 5.
Minha Nota: 3/5
Monju Shirou Kyodai / Koyoharu Gotouge
O simples fato dele ter ganho página colorida só comprova que os editores colocam muita fé neste mangá. E sinceramente, me deu uma esperança que ele possa ser um relativo sucesso caso seja serializado: O mangá segue um traço bem tradicional do japão, como fosse desenhado por um mangaká dos anos 80 (Igual a Isobe Isobee, que remete a uma arte de 1800). Tem uma luta bem diferenciada, já que o protagonista utiliza vários insetos e inclusive se transformar neles para matar os inimigos. E a vibe de assassino impiedoso passado por ele (Reforçado quando ele toca piano com um ar de superioridade) deve agradar muitos os japoneses.
Internacionalmente falando, não tenho bons olhos para Kyodai (Mangá produzido e bancado pela equipe da Kyodai Scans, estou de olho)… O seu traço, lembra muito os mangás tradicionais que não agradam muito o ocidente, além de que ele parece ser um mangá que não funciona muito bem para anime, ao menos que dêem uma reformulada gigantesca no design dos personagens na hora de fazer uma animação, dando um desing mais “comercial” para a obra. Deste modo é um mangá que, ao meu ver, seria um sucesso somente no japão.
Minha Nota: 4/5
Chance de Serialização: Altíssima. Foi bem aceito pelo público japonês, tem apoio dos editores (Comprovado pela página colorida) e ainda tem uma vibe de assassino cruel e nojento que não vemos na revista. Acredito que veremos o autor com essa ou outra série ainda nesse ano ou no próximo.
Serialização: Então, é a Gotouge, então vocês sabem que ela acabou lançando o incrível Kimetsu no Yaiba, porém a estrada não parou nesse momento. No momento eu não conhecia a Gotouge, porém antes desse One-Shot ela já tinha lançado um outro One-Shot muito bem recepcionado. Esse One Shot tinha sido lançado na Jump +, e se chamava Kagarigari. Após a boa recepção desse One-Shot, os editores decidiram dar uma possibilidade para a autora na Weekly Shonen Jump, no qual ela lançou o One-Shot Rokkotsu-San na Golden Future Cup de 2014, porém o One-Shot acabou perdendo a competição para Devily-man. Tudo indica que Rokkotsu-San acabou sendo o segundo One-Shot mais bem avaliado.
Os editores acreditavam que as obras de Gotouge eram muito obscuras e violentas para a revista, assim com a obra seguinte, a autora adotou uma estrada mais “Light”. Em 2015 lançou o One-Shot de Haeniwa no ZigZag, que vinha a se tornar o TERCEIRO ONE-SHOT bem recepcionado da autora. Haeniwa no ZigZag, inclusive, se tornou o One-Shot mais bem avaliado do ano de 2015. Depois de tantos sinais positivos, os editores decidiram dar o sinal verde para Gotouge, que decidiu recuperar o seu One-Shot Kagarigari, modificando vários elementos: Nascendo assim Kimetsu no Yaiba.
VOL.04 2014
Saishuu Heiki Kon-Chan / Tomohiro Hasegawa
Do mesmo criador de Koi no Cupid, o mangá não será levado a votação, mas acho importante comentá-lo. A série foi muito bem aceita na 2ch, a grande maioria gostou bastante do mangá, mesmo que o fato de ser de um autor veterano influenciou muito na votação.
O One shot é engraçado, diferente de Birdman que aposta no non-sense e falha, Saishou Heiki Kon-Chan apostou no estilo e conseguiu acertar perfeitamente. O protagonista parece uma criança boba, mas quando descobrimos que é um androide psicopata faz tudo ficar ainda mais hilário. O mangá é garantia de risadas do começo ao fim, e ao meu ver, tem grandíssima chances de ser serializado. O simples fato de ganhar página colorida já demonstra que os editores tem grandes planos para o mangá.
Nota: 5/5
Chances de Serialização: Altíssimas, foi muito bem aceito pelo público em geral, não somente na 2ch, por isso tem tudo para se tornar uma série, é o favorito a ser serializado da edição – Mas logicamente, caso os três capítulos iniciais que ele apresenta ao editor não forem bons o suficiente pode ser que a Jump abandone o mangá (Lembrando que o autor deve apresentar três capítulos para os editores para que a série ganhe o sinal verde da serialização).
Serialização: Depois desse One-Shot, o autor recebeu uma segunda possibilidade, com uma versão bem alterada desse One-Shot: Spring Weapon Number One. A série teve uma boa recepção inicial, mas acabou sendo cancelado após 7 volumes – O autor assim retornou pela terceira vez na revista com Shinrin Ouja Moriking em 2020, que tem grandes chances de ser cancelado, já que vendeu mal.
VOL.01 2015
Takuan to Batsu Nichijou Enma Chou / Kentarou Itani
Takuan to Batsu conta a história de um estudante (Que parece que é um exorcista ou algo do tipo também) que acabou de perder a sua família e está de luto, nisso ele continua sonhando com uma estranha aranha (Existe boatos que tem uma aranha gigante comendo os estudantes do colégio) – Nisso aparece ajuda-lo uma estranha garota que tem como uma arma um martelo gigante, logo após descobrimos que essa estranha garota na verdade é a irmão do protagonista. A história vai avançando, apresentando os personagens e descobrimos no final que a aranha que comia os alunos era a professora, eles lutam contra a criatura e a vencem.
O One Shot tem vários pontos positivos, a história é bem interessante, os personagens são carismático e tem uma boa química, lembrando muito a química de No Game no Life, a arte é bem bonita e o vilão do One Shot é interessante – Takuan to Batsu em sí não entrega nenhuma novidade, mas dentro do comum, nos faz ver um One Shot fantástico e muito bem desenvolvido, com personagens profundos e uma arte de se apreciar. E ainda por cima tem o plus de ter uma personagem que vai agradar muito bem o público lolicon, se for serializado, o mangá tem chances reais de ser um grande sucesso.
Nota: 5/5
Chance de Serialização: Altíssima. Foi de longe o mais bem recebido tanto na 2ch e quanto no Blog Rankings, a obra simplesmente disparou na liderança, roubando votos de vários outros mangás – Acho que pela recepção do público, o mangá será serializado cedo ou tarde, agora só depende do autor apresentar aos editores um bom combo dos três primeiros capítulos… Se agradar, com certeza, veremos em breve o mangá na Weekly Shopnen Jump.
Serialização: O One-Shot depois da ótima recepção, acabou sendo lançado também na Weekly Shonen Jump, no qual o público continuou a recepcionar positivamente a série. Os editores assim, em 2016, decidiram serializar Takuan to Batsu, porém, mesmo tendo um bom primeiro capítulos, o rumo que a história seguiu não agradou os leitores e a série terminou cancelada.
VOL.02 2015
Galaxy Gangs / Takamasa Moue
Após dois One Shots realmente decepcionantes, essa edição da NEXT me mostrou uma obra que de fato me deixou muito animado. Galaxy Gangs conta a história de um garoto que quando pequeno foi capturado por vários alienígenas e agora trabalha para os mesmo. Uma das suas missões é ir até o planeta “Ojava” entregar uma prisioneira que eles capturaram, chegando lá o vilão que é um monstro gigantesco comilão faz um discurso sobre o que fará com a pobre prisioneira, é nesse momento que o garoto revela que tudo isso fazia parte do plano da sua gangue para captura-lo e assim, o ataca – Ele perde feiamente, caindo ferido nos braços da prisioneira, que está chorando, mas aí aparece o resto da gangue para terminar a missão.
Galaxy Gangs foi de longe o meu One Shot preferido dessa edição e um dos poucos que de fato me deixou animado para se tornar uma série da Weekly Shonen Jump – O desenvolvimento da história é muito interessante, a cena de ação, por mais que bastante curta, é boa e por fim a arte do autor é FANTÁSTICA, com certeza Moue vem trabalhando na área dos mangás a muito tempo, mesmo que seja somente como assistente ou como um estudante de arte, as cenas, os design dos inimigos e entre outros pontos, com certeza não é de um iniciante.
Nota: 5/5
Chance de Serialização: Altíssimas. O mangá foi o mais bem aceito disparado pela Blog Ratings e o segundo mais aceito pela 2ch – O mangá veio logo após Kuroko no Basket, por isso também deve ter sido uma grande visibilidade. Diria que é o favorito para ganhar essa edição na NEXT!, mas o japonês é uma caixinha de surpresa nas votações.
Serialização: Galaxy Gangs acabou sendo lançado na Golden Future Cup, mas como não ganhou a competição, os editores decidiram serializar um outro projeto do autor, Ole Golazo. O mangá não teve uma boa recepção e acabou sendo cancelado. Muitos esperam que o autor agora volte a revista com Galaxy Gangs.
No.9 / Gege Akutami
No.9 conta a história de um garoto que tem um fantasma (Uso termo fantasma, porque não sei se são de fato Shikigamis ou o que) em forma de peixe como seu patrão, ele encontra uma garota que está desesperada por ter um fantasma (diferente) perto dela e por ter MUITOS outros problemas na vida (Ela pensa que é por causa do fantasma), assim ele explica que todos tem “protetores” perto deles, mas a maioria tem uma única forma, aqueles que tem uma forma diferente, como o peixe do principal e o fantasma que acompanha a garota, são anormais e tem grandes habilidades – Mas a aparição desse fantasma diferente nesse exato momento deve ter um motivo, assim os dois vão investigar, até que descobrem que causou todos os problemas na vida da garota, uma garota que também tem outro fantasma e consegue manipular o fantasma dos outros. O principal usando o seu protetor luta contra a vilã e a vence, terminando o One Shot.
Eu gostei bastante desse One Shot, a arte dele é simplesmente fantástica, o autor consegue dar uma movimentação única aos personagens e ao mesmo tempo a história é bem interessante, mesmo que beira ao clichê. No.9 é um mangá com muito potencial, mas pela sua arte ser diferente demais e também suja demais, por causa do seu gênero, talvez na Shonen Sunday a série teria mais chance de sobrevivência, mas pode dar certo também na Jump. Se No.9 não for serializado, espero ver novos trabalhos do autor, ele parece ser MUITO talentoso. É um autor que a Shonen Jump precisa.
Nota: 5/5
Chance de Serialização: Altas. Foi o terceiro mais bem votado pela Blog Rankings e teve uma boa recepção na 2ch, e o fato de ser um B-Shounen aumenta muito as possibilidades de ser serializado. Eu ainda preferi Galaxy Gangs dessa revista, mas como se pode votar em três One Shots, eu acredito que um dos meus votos também iriam para No.9 – No.9 tem chances de ser serializado, mas a concorrência da edição está alta e isso pode ser uma grande rasteira no mangá.
Serialização: No.9 teve uma ótima recepção, e assim acabou sendo lançado na Shonen Jump. A ótima recepção de No.9, porém, mesmo assim não convenceu os editores. Assim, eles lançaram mais um One-Shot em 2016, chamado de Nikai Bongai Barabarjura, que também teve uma ótima recepção. Esse One-Shot abriu portas para o lançamento da mini-série de Jujutsu Kaisen na Jump +… Depois dessa mini-série, Jujutsu Kaisen acabou sendo serializado.
VOL.03 2015
Red Sprites / Tomohiro Yagi
O primeiro mangá a ser analisado é Red Sprites de Tomohiro Yagi, criador de Iron Knight, mangá lançado em 2013 e que foi cancelado com 3 volumes lançados – Red Sprites conta a história de mundo distópico onde as máquinas o governo contra a população através das máquinas (Mesmo o mundo tem uma origem diversa, o design das máquinas e a ambientação lembra bastante Jumbor). Nesse mundo tem um garoto que é um soldado, no One Shot, ele e seus companheiros presenciam a cena de várias máquinas matando vários dos seus colegas e ficam chocados. Logo após, um general (Que usa vermelho, mas como o mangá é preto e branco, a sua roupa é totalmente preta, lembrando os nazistas) aparece e leva os soldados até uma armadilha, onde são presos e realizam um experimento cientifico neles, que dá ao soldado super poderes. Logo após, o general ordena que os soldados ataquem o garoto, para testar a força deles e ele consegue aguentar todas as balas e vencer os inimigos. Como o experimento deu certo, o principal foi promovido para também ser um general e se tornar uma das principais armas do exercito – Mas antes de ajudar a sua nação, se vinga do general que fez esse experimento, o matando.
Red Sprites é uma história com um fundo bem obscuro, uma sociedade em constante guerra e com várias pessoas passando fome. Iron Knight também foi uma obra bem obscuro, mas o desenvolvimento em sí foi fraca o bastante para o mangá perder o interesse após alguns capítulos – Red Sprites parece ter uma história bem interessante, os personagens secundários também foram simpáticos (Tem um amigo do principal que quase morre para tenta salva-lo do experimento, isso foi bem legal) e o One Shot teve um vilão que é impossível não lembrar algum alemão nazista (O vilão é esse com óculos na página colorida). Eu não diria que Red Sprites será uma boa série, porque Iron Knight foi uma grande decepção, mas mesmo assim, acredito que a ideia tem um grande potencial, e por mais que o mundo pareça obscuro, o autor fez que no máximo possível se tornasse leve o bastante para a Shonen Jump, assim não espantando o público mais “light”. Coloco fé em Red Sprites!
Nota: 5/5
Chance de Serialização: Altíssima. O mangá teve uma ótima recepção, conseguindo uma nota superior a média e se tornando o segundo mais bem votado da edição pela 2ch (Sim, o segundo, porque o primeiro recebeu uma nota monstruosa) e no Blog Rankings foi também o segundo mais bem votado. Por fim, o mangá abriu a revista com uma página colorida dupla e uma página colorida de introdução, isso significa que os editores colocam muita fé na obra. Eu sinceramente, daria como quase certo a sua serialização.
Serialização: Red Sprite terminou sendo serializado um ano após, em 2016. O primeiro capítulo, como o One-Shot acabou surprendendo muitas pessoas, porém o roteiro caotico dos capítulos seguintes levaram a série ao cancelamento. Nem sempre um bom One-Shot se torna uma boa série.
Kyousei no Murasaki / Ryou Ishiyama
Do mesmo criador do espetacular só para mim Mitsukubi Condor, Kyousei no Murasaki conta a história de um garoto que vive em um mundo de fantasia, no sentido, de ser tudo fora da realidade. Nesse mundo ele quer entrar em uma organização que caça demônios e fantasmas, mas para conseguir entrar nela, deve capturar um demônio que está aterrorizando a cidade – O protagonista assim sai a procura do demônio, o encontra e luta contra a criatura, mas no final, descobre que o inimigo estava sendo controlado pela organização que ele queria entrar, na verdade, era tudo somente um teste para encontrarem um novo membro. Assim, o protagonista, após mostrar sua bravura, consegue entrar na organização.
O one shot não mostra nada de especial, a organização não é bem desenvolvida, o mundo lembra muito o de Mitsukubi Condor e o protagonista, mesmo tendo um design muito interessante, não é simpático o bastante para criar uma ligação entre o público e o personagem. O ponto forte do mangá é justamente a sua arte, design dos personagens (Que são fantásticos) e por fim, a cena de luta que é muito bem desenhada e emocionante. Kyousei no Murasaki é um bom one shot, isso é inegável, mas a história não me passou segurança o bastante para que eu diga que vale a pena serializa-lo na Weekly Shonen Jump, muito pelo contrário, o one shot me dá a sensação que se tornaria somente mais um outro fracasso do autor. Para mim, é melhor Ryou Ishiyama descansar um pouco e apostar em uma outra ideia, do que apostar em por mais que seja boa, tem grandes chances de não dar certo na Shonen Jump.
Nota: 4/5
Chance de Serialização: Alta. O mangá recebeu página colorida, o que já demonstra que os editores tem vontade de serializado, além disso, foi bem recebido pela 2ch e Blog Rankings, uma recepção um pouco superior a de Kyuu E.D, por exemplo. O que pode prejudicar a obra é justamente o fato de ter três ou quatros mangás que provavelmente receberão mais votos que a obra, fazendo assim que os editores prefiram apostar nessas outras obras do que de fato em Kyousei no Murasaki. Mas de qualquer modo, o one shot foi bem recebido e tem chances altas de ser serializado.
Serialização: O autor de nosso querido Condorzinho, voltou para a revista com uma versão modificada desse One-Shot, intitulada de Ibitsu no Amalgam. A série teve até uma recepção inicial positiva, mas terminou sendo cancelado mesmo assim, após vendas relativamente baixas. O autor voltou para a Jump GIGA esse ano, e teve novamente um One-Shot bem recebido.
VOL.04 2015
Zippo!! / Shibata Yousaku
O mangá que abriu a revista com três páginas coloridas e com direito a destaque na capa foi Zippo!! de Shibata Yousaku, criador do encerrado Yoakemono. Zippo!! passa em um futuro utópico onde os policiais utilizam robôs para defender a população, o protagonista de Zippo!! sonha em ser um desses policiais e a história começa com ele se encaminhando para o seu primeiro dia como um dos novos membros da polícia. O primeiro capítulo é bem clichê no sentido do roteiro, o protagonista é aquele garoto atrapalhado que no final consegue surpreender todos e vencer o vilão do capítulo – Esse mesmo protagonista tem uma grande inspiração que é um policial que o salvou quando ele era pequeno, o flashback que ele é salvo, lembra bastante as primeiras páginas de World Trigger.
O ponto forte de Zippo!! é justamente o seu fantástico mundo, a sua ambientação nesse universo cheio de robôs faz com que você imagine várias lutas bem interessantes e acredito que Zippo!! seria um mangá com apelo comercial gigantesco, onde a Toei faria de tudo para lançar um anime e vender assim os bonecos dos robôs mais populares para a criançada. A arte do mangá também está ótima, o autor evoluiu bastante nos meses após o cancelamento de Yoakemono. Eu gostei bastante da apresentação de Zippo!!, mesmo tendo um roteiro bem clichê no One Shots e coloco bastante fé no mangá, caso seja serializado.
Nota: 5/5
Chances de Serialização: Altíssimas, o mangá foi muito bem recebido na 2ch, sendo o terceiro mais bem recebido e foi também o terceiro mais bem votado na Blog Rankings, levando em conta que o mangá abriu a revista, podemos dizer que as chances de Zippo!! ser serializado são altíssimas, talvez demore cerca de 1 ano para isso acontecer, mas pelo que tudo indica, irá acontecer. O único empecilho da série talvez seja o autor apresentar um conjunto de três capítulos nem um pouco convincente e os editores mudarem de ideia em relação a serialização do mangá.
Serialização: ZIPPO! era um dos One-Shots mais esperados pelos japoneses e pelo público ocidental: Se tornou em 2020 uma série chamada “ZIPMAN”. O autor usou esses 5 anos para mudar consideravelmente a série, introduzindo inclusive um novo protagonista. Essas mudanças não agradaram os leitores e Zipman terminou cancelado.
VOL.05 2015
Love Rush / Yamamoto Youhei
Após lançar o gigantesco fracasso: E-Robot, Yamamoto Youhei volta para a NEXT com mais uma obra de “ecchi”, desta vez nomeadas de “Love Rush”, e como aconteceu com a edição em que E-Robot foi lançado (NEXT Winter 2013), o autor simplesmente conquistou o coração dos leitores. Love Rush conta a história de um garoto que é tão lindo que é amado por todas as garotas do universo (Sim, DO UNIVERSO), chegando a atrair até anjos, alienígenas e magas – Isso até quando ele reencontrar a sua amiga de infância, que nunca mostrou uma verdadeira paixão por ele. Agora, enquanto o nosso protagonista foge do assédio de todas as garotas do mundo, ele tenta se reaproximar da garota que ele realmente ama, mas que parece não dar bola para ele. O one shot termina com o protagonista conseguindo ter um contato com essa garota, se tornando amigos (Deixando a continuação da história totalmente em aberto).
Love Rush é uma comédia com um leve toque de “ecchi”, lembrando muito Nisekoi – E provavelmente seguirá aquele velho esquema do protagonista que é assediado por várias garotas diferentes ao ponto dele não conseguir ter uma vida normal de nenhum modo. É clichê, mas sabemos que os japoneses amam histórias deste tipo, principalmente aqueles que não tem uma vida social muito produtiva. O melhor de Love Rush é que Nisekoi está chegando ao fim, assim poderia ser um ótimo substituto do mangá, só seria necessário esperar alguns meses, para que não acontecessem muitas comparações entre Nisekoi e Rush.
Nota: 4/5
Chances de Serialização: Altíssimas. Mais bem votado na 2ch e mais bem votado também na Blog Rankings – Logicamente o mangá não será levado a votação, por vim de um autor já veterano, porém com certeza os editores levarão em consideração a boa recepção da obra e já devem estar planejando a sua serialização. A obra alcançou a pontuação de 7.4, a maior avaliação da 2ch desde o Volume 02 de 2014, isso mesmo 2014, e para melhorar a situação do mangá, como eu já disse, com o fim eminente de Nisekoi, é ideal já ir preparando um bom substituto. Love Rush é uma ótima opção, principalmente se levarmos em conta que mesmo sendo cancelado com poucos episódios, E-Robot conseguiu conquistar um pequeno grupo de fãs que de certo irá apoiar Love Rush.
Serialização: Love Rush! foi serializado com o mesmo nome em 2016, menos de um ano após o lançamento do seu One-Shot. Os editores tinha um grande esperança em relação a comédia, porém a recepção na revista acabou sendo baixa, e Love Rush terminou sendo cancelado com 2 volumes, 14 capítulos.
VOL.06 2015
Gachipin! / Tsunehiro Date
O mito está retornando – O desenhista do maior sucesso da história da Jump: “Tokyo Wonder Boys” decidiu retornar para a Shueisha com uma nova obra: Gachipin!. Logicamente a Shueisha recebeu o mangaká de portas abertas, tamanho talento não poderia ser recusado – Brincadeiras à parte, o ponto forte de Tokyo Wonder Boys era justamente a boa arte do seu desenhista, por isso vê-lo de volta à Jump foi realmente uma boa notícia, contudo, será que desta vez ele conseguirá nos entregar uma série que seja de boa qualidade? Bem, vamos saber agora mesmo.
Gachipin! conta a história de um fotografo que sonha em se tornar um artista famoso, mas não em fotos de paisagens ou animais, e sim fotos de mulheres – Contudo o seu pai não apoia esse seu sonho e quer que ele dê continuidade a peixaria que o pai gere. O protagonista mesmo assim não ouvia o pai, que irritado e pronto para destruir os sonhos do filho, decide realizar um contrato: Caso o filho ganhe o campeonato de fotografia que está sendo dito pela cidade / jornal, ele será livre de continuar o sonho, caso perca, terá que cuidar da peixaria, por isso o protagonista sai em busca da mulher perfeita para realizar uma foto que possa ganhar o campeonato – Mas não é um fato qualquer, deve ser uma foto fofa, e não de peitos ou calcinhas das mulheres. Os seus amigos amam as suas fotos mais pervertidas (que em grande parte ele retira por engano), contudo o protagonista quer realmente tirar fotos que mostre a fofura das mulheres – O seu sonho ia de mal para pior, até o dia em que ele finalmente encontrou a garota perfeita, que é a mesma que ele encontrou no começo da história, andando de bicicleta na chuva. O problema é que esta garota não queria tirar nenhuma foto, assim o capítulo foca no protagonista tentando convencer-la a tirar esta foto, ao mesmo tempo que os dois desenvolve um romance. Neste meio termo, acontece várias cenas de ecchi, onde mostra peitos de algumas garotas e calcinhas de outras (Várias situações bem forçadas, mesmo que o ecchi foi muito bem desenhado). Por fim, o protagonista consegue convencer-la e assim retira sua foto dos sonhos, nada sexualizada. A cena final é a garota recontrando ele e o beijando,
Nota: 3 / 5
Chances de Serialização: Medianas. Ideia legal, personagens carismáticos, contudo o ecchi é extremamente forçado, só temos uma cena que o ecchi é utilizado de maneira natural, nas outras vezes o autor força da maneira mais ridicula possível – Em algumas páginas chega a passar um panorama do colégio sem nenhuma necessidade, só para mostrar os locais que as meninas praticavam esporte. Uma desculpa esfarrapada para mostrar as meninas de maiô na natação, trocando de roupa no vestiário e etc – Deste modo, o mangá por mais que teve uma ideia interessante, acabou tendo uma recepção medíocre tanto na 2ch Ratings quanto na Blog Rakings. Pode ser serializado? Olha, o autor desenha muito bem, e Gachipin! foi o oitavo mais bem recepcionado da revista, posição igual a Tokyo Wonder Boys (A diferença é que Gachipin! não será levado a votação), antiga obra do autor que mesmo assim acabou sendo serializada. Os editores, se gostam do autor, podem mesmo assim apostar na obra.
Serialização: Gachipin! veio a se tornar Cross Account (2017), porém com muito menos ecchi (que eu tanto critiquei na análise). Cross Account até vendeu relativamente bem no seu primeiro volume, mas não foi o suficiente para sobreviver na revista. O desenhista depois retornou na revista com Time Paradox Ghostwriter, que também foi cancelado.
Ringo / Terasaka Kento
Ringo é estranho. O mangá conta a história de um garoto que sonha em ser um grande jogador de futebol americano, contudo é muito inexperiente e fraco – A situação muda quando ele conhece um ex-jogador que está disposto a ensinar-lo a jogar. Todo o one shot é este ex-jogador treinando o protagonista para ele se torne um grande jogador. E no fim do One Shot, de maneira extremamente exagerada, o protagonista consegue, utilizando as técnicas aprendidas, a ultrapassar sozinho a defesa inimiga (Mesmo a defesa sendo dez adultos com o triplo do seu tamanho).
Eu sinceramente não gostei do mangá – O protagonista não me agradou, o treinador também não, e o mangá exagerou tanto em suas cenas que não me deu a sensação que eu estava vendo um mangá relacionado ao futebol americano – Contudo, a minha opinião realmente não importa: Os japoneses gostaram bastante do material entregue. Se identificaram com protagonista e gostaram bastante das metaforas usadas ao longo do one shot. E mesmo com a arte sendo bem inconstante, também gostaram de muitas das páginas desenhadas, por isso, viram potencial no autor. Eu até concordo com o último ponto, mas de resto, tive uma opinião totalmente contrária aos japoneses, infelizmente.
Nota: 2 / 5
Chances de Serialização: Altas. Sinceramente não acredito que a série será serializada no moldes que vimos na NEXT, no máximo os editores pedirão para o autor muita muitos pontos da história. Mesmo que o mais provável é que mesmo sendo tão bem recebido, os editores prefiram dar uma segunda chance ao mangaká, para que ele possa apostar em uma obra que tenha mais chances de vingar na revista (As chances de Ringo, com o estilo apresentado, vingar na Shonen Jump são minusculas). De qualquer modo, comparado aos demais one shots, vamos dizer que as chances são altas, já que o mangá foi o MAIS BEM RECEBIDO no 2ch e o segundo mais bem recebido no Blog Rankings.
Serialização: RINGO voltou para a revista como Beast Children em 2019, 4 anos depois. A série acabou sendo muito modificada e não teve uma boa recepção. O destino de Beast Children acabou sendo o cancelamento.
VOL.01 2016
A mangaka Mengo Yokoyari, ilustradora de Oshi no Ko e Kuzu no Honkai, divulgou algumas suas artes, do mangá da Shonen Jump, Chainsaw-man. A autora desenhou os seus dois personagens preferidos juntos: Power e Denji. pic.twitter.com/6fNh1vi56M
— Leonardo Nicolin (@AnyoneNico) August 28, 2020